Boas Práticas

Conhecer o objetivo

Maio/Junho 2019

Carlos Alberto Trevisan

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Carlos Alberto Trevisan

É do neuropsiquiatra austríaco Viktor Frankl o pensamento que “o sucesso, como a felicidade, não pode ser buscado: deve ser um resultado, e isso só ocorre como o efeito colateral da dedicação de alguém a uma causa maior que si mesmo”.

Após a breve incursão sobre o futuro das empresas que realizei na última coluna, abordando o tópico Internet das Coisas, retorno agora ao tema da Qualidade com foco nas pessoas.

O pensamento de Frankl serve para corroborar a tese da importância participação das pessoas no processo da Qualidade.

Talvez, para à esse pensamento uma característica de realidade, gostaria relembrar o diálogo dos pedreiros que erguiam um muro quando um passante perguntou para um deles o que ele estavam fazendo, e um deles respondeu: “estou construindo um muro“. O passante agradeceu a informação e dirigiu a mesma pergunta ao outro pedreiro, este respondeu: “estou construindo uma catedral”.

Como no pensamento de Frankl, o exemplo dos pedreiros, enfatiza a importância do objetivo para as pessoas.

Muitas vezes as empresas reclamam da falta de empenho dos colaboradores nos processos que estão em implantação. Entretanto, os dirigentes não percebem ou, ainda pior, não sabem que os colaboradores não conhecem os objetivos de cada processo e qual a importância de sua participação no atingimento desses objetivos.

É necessária comunicação adequada e efetiva para divulgar os objetivos dos processos implantados. Como já tive oportunidade de afirmar, comunicar é diferente de informar. Comunicar é informar com qualidade, a informação deve ser transmitida pelo emissor e compreendida efetivamente pelo receptor (feed back).

Em condições normais e adequadas, para o colaborador, a sua remuneração não é para implantar processo, mas sim para ajudar a empresa a implantá-lo. Cito o renomado criador do sistema de gestão da Qualidade, W. Edwards Dening, “pessoas com metas e trabalhos que dependem de atingi-los provavelmente o farão, mesmo que tenham de destruir a empresa para tanto”.

Considere as observações de Abraham Maslow, famoso psicólogo, “descrevendo as necessidades humanas de modo hierárquico iniciando pela sobrevivência e segurança e seguindo nosso desejo de que as nossas vidas são importantes, fazemos a diferença, contribuímos para o objetivo do processo e deixaremos um legado”.

A busca da felicidade e do atingimento dos objetivos são duas das motivações que servem de alvo para a vivência das pessoas.

Outro pensamento, agora do psicólogo húngaro, Mihaly Csikszentmihalyi que criou o conceito psicológico de fluxo, um estado mental altamente focado: “se a administração não vê os trabalhadores como indivíduos únicos e valiosos, mas como ferramentas a serem descartadas quando não forem mais necessárias, então os funcionários olharão para a empresa como nada além de uma máquina de emissão de salários, sem outro valor ou sentido”.

Reflita sobre isso.



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