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No próximo dia 25 de outubro vencerá o prazo de um ano, estabelecido pela RDC nº 48/13, da Anvisa, para que as empresas finalizem os protocolos dos processos existentes para limpeza, metodologia analÃtica, sistema de água e sistema informatizado.
Desde a publicação dessa RDC, em minha atividade de consultoria identifiquei que a maior dificuldade encontrada pelas empresas para elaborar os protocolos é saber efetivamente o que poderá ser validado, em função das reais condições existentes nas empresas.
Como sabemos, a validação é a fase final de uma sequência de atividades denominadas qualificação, que envolvem projetos, instalações, operação, performance e produto.
Essas atividades, a princÃpio, referem-se a equipamentos e instalações que impactem na qualidade dos produtos e estejam contemplados em pelo menos um dos quatro processos a serem validados.
Os tópicos mencionados na RDC nº 48/13 que devem constar nos protocolos são:
- atividades pré-validação;
- lista de equipamentos e seu status de qualificação;
- qualificação das instalações;
- diagrama de fluxo do processo;
- procedimento do processo;
- lista de parâmetros crÃticos do processo e excipientes crÃticos;
- amostragem, testes e especificações;
- critérios de aceitação;
- tratamento de desvios.
Para os processos de limpeza, sistema de informática, metodologia analÃtica e sistema de água, quando me refiro à possibilidade de validação, isso quer dizer com que exatidão e em quais condições, equipamentos e ambientes, esses processos serão submetidos aos testes de validação.
Se as condições fÃsicas e ambientais não permitirem reproduzir os resultados dos testes, a validação não será viabilizada.
Em minhas atividades de consultoria e nos cursos que ministro pelo paÃs, percebo que outra grande dificuldade encontrada pelas empresas para elaborar o protocolo é como superar as dúvidas quanto à s caracterÃsticas de equipamentos ou de locais que possibilitem uniformizar a amostragem e, posteriormente, a realização das análises necessárias para a validação do processo. Exemplificando: para validar a limpeza de um equipamento é fundamental que a superfÃcie em contato com o produto esteja em condições de conservação semelhantes à s da superfÃcie original, quando o equipamento era novo. Se a quantidade de resÃduos depositados criar camadas sobre camadas, na superfÃcie interna do equipamento, a validação da limpeza será impraticável.
Outro exemplo que deve ser mencionado é relativo ao sistema de água, o qual, dependendo de suas caracterÃsticas, simplesmente impossibilita a sua validação. Explicando melhor, em alguns sistemas de água são usados materiais inadequados na construção dos equipamentos, das tubulações etc., que não permitem o seu contato com a água e existem projetos de concepção, desses sistemas, que não permitem sua desmontagem, sua limpeza etc.
Considero que a mais fácil de todas as atividades é a validação da metodologia analÃtica, pois o protocolo será basicamente uma revisão do que tem sido feito, sem a necessidade da qualifi cação dos equipamentos de laboratório utilizados para as metodologias.
Espero que esses comentários possam ser orientações úteis para o leitor que esteja trabalhando na elaboração dos protocolos.
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