Temas Dermatológicos

Filtros Solares – O que há de Novo?

Novembro/Dezembro 2005

Denise Steiner

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Denise Steiner

Todos sabemos da importância de usar um filtro solar, especialmente num país tropical como o Brasil. O sol tem o poder de alterar algumas células da nossa pele, causando danos às vezes irreversíveis - como no caso dos tumores de pele - ou danos que, mesmo não sendo tão graves, também são importantes, como o envelhecimento cutâneo.

Esse segundo aspecto é o que pouca gente conhece. O sol, ao danificar algumas das células do nosso corpo, está agindo como fator oxidante do organismo, fazendo com que ocorra envelhecimento mais rápido da nossa aparência. Um teste fácil é comparar a pele que está constantemente exposta ao sol com aquela parte do corpo que permanece coberta.

Nesse caso veremos que num mesmo corpo teremos dois tipos de pele totalmente diferentes, sendo aquela que nunca tomou sol muito mais “nova”, quando comparada àquela que ficou exposta.

Isto se deve ao fato de que existem dois tipos de envelhecimento, o cronológico - próprio da idade - e o “fotoenvelhecimento” - causado pela exposição à luz, principalmente, solar.

Contra o envelhecimento cronológico pouco se pode fazer, uma vez que ainda não foi descoberto um elixir da juventude, mas com relação à exposição solar podemos nos precaver fazendo uso de vários artifícios, entre os quais estão os filtros solares. Este nome, de certa forma, é impróprio porque dá a sensação de que só deveríamos usá-los quando nos expomos espontaneamente ao sol, o que não é verdade. Uma pele bem protegida é aquela que está sob proteção diária de bom filtro solar.

A Academia Americana de Dermatologia sugere que se usem apenas filtros entre FPS 15 e FPS 30, para uma proteção segura. Menos de 15 seria inútil e mais que 30 seria desnecessário.

Há algumas novidades no mercado de filtros solares e algumas substâncias já conhecidas que voltam a ter seu uso constante.

Uma delas (das já conhecidas) é a di-hidroxi-acetona, que por causa deste nome é conhecida mais pela sigla DHA, que promove o bronzeamento sem sol. É o que se chama de autobronzeamento, mas na verdade é um processo químico no qual há escurecimento da pele por uma reação desta substância com a queratina da epiderme.

Como outras novidades podemos citar: Mexoryl SD (3-Benzyllidene Camphor) e a Avobenzone (Butyl Methoxydibenzoylmethane) e Tinosorb S (Bis-Ethylhexyloxyphenol Methoxyphenyl Triazine), filtros que protegem das radiações UVA, responsáveis pelo envelhecimento pelos danos à camada de elastina e colágeno.

Duas substâncias extraídas de seres vivos, que atuam na reparação dos danos causados pela radiação no DNA celular, completam esse reforço ao arsenal antienvelhecimento: Photosome [Water (and) Lecithin (and) Plankton Extract] - derivado de uma alga marinha -, e Ultrasome [Water (and) Lecithin (and) Mycrococcus Lysate] – derivado de um microrganismo encontrado no leite. Ambos organismos são considerados os seres vivos mais resistentes à radiação UV. Esses ativos são disponibilizados na forma de lipossomas, que podem alcançar pontos bem profundos da epiderme, revertendo assim os efeitos danosos do sol.

Outra novidade que se ouve é a respeito de filtros solares para cabelos. A dificuldade é definir a concentração de uso para proteger a haste capilar. Qual seria o índice equivalente ao FPS para pele? Ainda não se tem resposta para essa pergunta. O que se tem no momento são rinses ou condicionadores do tipo leave in aos quais foi adicionado um protetor solar que protege a cutícula do cabelo, impedindo danos maiores à queratina.



Outros Colunistas:

Deixe seu comentário

código captcha

Seja o Primeiro a comentar

Novos Produtos