Temas Dermatológicos

Herpes: o que você precisa saber sobre esse mal?

Maio/Junho 2014

Denise Steiner

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Denise Steiner

O herpes é um dos problemas de pele causados por vírus e, justamente por isso, no momento de atividade da doença, é altamente contagioso.

Basicamente existem os seguintes tipos de herpes: o herpes simples, tipos 1 e 2, e o herpes zoster. No primeiro caso, ou seja, o dos tipos 1 e 2, a doença apresenta as mesmas características, e o único diferencial é a área do corpo que atinge. O herpes tipo 1 aparece principalmente na boca, mas pode também se instalar em qualquer outra região. Já o tipo 2 atinge somente a área genital, podendo aparecer tanto no homem, quanto na mulher.

É importante destacar que, em se tratando de herpes tipos 1 e 2, a lesão configura-se como um grupo de vesículas (bolhinhas) de base avermelhada, que provocam ardor e dor. Na fase final do surto, surge uma casquinha que parece um machucado. Normalmente, é precedido por uma estomatite (tipo 1) ou vulvite (tipo 2), causando muito mal-estar e dor.

Convém lembrar que, com relação ao herpes tipos 1 e 2, o primeiro contato da pessoa com o vírus provoca uma grande inflamação. Nas crianças, o herpes tipo 1 pode comprometer toda a parte interna da boca.

O mesmo pode acontecer no caso do herpes tipo 2 que, na sua primeira manifestação, pode causar uma grande inflamação tanto no homem (região perianal ou glande), como na mulher (grandes lábios, vulva ou região da vagina).

Outra característica desse tipo de herpes é que, após a primeira vez, ele pode voltar a se manifestar, principalmente se a pessoa estiver com baixa resistência.

Contudo, o alento para as pessoas que venham a contrair o herpes simples - é que, por se tratar de um vírus, ele tem um tempo máximo de permanência no organismo e, mesmo se a pessoa não fizer nenhum tratamento, a pessoa estará curada em um prazo de sete a dez dias e sem nenhuma sequela.

Com relação à cura, conforme já mencionado, o herpes tipos 1 e 2 podem ficar encubados no organismo após a pessoa ter sido infectada uma primeira vez. Ou seja, ele pode voltar a se manifestar a qualquer momento, desde que a pessoa esteja debilitada. Portanto, embora o surto tenha um tempo de permanência no organismo, até os dias de hoje, não há cura definitiva.

Mesmo sem cura definitiva, é possível que algumas pessoas manifestem a doença uma única vez na vida. Ou seja, trata-se de uma questão individual, e mesmo aqueles que só tiveram um surto de herpes tipos 1 e 2 estão sujeitos a desenvolver a doença novamente.

Então, o que deve ser controlado é a queda de resistência da pessoa, para que não haja recidivas. Por exemplo, para evitar o herpes labial a pessoa deverá evitar o sol excessivo e usar protetor solar nos lábios. No caso de uma gripe forte, quando normalmente o organismo já está debilitado, a pessoa deve se cuidar bastante e evitar fatores como o estresse.

O tratamento para esse tipo de herpes é feito à base de antivirais potentes, por via oral, e, além disso, há utilização de antibióticos locais para aliviar os sintomas mais rapidamente. E, como medida geral, existe um aminoácido chamado lisina, que pode ser usado em doses altas para prevenir as recidivas. Esse aminoácido impediria, em algum momento, uma fase do metabolismo do vírus.

Há ainda a possibilidade de diminuir as recidivas com determinados tipos de lasers, que ajudam na cicatrização e reduzem a duração do surto. Mas vale ressaltar que todos esses tratamentos não eliminam o vírus.



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