artigo publicado na versão impressa da edição Agosto de 2017 da revista Edição Temática |
O caminho para ter pele, unhas e cabelos bonitos e nutridos pode começar pela boca. Saiba mais sobre alimentos com propriedades funcionais, a origem do conceito e seus benefícios para a saúde
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Com base na premissa de que somos aquilo que comemos, vegetais e frutas ganham o reforço de bebidas, iogurtes, chocolates, pães, sopas e outros tipos de alimentos elaborados com ingredientes ricos em nutrientes específicos e que contribuem para a prevenção e a redução do risco de doenças – além de proporcionarem benefícios estéticos. O mercado de alimentos funcionais se desenvolveu rapidamente nos últimos anos e apresenta um grande potencial de crescimento e de diversificação no país.
“Alimento funcional é qualquer alimento que tenha um impacto positivo na saúde do indivíduo e no desempenho físico e mental, adicionalmente a seu valor nutritivo intrínseco”, diz um trecho do livro Lugar de médico é na cozinha – cura e saúde pela alimentação viva (Editora Alaúde), do médico Alberto Peribanez Gonzalez. Alimentos funcionais são, portanto, alimentos ou ingredientes que, quando consumidos com regularidade, oferecem benefícios à saúde, além de suas funções nutricionais básicas. Esse tipo de alimento pode, por exemplo, reduzir o risco de doenças crônicas degenerativas – como câncer e diabetes.
O alimento funcional “tem uma função particular quando ingerido, podendo regular processos vitais específicos, como o aumento dos mecanismos biológicos de defesa do organismo contra influências ambientais [...] e a redução do processo de envelhecimento”, aponta o autor da obra mencionada acima. Soja e derivados, cereais integrais – como aveia, centeio, cevada e farelo de trigo –, tomate, uva, couve-flor, cenoura,brócolis, linhaça e leite fermentado são exemplos de alimentos considerados funcionais. A cenoura, por exemplo, é rica em betacaroteno, um pigmento antioxidante que diminui o risco de câncer e de doenças cardiovasculares.
Alguns autores restringem a conceituação de alimentos funcionais aos elementos que ocorrem naturalmente e não sinteticamente. No entanto, grande parte dos pesquisadores considera que alimentos funcionais podem: ser naturais e não-modificados; ter a adição ou a subtração de componentes para proporcionar benefícios; ter um componente substituído
por outro, com atributos mais favoráveis; ou apresentar combinações entre essas características.
Aos olhos do consumidor, contudo, pode haver distorções. Um alimento enriquecido, por exemplo, não é um alimento funcional. As alegações de propriedade funcional “estão relacionadas ao papel metabólico ou fisiológico que um nutriente ou não-nutriente tem no crescimento, no desenvolvimento, na manutenção e em outras funções do organismo. Isso significa que estes alimentos contêm ingredientes que podem auxiliar, por exemplo, na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos e na proteção das células contra os radicais livres”, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os alimentos enriquecidos, por sua vez, são aqueles aos quais são adicionados um ou mais nutrientes essenciais – como vitaminas, minerais e aminoácidos – em quantidades definidas por uma regulamentação específi- ca. Alguns alimentos são obrigatoriamente fortificados. A farinha de trigo tem de ser enriquecida com ferro e ácido fólico, para a redução do risco de anemia ferropriva (por deficiência de ferro) e de doenças do tubo neural durante a formação do embrião. O ácido fólico é uma vitamina do complexo B, essencial para a prevenção de malformações.
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Não existe uma definição universalmente aceita para a categoria de alimentos funcionais. Embora o conceito seja tratado de forma semelhante em muitos países, há diferenças no conjunto de itens contemplados pelo termo, bem como nos tipos e no número de alegações aceitas para que um alimento seja considerado funcional.
Os primeiros alimentos com algum tipo de alteração para intensificar seu valor nutritivo – sobretudo no que diz respeito à adição de sais minerais – foram introduzidos no mercado nos anos 1920. Nas décadas seguintes, a tecnologia de alimentos avançou de forma considerável, com o desenvolvimento de novos ingredientes, embalagens, equipamentos e processos.
O termo “alimento funcional” surgiu no início dos anos 1980, no Japão, para designar alimentos processados que, além de serem nutritivos, continham ingredientes capazes de auxiliar em funções específicas do corpo. Com base nos dados de pesquisas apoiadas pelo governo japonês – que mostravam que alguns alimentos tinham o potencial de influenciar funções fisiológicas humanas –, em 1991 esses alimentos foram definidos como “alimentos para uso específico de saúde” e passaram a receber um selo, que identifica esses produtos como “Foshu” (Foods for Specified Health Use).
De acordo com o Ministério da Saúde e Bem-estar japonês, para que um alimento se enquadre nessa categoria, ele deve: melhorar ou regular um processo biológico ou oferecer um mecanismo de prevenção contra uma doença específica; ser um ingrediente ou alimento convencional (o que exclui comprimidos e cápsulas); e ser consumido como parte de uma dieta normal.
