Clean Beauty

Erica Franquilino

Menos é mais

Beleza consciente

Ingredientes inovadores

Substâncias proibidas

 

Edição Temática Digital - Abril de 2021 - Nº 61 - Ano 16

 

 

Menos é mais

 

Tecnologia e transparência estão na essência do movimento clean beauty, que se fortalece alinhado às escolhas de consumo que priorizam saúde e bem-estar. Embora não haja uma definição unânime para o termo – o que abre espaço para diferentes abordagens, majoritariamente associadas à sustentabilidade –, é consenso que um cosmético “limpo” é livre de ingredientes comprovadamente tóxicos, potencialmente nocivos ou desnecessários na formulação.

 

Produtos clean beauty são desenvolvidos com um cuidado especial em relação à segurança do consumidor. As composições desses cosméticos não incluem ingredientes “proibidos”, como ftalatos, parabenos, sulfatos e formaldeído, “sem entrar no mérito se esses ingredientes trazem ou não riscos à segurança de uma formulação”, aponta um trecho do artigo Formulando a Beleza Limpa, publicado em agosto de 2020 na revista Cosmetics & Toiletries Brasil.

 

“Esses parâmetros exigem que as formulações desenvolvidas e os ingredientes utilizados sejam respaldados por dados que demonstrem que eles passaram nos testes de segurança para uso tópico”, afirma o autor. Dentre outros aspectos importantes no desenvolvimento de um cosmético clean, está a redução do número de ingredientes na formulação, desde que não haja comprometimento do desempenho e da aparência da forma cosmética do produto.

 

“Quanto mais o formulador conhecer sobre a química e a bioquímica dos materiais que estiver usando, maior será sua chance de reduzir o número de ingredientes para obter os mesmos resultados”, diz o artigo mencionado anteriormente.

 

É importante ressaltar que clean não é sinônimo de natural, orgânico ou vegano. O conceito de “limpeza” está diretamente relacionado ao desenvolvimento de produtos livres de substâncias comprovadamente tóxicas. Uma formulação clean pode, portanto, ter componentes de origem animal ou sintética que não são prejudiciais à saúde.

 

 

Beleza consciente

 

A tendência clean beauty deu seus primeiros passos no mercado internacional com produtos de novas e pequenas marcas. Na esteira do crescimento das várias vertentes de consumo que pregam a integração de beleza, saúde e bem-estar, as clean brands ganharam visibilidade e atraíram a atenção de gigantes do setor.

 

Um dos destaques em clean beauty é a norte-americana Biossance, criada em 2016 pela empresa de biotecnologia Amyris. As formulações dos produtos excluem “mais de 2 mil ingredientes tóxicos ou possivelmente tóxicos para a pele ou para o planeta”, informa a marca, que chegou ao Brasil em 2018.

 

Os itens são formulados com esqualano 100% vegetal, produzido a partir do farneseno, molécula de hidrocarboneto extraída da cana-de-açúcar e que serve de base para diversas aplicações industriais. A substância é produzida pelo corpo humano (contribuindo para a manutenção da elasticidade, do brilho e da hidratação da pele), mas sua produção vai diminuindo ao longo da vida.

 

No site da Biossance, o esqualano criado de forma sustentável a partir da cana-de-açúcar brasileira é descrito como “um óleo leve e polivalente que é mais poderoso que todos os outros óleos”, uma vez que imita a umidade da pele.

 

No final de 2019, a Shiseido comprou a Drunk Elephant, e a Unilever adquiriu a japonesa Tatcha. Ambas as marcas construíram relações de confiança e transparência com os consumidores no que diz respeito às informações sobre ingredientes presentes nas composições.

 

Os cosméticos da Tatcha são formulados com Hadasei-3, um trio de superalimentos antienvelhecimento nascidos da dieta japonesa, que constitui a base dos rituais originais de beleza das gueixas: chá-verde, arroz e algas. “Cada ingrediente é cuidadosamente selecionado e minimamente manipulado, para ser suave e seguro com a máxima eficácia”, diz a marca.

 

Claudia Leo, gerente de Ciência, Tecnologia, Ideias e Conceitos da Natura, aponta que o termo clean beauty é usado “para definir a busca das marcas de beleza e dos consumidores por formulações cada vez mais naturais, livres de ingredientes tóxicos para a pele e para o meio ambiente. Essa tendência vem crescendo em solo nacional e internacional e anda de mãos dadas com um estilo de vida mais saudável: no uso dos cosméticos, na beleza e na alimentação”.

