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Na composição de custo do produto, levamos em conta os custos fixos da fábrica, os impostos, o custo da formulação e o custo das embalagens.
Cada um desses custos tem as suas peculiaridades e sua complexidade, gerando muitas vezes dificuldade para definir o custo real do produto e, consequentemente, seu preço na ponta.
Com isso, não raras vezes esse custo sai errado, o produto é lançado e, depois, se descobre que o custo precisa ser refeito para viabilizar a continuidade do produto em linha.
Isso causa um grande transtorno, considerando que a lista de preço já foi oficializada e divulgada e os pedidos estão chegando com o preço errado.
Existe, no entanto, outro aspecto que é bem pior do que esse, que é o erro invisível relacionado às embalagens.
O custo da embalagem no produto não está apenas no preço de cada componente de embalagem utilizado, mas também nas operações e no processo de envase na fábrica, seja ele qual for.
Esse erro é agravado quando o produto é fabricado por um terceirista e as informações técnicas da embalagem vêm da marca, que compra essas embalagens e manda entregá-las no terceirista, de modo que o produto vai direto para o envase, sem passar pelo controle de qualidade no recebimento do terceirista.
O primeiro grande erro na composição de custo do produto relacionado a embalagem é considerar o volume ou peso de envase como o declarado na rotulagem da embalagem. Quem está acostumado com o dia a dia da produção sabe que existe uma capabilidade do equipamento de envase e, com isso, um range ou uma faixa de máximo e mínimo possível da máquina aprovado para cada produto. Essa faixa é maior ou menor em função da tecnologia de cada equipamento. O volume ou peso a ser con- siderado para o cálculo de custo do produto deve ser o volume ou peso máximo dessa faixa, nunca o mínimo ou o declarado na embalagem, sob pena de se considerar um valor e a variação da máquina não conseguir mantê-lo. Com isso, faz-se o custo com um peso ou volume e, na realidade, esses valores são maiores, alterando o custo do produto.
Isso também pode acontecer quando o frasco é fruto de um projeto para embalagem exclusiva e, por erro de projeto, o volume útil fica acima do previsto. Nesse caso, o cuidado é com a definição do volume ou peso a ser declarado e a faixa definida para máximo e mínimo no envase.
Também existem casos em que o frasco standard não é transparente e, no envase, há a preocupação de não ficar com aparência de vazio. Nesse caso, o cuidado com o volume que vai no frasco e o que foi considerado para custo deve ser redobrado. Não basta atender o pré-requisito de não ficar com a aparência de vazio. Deve-se também atentar para o volume declarado, o volume de envase e o custo.
Fiz questão de abordar esse assunto para chamar atenção e evi- tar esses erros, pois vi isso acontecer diversas vezes nas empresas, e é grande o transtorno para corrigir o custo do produto posteriormente. Daí a importância da participação de representantes da produção e da engenharia e, se possível, de suprimentos na fase de definição da embalagem de um produto. É preciso prevenir e/ ou corrigir o erro antes que ele aconteça.
Outro erro comum na composição do custo de um produto relacionado a embalagem é a definição prévia de produção/hora e o número de colaboradores na linha de envase sem efetivamente se certificar de que as informações estejam corretas. Há erros como definir que um frasco venha gravado do fornecedor e, durante o pro- jeto e com o custo já definido, decidir rotular o frasco em linha. Isso aumenta a quantidade de mão de obra na linha de envase em função da embalagem e, consequentemente, aumenta o custo do produto.
O custo também se altera quando se definiu por uma máquina de envase com uma certa velocidade de produção/hora e, por alguma razão, muda-se para um equipamento com uma produção/ hora menor.
Parearem pequenos detalhes e mesmo que se tenha considerado uma gordura no custo, isso vai alterando para um lucro menor em cada unidade, chegando às vezes ao ponto de se estar pagando para produzir, ou seja, quanto mais se produz, mais se perde em faturamento e lucro.
Outro detalhe relacionado às embalagens que também passa despercebido na composição do custo é a definição de percentual de perda em cada lote envasado. É sabido que essa perda é diferente em função das diferentes famílias das embalagens. Por exemplo, raramente existe perda de tampa no processo de envase, mas existe uma perda de frasco e uma perda maior ainda de rótulo, principalmente na regulagem da máquina no início da produção.
A falta de um controle de qualidade no recebimento também pode fazer a empresa comprar “gato” e receber “lebre”, no que diz respeito ao peso de um frasco ou à gramatura de um cartucho.
Essas colocações podem parecer óbvias, mas a pressa, a de- satenção e até mesmo o desconhecimento do processo resultam em custos de produto errados e perda de dinheiro em função das embalagens envolvidas.
Fica o alerta.
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