Temas Dermatológicos

Filtros Solares: O que há de Novo?

Setembro/Outubro 2001

Denise Steiner

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Denise Steiner

Todos sabemos a importância de se usar um filtro solar, especialmente se vivemos num país tropical como o Brasil. 0 sol tem o poder de danificar algumas células da nossa pele, causando danos as vezes irreversíveis, como no caso dos tumores de pele, ou danos, não tão graves, mas também importantes, como o envelhecimento da nossa cútis.

Este segundo ponto é o que pouca gente conhece ou talvez não esteja muito ligada. 0 sol, ao danificar algumas das células do nosso corpo, está agindo como fator oxidante do organismo, fazendo com que ocorra um envelhecimento mais rápido da nossa aparência. Um teste fácil de ser feito é comparar a pele que está constantemente exposta ao sol com aquela parte do corpo que permanece coberta. Neste caso veremos que, num mesmo corpo, teremos dois tipos de pele totalmente diferentes, sendo aquela que nunca tomou sol muito mais "nova", quando comparada aquela que ficou exposta.

Isto deve-se ao fato de que existem dois tipos de envelhecimento, o chamado de cronológico, próprio da idade, e outro chamado de "fotoenvelhecimento", este sim, causado pela exposição à luz, principalmente solar.

Contra o envelhecimento cronológico pouco pode-se fazer, uma vez que ainda não foi descoberto um elixir da juventude, mas com relação à exposição solar podemos nos precaver fazendo uso de vários artifícios, entre os quais estão os filtros solares. Este nome é um pouco impróprio porque dá a sensação de que só deveríamos usá-los quando nos expomos espontaneamente ao sol, o que não é verdade.

Há algumas novidades no mercado de filtros solares e algumas substâncias já conhecidas que voltam a ter seu uso constante. Uma das já conhecidas é a di-hidroxiacetona, que por causa deste nome é conhecida mais pela sigla DHA, que promove um bronzeamento sem sol. É o que se chama de auto-bronzeamento. É um processo químico no qual há um escurecimento da pele por uma reação desta substância com a queratina.

Como novidades podemos citar o mexoryl e a avobenzona que são substâncias que protegem contra os raios UVA, responsáveis pelo envelhecimento, e duas substâncias, extraídas de seres vivos, que atuam na reparação dos danos causados pela radiação no DNA celular. São o photosome, derivado de uma alga marinha, e o ultrasome, derivado de um microorganismo encontrado no leite. Ambos são considerados os seres vivos mais resistentes a radiação ultravioleta. Idealizados sob a forma de lipossomas, podem chegar até pontos bem profundos da nossa epiderme, revertendo os efeitos danosos do sol.

Outra novidade que se ouve à respeito de filtros solares para cabelo. A dificuldade que encontramos é para definir a quantificação de um produto na proteção da haste capilar. Qual seria o seu FPS? Ainda não temos esta quantificação, o que se tem então são produtos que, adicionados a rinses ou condicionadores do tipo "leave in", protegem a cutícula do cabelo, impedindo danos maiores a queratina.

Dra. Denise Steiner é dermatologista.
E-mail: clinica-stockli@sti.com.br

Com a colaboração do Dr. Valcinir Bedin, professor do Curso de Pós-graduação em Medicina Estética da Faculdade de Medicina Souza Marques, Rio de Janeiro, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Sociedade para Estudo de Cabelo.





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