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Quando falamos em proteção solar para cabelos sempre temos de levar em consideração qual foi à metodologia aplicada para se estabelecer os critérios de nÃveis de proteção.
Diferentemente da pele, na qual temos meios objetivos para quantificar a proteção, nos cabelos esses métodos ainda não existem. Vemos então uma mirÃade de técnicas que são utilizadas para este fim.
Medidas de cor, de distensão, calorimetria de alta pressão, luminescência quÃmica, fluorescência espectroscópica do triptofano na superfÃcie da fibra capilar, e microscopia eletrônica são alguns destes métodos usados para mostrar que o sol e a luz causam danos à haste capilar.
Os danos na haste podem ser mecânicos e quÃmicos. Com relação à queratina, podemos ter perda da cutÃcula e separação das macrofibrilas. Com a radiação ultravioleta pode ocorrer a formação de grupos carboxÃlicos, destruição da cistina e modificação das proteÃnas obtidas pela redução das pontes bissulfÃdricas, com conseqüente perda da força mecânica.
Podemos ter também a destruição dos pigmentos de melanina, levando a descoloração, especialmente nos cabelos mais claros. Aà se coloca a primeira grande controvérsia: a tintura dos cabelos.
O que sempre se ouvia é que qualquer alteração quÃmica nos cabelos levaria a um prejuÃzo, do ponto de vista de sua saúde. Hoje, sabe-se que cabelos mais claros ou brancos precisam de maior proteção.
Esta proteção pode e deve ser feita com filtros solares quaternizados, como o CATC – cloreto de cinamido-propil- trimônio – e também através das tinturas, que, até o momento, não têm tido o apelo mercadológico da proteção solar.
Vê-se algum material de divulgação falando sobre as qualidades das tinturas, mas sem abordagem da proteção solar. Já existem estudos mostrando que os cabelos tintos são mais resistentes do que os não tintos.
Outros estudos mostraram que a radiação UVB é responsável maior pela perda protéica do cabelo e que a UVA pela mudança da cor. Com relação à fotoxidação, observou- se que não existe diferença entre cabelos claros e escuros, mostrando não haver relação com o tipo de melanina, mas que antioxidantes melhoram a qualidade dos produtos pré-sol.
Como resumo deste assunto poderÃamos frisar dois pontos principais:
1. A radiação solar e as outras formas de luz ultravioleta trazem danos aos cabelos e estes precisam ser evitados utilizando-se filtros solares quaternizados, adicionados a shampoos, condicionadores, produtos de finalização.
2. Os métodos utilizados para quantificação tanto da eficácia quanto de benefÃcios desses produtos ainda são carentes de fidedignidade e, portanto, precisam ser mais estudados.
A nosso ver nenhum método existente, isoladamente, poderia ser empregado para se determinar a qualidade de um produto, com o risco de ser considerado parcial ou incompleto.
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