 

Os produtos da linha Natura Ekos (que foram reformulados) são biocompatíveis, altamente biodegradáveis e livres de ingredientes potencialmente prejudiciais às pessoas e ao meio ambiente. Claudia destaca as embalagens ecoeficientes, feitas a partir de plástico ou vidro reciclado. “Vale mencionar que, ao utilizar a linha mais recente, Ekos Tukumã, o consumidor fortalece a renda de 702 famílias guardiãs da floresta amazônica”, informa.

 

Na avaliação de Claudia, “a clean beauty se dedica ao desenvolvimento de produtos que não apresentem riscos à saúde e ao meio ambiente, priorizando ingredientes não tóxicos, de acordo com rigorosos critérios de segurança. São selecionados ingredientes isentos de matérias-primas de origem animal e de testes em animais, responsáveis social e ambientalmente. A tecnologia contribui para a extração e o desenvolvimento desses ingredientes”, afirma.

 

Ainda tomando como exemplo a linha Natura Ekos, ela menciona que ela transforma bioativos amazônicos em “potência biocosmética”, a partir de bioprocessos. “Nosso ciclo produtivo garante que a floresta se regenere, desde a colheita até a produção. Assim, por meio da tecnologia, mantemos o respeito e o cuidado com o meio ambiente e as pessoas sem perder a alta performance”, conclui.

 

 

Cristina Garcia, diretora científica da L’Oréal Brasil, acredita que o futuro da beleza vai além de ingredientes e produtos seguros. “A beleza consciente envolve todo o ciclo de vida do produto”, diz. “Os consumidores querem fazer compras boas para eles e para a natureza. Para responder a essa demanda, a L'Oréal adotou as ‘ciências verdes’: um conjunto de disciplinas que abrange ciências naturais e ambientais, como agronomia e biotecnologia. Vamos usá-las para fazer produtos ainda mais eficientes, a partir de matérias-primas renováveis”, acrescenta.

 

Dentre os exemplos de produtos alinhados a esse posicionamento, está o shampoo sólido SHP Gen 1, da Garnier. É o primeiro shampoo em barra e sem embalagem plástica da L’Oréal. “Essa nova tecnologia traz sustentabilidade à formulação, que é à base de plantas, sem sulfato, sem silicone e sem sabão, para cabelos normais. Outro ponto forte dessa tecnologia é o enxágue rápido, o que encurta a lavagem e diminui o consumo de água”, completa. O produto ainda não é comercializado no Brasil.

 

Em 2019, a companhia criou a plataforma Inside Our Products para apresentar ao consumidor – de forma clara, objetiva e em linguagem acessível – informações sobre ingredientes e desenvolvimento das formulações. “A plataforma agora está disponível em português (Por Dentro de Nossos Produtos) e já tem 42 fichas detalhadas sobre alguns dos ingredientes mais emblemáticos, além de um glossário com mais de 300 outros ingredientes”, informa.

 

O site traz seções com respostas a perguntas frequentes, artigos sobre como a L’Oréal garante a segurança e a qualidade de seus produtos e vídeos com pesquisadores da companhia, que abordam formulações e testes de eficácia dos produtos, dentre outros temas.

 

 

Ingredientes inovadores

 

Para Liliana Brenner, diretora de marketing em Personal Care para a América Latina da Ashland, a clean beauty vem evoluindo e envolvendo outras áreas, relacionadas ao bem-estar e à preservação do meio ambiente. “Essa ampla definição leva fortemente em consideração o processo de economia circular, desde a plantação até a reciclagem da embalagem do produto final após seu uso, partindo do princípio de que cada uma das muitas etapas se preocupa com aspectos amplos de rastreabilidade e/ou sustentabilidade”, pondera.

 

Ela aponta o desejo de proteção do consumidor contra substâncias nocivas geradas por humanos e pela industrialização. “A clean beauty abraça essa crescente consciência ecológica, que é perceptível em todos os níveis da sociedade, por meio da busca por produtos com formulações seguras para uso pessoal e seguras para o planeta”, afirma.

