colunistas@tecnopress-editora.com.br
O melasma é caracterizado por hipermelanose em áreas expostas sem comprometimento sistêmico adquirido, principalmente em mulheres na idade fertil.
É uma das dermatoses muito prevalentes, incidindo mais em mulheres e em cerca de 10% dos homens. 0 grupo racial mais acometido é dos orientais e hispânicos sendo os causasianos mais preservados. Não há referência sobre o loco genético relacionado a esta alteração.
Também denominado cloasma (gravidez) é caracterizado por manchas acastanhadas de limites imprecisos sem descamação ou prurido que ocorrem principalmente em face e mais raramente em colo e braços. É classificado em centro facial, quando compromete fronte, nariz, região malar e mento (60%), malar afetando somente esta região e mandibular quando ocorre no ramo da mandÃbula.
Não existe melasma em áreas não expostas e também não ocorre nenhuma sintomatologia, acompanhando estas manchas. Trata-se de processo inestético que embora sem gravidade afeta a autoestima e o comportamento psicossocial do paciente comprometido.
O diagnóstico do melasma é essencialmente clÃnico não havendo dificuldades em diferenciá-lo de outras alterações melânicas. 0 melasma pode ser dividido em epidérmico, dérmico ou misto conforme o local de depósito deste pigmento. No epidérmico, a concentração maior de melanócitos e melanina ocorre na camada basal e epiderme, no dérmico o pigmento encontra-se na derme dentro dos melanófagos e no misto encontramo-lo em ambas as localizações.
A origem do melasma é desconhecida havendo influências raciais e/ou hereditárias, hormonais e da radiação UV.
Os fatores hormonais são importantes, pois a maioria dos casos é desencadeado ou piorado na gravidez. O uso de pÃlula anticoncepcional também se associa ao aparecimento da mancha.
Os nÃveis hormonais de estrógeno e progesterona estão modificados nestas situações e trabalhos atuais demonstraram receptores especÃficos para o estradiol em cultura de melanócitos. 0 estrógeno ou a progesterona isoladamente não parece provocar o mesmo tipo de estÃmulo.
O nÃvel de hormônio melanotrófico é normal nos pacientes com melasma. Alguns trabalhos relacionam a doença tireoidiana autoimure com o aparecimento do cloasma gravÃdico.
A radiação UV é um poderoso estÃmulo à melanogênese e o mecanismo exato desta estimulação não é totalmente conhecido. A radiação UV-A (comprimento de onda longo) é responsável pela oxidação do pigmento pré-existente na pele. 0 escurecimento tardio, bronzeamento, ocorre pelo estÃmulo da radiação UV-B e também parte da radiação. A radiação atinge o DNA celular provocando um mecanismo em cascata, nos quais estão envolvidos hormônios e vários citoquinas como o fator de necrose tumoral.
A radiação UV sempre estimula a pigmentação e seu controle é uma das dificuldades no tratamento do melasma.
Os melanócitos da região do melasma ou cloasma tem um comportamento fisiológico diferente, reagindo com maior intensidade a estÃmulos hormonais e da radiação UV.
O tratamento do melasma e difÃcil devido a sua cronicidade e falta da definição etiopatogênica.
A estratégia para tratamento da mancha consiste em diminuir estÃmulo dos melanócitos e da sÃntese de melanina, eliminar a melanina e os grânulos de melanina.
A diminuição do estÃmulo dos melanócitos é conseguida bloqueando-se a chegada da radiação UV e evitando-se os estÃmulos hormonais.
O bloqueio da radiação UV deve ser feito com filtros, quÃmicos e fÃsicos, de alto FPS e amplo espectro com proteção especÃfica para UVA, UVB e outros.
A diminuição da sÃntese da melanina é conseguida com uso de despigmentantes. Existem várias substâncias ativas para este fim como hidroquinona, ácido azeláico, ácido kójico, arbutin, ácido fÃtico, ácido ascórbido, Melawhite, Antipollon entre outros.
A hidroquinona tem sido, ao longo do tempo, considerada o despigmentante de primeira escolha pela sua eficiência em inibir a produção de melanina, e pode ser utilizada em concentrações de 2% a 10% porém com riscos de causar irritação, pois é dose-dependente.
Outro despigmentante é o ácido azeláico 20% que também age na tirosinase, apesar de não ser toxico ou irritante, não promove os mesmos resultados finais.
O tratamento do melasma continua sendo um desafio para os dermatologistas e faz-se necessário o desenvolvimento de novos despigmentantes menos tóxicos e mais eficazes.
Dra Denise Steiner é dermatologista
e.mail: clinica-stockli@sti.com.br
A Laura Mercier lança no Brasil mais um item da linha Real Flawless. O co...
O Vichy Colágeno Specialist, novidade da Vichy, foi desenvolvido ...
A Sport Eyelash Máscara, lançamento da Pink Cheeks, proporciona um...
A marca Francis, da Flora, apresenta uma linha de desodorantes antitranspirantes...
A Natura anunciou recentemente o lançamento do primeiro concentrado para ...
A Gaab Wellness, marca de beleza e bem-estar fundada pela empresá...
Pensada especialmente para o cuidado dos cabelos lisos infantis, a linha Novex L...
A família de produtos Match, do Boticário, lança a linha Ma...
A Nars Cosmetics apresenta o Powermatte High-Intensity Lip Pencil, um batom em f...
A linha Natura Luna amplia o portfólio com a chegada de Luna Ousadia, f...