Embalagens

Personalização da Embalagem

Janeiro/Fevereiro 2005

Antonio Celso da Silva

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Antonio Celso da Silva

Dando seqüência à coluna publicada na edição anterior, citamos os potes como parte integrante da família dos frascos plásticos. Nesse aspecto temos carência muito grande de novos modelos, tamanhos etc. É comum se deparar com empresas que lançam produtos com apelo diferenciado na composição química e no conceito, porém, por falta de opção, utilizam o pote já conhecido no mercado, suficiente para diminuir o impacto perante o consumidor.

Com raras exceções, há muito tempo não são criados novos modelos, mesmo se falando em moldes exclusivos. A criatividade na escolha de cores, na aplicação do hot stamping nos rótulos ou no uso de sleeve é que acaba fazendo a diferença.

Tampas

Quanto à aplicação na boca do frasco, as tampas podem ser de rosca ou de encaixe. Quanto ao fechamento do orifício, também podem ser do tipo disc top (a pastilha deve ser levantada para o produto sair) ou flip top (a sobretampa com dobradiça deve ser levantada para usar o produto) ou fechada (quando se retira a tampa para usar o produto).

Nas tampas disc top, se não houver boa trava na pastilha de fechamento, pode haver vazamento do produto. Por outro lado, nas flip top, é preciso ter o cuidado para não deixar o fabricante usar materiais de baixa qualidade ou reciclados, sob pena da dobradiça “quebrar” após acionamento da tampa por poucas vezes.

As tampas são normalmente injetadas em PE, PP ou PS.

Podem ainda ser coloridas ou mesmo decoradas com hot stamping, que encarece um pouco mais, mas oferece um toque de elegância numa tampa comum. Nas tampas fechadas e com rosca, deve-se atentar para o detalhe do disco de vedação, normalmente de Polexam, encaixado na parte superior e interior da tampa, que garante a vedação do frasco, principalmente quando usadas para óleos de banho.

Não é aconselhável o uso de tampas disc top em óleos de banho, pois são freqüentes os problemas de vazamento.

Capítulos à parte são as tampas em Surlym, normalmente usadas para frascos de colônias. Modelos, cores, tamanhos e beleza são os diferenciais encontrados nessas tampas.

Frascos de Vidro

Na maioria das vezes, o que determina o sucesso de venda de uma colônia é sua embalagem. O frasco (normalmente de vidro) é o principal componente no conjunto de peças que compõem a embalagem desse produto. O frasco pode ser transparente (flint), colorido, foscado ou pintado. No Brasil, ainda temos alguma dificuldade no fornecimento de frascos coloridos. Quantidades mínimas de compra e preço impedem as pequenas empresa de optar por um frasco colorido. Por outro lado, já existem opções de frascos coloridos fabricados fora do Brasil, mas com estoque local. Nesse caso, é possível comprar pequenas quantidades, porém o preço é desestimulante.

Aquela aparência de “gelado” nos frascos é resultado de um trabalho de foscação. O vidro transparente torna-se fosco pela ação de jateamento (areia) ou por imersão em solução de ácido fluorídrico. A foscação por jateamento ou por ação do ácido é um trabalho delicado, perigoso e requer do fabricante conhecimento e tecnologia. Esse “ataque” ao vidro precisa se limitar à parte externa, pois resíduos de ácido dentro do frasco podem causar riscos ao consumidor.

Outro cuidado a ser tomado num frasco foscado é quanto ao tipo de adesivo do rótulo a ser aplicado. Ao especificar o rótulo, deve ser dito ao seu fabricante que este vai ser usado num frasco foscado. Nem todos os adesivos de rótulo são eficientes quando aplicados em frascos desse tipo. Nesse caso, o fabricante do rótulo vai definir o melhor tipo de adesivo a ser usado no liner, para melhor aderir ao frasco. Menos usados que os coloridos e foscados são os frascos pintados.

Na próxima edição finalizaremos este assunto, abordando outras famílias de embalagens.



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