colunistas@tecnopress-editora.com.br
Hoje, as economias planificadas, ou seja, aquelas em que o Estado centraliza as decisões sobre o que, quanto e quem produz determinados bens, estão diminuindo drasticamente no cenário mundial. Por outro lado, as economias de mercado puro, onde não há nenhuma intervenção estatal nas decisões econômicas, nunca existiram de fato por muito tempo na história.
Atualmente, o que de fato existe é uma variedade de sistemas centralizados e de mercado, formando economias híbridas. Os dois híbridos econômicos mais comuns são o socialismo e o capitalismo. Se distribuíssemos as nações modernas ao longo de um continuum, onde na extrema esquerda tivéssemos as econo- mias planificadas, teríamos nessa posição países como a Coreia do Norte e o Irã; no centro, países socialistas (muitos da Europa Ocidental e da América Latina); e à direita, os capitalistas (antigas colônias britânicas como os Estados Unidos, Austrália e Hong Kong). Vamos focar na dicotomia capitalismo/socialismo devido à sua ampla representatividade nos Estados modernos.
De início, é importante desfazer a confusão comum entre capitalismo/democracia e socialismo/ditadura. Enquanto capitalismo e socialismo são sistemas econômicos, democracia e ditadura são regimes de governo, ou seja, descrevem como o poder de um Estado está organizado. Esses conceitos não andam necessariamente juntos. A Índia, a maior democracia do mundo (1,461 bilhões de habitantes em 2024), é considerada uma economia majoritariamente socialista. Hong Kong, por outro lado, nunca foi realmente uma democracia, mas é o epítome do capitalismo. A diferença entre socialismo e capitalismo está no grau de influência governamental na economia e na propriedade estatal dos fatores de produção (terra, trabalho e capital), sendo maior a influência nos Estados socialistas. A escolha do regime de governo independe do sistema econômico escolhido.
Os países capitalistas baseiam-se nos preços de mercado para a alocação eficiente de produtos, estimulam a propriedade privada dos recursos econômicos e deixam a maioria das decisões econômicas para os indivíduos. Contudo, permitem que o governo regule os mercados, preserve a concorrência, tribute empresas e redistribua renda dos trabalhadores para os não trabalhadores. Por exemplo, o governo dos Estados Unidos cria regras para o mercado de trabalho, desmantela monopólios, subsidia agricultores, tributa poluidores e cobra impostos de Seguridade Social.
No socialismo, o governo assume um papel muito mais invasivo na economia. Embora a propriedade privada seja permitida, o Estado pode possuir empresas em setores econômicos fundamentais e regulamentar mais decisões econômicas do que no capitalismo. Na França, não é incomum que o governo detenha uma participação significativa em empresas francesas, chegando até mesmo a possuí-las integralmente. O mercado de trabalho francês é mais fortemente regulamentado do que o dos Estados Unidos. Em 2006, estudantes franceses protestaram contra a pressão das empresas sobre o governo para permitir a demissão de empregados sem restrições durante os dois primeiros anos de emprego. Compare isso com os Estados Unidos, onde não há garantias de emprego.
De acordo com John Maynard Keynes, “As ideias dos economistas e dos filósofos políticos, certas ou erradas, são mais poderosas do que normalmente se considera. De fato, o mundo é governado por isso.”
O capitalista Adam Smith considera: “Não é da benevolência do açougueiro que esperamos o nosso jantar, mas de seu respeito pelo próprio interesse. Nós nos dirigimos não à sua humanidade, mas ao seu amor próprio, e nunca lhes falamos de nossas próprias necessidades, mas das vantagens deles.” Na sua visão, a produtividade era o determinante da riqueza e o interesse próprio racional era a força motriz que proporcionaria à sociedade os meios para escapar da escassez. Acreditava que, quando a sociedade aproveitasse o poder do interesse próprio, o bem maior poderia ser alcançado.
Já o socialista Karl Marx preconiza: “De cada um, de acordo com sua capacidade; a cada um, de acordo com suas necessidades.” Marx idealizou uma economia na qual o problema da escassez seria abordado por meio de uma completa redistribuição de riqueza e renda, dos proprietários de terra e capital para os trabalhadores. Em sua visão utópica, a justiça social, a igualdade econômica e o alívio da escassez seriam alcançados quando a sociedade fosse organizada de tal forma que todos fossem iguais, independentemente do nível de produtividade.
Qual deles você acha que capta melhor a natureza humana? Se você acredita que as pessoas são basicamente boas e buscam servir uns aos outros, então as ideias de Marx soam verdadeiras. No entanto, se você acredita que as pessoas são inerentemente egoístas e buscam a própria ambição, então as palavras de Adam Smith podem lhe parecer mais válidas. Independentemente do que você acredita, tanto Smith quanto Marx conseguiram influenciar a sociedade até hoje.
Compreender esses conceitos básicos pode ajudar a entender melhor o mundo ao seu redor e as razões pelas quais algumas nações são mais ricas que outras.
O Blush Líquido Glow, novidade da Quem Disse, Berenice?, promete ...
A Natura traz ao mercado a linha Natura Ekos Cacau, com produtos que gar...
A Givenchy expande a linha de fragrâncias Irresistible com o lan&c...
O Hyaluage Acqua Filler, lançamento da Dermage, é um sérum ...
A Clinique amplia sua linha de cuidados para os olhos com o lançamento de...
A Ada Tina apresenta o Bio.Identique, um protetor solar com cor extremam...