Boas Práticas

A neurociência na Qualidade

Maio/Junho 2020

Carlos Alberto Trevisan

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Carlos Alberto Trevisan

O leitor poderá considerar estranho abordar a importância da neurociência em uma coluna sobre Qualidade. Entretanto, uma vez mais, eu gostaria de lembrar que um dos princípios adotados pela Qualidade diz: “Quem faz Qualidade são pessoas”.

Nos cursos, nas palestras, nos artigos, nas lives (agora em moda) e nos webinars, sempre faço questão de enfatizar a importância do comportamento das pessoas para o sucesso da Qualidade. Relembro sempre que a grande dificuldade na implantação de quaisquer processos da Qualidade sempre reside na ausência de comprometimento e de motivação dos colaboradores com esses processos.

Muitas são as estratégias avaliadas e testadas para aumentar o interesse dos colaboradores, visando que adiram à causa da implementação dos processos de Qualidade.

Uma das estratégias que sempre enfatizo como um dos fatores mais importantes para aderir às mudanças, é a melhoria do processo da comunicação, a qual deve ser executada da forma mais efetiva e adequada ao nível de compreensão dos colaboradores.

A partir do início dos anos 1990, a neurociência tornou-se uma grande ferramenta para o estudo comportamental das pessoas no que se refere ao entendimento que elas têm sobre as oportunidades que são oferecidas pelos novos processos de melhorias.

Os pensamentos e os sentimentos do ser humano são produtos de estímulos que atuam no encéfalo e o ambiente social consiste em poderoso fator influenciador para a realização dos processos de mudanças.

A neurociência estuda o sistema nervoso de forma mais ampla e completa. Sua atividade comporta desde a formação e a estrutura cerebral, passando pelo funcionamento e pelo desenvolvimento das atividades mentais, e culmina com as conexões do cérebro com nosso comportamento.

Para que seja possível compreender as propriedades das funções cerebrais, é necessário considerar que o cérebro dos seres humanos, é o núcleo de inteligência e aprendizagem.

O encéfalo, que também se localiza na caixa craniana, desenvolveu-se há aproximadamente 20 milhões de anos nos demais primatas, e a evolução de espécie, criou condições para construir o encéfalo humano como hoje é conhecido. O encéfalo é parte do sistema nervoso central, é capaz de ter todos os tipos de reações, tanto as maravilhosas quanto as banais.

O que conhecemos como mente é um grupo de atividades desenvolvidas pelo cérebro. As atividades cerebrais são atuantes em todo o comportamento humano, não apenas nas atividades motoras simples, como andar e comer, mas também em todas as atividades complexas cognitivas. Associamos as atividades complexas cognitivas aos comportamentos especificamente humanos, como pensar e falar.

A tarefa da neurociência é apresentar explicações relativas ao comportamento humano quanto à atividade cerebral, esclarecendo como milhões de células neurais individuais, localizadas no encéfalo, agem para produzir esse comportamento e como, por sua vez, elas são influenciadas pelo ambiente, inclusive pelo comportamento de outras pessoas.

Portanto, a chave do sucesso é: o ambiente e os estímulos comportamentais que provocam mudanças de atitude nos seres humanos. Isso vale também para as melhorias da Qualidade.



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