Depois da iniciativa japonesa, nos Estados Unidos, a FDA (Food and Drug Administration, a agência reguladora norte-americana) passou a admitir alegações relacionadas à redução do risco de doenças em determinados alimentos,com benefícios comprovados e aceitos por especialistas. Em 1998, havia 11 correlações aprovadas entre os nutrientes ou alimentos e os efeitos propostos.
Os Estados Unidos não possuem uma regulamentação específica para esse tipo de produto. A FDA, no entanto, estabeleceu categorias de alegações que podem ser atribuídas àspropriedades funcionais dos alimentos. São elas: alegações de saúde, alegações sobre o teor de ingredientes e alegações que dizem respeito à funcionalidade dos ingredientes.
A Comunidade Europeia também não classifica os alimentos funcionais como uma categoria de alimentos, mas como um conceito. Os alimentos funcionais começaram a ser estudados na Europa no final da década de 1990, na França, e um trabalho chamado Consensus Document foi publicado em 1999. O documento – elaborado pela The European Commission Concerted Action on Functional Food Science in Europe (FUFOSE), sob a coordenação do International Life Sciences Institute (ILSI) – abrange de informações básicas sobre o assunto à importância da tecnologia de alimentos para o desenvolvimento de alimentos funcionais. Em janeiro de 2007, o Parlamento Europeu definiu dois grupos de alegações possíveis de serem associadas a produtos alimentícios – referentes à saúde e à nutrição
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No Brasil, a Anvisa determina normas e procedimentos para o registro de alimentos funcionais. De acordo com a portaria n°398, de 30 de abril de 1999, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, alimento funcional é “todo aquele alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo semsupervisão médica”.
Como você verá nesta edição, para lançar um alimento funcional no mercado nacional, é preciso apresentar um relatório técnico-científico à Anvisa, com informações que comprovem os benefícios do produto e garantam a segurança para o consumo. Outros órgãos públicos, como o Ministério da Agricultura, também estão envolvidos no processo de registrode produtos desse segmento.
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De que forma a alimentação afeta nossa saúde? Conheça os alimentos que nos fazem bem, os mitos
que estão atrelados a alguns deles e a importância de uma dieta balanceada para prevenir doenças
por ERICA FRANQUILINO
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A alimentação nos dá energia para desempenhar as atividades diárias, previne o surgimento de doenças, colabora para o crescimento e renovação dos tecidos e ajuda a regular todos os órgãos. Para manter o organismo em equilíbrio, o ideal é diversificar a presença dos grupos alimentares nas refeições, investindo em qualidade e variedade – de cores e sabores.
Não existe um alimento que possua todos os nutrientes responsáveis por regular, construir e manter os tecidos e fornecer energia ao organismo. Para Rosana Perim, gerente da área de nutrição do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, uma boa alimentação requer apenas bom senso. “Não acredito que exista alimento ruim e alimento bom. Existe escolha de consumo, quantidade e frequência”, afirma.
Ela alerta para o cuidado que se deve tomar em relação aos alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados e
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Os nutrientes, substâncias químicas que fazem parte dos alimentos e que são absorvidas pelo organismo, são indispensáveis para o seu bom funcionamento. Os macronutrientes, amplamente encontrados nos alimentos, são os nutrientes de que o organismo precisa em grandes quantidades: os carboidratos, as gorduras e as proteínas. Os micronutrientes, que são as vitaminas e os minerais, estão presentes nos alimentos em concentrações pequenas, mas também são muito importantes para manter a saúde do organismo.
Verduras, legumes, frutas e cereais são fontes de vitaminas e minerais, atuam na prevenção de doenças e colaboram para a melhora do sistema imunológico. “No que diz respeito à estética, eles melhoram a saúde dos cabelos, da pele e das unhas.Por serem ricos em fibras, favorecem a função intestinal, prevenindo desconfortos gástricos e outras doenças relacionadasao aparelho digestivo”, diz a nutricionista.
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Nas últimas décadas, os padrões de alimentação passaram por mudanças na maioria dos países – em especial, naqueles economicamente emergentes. “As principais mudanças envolvem a substituição de alimentos in natura ou minimamente processados de origem vegetal (arroz, feijão, mandioca, batata, legumes e verduras) e preparações culinárias à base desses alimentos por produtos industrializados prontos para consumo. Essas transformações, observadas com grande intensidade no Brasil, determinam, entre outras consequências, o desequilíbrio na oferta de nutrientes e a ingestão excessiva de calorias”, aponta um trecho do Guia Alimentar para a população brasileira, do Ministério da Saúde.
Uma dieta equilibrada e nutritiva tem como pontos principais: adequação (às diferentes fases e condições de vida), qualidade, quantidade, harmonia (entre os nutrientes, no que diz respeito a qualidade e quantidade) e variedade. A pirâmide alimentar ajuda na compreensão do peso de cada grupo alimentar em uma dieta saudável. Os alimentos que precisam ser consumidos numa quantidade maior estão na base da pirâmide e os que precisam ser consumidos em menor quantidade estão no topo.