 

As composições dos produtos de personal care tendem a utilizar menos ingredientes, “fazendo com que ingredientes multifuncionais seguros, naturais ou sintéticos estejam em alta”. Nesse contexto, a Ashland apresenta inovações com base em tecnologias patenteadas que garantem segurança, efetividade dos ativos e multifuncionalidade.

 

A tecnologia PSR (Plant Small RNA) é um processo de extração natural e sustentável, livre de solventes e que inclui apenas substâncias de origem natural, sem geração de materiais tóxicos e com mínimo impacto ambiental. Seguindo a mesma premissa, a tecnologia Zeta Fraccion permite a criação de extratos de composição única, advindos de botânicos tradicionais e conhecidos, com novas propriedades.

 

 

 

O Nightessense biofunctional, “que está alinhado à tendência beauty sleep [ou clean sleep]”, é extraído das flores de lavanda cultivadas e colhidas nas encostas das montanhas da região da Provence, no sul da França, a 140 quilômetros da unidade de produção da Ashland. Desenvolvido com a tecnologia PSR, ele atua no que a Ashland define como noctologia.

 

O conceito de noctologia diz respeito à melhora do processo noturno natural de restauração da pele, com aumento de moléculas como a timezyme e a melatonina para a reparação do dano ocorrido durante o dia, “bem como a limpeza das espécies oxidativas originadas pela luz solar ou luz visível e o ‘reset’ noturno do tecido cutâneo, revelando uma pele mais descansada, revigorada e iluminada pela manhã”.

 

Nightessence biofunctional foi testado clinicamente em um grupo de 36 voluntários asiáticos que trabalham à noite ou que permanecem acordados até muito tarde. Depois de usar o produto durante um mês, os voluntários apresentaram uma pele mais descansada e com menos olheiras.

 

Em um segundo estudo clínico, feito com 26 mulheres e homens caucasianos de 41 a 67 anos, 92% dos voluntários obteve sete vezes mais luminosidade, cinco vezes menos vermelhidão e redução de linhas finas após a primeira noite de uso e resultados de longo prazo após três semanas.

 

A Rosaliss biofunctional é um ativo oriundo da rosa centifolia, derivado 100% natural, com certificação COSMOS e cultivado sem pesticidas nas proximidades da planta de fabricação da Ashland no sul da França. “Isso [a localização] oferece redução significativa no transporte, o que diminui o impacto ambiental de sua produção. As rosas são colhidas ao nascer do sol durante sua eclosão, momento em que se pode capturar o conteúdo mais rico de fitomoléculas. As pétalas frescas são imediatamente congeladas para preservar sua beleza, seu perfume e manter a integridade das fitomoléculas antes de sua extração”, explica.

 

A composição, rica em pequenos RNAs da planta e taninos protetores da rosa, ajuda a aumentar a capacidade natural de reparação da pele e a preservar seu microbioma dos danos causados pelo sol. O ativo tem efeito pré e pós-biótico, “com a bioconversão dos polifenóis da rosa pelas bactérias existentes na pele em moléculas mais efetivas para essa pele, que terá textura visivelmente mais suave e hidratada, com menos poros, imperfeições, irritações e sensibilidade”, menciona.

 

Harmoniance biofunctional é um ativo botânico obtido da planta do Lótus Sagrado (Nelumbo nucifera) inteira, fresca e viva. Por meio da tecnologia Zeta Fraccion, sem uso de solventes ou produtos exógenos, a planta viva – incluindo flor, caule, folha e raiz – é separada em frações, preservando a arquitetura celular original e capturando propriedades sinérgicas da planta.

 

Avaliações científicas mostram forte ação antioxidante, aumento da hidratação de forma endógena e função de barreira, além de uniformização do tom da pele e redução de rugas. “Estudo clínico utilizando 0,5% de Harmoniance demonstra eficácia na drenagem, redução de medidas e redução da celulite”, cita.

 

Infini’tea biofunctional é um sérum extraído das folhas do chá Cammellia sinensis, por meio da tecnologia Zeta Fraction. “A Ashland explorou dois caminhos na pesquisa pelas propriedades de acalmar e suavizar a pele: a alegação de que o glucamato presente nas comidas industrializadas tem sido descrito como responsável por piorar os problemas na pele (como o eczema) e a expressão na pele do BDNF (Brain Derived Neurotrophic Factor)”, diz.

