Temas Dermatológicos

Antioxidantes: o que o futuro aponta

Janeiro/Fevereiro 2018

Denise Steiner

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Denise Steiner

O mecanismo de defesa antioxidante do organismo tem como principal função inibir ou reduzir os danos causados às células pelas espécies reativas de oxigênio. Existe uma grande variedade de substâncias antioxidantes, as quais podem ser classificadas como extracelulares. O mecanismo de ação dos antioxidantes permite, ainda, classificá-los como antioxidantes de prevenção, que impedem a formação de radicais livres, varredores, que impedem o ataque de radicais livres às células, e de reparo, que favorecem a remoção de danos da molécula de DNA e a reconstituição das membranas celulares danificadas.

Os carotenoides são relacionados à vitamina A e têm atividade nos receptores específicos para retinoides.

O terceiro grupo dos polifenois engloba a maioria dos fitocosméticos.

A genisteína é uma isoflavona derivada da soja com diversas atividades biológicas, entre elas a de antioxidantes e também de fitoestrógenos.

A genisteína está implicada em estudos que relatam efeitos terapêuticos no câncer de mama, no de próstata, na síndrome da pós-menopausa, na osteoporose e em doenças cardiovasculares, entre outros. Sua atividade parece ser anticarcinogênica e fotoprotetora. O mecanismo de ação envolve proteção antioxidativa que preserva o DNA celular.

A genisteína tem efeitos estrogênicos conhecidos, porém bem mais fracos do que o hormônio propriamente dito. Ela previne a hemólise de células vermelhas do radical H2O2, inibindo a peroxidação lipídica induzida pelo complexo Fe2 + ADP e NADPH. A genisteína também parece ser um potente inibidor do p.450 mediado pelo radicalbenzopireno. Ela também apresenta atividade quimiopreventiva e anticancerosa, inibindo a atividade da tirosinoproteína quinase (TPK), topoisomerase II e a ribosoma S6 quinase nas culturas das células.

Os efeitos biológicos da genisteína são:

● Antioxidante
● Inibidor da tirosina quinase
● Fitoestrógeno
● Inibe a ativação por radiação do UVB
● Proteção da oxidação química do DNA

E as ações preventivas e já estudadas do ativo são proteção de:

● Câncer de pele
● Câncer de próstata
● Osteoporose
● Doenças cardiovasculares

Estudos histológicos mostram que a genisteína inibe a hiperplasia epiletral, acantose e atipia nuclear induzidas pela radiação ultravioleta.

Estes efeitos protetores foram comprovados por medidas de espessura epidérmica e densidade das fibras.

A genisteína evita o avermelhamento da pele em humanos, demonstrando proteção específica à radiação UVA. Ela também parece inibir as queimaduras agindo como anti-inflamatório. Devido à grande instabilidade, os produtos com antioxidantes potentes precisam ter penetração cutânea em concentrações altas para manter a eficiência sem oxidar e mudar suas características.

A formulação com os mesmos continua sendo um desafio a ser superado por pesquisas e novas tecnologias.



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parabéns Dr Denise Stainer por esta publicação, particularmente o assunto me interessa muito!

por Murilo Martins 27/02/2018 - 13:02

Prezado Murilo, Agradeço imensamente o interesse. Atenciosamente, Dra. Denise Steiner

por Denise Steiner 05/03/2018 - 16:25

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