Temas Dermatológicos

Fotodermatoses: doenças causadas ou agravadas pela radiação solar

Setembro/Outubro 2017

Denise Steiner

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Denise Steiner

As fotodermatoses de causa exógena incluem a fototoxia, a fotoalergia e a exacerbação ou indução de doenças sistêmicas (tais como o lúpus eritematoso, a porfiria e a pelagra), em que a fotossensibilidade é uma manifestação clínica proeminente. Entre os fármacos capazes de produzir reações fototóxicas, estão incluídos os psoralenos, porfirinas, alcatrão de carvão, antibióticos e anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), enquanto entre os responsáveis pela fotoalergia estão antibióticos tópicos, fragrâncias, filtros solares e AINEs, além de diversas plantas e medicações psiquiátricas. As reações fototóxicas têm uma incidência muito superior às fotoalérgicas: os espectros de ação para a maioria das fototoxinas e dos fotoalergênicos estão localizados na faixa das radiações UV-A, motivo pelo qual são fundamentais o desenvolvimento e a aplicação de fotoprotetores que protejam a pele precisamente contra esse espectro de radiações.

A fotossensibilização pode ser definida como o uso de uma substância que absorve uma determinada faixa de radiação específica (chamada de fotossensibilizante), produzindo a modificação de um outro componente (chamado de substrato) pela ação desta radiação e induzindo, consequentemente, uma reação diante de uma radiação que normalmente seria inócua. A fotossensibilização geralmente é devida a produtos químicos exógenos, mas em determinados casos produzem-se fotodermatoses idiopáticas, de mecanismos muito menos conhecidos, entre as quais se incluem a erupção polimorfa lumínica e suas variantes, a urticária solar e a dermatite actínica crônica. Há poucos dados acerca da incidência relativa ou absoluta destas fotodermatoses.

Em um estudo realizado no Centro Médico de Veteranos de Nova York, foram avaliados 203 pacientes com fotossensibilidade, durante um período médio de 7,3 anos (idade média de 50 anos, sendo 63% dos participantes do sexo feminino). Os diagnósticos mais frequentes foram erupção polimorfa lumínica (26%), dermatite actínica crônica (17%), dermatite de contato fotoalérgica (8%), fototoxicidade sistêmica a agentes terapêuticos (7%) e urticária solar (4%). Os alergênicos e fotoalergênicos clinicamente relevantes, identificados com maior frequência, foram os fotoprotetores, as fragrâncias e os agentes antimicrobianos.

Nas crianças, a maioria das fotodermatoses tem um mecanismo fototóxico, sendo as manifestações mais frequentes, entre as de causas exógenas, a queimadura solar e as fito-fotodermatites. Neste grupo etário, é preciso considerar as porfirias, especialmente a porfiria eritropoiética e a porfiria cutânea tardia, os albinismos e o vitiligo, os transtornos de reparação celular do DNA (xerodermia pigmentosa, síndrome de Bloom, síndrome de Cockayne, síndrome de Rothmund-Thompson), os transtornos do metabolismo do triptofano, a erupção polimorfa lumínica com suas variantes e a Hidroa vacciniforme, com sua possível variante, o prurido estival.

A erupção polimorfa à luz, as porfirias e determinadas fotodermatoses idiopáticas com resposta patológica à luz visível demandam a utilização de fotoprotetores eficazes contra o espectro da luz visível, os quais geralmente requerem a incorporação de filtros físicos na forma de sais metálicos micronizados. A adição de dióxido de titânio microfino proporciona um grau de proteção superior contra a luz visível e as radiações UV-A em relação aos fotoprotetores químicos eficazes contra os raios UV-A e UV-B (6). A adição de um agente capaz de absorver a luz visível, como o óxido de ferro, aos filtros físicos com ação de dispersão tem um efeito sinérgico; por outro lado, a adição de pigmentos aos fotoprotetores físicos incrementa tanto a fotoproteção quanto a sua aceitabilidade cosmética.

Filtro solar é um produto cuja formulação terá ingredientes capazes de proteger a pele do sol. Existem dois tipos de filtros solares: o filtro químico e o filtro físico. O primeiro interage quimicamente com a radiação ultravioleta e a transforma em calor. O segundo protege por meio de uma barreira, promovendo o reflexo dos raios ultravioleta. Os filtros também podem ter outros princípios ativos como: hidratantes, vitaminas antioxidantes e clareadores. O filtro também pode ter vários veículos diferentes, como pomadas, cremes, géis e loções, que vão ser indicados conforme o tipo de pele.

Há inúmeros princípios ativos que são utilizados nos filtros solares, como: ácido aminobenzona, avobenzona, octil metoxicinamato, óxido benzona, óxido de zinco e dióxido de titânio. Há muita controvérsia a respeito da absorção das substâncias químicas dos filtros solares pela pele.

Estes assim, como outros temas relacionados ao filtro solar, têm que ser esclarecidos.

Hoje, a proteção solar é fundamental para proteger a pele dos danos relacionados acima.

Otimizar essa capacidade, criando formulações completas e estáveis, é a meta principal para proteger e preservar a pele de forma completa.



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Caro Florindo, Fico muito gratificada com o recebimento de seu comentário tão gentil e estimulante para que continue escrevendo artigos científicos. Pode ter certeza que irei divulgar o tema o máximo possível. Atenciosamente Denise Steiner

por Denise Steiner 17/10/2017 - 17:39

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