 

O BDNF é regulado durante a prática do ioga, ajudando a diminuir diferentes estados inflamatórios, como a dermatite atópica e a psoríase. O Infini’tea biofunctional restabelece a homeostase de uma pele jovem, fresca e relaxada, diminui a vermelhidão e as linhas finas e aumenta a produção endógena do ácido hialurônico, bem como a luminosidade da pele.

 

Suprastim biofunctional é um ativo de origem 100% natural, com certificação COSMOS, extraído da “superfruta” camu camu e naturalmente rico em vitamina C, açúcares, aminoácidos e minerais. Ele ajuda a mitigar os sinais visíveis da pele cansada, como olheiras, manchas escuras, rugas e sensibilidade, proporcionando um aspecto de pele renovada e com “brilho saudável”.

 

Outro ativo biofuncional da Ashland alinhado à tendência clean beauty é o Blumilight, derivado do cacau que oferece proteção contra os efeitos da luz azul e que agora está disponível na versão em pó, para facilitar o uso nas formulações de produtos para a região dos olhos e da face.

 

O cb2-skin é um derivado das folhas do patchouli que equilibra o sistema endocabinoide da pele. Ideal para peles sensíveis, ele reforça a imunidade, oferecendo ação calmante, autorregeneração, redução de rugas e aumento da firmeza da pele. “Temos também o tradicional e orgânico Puraloe, Aloe vera puro em pó fornecido em duas concentrações, e o óleo essencial Clary Sage ou óleo de sálvia”, acrescenta.

 

Liliana cita a linha BiotHAIRapy, composta por cinco ativos biofuncionais de origem natural, biodegradáveis e com certificação COSMOS, para tratamento e proteção do couro cabeludo e do folículo capilar. Ela também destaca o ativo capilar Fiberhance BM, de origem natural, biodegradável e “bond multiplier”, que penetra profundamente no córtex para criar novas pontes de hidrogênio e iônicas, reforçando a estrutura da queratina interna danificada, e o booster de preservante multifuncional Phyteq Raspberry, lançado recentemente para a categoria oral care.

 

“Disponível nas versões derivado 100% natural ou natural idêntico, ele é um derivado da framboesa, com validação COSMOS e com propriedades comprovadas de melhora da biologia da pele, como proteção da elastina e melhora da suavidade”, completa.

 

Aline Lima, assessora técnica comercial da Sarfam, define o conceito de clean beauty como a integração das tendências de produtos naturais e de valorização da saúde, do bem-estar, da ética e da responsabilidade ambiental. “O desenvolvimento de cosméticos livres de toxinas é a premissa do conceito de beleza limpa. No entanto, isso não significa dizer que um produto clean beauty seja necessariamente orgânico, vegano, cruelty-free ou natural. Alguns ingredientes podem ter origem animal ou sintética, sem trazer malefícios ao ser humano”, ressalta.

 

Aline menciona que alguns veículos de pesquisa apontaram um crescimento de 42% nesse segmento entre 2017 e 2018. “Com base nesse nicho de atuação, que se mostra não apenas como tendência mas como um novo patamar de consciência para o mundo”, a Sarfam destaca a parceria com a Stephenson, fabricante europeia de bases tensoativas e condicionantes.

 

O portifólio da Stephenson inclui a linha Crystal de tensoativos sólidos e o Solid Conditioner MB, “que estão totalmente alinhados a esse mercado, pois são itens de base vegetal, sem parabenos, sulfato e PEG”. Os ativos são ideais para a formulação de produtos sólidos, sustentáveis e que não precisam de embalagem plástica. Esses ingredientes proporcionam diferentes sensoriais e texturas a partir de suas bases prontas. “Podemos apresentar formas variadas, como slimes para divertir as crianças, cubos, corações e nuvens de banho, para uma sensação maravilhosa de bem-estar”, comenta.

 

 

 

 

 

O Coconut Exfoliating Power, da representada Pacifique Sud, é um esfoliante mecânico natural obtido a partir da casca do coco, “que para muitos é considerado como subproduto, mas para a Pacifique é uma ótima forma de reaproveitamento e utilização no mercado cosmético. É um esfoliante de baixa granulometria, que promove esfoliação agradável e efeito visual aos produtos aos quais é aplicado”, cita.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vera Tonon, que comanda a área Life & Personal Care Business da Dinaco, menciona a relação entre cosméticos limpos e sustentabilidade e cita como exemplo a diminuição de resíduos ao longo da cadeia de valor dos produtos, com benefícios adicionais de redução de energia e água.

