Embale Certo

Aplicadores para maquiagem

Março/Abril 2012

Antonio Celso da Silva

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Antonio Celso da Silva

A maquiagem é, para muitas mulheres, uma “segunda pele” ou como uma “roupa”. Sair sem maquiagem é como sair faltando uma peça de roupa. Sem falar no ritual diário, no qual elas podem levar, às vezes, mais de uma hora fazendo a maquiagem, antes de sair para o trabalho.
Sabemos da importância dos produtos de maquiagem para as mulheres, mas, como nós, técnicos que desenvolvemos e criamos os produtos, tratamos desse assunto? Qual é nossa preocupação na hora de criá-los? Com o que devemos nos preocupar?
Essas perguntas na verdade têm várias respostas.
Nossa preocupação primeira chama-se cor. Qual é a tendência, em qual estação do ano vamos lançar esse novo produto ou essa nova cor?
Temos a preocupação com a segurança desse produto, que passa necessariamente pelo uso apenas de matérias-primas aprovadas pela Anvisa.
Temos também a preocupação com o sensorial dessa maquiagem, com a aplicação, a cobertura, a fragrância, a contaminação microbiológica, a eficácia e a estabilidade da formulação e, principalmente, a compatibilidade da embalagem.
Falando de embalagem, o que isso tem a ver com a eficácia do produto?
Em certos produtos de maquiagem, a embalagem e, mais especificamente o aplicador, são determinantes para o bom resultado, para a eficácia do produto e para a satisfação da consumidora.
Blush, por exemplo. O produto pode ser excelente, mas, se o pincel aplicador não for adequado, ou seja, macio, de fácil manuseio e não solte pelos, de nada adiantará o produto ser bom. Esses pincéis podem ser naturais, de pelo de crina de cavalo ou pônei, de pelo de orelha de boi etc., mais caros que os sintéticos, porém muito macios. Podem ser também sintéticos, mais baratos, no entanto, normalmente um pouco mais duros, dificultando a aplicação.
Para pó compacto existem as famosas esponjas aplicadoras e, da mesma forma que no blush, elas precisam ser adequadas, ou seja, macias, não soltar pedaços e de fácil manuseio. Muitas vezes, a empresa tem um bom produto, uma embalagem linda, mas, por uma questão de custo acaba optando por uma esponja barata, de baixa qualidade, que “mata” o produto.
No brilho labial, a esponjinha do aplicador também precisa ser macia, não soltar e resistir até o término do produto, aliás, isso é mandatório para todos os aplicadores.
Entre todas as maquiagens, a que tem maior dependência do aplicador é a máscara para cílios, também conhecida como rímel. Se a escovinha de aplicação não for adequada para o fim a que se destina, o produto “morrerá”.
Todas essas máscaras são aplicadas nos cílios com a principal função de colori-los. Mas atualmente existem outros inúmeros e famosos apelos, como os de alongar, espessar, separar, curvar os cílios, entre outros. E para cada tipo de apelo existe uma escovinha adequada, na qual o formato e a quantidade e disposição das cerdas são fundamentais. Muitos bons produtos não fazem sucesso porque se escolhe a escovinha errada. Isso sem contar que, numa máscara incolor, se a parte metálica que segura a escovinha na haste do aplicador não for de aço inox, vai oxidar e “matar” o produto.
Hoje, as escovinhas de máscaras são normalmente de silicone, material com o qual se consegue trabalhar bem essa questão da flexilibilidade, importante recurso desses aplicadores.
Os fornecedores normalmente têm diversas opções, mas é preciso saber escolher a mais adequada para o seu produto. Cílios grandes, alongados, curvados para cima e coloridos (normalmente pretos) são tudo o que as mulheres querem.
Para os delineadores de olhos, o aplicador precisa ser bem fininho e firme, para delinear bem e facilitar o traço.
Entendo então, a superimportância desses aplicadores de maquiagem. O problema maior, na verdade, é encontrar um bom fornecedor, considerando-se que as boas embalagens de maquiagem, e isso inclui os aplicadores, são importadas normalmente da China. O lado bom disso é que já existem alguns bons importadores/fornecedores com estoque local e que vendem pequenas quantidades.
Lembrem-se também de que o fato de serem de origem chinesa não quer dizer que as embalagens sejam ruins, pois, tanto lá como cá também existem os bons e os péssimos fornecedores com suas respectivas qualidades.
Minha missão, na coluna desta edição, é passar um pouco desse conhecimento que, como sempre digo, é fruto da minha experiência nas empresas por onde passei e onde trabalho atualmente. Minhas colunas normalmente são resultado de experiências vividas, não ouvidas.



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