Tricologia

Cabelos e Metabolismo

Maio/Junho 2005

Valcinir Bedin

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Valcinir Bedin

Todos temos uma informação a respeito de que o estresse faz os cabelos caírem. É muito comum associarmos um período de longo trabalho com a queda de cabelos. Mas o que tem a ver, realmente, uma coisa com a outra?

Os cabelos são vistos, do ponto de vista fisiológico, como algo não muito importante para o corpo, isto é, uma parte que não é essencial para a vida. Como o corpo assim reconhece os cabelos, toda vez que existe algum fator que promova maior demanda de energia, proteínas, vitaminas ou sais minerais, os cabelos são os que mais sofrem, pois param de receber estes nutrientes, que vão para áreas consideradas mais nobres do nosso organismo.

Quando nos estressamos, o corpo produz uma substância chamada estriol, que serve para nos manter alerta. Este mesmo estriol, que nos faz bem, ocupa um espaço nos folículos pilosos, não permitindo a entrada de outros nutrientes, impedindo os cabelos de terem crescimento normal.

Também pode ocorrer um estresse, de grande intensidade, que interrompa o ciclo de crescimento normal dos cabelos. Em área específica da cabeça ou até mesmo do corpo há uma interrupção brusca no crescimento de cabelos ou pêlos, fazendo com que, em aproximadamente dois a três meses após o evento, os cabelos dessas áreas caiam todos. É a chamada “pelada”, nome popular para uma doença chamada alopecia areata.

Outro problema desencadeado pelo estresse é a dermatite seborréica, conhecida popularmente como caspa. Este processo inflamatório das áreas com pêlos se dá preferencialmente em pessoas propensas ao problema, especialmente quando submetidas a uma situação de tensão. Ocorre descamação excessiva e avermelhamento da área, seguido por prurido (coceira).

É muito comum em couro cabeludo, especialmente de homens, mas pode ocorrer em mulheres e em outras regiões do corpo.

A oleosidade, muito comum nos homens por causa dos hormônios masculinos, também pode ser aumentada pelo estímulo do estresse.

O que fazer?

A resposta mais fácil é a ação mais difícil de ser executada: não fique estressado. Aprenda a relaxar! Todos sabemos como isso é difícil, quase impossível. Mas, enquanto não apreendermos a viver de maneira light, devemos controlar os efeitos adversos do estresse, usando produtos, tópicos ou por via sistêmica, que podem melhorar e controlar esta situação.

Shampoos anticaspa, com princípios ativos diversos, derivados do zinco, cetoconazol, ácido salícilico, estão entre alguns deles. Antioleosidade, como liquor carbono detergens também podem ser adicionados.

Estudos recentes tentam associar a carência de cobre com o aparecimento da canície, que é o embranquecimento dos cabelos e pêlos. Até o momento apenas estudos em centros de pesquisa mostraram esta associação, ainda não disponível no mercado. Portanto, até o momento, a única maneira de se livrar dos cabelos brancos é a tintura (que não faz os cabelos caírem, como muitos pensam).

Hoje o tratamento médico para a queda causada por estresse se dá associando-se medicamentos orais a base de proteínas, aminoácidos, vitaminas, sais minerais e agentes estimulantes da divisão celular, com produtos tópicos, como o minoxidil, o 17-alfa-estradiol, e estimuladores da vascularização, como o Anastim (Laboratório Ducray).



Outros Colunistas:

Deixe seu comentário

código captcha

GOSTEI DE SUA DIVULGAÇÃO, ACHEI BEM INTERESSANTE, E VAI SER ÚTIL EM MINHAS ATIVIDADES. VOU ACOMPANHAR NOVAS DIVULGAÇÕES. VISITE MEU SITE. Sds

por STEFANI GHELF 24/06/2020 - 15:02

Novos Produtos