Temas Dermatológicos

Tratamento para melasma

Novembro/Dezembro 2023

Denise Steiner

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Denise Steiner

Até pouco tempo atrás e, para alguns, até hoje, o melasma é considerado somente uma mancha.

No entanto, para pessoas atualizadas, os estudos recentes evidenciam histologicamente que o melasma é uma pele fotoenvelhecida, com destruição da fibra elástica (elastose), vascularização alterada, danos significativos na membrana basal, aumento dos mastócitos e, além disso, melanócitos caídos na derme.

A pessoa que tem melasma tem influência da sua genética, gênero e estilo de vida.

Mulheres de pele morena que tomam muito sol têm mais frequentemente melasma.

Pessoas de pele muito clara têm melanoses e câncer de pele, e mulheres mais miscigenadas têm melasma.

Ainda estamos caminhando nas pesquisas, mas provavelmente mulheres com melasma têm distúrbios metabólicos com desequilíbrios hormonais e inflamação sistêmica.

Mulheres grávidas têm mais melasma, e mulheres na pós menopausa têm menos melasma, evidenciando o papel hormonal provocativo dessa hipercromia.

Todas as pessoas que têm melasma pioram com o sol, que emite radiação UVB e causa câncer de pele, além da radiação UVA, que envelhece a pele, e a luz visível, que piora as manchas.

O filtro solar para controle do melasma precisa ter proteção para UVAe UVB, mas também precisa de proteção para luz visível, cujo melhor representante é o pigmento oriundo do óxido de ferro.

O filtro solar para melasma precisa ter cor, número alto e boa cobertura. Não existe outro filtro para proteção em relação às manchas de pele sem ser aquele que tenha proteção alta, combinado para UVB e UVA, cor para bloquear a luz visível e alta cobertura para esconder o melasma.

Não adianta pensar que o melasma irá melhorar somente com um produto milagroso. Há necessidade de combinação de tratamentos, pelo simples fato de que há muitos fatores causadores dessa mancha.

Cremes clareadores com hidroquinona, ácido retinóico, ácido glicólico e niacinamida são indicados e interessantes, contanto que não irritem a pele.

O uso do ácido tranexâmico, que é um remédio, é útil no tratamento do melasma, pois ele consegue inibir a ação dos hormônios que causam o aumento da pigmentação.

Além disso, o ácido tranexâmico também melhora as alterações vasculares que estão sempre presentes no melasma. Portanto, combinar esse remédio, se não houver contraindicação para aquele paciente, é uma das melhores ações para o tratamento do melasma.

A radiofrequência microagulhada que trata a pele com calor e agulhas parece ser muito indicada para tratamento do melasma, pois consegue melhorar a qualidade da membrana basal e diminuir a quantidade de mastócitos, que está aumentada, e provoca mais melanogênese.

Essa especificidade, que trata determinadas alterações do melasma, não era abordada com outras medicações ou tecnologias.

Historicamente, na medida em que conhecemos as causas do melasma, entendemos que se trata de um processo complexo e não de um simples excesso de melanina. Portanto, não existe tratamento único para o melasma, mas sim avaliação específica de cada caso e indicação de uma terapêutica combinada para agir em todos os passos que o desencadeiam.

A radiofrequência microagulhada tem dois mecanismos de ação: picada das agulhas que gera cicatrização e oxigenação dos tecidos e liberação de calor via radiofrequência, que tem a ação específica de estimular as fibras de colágeno.

Para finalizar, enfatizo:

- A importância do estilo de vida saudável;
- Evitar alimentos inflamatórios e industrializados;
- Dormir e descansar adequadamente para liberar os hormônios benéficos para a saúde;
- Fazer exercícios de musculação e aeróbicos de forma equilibrada e constante;
- Felicidade, saúde e beleza, para ter vida plena e longeva.

Cuide-se



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