Na base da pirâmide estão os alimentos considerados “energéticos”. É o grupo que compreende pães, massas, tubérculos, raízes e cereais. São alimentos ricos em carboidratos e que devem ser consumidos em maiores quantidades durante o dia. Em um nível acima na pirâmide, estão frutas, verduras e legumes, alimentos “reguladores” que fornecem vitaminas, minerais e fibras para o corpo. Eles atuam no sistema imunológico, regulam a digestão e a circulação sanguínea e proporcionam o bom funcionamento do intestino.
No próximo patamar, estão os alimentos “construtores”, que são fontes de proteínas e minerais – como carnes, leguminosas, leite e derivados – e são importantes na construção dos tecidos do organismo. A função desses alimentos é ajudar a formar músculos, sangue e todos os órgãos do corpo. São alimentos essenciais na infância e na adolescência e devem fazer parte da alimentação de gestantes, para ajudar na formação do bebê. Na fase adulta, eles colaboram para renovar a pele, reparar fraturas ósseas e cicatrizar feridas.
No topo da pirâmide, estão os alimentos que devem ser consumidos com moderação. Fazem parte desse grupo os doces, os
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No que se refere à contribuição de substâncias com propriedades funcionais à saúde, Rosana menciona como exemplos os flavonoides, o licopeno, os fitosteróis, os fitoestrógenos e o ômega 3. “Os flavonoides, encontrados no suco de uva, no vinho tinto e nas frutas vermelhas, previnem a oxidação do colesterol ruim (LDL), evitando as doenças cardiovasculares.
O licopeno, presente no tomate, está muito relacionado com a prevenção do câncer de próstata. Nesse caso, para a ingestão
de licopeno, o mais indicado é o molho de tomate feito do próprio fruto”, explica. A quantidade de licopeno disponível no tomate depende da variedade escolhida e pode aumentar com o aquecimento. Por isso os molhos de tomate têm mais
licopeno do que o fruto cru.
Os fitosteróis, presentes principalmente em legumes, verduras e nozes, atuam na redução do colesterol. “A estrutura química do fitosterol é muito parecida com a do colesterol, de modo que ele ajuda a reduzir os níveis de colesterol no sangue.Porém, em razão da quantidade produzida nos alimentos, seria preciso consumir uma gama enorme para poder atingir a quantidade de fi tosteróis necessária para reduzir o colesterol. Hoje nós temos margarinas enriquecidas com fitosterol. Elas já estão suplementadas com a quantidade ideal, para que você alcance o resultado esperado”, comenta.
Os fitoestrógenos são compostos com atividade estrogênica encontrados em diversas plantas. Os principais fitoestrógenos são as isoflavonas, e a principal fonte de isoflavonas é a soja. “Há vários trabalhos mostrando os benefícios da soja, como a ação antioxidante e a melhora do perfil lipídico. Ela evita a oxidação do LDL e atenua os sintomas da menopausa”, aponta.
A sardinha é um importante representante do ômega 3, cuja ação está diretamente relacionada à redução dos níveis de colesterol e triglicérides no sangue. “Também temos a linhaça, outra fonte importante de ômega 3. No que diz respeito às doenças cardiovasculares, o ômega 3 tem uma ação anti-inflamatória. É importante lembrar que o início das doenças cardiovasculares é um processo inflamatório”, destaca. Rosana também menciona as características funcionais do azeite de oliva, gordura saudável que não interfere nos níveis de colesterol e tem ação antioxidante.
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Um prato colorido é atraente, nos faz “comer com os olhos” e oferece a combinação de vários nutrientes. As frutas e verduras amarelas e laranjas, por exemplo, são fontes de vitamina A. Os vegetais verde-escuros são fonte de ferro.
“Temos os carboidratos, como o arroz, a batata e as massas, que têm um tom meio amarelado, e o grupo das proteínas, que são as carnes bovinas, as aves, os peixes e o ovo. É importante ter essa harmonia de cores, porque ela coloca todos os nutrientes importantes na nossa alimentação. Quanto mais colorido o prato, melhor. Muito melhor do que pegar arroz, ovo e batata, por exemplo. Ficaria tudo branco e amarelo, tudo desanimado”, comenta.
Os alimentos amarelos e laranjas têm essa cor devido à presença de substâncias chamadas carotenoides, que têm ação antioxidante e são ricas em vitaminas A, C e E. Fazem parte desse grupo alimentos como laranja, cenoura, abacaxi, milho, abóbora, mamão, tangerina e batata-doce. Alimentos com essa coloração ajudam a prevenir doenças cardiovasculares e câncer, têm ação antialérgica e colaboram para a saúde da pele e dos cabelos. Eles também ajudam a manter o bronzeado, pois estimulam a produção de melanina, pigmento que dá cor à pele.
Ricos em cálcio, fósforo, magnésio, ferro, zinco e vitaminas A, C, E e K, alimentos verdes como alface, espinafre, couve, brócolis, agrião, pimentão verde, pepino, coentro, kiwi e abacate têm propriedades antioxidantes e desintoxicantes, além de serem ricos em fibras. A presença desse tipo de alimento na dieta é importante no combate à anemia, para a prevenção da osteoporose e do câncer e para o controle do diabetes. Eles também atuam na redução da pressão arterial e do colesterol.
