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Mais uma vez coloco aqui o assunto embalagem relacionado às influenciadoras. Dessa vez para levantar um problema que vem afetando o mercado cosmético, mais especificamente a relação entre influenciadoras e fornecedores, sejam eles fabricantes de embalagem ou terceiristas que fabricam o produto.
Há algumas semanas, fui o organizador e mediador no palco de um evento para influenciadoras que teve como tema os mitos e verdades da cosmetologia. Pude observar que dentro desse tema o assunto embalagem teve grande destaque, tendo sido tanto levantado por pequenas influenciadoras como por aquelas que já têm suas marcas em destaque no mercado e um grande número de seguidores.
Não é novidade para ninguém que são muitas as dificuldades que o Brasil tem com embalagens cosméticas, mais especificamente as injetadas.
Vemos um número crescente de influenciadoras lançando suas marcas, sendo que a grande maioria começa com pequenas quantidades. Por outro lado, vemos um número crescente de influenciadoras com grande volume de vendas e faturamento, muitas vezes superior ao de tradicionais marcas do mercado.
Mesmo com esse crescimento e sucesso das indie brands, nota-se dificuldades com relação à s embalagens. Isso porque a necessidade é pequena, e o mÃnimo de unidades para um pedido nos fornecedores é muito maior do que elas precisam e, à s vezes, do que podem pagar.
Outra dificuldade é no atendimento. Fabricantes de embalagens e até mesmo terceiristas acabam não dando a devida atenção por serem influenciadoras, até porque não raras vezes elas não sabem exatamente o que vão lançar.
Na verdade, essa é uma reclamação que ouço muito.Ainfluenciadora chega no terceirista com o projeto na cabeça, mas sem noção da viabilidade tanto do produto quanto do prazo para execução e lançamento considerando as obrigações legais daAnvisa e testes prévios necessários. O terceirista acaba não aceitando o projeto.
Aliás, nesse aspecto, a Associação Brasileira de Cosmetologia tem feito eventos visando esclarecer e dar suporte para que elas possam selecionar o terceirista e o passo a passo para lançar sua linha de produtos de maneira correta e legal.
Para resolver o problema das pequenas quantidades, o que sugiro aos fabricantes de embalagens é ter distribuidores para essas pequenas quantidades, o que obviamente só se aplica a embalagens standard. Acredito que esse é um mercado em que vale a pena investir considerando o crescente e grande número de influenciadoras que querem lançar suas marcas.
Outro problema que vem tomando dimensões gigantescas são as não conformidades nas embalagens e produto detectado no pós-venda. Hoje a consumidora através das redes sociais tem a possibilidade de reclamar e rapidamente isso se torna exponencial, às vezes superdimensionando o problema. A influenciadora acaba tendo que recorrer a um recall. Isso tem custo e prejudica a imagem da influenciadora perante seus seguidores.
Temos atualmente uma renomada influenciadora que relançou sua linha de produtos e, mesmo tendo acompanhado o desenvolvimento dos produtos e seus respectivos testes de compatibilidade, está agora diante de uma avalanche de reclamações nas redes sociais.
O que aconselho aqui, tanto aos fabricantes de embalagens como aos terceiristas, é rever seus planos de amostragem e, principalmente no terceirista, não deixar de fazer o teste de compatibilidade embalagem x produto.
Muitas vezes em função da pressa e da pressão da influenciadora para lançar a linha, o terceirista acaba liberando a fabricação e o envase antes do término desse teste.
É importante também lembrar que, se houver alguma alteração no produto ou na embalagem durante o teste, este deve ser descartado e reiniciado do zero.
Não menos importante é destacar que não existe legislação da Anvisa para controle de qualidade nas embalagens cosméticas. Existe o que o mercado pratica, normalmente o plano de amostragem Military std 105D (NBR 5246). Na sua grande maioria, tanto o fabricante de embalagens quanto as marcas adotam NQA (nÃvel de qualidade aceitável) 0,25 para defeito crÃtico, 1,5 para defeito grave e 4,0 para defeitos menores, sendo que esses testes são feitos em todos os lotes de embalagens recebidas.
Diante do que coloquei aqui, o que fica é a necessidade de fabricantes de embalagens e terceiristas reverem seus conceitos pensando nesse crescente mercado e na participação das influenciadoras. Por outro lado, também é muito importante que a influenciadora tenha conhecimento do que esses fabricantes podem e do que não podem fazer. Muito mais importante do que escolher um terceirista é saber antes o que exatamente ela quer, de maneira que seja compatÃvel com o terceirista selecionado. Para isso, um briefing detalhado do projeto é o passo mais importante para acertar no terceirista.
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