Embale Certo

Embalagens para produtos pet

Novembro/Dezembro 2018

Antonio Celso da Silva

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Antonio Celso da Silva

Estamos já praticamente batendo a porta de um novo ano. Esperanças renovadas, otimismo em alta. O filme parece o mesmo, mas sabemos no fundo que dessa vez não é.

Ansiedade grande, querendo ver logo esse nosso setor voltar aos bons tempos de falta de insumos, falta de mão de obra, três turnos de trabalho na produção, tudo isso resultado do consumo em alta.

Enfim, melhor acordar e tratar do assunto que nos traz aqui nessa coluna e nesta última edição do ano, que é falar das embalagens para um mercado de crescimento fora da curva, conhecido por mercado pet, e seus produtos para animais.

O crescimento desse mercado nos lembra dos bons tempos de crescimento de dois dígitos do nosso mercado cosmético para humanos.

Digo para humanos porque os produtos pet de perfumação e embelezamento têm fórmulas muito parecidas com as dos humanos, embora a legislação vigente não permita compartilhar o mesmo espaço e o mesmo equipamento produtivo.

Outra diferença é a agência que regula esses produtos, que não é a Anvisa e sim o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

E as embalagens para esses produtos são diferentes?

Na verdade, as embalagens são as mesmas, os fornecedores são os mesmos, e também o mesmo acontece com a falta de legislação específica.

Fazendo um comparativo com as embalagens dos cosméticos humanos, temos duas categorias distintas de embalagem para produtos pet.

Enquanto nos cosméticos humanos temos linhas profissionais maiores, mais simples, usadas por profissionais cabeleireiros em seus salões, o mesmo acontece com os cosméticos pet, que também têm essas embalagens que são usadas por profissionais groomers e tosadores nas casas de banho e tosa.

Uma curiosidade é que existe uma sensível diferença entre um groomer e um tosador. O tosador, como o próprio nome diz, cuida do banho e da tosa dos animais e utiliza os produtos que vêm nas embalagens profissionais. Já o groomer é o chamado cabeleireiro dos cães. Ele não se limita ao banho e tosa, ele faz mais pelo cuidado e pelo embelezamento do animal. Precisa ter cursos de especialização e ter ganhado prêmios pelo reconhecimento do seu trabalho. O groomer pode usar os produtos nas embalagens profissionais, assim como pode usar também os vendido em pet shop, como, por exemplo, uma colônia em spray que o animal só usa aquela e daquela marca.

A segunda categoria, então, seria a dos produtos varejo.

Quando falamos de cosméticos pet, convém lembrar que estamos falando de shampoos, condicionadores, máscaras capilares, colônias, esmaltes etc. - e não se incluem aí os veterinários, tais como antipulgas, anticarrapatos etc.

Desta forma, os materiais de composição de embalagem pet são idênticos aos cosméticos humanos, tais como resinas plásticas polietileno (PE), polipropileno (PP) e polietileno tereftalato (PET), dentre outros, assim como os rótulos em plástico e papel. Por outro lado, não se vê o uso de cartuchos nos produtos, assim como nos cosméticos humanos, mesmo nas colônias.

Os testes de compatibilidade embalagem x produtos são os mesmos e devem ser feitos para detectar possíveis incompatibilidades entre a embalagem primária e o produto, seja ele qual for. Os procedimentos desses testes são os mesmos para as embalagens dos cosméticos humanos.

Idênticos procedimentos valem para o controle de qualidade dessas embalagens, ou seja, precisa dos padrões, especificação técnica, desenho técnico, plano de amostragem definido, assim como NQA (nível de qualidade aceitável), classificação dos defeitos etc.

Fica o alerta para aquelas empresas que, por se tratar de um cosmético pet, acham que não precisa ter a mesma qualidade das embalagens do cosmético humano. Os donos de pet tratam seus bichinhos como se fossem filhos, aliás, alguns casais preferem não ter filho e têm esses animais. Sendo assim, são exigentes com a qualidade dos produtos e mais ainda com as embalagens. Os donos de pet shop e de marcas de cosméticos pet sabem do que estou falando. Trata-se realmente de um público exigente, que faz tudo em prol do bem-estar de seus bichinhos.

Com relação aos tipos de embalagens, podem ser os mais variados, como potes, frascos, tampas, válvulas spray, dosadora, de gatilho etc., repetindo-se para embalagens maiores, que são para uso profissional.

São normalmente evitadas as embalagens de vidro por razões de segurança, principalmente nas colônias. Esse mercado cresce fora da curva, como citei no início. Creio que muito em breve teremos fornecedores específicos para embalagens pet, principalmente as chamadas embalagens de luxo, pois é um consumidor que paga pelo custo benefício do produto, pela praticidade e pela beleza das embalagens.



Outros Colunistas:

Deixe seu comentário

código captcha

Seja o Primeiro a comentar

Novos Produtos