Alimentos brancos, como batata, cebola, alho, cogumelos, couve-flor e banana, contêm polifenóis, cálcio, potássio e magnésio. A cor clara é resultado da presença da coenzima flavina. Esses alimentos contribuem para a formação e a manutenção dos ossos e a prevenção de doenças cardiovasculares e câncer, bem como para o bom funcionamento dos músculos e o fortalecimento
do sistema imunológico.
Alimentos vermelhos são ricos em licopeno, que tem ação antioxidante, e antocianina, que ajuda no controle do diabetes. Opções como tomate, melancia, framboesa, pimenta e morango contribuem para a melhora da circulação sanguínea, para a prevenção do câncer e para a eliminação de substâncias tóxicas ao organismo. Eles também agem contra o cansaço e a depressão, oferecem hidratação e ajudam no controle da pressão arterial.
Alimentos roxos, como uva, ameixa, amora, batata-doce roxa, cebola roxa, repolho roxo, berinjela e açaí, são ricos em ferro e vitaminas do complexo B, têm ação antioxidante e são fontes de fibras. O resveratrol, antioxidante encontrado nas sementes e na pele das uvas, também está presente no vinho tinto. Alguns dos benefícios que esses alimentos trazem à saúde são: controle do colesterol, prevenção de doenças cardiovasculares e prevenção do envelhecimento precoce.
Feijão, amendoim, nozes, castanhas, canela, aveia e outros alimentos marrons são ricos em fibras, gorduras boas, selênio, zinco e vitaminas do complexo B. Eles auxiliam na regulação intestinal, na prevenção da prisão de ventre, no controle do colesterol e do diabetes, na prevenção de doenças cardiovasculares e câncer e no fortalecimento do sistema imunológico.
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Tecnologia a serviço da beleza
A ciência cosmética explora as propriedades funcionais de diversos alimentos – como café e iogurte – para oferecer ao mercado ativos que agregam diferenciais a formulações de produtos para cuidado corporal e capilar. Conheça alguns exemplos de ingredientes inovadores, destinados ao desenvolvimento de alimentos funcionais com efeito cosmético
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O equilíbrio entre a ingestão de macro e micronutrientes é a chave para a manutenção de um organismo saudável. Dessa relação também dependem a beleza de cabelos, unhas e pele
por ERICA FRANQUILINO
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“Para o desenvolvimento e a manutenção de uma aparência saudável, o organismo |
A pele é um órgão complexo e multifuncional, que protege o corpo do ambiente externo e das agressões físicas, químicas e infecciosas, além de ter um papel fundamental em diversos processos biológicos e bioquímicos. No que diz respeito ao envelhecimento, Andrea lembra que este é um processo multifatorial, no qual fatores genéticos, endógenos e ambientais estão envolvidos. “O acúmulo de danos ocorridos ao longo do tempo leva ao funcionamento alterado de células, tecidos e órgãos. A luminosidade da pele também é influenciada por fatores intrínsecos e extrínsecos, que atuam modulando o seu envelhecimento”,
afirma.
O envelhecimento intrínseco é inevitável, ao passo que o extrínseco é fruto de uma combinação de diversos fatores externos e comportamentais, como as deficiências nutricionais, a ingestão de álcool, o estresse, o tabagismo e a exposição aos raios ultravioleta.
“Mais de 300 teorias foram propostas para explicar o processo de envelhecimento, entre intrínsecos e extrínsecos são importantes contribuintes na superprodução de espécies reativas de oxigênio, condição encontrada no estresse oxidativo”, menciona.
O estresse oxidativo leva à degradação das fibras de colágeno e elastina, responsáveis pela firmeza, sustentação e elasticidade da pele. Andrea explica que a pele está naturalmente envolvida por antioxidantes de baixo peso molecular e enzimas antioxidantes, que formam um sistema protetor eficiente. “Como primeira linha de defesa contra o estresse oxidativo, encontram-se três enzimas antioxidantes endógenas do organismo: superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPX). O funcionamento do sítio ativo destas enzimas é dependente de alguns minerais, como cobre, zinco, manganês, ferro e selênio, que devem ser ingeridos por meio da alimentação ou suplementação”, diz.
Como segunda linha de defesa, destacam-se os antioxidantes exógenos. Nessa categoria, estão substâncias como a vitamina C, a vitamina E e os carotenoides, que têm a capacidade de diminuir o dano celular. A vitamina C exerce diferentes papéis biológicos, incluindo a participação na síntese de colágeno, no processo de regeneração e na cicatrização de feridas. “Por funcionar como um antioxidante na pele, ela pode atuar reduzindo a prevalência de rugas e a desidratação senil. Foram demonstradas também propriedades fotoprotetoras, com o uso oral ou tópico”, comenta.
A vitamina E é composta por elementos chamados tocoferóis. Dentre os oito tocoferóis (alfa, beta, gama, delta, epsilon, zeta, eta e teta), o alfa-tocoferol é o mais abundante e uma das formas biologicamente ativas no corpo humano. Andrea explica que o alfa-tocoferol é reconhecido por ser uma proteína de transporte, uma vez que atinge os compartimentos intracelulares. É uma vitamina lipossolúvel e age como antioxidante, protegendo lipídios e membranas celulares da oxidação.
