Embalagens

Escolha da Melhor Embalagem

Novembro/Dezembro 2004

Antonio Celso da Silva

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Antonio Celso da Silva

Como mencionamos em oportunidades anteriores, são muitas as dificuldades na escolha de uma embalagem. Boa parte dessas dificuldades recai na dúvida de como fazer a escolha da embalagem mais adequada para o produto, considerando-se a modernidade, estética e até mesmo a compatibilidade com o produto. Às vezes é preferível optar por uma embalagem mais simples e já conhecida para evitar problemas, do que uma outra mais sofisticada e que possa trazer futuros e inesperados problemas.

A escolha da embalagem passa necessariamente por dois caminhos distintos. Um caminho é o da embalagem com molde exclusivo, que requer investimento e tempo para desenvolver e fabricar o molde. Normalmente, esse tempo é maior quando se trata de uma peça injetada, por exemplo, e menor, se for soprada. Por serem exclusivas, essas embalagens podem ser patenteadas pelo cliente. Alguns fabricantes facilitam o pagamento desses moldes, compensando o valor do investimento, em desconto nas unidades a serem adquiridas posteriormente pelo cliente. Outros até não cobram pelo molde, desde que o cliente se comprometa a comprar uma certa quantidade (mínima/ mês) da embalagem. De uma maneira ou de outra, hoje já é possível uma empresa de pequeno porte ter a sua embalagem exclusiva.

O outro caminho é o do molde ou embalagem padrão de mercado (standard). São embalagens (frascos, tampas, válvulas etc) com formato padrão, mantidas em estoque por seus fabricantes, que as oferecem a todos os clientes. Esse é o caminho que a maioria das empresas utilizam para “desenvolver“ suas embalagens. Nesse caso, o que vai diferenciar uma embalagem da outra, quando se usa o mesmo frasco, é a criatividade de cada empresa. É possível, por exemplo, usar um frasco standard de shampoo, diferenciando-se pela cor, modelo e/ou formato de tampa, rótulo, gravação, etc. Olhando uma gôndola de supermercado podemos perceber isso.

Caso se opte por uma embalagem standard importada, em primeiro lugar é preciso saber se o fornecedor tem estoque local e de quantas unidades. Em segundo lugar, é preciso avaliar que facilidades ou dificuldades ele tem para importar e quanto tempo necessita para repor o estoque. Lembre-se sempre de que no caso de uma embalagem importada é quase impossível fazer uma reprovação (C. Q.) no recebimento, em função das dificuldades de reposição do lote.

Seguem algumas dicas para facilitar a escolha de uma embalagem. Essas dicas são conhecidas pela maioria dos profissionais da indústria, mas desconhecidas por quem não é da área de embalagens ou está iniciando seu negócio. Não temos a pretensão de citar aqui todos os problemas ou possíveis caminhos a seguir, mas sim, alertar o leitor quanto aos mais comuns.

Quando falamos em frascos plásticos, é importante lembrar que estes podem ser de PET, PVC, PP, PE ou PS. Normalmente essas siglas vêm em alto relevo no fundo do frasco, sob um pequeno triângulo contendo um número em seu interior. Esse número é uma identificação padrão do tipo de plástico que compõe o frasco. Esses frascos são normalmente soprados para serem produzidos. Pela sua excelente transparência e compatibilidade com todos os produtos, o PET é hoje o plástico mais utilizado para shampoos, sabonetes líquidos, loções, condicionadores, óleos de banho e, até mesmo, colônias. O PP e PE também são utilizados quando não se requer uma boa transparência. Normalmente se evita o PVC, pela sua característica quebradiça (pode “quebrar” quando cai no chão).

Na próxima coluna daremos continuidade a este assunto, falando de outras famílias de embalagens e suas peculiaridades, ainda com o objetivo de ajudar e alertar quanto à escolha da melhor embalagem para cada produto.



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