Boas Práticas

Motivação e pandemia

Janeiro/Fevereiro 2021

Carlos Alberto Trevisan

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Carlos Alberto Trevisan

No Brasil estamos presenciando uma situação caótica por causa de indefi nições nas áreas da saúde e da economia diante da pandemia da Covid-19.

Nas empresas, as restrições e as limitações introduzidas com a finalidade de prevenir a propagação do vírus acarretaram grande insegurança quanto à diminuição ou mesmo à continuação de suas atividades. A consequência dessa insegurança é, como já foi devidamente constatado, a queda da produtividade e da participação dos colaboradores nos processos de implantação de melhorias, por exemplo, do sistema da qualidade, de processos de certificação e da implantação de novos sistemas.

Há incertezas quanto ao prazo necessário para que as atividades em geral retornem podendo garantir o mínimo de segurança para a saúde das pessoas, sobre o que será o “novo normal” e acerca de quando retornaremos às condições que existiam antes da pandemia. Tudo isso provoca uma série de dúvidas e incertezas, que afetam diretamente o moral, o ânimo e as emoções dos colaboradores das empresas.

Em um ambiente como esse, como satisfazer as necessidades básicas e psicológicas dos colaboradores, de forma que isso possa gerar sua satisfação e sua motivação?

Motivação é uma palavra originária do latin motivus, que se signifi ca “movimento; coisa que se move”. Trata-se de um impulso proveniente de uma fonte de energia interna. Essa fonte guia os indivíduos para alcançar um objetivo.

Que objetivos podemos alcançar em meio à pandemia que não seja nossa própria sobrevivência?

A motivação no ambiente de trabalho, em qualquer ocasião, é de fundamental importância no nível individual e no nível coletivo. Isso porque a motivação está relacionada à satisfação e à produtividade de maneira geral. Por essa razão, cabe ao gestor o desafi o de manter os colaboradores motivados.

Essa não é uma tarefa fácil. A motivação dos colaboradores no trabalho está ligada à sua vontade, ao seu desejo de atingir metas e de ter o reconhecimento de seus superiores e, consequentemente, ao desejo de obter recursos para atender às necessidades pessoais e às de suas famílias. Quanto mais motivado estiver o colaborador, melhor será seu desempenho e maior será sua produtividade. A desmotivação é a negação de tudo isso.

O alarme da desmotivação soa quando: o índice de produtividade cai, o ambiente de trabalho torna-se “pesado” e aumenta a rotatividade de funcionários. Para reverter esse quadro há necessidade de uma ação muito bem estruturada que, via de regra, exige boa comunicação.

A comunicação é uma ferramenta que precisa ser considerada no processo de motivação dos colaboradores, principalmente na época em que estamos vivendo, em que é altíssima a velocidade da propagação dos conteúdos das mídias sociais e da difusão das fake news.

A ausência de um sistema de comunicação eficaz ou a existência desse sistema, mas de má qualidade, apenas serve como fator complicador de qualquer processo.

Nessas ocasiões, as empresas devem ser transparentes e coerentes, e devem se comunicar de maneira fácil e efi caz. Nelas, é preciso estabelecer um processo de mão dupla: falar com os colaboradores e ouvi-los. É preciso assumir que essa é a única forma de a empresa criar o envolvimento dos colaboradores.

Os gestores devem estar preparados para executar ações motivacionais com seus grupos de colaboradores.

Como definiu Dwight D. Eisenhower (1890-1969), que foi o 34.º presidente dos Estados Unidos, a motivação pode ser entendida como: “A arte de conseguir que as pessoas façam o que é necessário porque elas desejam fazê-lo”.

Acredito também que o conhecido economista, escritor e filósofo Peter Drucker (1909-2005) conceituou muito bem a motivação ao afirmar: “Aprendi que, sempre que algo é realizado, isso é feito por alguém obcecado por uma missão”.

Já dizia o escritor Stephen R. Cowey (1932-2012): “A motivação é uma chama interior; se outra pessoa tentar acender essa chama é provável que ela arda por um período muito breve”.

Steve Jobs (1955-2011), fundador da Apple Computer, afirmava: “Os funcionários são a força motriz por trás da Macintosh. Meu trabalho é criar um espaço para eles e remover os obstáculos do restante da empresa”.

Motivar os colaboradores implica assumir que eles são essenciais para a empresa que objetiva ser padrão em suas atividades e, dessa forma, colher resultados em todas as suas áreas de atuação.

A motivação é sempre individual, ou seja, o que pode motivar um colaborador pode não ser uma motivação para os demais. Porém, todos os colaboradores têm certas necessidades que devem supridas para mantê-los motivados.



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