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Inicio esta coluna fazendo uma pergunta: Qual é a efetiva utilidade, a médio e longo prazo, para as ações da Qualidade, de algumas das imposições que foram feitas à população para evitar a proliferação dos casos de coronavÃrus? Pode parecer estranho, mas, se observarmos com um olhar mais analÃtico, veremos que muitas das imposições feitas nada mais são do que atitudes que devem ser tomadas no cotidiano das empresas, no que se refere à Qualidade, nos aspectos de higiene e segurança para pessoas e produtos.
Em razão das imposições e recomendações feitas pelas autoridades sanitárias, muitas associações empresariais, conselhos de categorias profissionais, sindicatos patronais e outras entidades divulgaram guias, normas, procedimentos e recomendações, tanto sobre o campo comportamental quanto sobre o da distribuição fÃsica de postos de trabalho, relativas, por exemplo, à criação de sistemas preventivos de acesso aos locais das atividades.
Informalmente, realizei uma avaliação com os envolvidos no atendimento/cumprimento das imposições/ recomendações, para saber como estas imposições foram compreendidas e assimiladas por eles e qual é o efetivo comprometimento desses atores com elas.
Não me surpreendi quando ficou bastante claro que as ações estavam sendo tomadas em razão da pandemia e que, logo que a pandemia for superada – espero que isso aconteça o mais breve possÃvel -, a situação naturalmente retornará à situação existente pré-pandemia.
Alguns podem considerar que estou sendo pessimista, mas o histórico de implantação de quaisquer processos – quando estes não são devidamente assimilados, compreendidos e conscientemente aceitos pelos colaboradores e pelas organizações – mostra que, com maior ou menor rapidez, a situação retorna à condição que existia antes da implantação.
A razão para essas observações é que, se não houver a efetiva motivação das pessoas envolvidas para que aceitem as mudanças - o que se obtém com informação e esclarecimento – o que resultará em seu comprometimento, o resultado obtido ocorrerá por causa da obediência das pessoas ou pelo seu receio de punição e não por causa da efetiva incorporação, por elas, do novo processo.
Muitos dirão que a razão para o cumprimento das imposições/recomendações é a proteção da vida, mas, por exemplo, basta caminhar pelas ruas para verifi car que a utilização de máscaras ainda não é cumprida por uma parte, não importa se grande ou pequena, da população.
O motivo desses comentários é lembrar, aos responsáveis pelas organizações, que a presente experiência que estamos vivenciando, por ser muito grave e estar causando o sacrifÃcio de muitas vidas, deve ser utilizada como um aprendizado e aplicada à s atividades do dia a dia. Por isso, deve-se atender aos preceitos da Qualidade quanto à higiene e à segurança das pessoas e dos produtos.
A atual situação que estamos vivendo será uma grande oportunidade para, efetivamente, lembrar à s pessoas que, se cumpridos aos procedimentos, corretamente preparados e representativos da realidade, os resultados serão os melhores possÃveis e servirão como exemplo para o cumprimento dos demais processos
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