“Observa-se, portanto, que a nutrição e a ingestão de antioxidantes e outras substâncias ativas, podem ajudar na prevenção do envelhecimento cutâneo. Sua ação se dá na modulação do estresse oxidativo, assim como em mecanismos de reparo e proteção da pele”, destaca Andrea.
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“As moléculas de glicose, naturalmente presentes na pele, aderem às fibras de colágeno e elastina. Consequentemente, esses açúcares criam uma ponte rígida entre as fibras de colágeno e elastina, conhecidas como produtos finais de glicação avançada”, diz.
Pesquisas indicam que o consumo de carboidratos com alto índice glicêmico promove a glicação no organismo, por meio de ligações cruzadas. “Sendo assim, sugere-se o consumo de refeições de baixo índice e carga glicêmica, além da inclusão de substâncias antiglicantes, o que pode oferecer longevidade e prevenir o envelhecimento cutâneo”, completa Andrielle.
A beleza e a saúde da pele também estão relacionadas a um consumo hídrico adequado e regular, com média de 2 litros de água por dia. A inclusão de alimentos ricos em flavonoides contribui para a elasticidade e a hidratação cutânea.
As unhas, assim como a pele, exercem funções de proteção para o corpo. Elas são anexos cutâneos de queratina especializada,
que crescem de 2 a 3 mm por mês e são substituídas num período de seis a nove meses. “Sua estrutura química é constituída por queratina e compostos de enxofre e minerais, incluindo magnésio, cálcio, ferro, zinco, sódio e cobre. Praticamente
todas as defi ciências nutricionais podem afetar o crescimento ungueal de alguma forma”, diz Andrea.
Pessoas que apresentam unhas moles, com descamação e tendência à quebra ou a rachaduras, possuem níveis significativamente mais baixos de magnésio – no plasma e na unha. Andrea explica que a composição mineral das unhas de um indivíduo varia entre as diferentes populações. “Homens, por exemplo, apresentam níveis mais altos de cálcio e zinco, enquanto o magnésio está mais elevado nas mulheres e o ferro apresenta o mesmo nível. Já em idosos, observa-se uma concentração maior de cálcio e, em crianças, de magnésio, sódio e ferro”, aponta.
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São muitos os desafios impostos aos fios diariamente. Eles sofrem em razão de fatores como estresse, tração excessiva, distúrbios hormonais, exposição a substâncias tóxicas, ação de medicamentos, radiação ultravioleta, e em decorrência de uma alimentação carente de nutrientes.
“A quantidade e a qualidade do cabelo estão intimamente relacionadas ao estado nutricional de um indivíduo. A oferta, a absorção e o transporte adequado de proteínas, calorias, vitaminas e minerais são fundamentais para a atividade biossintética do folículo capilar. Deficiências destes nutrientes levam a alterações no crescimento e na pigmentação do cabelo”, afirma Andrea.
Diversos nutrientes são importantes para a saúde dos cabelos, o que abrange os precursores de hormônios e as matérias-primas diretamente ligadas à estrutura, ao crescimento e à manutenção dos fios no couro cabeludo. “Dentre as proteínas, destacam-se os aminoácidos sulfurosos, como a cisteína e a metionina, na síntese da queratina capilar. A L-lisina está presente na estrutura interna da raiz do cabelo e é responsável pela forma e pelo volume”, ressalta.
As gorduras presentes na dieta participam da síntesede hormônios esteroides a partir do colesterol e influenciam a permanência dos fios no couro cabeludo. Dentre as vitaminas, as que mais impactam o estado do cabelo são a vitamina C, as vitaminas do complexo B – incluindo a biotina – e a vitamina A. Dentre os minerais que influenciam o crescimento capilar estão: zinco, ferro, cobre, selênio, silício, magnésio e cálcio.
“A insuficiência de tiamina (vitamina B1), riboflavina (vitamina B2), niacina (vitamina B3) e ácido pantotênico (vitamina B5) pode contribuir para um subdesenvolvimento das células do folículo capilar. Essas vitaminas são importantes na produção de energia celular”, destaca Andrea.
Ela explica que a biotina (vitamina B7 ou H) participa do metabolismo de proteínas, gorduras e carboidratos, e sua deficiência pode levar à queda de cabelo. “A presença de enxofre em sua estrutura facilita a regulação da secreção de sebo e ativa o crescimento capilar”, diz. A deficiência prolongada de biotina leva a sintomas como excesso de oleosidade capilar, alopecia e falta de brilho ungueal. “Um estudo conduzido pela Universidade de Harvard sugeriu que a biotina é um dos nutrientes mais importantes para a manutenção da força, da textura e da função capilar”, acrescenta.
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Conheça os órgãos governamentais envolvidos no registro e na comercialização
dos alimentos funcionais e as principais normas que regem o segmento
por ERICA FRANQUILINO
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No Brasil, os agentes reguladores do segmento de alimentos funcionais são a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, em alguns casos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). São produtos com obrigatoriedade de registro, enquadrados nas categorias “Novos alimentos e novos ingredientes”, “Alimentos com alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde” e “Substâncias bioativas e probióticos isolados com alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde”.
