Boas Práticas

Riscos: conceito e efeitos

Julho/Agosto 2022

Carlos Alberto Trevisan

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Carlos Alberto Trevisan

Retorno aqui à abordagem do tema riscos, tendo em vista a importância que esse assunto tem ganhado diante dos questiona- mentos feitos pelas autoridades sanitárias, notadamente quando das inspeções.

Podemos definir risco como a probabilidade da ocorrência de um evento, o qual poderá resultar em
impacto considerável na sustentabilidade do negócio.

A combinação da probabilidade da ocorrência de um dano com a da gravidade resultante desse dano define os tipos de risco.

Os riscos podem ser classificados em:

- Riscos externos: são aqueles alheios ao ambiente da em- presa e que impactam a sua gestão. São eles: clima, transporte, comunicação, mudanças das condições do mercado, etc.

- Riscos de pessoal: são causados pela reciclagem dos recursos humanos, pela ausência de colaboradores, pela sua desmotivação e pelo clima ruim que pode se estabelecer na empresa.

- Riscos de processos: existirão sempre que houver discrepância quanto ao conceito de que os processos têm que ser adequados aos princípios da qualidade e às condições definidas nos procedimentos.

- Riscos sistêmicos: são aqueles específicos do processo, como a não interação entre os vários fatores que impactam o desenvolvimento desse processo. Entre elas estão as interações que podem não ocorrer, ou ocorrer de forma insuficiente, entre a comunicação e o controle de insumos, que podem ser inadequadas, obsoletas, falhas ou mesmo até inválidas.

A seguir há uma série de definições que são consideradas importantes para o entendimento dos riscos e de suas consequências:

- Gestão de risco: é a aplicação sistemática de políticas, procedimentos e práticas de gestão para a realização das atividades de comunicação, do estabelecimento de contexto e de identificação, análise, avaliação, tratamento, monitoramento e análise crítica dos riscos.

- Política da gestão de risco: é a declaração das intenções e das diretrizes gerais das empresas, relacionadas à gestão de riscos.

- Avaliação dos riscos: para fazer a avaliação adequada de riscos, é necessário criar a matriz de riscos, para classificar a frequência e a severidade dos eventos.

- Matriz de riscos: considera os quatro níveis de riscos possíveis por evento – baixo risco; médio risco; alto risco; e extremo risco.

Os objetivos da gestão de risco podem ser definidos em três fatores principais:

- Evitar prejuízos financeiros: é a primeira meta da gestão de risco. Para isso, devem ser avaliados todos os dados e as variáveis relativos aos produtos ou aos serviços oferecidos pela organização. Devem existir alternativas para, por exemplo, minimizar os riscos do lançamento de um produto no mercado ou interrupções nas atividades por causa da falta de matérias-primas, de recursos humanos ou de materiais para sua fabricação.

- Otimização de recursos: a equipe deve estar preparada para maximizar a alocação dos recursos disponíveis, que podem ser a força de trabalho (mão de obra), os suprimentos em estoque, as instalações, os processos produtivos e/ou a capacidade produtiva.

- Faturamento: devem ser estabelecidas metas de faturamento e criadas condições para atingi-las.

A lucratividade é primordial para perenizar a organização. Por essa razão, a gestão de riscos deverá garantir que as atividades sejam desenvolvidas com máxima eficiência.



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