Embalagens

Válvulas para Cosméticos

Setembro/Outubro 2005

Antonio Celso da Silva

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Antonio Celso da Silva

Antes de falar sobre esse componente da embalagem vamos entender a diferença entre válvula e bomba. No passado com o sistema aerosol – que utiliza um gás propelente-, só se usava válvula. A válvula é um equipamento ou dispositivo que, ao aliviar pressão expeli o produto.

Dessa forma podemos dizer que válvulas são aquelas usadas nos produtos em aerosol, nos quais a pressão é fornecida pelo propelente (gás ou ar comprimido) e o produto é expelido com o alívio da pressão desse propelente, quando a válvula é acionada.

Tecnicamente, bomba é um equipamento ou dispositivo que transporta massa de um lugar para o outro, no nosso caso, normalmente, um líquido ou um semi-sólido. A bomba para cosméticos é chamada também de bomba volumétrica alternativa.

Volumétrica porque dosa sempre um mesmo volume. Alternativa por causa dos movimentos alternados do pistão.

Com o desenvolvimento da tecnologia e a chegada das multinacionais ao mercado brasileiro, passamos a ouvir mais a palavra bomba e menos a palavra válvula.

Convém lembrar, no entanto, que foi exatamente uma empresa brasileira que desenvolveu e produziu as primeiras bombas inteiramente nacionais. O mérito é ainda maior se considerarmos que uma bomba pode ter de 8 a 15 componentes.

As bombas são as usadas nos perfumes, sabonetes, líquidos, loções etc. É um dispositivo dotado de botão acionador, mola, esfera, pastilha, pescante e outros componentes que, ao ser acionado, succiona e transporta o produto do interior para fora do recipiente.

Talvez bomba seja o tipo de embalagem que teve maior aumento de consumo e, conseqüentemente, preço cada vez menor. No passado, falar em usar bomba em um desodorante spray (squezze) era proibitivo, isso porque o preço de tal componente era maior do que todos os outros da embalagem juntos (frasco, tampa, pescante etc). Hoje, boa parte dos desodorantes já usa bomba. Não é possível imaginar um perfume ou colônia que não seja acionado por bomba.

Além de facilitar o uso do produto, embelezam. Nas bombas com abas metálicas (normalmente alumínio em várias opções de cor) pode-se fazer um arranjo combinando as cores da bomba e da tampa com o próprio frasco que, como mencionamos na coluna anterior, pode ser apresentado em diversas cores, em degradê etc.

As bombas podem ser do tipo spray, com leque do jato de acordo com o orifício da pastilha do botão acionador, ou do tipo dosadora, para variadas quantidades – desde frasco de 30 ml num reparador de pontas para cabelos até como dispensador em frascos de produtos profissionais para vários mililitros por vez.

Na verdade, ambas podem ser consideradas bombas dosadoras. A diferença é que no spray o botão acionador tem a função de transformar a gota em partículas menores. A micronização é mecânica. Quanto menor o tamanho da partícula mais fácil de se obter um jato seco.

As bombas, portanto, proporcionam volumes constantes, não vazão.

Cabe mencionar também bombas que funcionam mesmo com o frasco virado de “cabeça para baixo”. Nesse caso, as esferas contidas na bomba abrem ou fecham a passagem do líquido pelo pescante, independentemente da posição de aplicação do produto.

As bombas podem ter saia metálica (de recrave) ou saia plástica (rosca ou do tipo snap-on - de encaixe)

Isto é apenas um pequeno pedaço desse universo de bombas e válvulas, por essa razão considero esses componentes, um capítulo à parte no mundo das embalagens para cosméticos.



Outros Colunistas:

Deixe seu comentário

código captcha

Seja o Primeiro a comentar

Novos Produtos