O termo alimento funcional foi inicialmente introduzido pelo governo do Japão, em meados dos anos 1980, como parte de um esforço para reduzir os gastos com saúde pública.
“Existe um grande interesse, em nível mundial, de melhorar a qualidade da nutrição e reduzir os gastos com saúde por meio da
prevenção de doenças crônicas e da melhoria da qualidade e da expectativa de vida”, diz a engenheira de alimentos Tatiana Pires,
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presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad).
Ela destaca que essa tendência também está presente nas políticas de saúde brasileiras, referentes às áreas de alimentos e nutrição. “A Abiad acredita que o aumento da oferta dessa categoria de produtos no Brasil pode trazer benefícios para a população”, afirma Tatiana.
O governo japonês criou o selo “Foshu” (Foods for Specified Health Use), que distingue a categoria de alimentos funcionais, no início dos anos 1990. Na mesma década, Estados Unidos e Europa passaram a elaborar formas de regulamentar esses produtos, estabelecendo tipos de alegações que poderiam ser atribuídas às propriedades funcionais dos alimentos. Em 1999, a Anvisa publicou duas resoluções, relacionadas às diretrizes básicas para análise e comprovação das propriedades funcionais e de saúde alegadas nos rótulos dos alimentos funcionais e aos procedimentos para registro.
Essas resoluções fazem uma distinção entre alegação de propriedade funcional e alegação de propriedade de saúde. A primeira diz respeito ao papel metabólico ou fisiológico que uma substância – classificada como nutriente ou não – tem no crescimento, no desenvolvimento, na manutenção e em outras funções normais do organismo humano. A alegação de propriedade de saúde afirma ou sugere a relação entre o alimento ou ingrediente com determinada doença ou condição de saúde. Não são permitidas alegações de saúde que façam referência à cura ou à prevenção de doenças.
Além das alegações de propriedades funcionais ou de saúde, os alimentos funcionais podem, como mencionado anteriormente, ser enquadrados como “Novos alimentos e novos ingredientes” e “Substâncias bioativas e probióticos isolados com alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde”.
São classificados como novos alimentos e novos ingredientes os alimentos ou substâncias sem histórico de consumo no país, ou alimentos com substâncias já consumidas, mas utilizadas em níveis muito superiores aos atualmente observados nos alimentos ingeridos na dieta regular. A outra categoria contempla apenas as substâncias bioativas e os probióticos, misturados ou não a vitaminas e minerais, comercializados em formas farmacêuticas, tais como tabletes, comprimidos, drágeas, pós, cápsulas, soluções e suspensões. As substâncias bioativas compreendem, entre outras, os carotenoides, os fitoesteróis, os flavonoides, os fosfolipídeos, os organossulfurados e os polifenóis.
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Validação das alegações e registro
No mercado brasileiro, esse tipo de produto é, portanto, regulamentado pela Anvisa, responsável pela validação das alegações
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Posteriormente, é preciso elaborar um relatório técnico para a comprovação da alegação de propriedade funcional, de acordo com as diretrizes da Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999. Este relatório deve apresentar dados como: finalidade, condições de uso, formulação, estudos clínicos que demonstrem a funcionalidade do alimento e informações referentes à segurança de uso.
“Cumprida essa etapa, realiza-se a submissão do processo junto à Anvisa para a avaliação, cujo resultado será publicado no Diário
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A Anvisa informa que as ações referentes ao registro de alimentos têm início nos estados e são desenvolvidas de acordo “com o nível de descentralização das ações em cada unidade da federação”. A análise dos processos é efetuada, prioritariamente, pelas vigilâncias estaduais. Já o registro desses produtos pode ser realizado pela Anvisa ou pelo Mapa, nos casos de sucos, iogurtes e bebidas lácteas, por exemplo, “uma vez que a regulamentação desses alimentos se dá sob a égide desse órgão. Nos outros casos, o registro é feito pela própria Anvisa, concomitantemente à avaliação”, descreve a consultora técnica.
Ainda que o registro do produto seja de competência do Mapa, a alegação deve ser submetida à avaliação da Anvisa. A fiscalização referente à comercialização e adequação desses alimentos no mercado é feita pelas vigilâncias sanitárias municipais.
No que diz respeito à rotulagem dos produtos, a Anvisa já dispõe de diversas propriedades funcionais pré-aprovadas, para nutrientes e não nutrientes. As empresas que desejarem utilizar tais alegações devem seguir requisitos específicos, que podem ser consultados no portal da agência na internet. As alegações funcionais que ainda não foram aprovadas pela Anvisa devem, necessariamente, ser submetidas à avaliação do órgão. Daniela lembra que qualquer alegação de propriedade funcional vinculada a ingredientes, “mesmo que pré-aprovada e publicada no site da Anvisa, só pode ser declarada no rótulo de um alimento após a aprovação da agência”.
Ela menciona alguns exemplos de alegações já aprovadas: “As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino.
Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”; “Os frutooligossacarídeos – FOS (prebiótico) contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”; e “os fitoesteróis auxiliam na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Para Daniela, o principal desafio no modelo de regulamentação atual é o longo período de aprovação desses produtos, bem como os próprios critérios de avaliação utilizados pela agência. “A aplicação do modelo de comprovação de eficácia de medicamentos em alimentos é de relativa aplicabilidade. Nos estudos clínicos placebo-controlados, para comprovar a eficácia de probióticos, por exemplo, essa relativa aplicabilidade pode ser percebida, uma vez que nunca um indivíduo estará isento da microbiota ou deixará de se alimentar para ser o ‘controle’”, aponta. “Em um estudo clínico realizado com potenciais medicamentos, é possível reduzir ou até ausentar a interação com outras drogas, a fim de extinguir possíveis interferentes”, ilustra.
Ela acredita que, no caso de alimentos funcionais, é preciso pensar de forma holística, “com base em um potencial benefício, sempre no contexto de uma dieta e de hábitos de vida saudáveis, sem prejuízo do cumprimento às legislações e ao direito do consumidor de ter informações verdadeiras e de fácil compreensão”, completa.
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Produtos como sucos, chás, shakes, chocolates e suplementos impulsionam as vendas globais de alimentos funcionais com foco em benefícios estéticos, que devem atingir US$ 7,5 bilhões até 2024.
No Brasil, apesar da crise econômica, as perspectivas para o segmento são promissoras
por MARCELO COUTO
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As vendas de alimentos funcionais com finalidade estética atingiram US$ 5,16 bilhões em 2016 e devem registrar crescimento médio em torno de 5% ao ano até 2025, de acordo com o mais recente estudo desse mercado feito pela consultoria norte-americana Coherent Market Insights. As vendas do segmento, considerado atualmente um dos mais promissores na área da beleza, devem atingir US$ 7,5 bilhões em sete anos, segundo dados de outra consultoria internacional que acompanha o setor, a Global Industry Analysts Inc.
No Brasil, o mercado para esse tipo de produto ainda é pequeno, mas há um enorme potencial a ser explorado. A mais recente auditoria de mercado feita pela QuintilesIMS no canal varejo demonstra que a demanda cresceu 35% em 2014 na comparação com o ano anterior, 44% em 2015 e 2% em 2016. Somente no primeiro semestre de 2017 as vendas ao consumidor chegaram a 3,9 milhões de unidades ou o equivalente a mais de R$ 219 milhões.
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Mesmo diante da persistente crise econômica, a conjuntura é favorável ao desenvolvimento do segmento no Brasil. De acordo
com uma pesquisa sobre o hábito de consumo de suplementos alimentares, realizada em sete capitais brasileiras e publicada em 2016, mais da metade (54%) dos domicílios consumiu algum suplemento entre outubro de 2014 e março de 2015.
A sondagem foi encomendada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres(Abiad), em parceria com a Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde (Abifisa) e a Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri).
O levantamento revela, ainda, que grande parte dos suplementos se apresentam em comprimidos, cápsulas e sachês, sendo que os mais consumidos são: ômega 3, multivitamínicos, vitamina C e cálcio. São produtos desenvolvidos para complementar a alimentação de pessoas saudáveis, sem o objetivo de proporcionar a cura ou o tratamento de doenças, mas de preservar a saúde.
Especificamente no caso dos alimentos funcionais com finalidade estética, a proposta é melhorar a aparência de pele, unhas e cabelos. O médico dermatologista Sérgio Schalka considera que a reposição de nutrientes é uma das estratégias de tratamento mais promissoras na especialidade, sobretudo com a oferta crescente de novidades apresentadas nos últimos anos. Ele observa que um quinto dos lançamentos na área são alimentos funcionais. “O Brasil entrou mais recentemente nesse mercado, mas há cada vez mais ofertas e combinações de nutrientes nas mais variadas apresentações”, afirma.
Uma análise de mercado publicada em junho passado pela Global Industry Analysts Inc. aponta que o crescimento do segmento é estimulado por fatores como o combate aos efeitos do envelhecimento numa população com maior expectativa de vida, a
preocupação dos mais novos em prolongar a jovialidade, a conveniência de trocar cosméticos tópicos por produtos ingeríveis – a chamada beleza de dentro para fora –, o estabelecimento de novos padrões de beleza masculina e a comprovação científica da
eficácia dos produtos.
As novidades que chegam ao mercado têm levado as autoridades e entidades setoriais a se preocuparem com a criação de parâmetros de regulação. Até a terminologia dos produtos, que combinam qualidades nutricionais, farmacêuticas e cosméticas, costuma gerar confusões. Para Schalka, a utilização de termos como nutricosméticos, nutracêuticos e cosmecêuticos nem sempre é feita de forma clara, tanto por parte da indústria, como da cadeia de distribuição e dos profissionais da saúde. Ele considera que isso acontece porque se trata de produtos relativamente novos e cujo enquadramento em uma categoria ou outra considera a apresentação, a via de administração e a concentração das substâncias.
O fato é que esse mercado não para de crescer. Se considerarmos todos os alimentos funcionais ou fortificados comercializados no Brasil – independentemente de terem como finalidade benefícios relacionados à saúde ou à beleza especificamente –, as vendas chegam a R$ 34 bilhões (dados de 2016), segundo levantamento da Euromonitor International. A consultoria estima que esse montante pode ultrapassar R$ 38 bilhões até 2021.
