Temas Dermatológicos

Melasma: o que é importante saber?

Março/Abril 2018

Denise Steiner

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Denise Steiner

O melasma é uma mancha acastanhada que aparece principalmente em mulheres adultas de pele miscigenada. É uma doença crônica não contagiosa e também sem gravidade, porém afeta a autoestima de maneira contundente.

Hoje sabemos que muitas células estão envolvidas com o aparecimento do melasma. O melanócito (que é a célula principal envolvida com o melasma) produz a melanina; o queratinócito (que é a célula da superfície cutânea) informa o melanócito sobre os estímulos externos; e o fibroblasto e o mastócito (que são células da parte mais profunda da pele) também comunicam e provocam o melanócito com mais estímulos internos. Portanto, muitos fatores desencadeiam e pioram o melasma, tais como: sol, calor, estresse, alterações hormonais, traumas locais e medicações.

A gravidez é um período em que o melasma pode aparecer ou piorar por causa do hormônio melanócito estimulante, que aumenta muito. A pílula anticoncepcional e o DIU Mirena também podem contribuir para a piora do melasma. Produtos ácidos, como o ácido retinoico, podem irritar a pele e piorar o melasma. A hidroquinona (que é um ótimo clareador) pode causar alergia quando usada por bastante tempo e pode causar efeitos colaterais como ocronose e leucadermia (manchas brancas). Fazer depilação com cera pode irritar a pele e piorar o melasma.

O uso constante e frequente do filtro solar é fundamental. Ele precisa ser um filtro físico ou físico/químico com ampla proteção, ou seja, com FPS superior a 50 e PPD maior que 10. FPS é a proteção em relação à radiação UVB, e PPD é o nome da proteção em relação ao UVA.

O filtro pode ter antioxidante e precisa ter alta cobertura e cor. A cor (base) é fundamental para proteger e evitar o melasma. A cor do filtro protege da radiação visível que está presente nas lâmpadas e nos computadores e mancha a pele. Também usamos clareadores com ácido kógico, arbutin, vitamina C e ácido glicólico, entre outros. A pele precisa de hidratação constante, pois, caso contrário, pode descamar, avermelhar e piorar o melasma.

O laser de NDyag o Qswiched é o laser padrão ouro para o tratamento do melasma, pois libera energia baixa e tem o pulso muito rápido e, dessa forma, não provoca queimadura ou irritação. São necessárias várias sessões (de 10 a 15) para conseguir a melhora desejada. O tratamento deve ser feito entre os meses de abril e outubro, para evitar o excesso de sol. O microagulhamento e a microinfusão de medicamentos também são interessantes para tratar o melasma e podem ser feitos em combinação com o laser.

Hoje utilizamos também o ácido tranexâmico para o tratamento do melasma. Trata-se de uma substância que consegue inibir os inúmeros estímulos que provocam o aumento da produção de melanina. É uma medicação usada para outros fins e que está sendo estudada para ser aprovada como tratamento do melasma. Esse medicamento precisa ser receitado pelo médico dermatologista, pois há necessidade de exames prévios e avaliações das possíveis contraindicações.



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