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No mercado nacional, temos como exemplos de alimentos funcionais com efeito cosmético itens como sopas, sucos, chocolates, shakes e cápsulas. A marca Innéov foi uma das pioneiras na difusão do conceito de alimentos funcionais no Brasil. A linha, agora pertencente à Galderma, dispõe de formulações apresentadas em cápsulas, com compostos bioativos e nutrientes essenciais.
Uma das estratégias da marca para destacar os benefícios dos produtos é mostrar que o consumo de um alimento não garante necessariamente o aproveitamento total de seus nutrientes e que, para que ocorra uma absorção adequada, é indispensável que os nutrientes tenham boa biodisponibilidade, ou seja, que atravessem a parede intestinal e alcancem a corrente sanguínea para se difundir e atingir os tecidos-alvo.
As formulações incluem compostos exclusivos da Nestlé, referência em pesquisas nutricionais. Atualmente, o portfólio da Innéov
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no Brasil inclui as cápsulas Nutri-Care D, Duocap, Solar e Silhouette e o comprimido Fermeté AOX. A composição da cápsula Nutri-Care D inclui óleo de semente de groselha negra, ômega 3, licopeno e as vitaminas C, D e E. Ela combate a queda de cabelo e ajuda a aumentar a resistência capilar e o volume dos fios.
A variante Duocap, formulada com Lactobacillus paracasei ST11, vitaminas E e B6, biotina, ácido pantotênico, zinco e selênio, combate a caspa e protege o couro cabeludo. Desenvolvida para a proteção de todos os tipos de pele contra os raios UV – incluindo as sensíveis –, a Solar traz betacaroteno, licopeno e um lactobacilo patenteado na composição. As cápsulas da linha Solar também intensificam a duração do bronzeado.
A Silhouette, com Lactobacillus rhamnosus, frutooligossacarídeos, inulina, vitamina B3 e biotina, auxilia na redução de peso e tem efeito anticelulite. Para a prevenção e o tratamento da perda de firmeza da pele, a marca oferece o Fermeté AOX, cuja composição associa licopeno, luteína vitamina C e manganês.
Os preços dos produtos ao consumidor variam bastante nos pontos de venda. A caixa com 60 cápsulas de Innéov Nutri-Care D, por exemplo, pode custar de R$ 124 a R$ 160, de acordo com um conhecido site de comparação de preços para compra via internet.
Há sete anos, chegou ao mercado a marca Beauty’in, criada pela empresária Cristiana Arcangeli, sob o conceito de “beleza com
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A Beauty’in oferece itens para várias ocasiões de consumo. O mix de produtos inclui as bebidas da linha Beautydrink, em versões como Nectarina & Chá Vermelho; Amora, Maracujá, Limão & Capim Santo; e Laranja, Tangerina, Acerola & Guaraná. A unidade é vendida na loja virtual da marca por R$ 12,90. As latinhas de suco da linha Beautyjuice estão disponíveis nas opções com frutas,
água de coco ou vegetais, formuladas com 2 g de colágeno hidrolisado. O portfólio ainda inclui chás (linha Beautytea) e balas (Beautycandy).
Entre as novidades, estão o chocolate com 2 g de colágeno da linha Chocobeauty, comercializado a R$ 5,50 o tablete de 20 g, e a pipoca com 5 g de colágeno, frita no óleo de coco, que custa R$ 8,50 o pacote de 30 g na versão Lemon Pepper.
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Outra marca conhecida no mercado é a Equaliv. Um dos produtos de destaque é o Equaliv Reinforce, suplemento vitamínico e mineral que confere elasticidade e brilho aos cabelos e resistência às unhas. A formulação traz nutrientes essenciais, vitaminas A, C, E e do complexo B, zinco, magnésio, ferro e biotina.
Da marca também se destaca o Equaliv Colágeno Hidrolisado Type One, produto desenvolvido com a
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Na extensa linha, há ainda o Equaliv Termolen Cellfirm, suplemento que auxilia na formação de colágeno. O produto é apresentado em uma cápsula com duas fases: a primeira, líquida, é composta por óleo de cártamo e óleo de semente de uva; a segunda é constituída de uma microcápsula, com nutrientes como vitaminas A, B5, C e E, zinco, ácido fólico, cromo e selênio.
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Até mesmo no amplo portfólio de alimentos da Linea há espaço para os alimentos funcionais voltados à beleza. A linha Sucralose já tinha chocolate com colágeno e granolas compostas por 11 grãos e sementes e colágeno. Mais recentemente, ganhou dois novos shakes com colágeno verisol, ingrediente que auxilia no combate aos sinais do envelhecimento da pele. O produto está disponível nos sabores flocos e piña colada.
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Ela explica que a quantidade de colágeno presente na formulação (2,5 g) contribui para aumentar a elasticidade e reduzir a profundidade das rugas. “Os resultados, cientificamente comprovados, podem ser observados a partir de quatro semanas. Nossa proposta foi oferecer uma solução completa: um substituto de refeições para redução de peso e que melhora o aspecto da pele”, conclui, animada com as perspectivas.
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