 

“A Aprinnova, distribuída no Brasil com exclusividade pela Dinaco, manufatura ingredientes usando tecnologia patenteada para converter cana-de-açúcar renovável em moléculas que geram uma gama de produtos de alto valor, puros, estáveis e dentro do conceito clean beauty”, diz.

 

Esse processo de fabricação é sustentável desde o cultivo de cana-de-açúcar, que não requer irrigação “e representa o mais elevado nível de biomassa por hectare dentre todas as fontes de açúcar”. Os resíduos da produção são convertidos em eletricidade para alimentar a planta e a comunidade local. Vera afirma que o processo de fermentação de cana-de-açúcar gera 60% menos gases de efeito estufa em relação aos similares produzidos a partir de petróleo.

 

“Produtos clean começam com ingredientes clean. A Aprinnova se desafia a desenvolver ingredientes que ajudem marcas a lançar produtos genuinamente clean, em qualquer categoria”, ressalta John Toner, diretor de Marketing & Innovation da Aprinnova.

 

Em resposta à demanda por texturas e formatos inovadores, a Aprinnova criou o SimplySolid, produto que não requer embalagens. O SimplySolid é um blend de ingredientes 100% natural, que permite o desenvolvimento sustentável e simplificado de cosméticos em bastão ou sólidos para skin care, body care, sun care e desodorantes, sem a necessidade de embalagens plásticas.

 

Ele traz em sua composição o Neossance Squalane, que confere vários benefícios à pele, como aumento da hidratação e da elasticidade, reparação da barreira cutânea, equilíbrio da microbiota e redução de rugas e linhas de expressão, e o Neossance Hemisqualane, que confere um excelente sensorial à formulação.

 

O SimplySolid oferece um ponto de fusão ideal, capaz de manter a integridade da barra e, ao mesmo tempo, transferir uma quantidade adequada do produto para a pele. “Estudos com voluntários confirmaram a percepção dos benefícios de SimplySolid na pele e a intenção de compra: 54% comprariam o produto se estivesse disponível”, afirma.

 

A Kaapi Fragrâncias surgiu em face da oportunidade de desenvolver o mercado de plantas aromáticas e óleos essenciais nativos do Brasil. “Após alguns anos de aprendizado, foi possível estruturar uma rede de fornecedores de matérias-primas utilizadas para a produção de óleos essenciais da mais alta qualidade”, afirma Jamile Trevini, coordenadora de marketing da Kaapi.

 

 

“Rastreabilidade, qualidade e muita responsabilidade são pilares essenciais na sustentação de conceitos mais transparentes, como os de clean beauty, green beauty e slow beauty”, diz Jamile. “É por meio desses atributos que a Kaapi faz, com propriedade, sua contribuição ao mercado cosmético. A companhia encara esse novo cenário como uma oportunidade ainda maior de mostrar os valores nos quais sempre acreditou”, completa.

 

A cadeia produtiva da Kaapi envolve pequenos e médios produtores rurais, como forma de valorizar a agricultura familiar e a estabilidade socioeconômica do homem que vive da terra. A partir de espécies nativas, como pau-rosa, copaíba, pimenta-rosa e cumaru, ou exóticas, como eucalipto, citronela, cravo e pimenta-preta, “a Kaapi oferece matérias-primas e oportunidades que estão diretamente ligadas à biodiversidade e ao desenvolvimento sustentável no país”, afirma.

 

A divisão de ingredientes da Kaapi concluiu, ainda em 2020, a construção de uma destilaria de óleos essenciais no município de Itacoatiara, no estado do Amazonas. Trata-se de uma fazenda de 360 hectares, com reserva florestal superior a 300 hectares e áreas de cultivo de pau-rosa, louro-rosa, eucalipto citriodora, priprioca e cumaru.

 

O destaque é o plantio de pau-rosa, iniciado em 2014. “O desafio de cultivar uma espécie selvagem em seu bioma original começa a dar frutos, e a produção de óleo essencial de folhas de pau-rosa terá início em breve. O projeto passou por todas as fases de avaliação nos órgãos governamentais e está apto a receber a certificação Cites (Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção) para exportação”, comenta.

 

O plantio de espécies aromáticas e a construção da destilaria fazem parte de um projeto maior, que prevê a criação de um polo de produção de plantas aromáticas e óleos essenciais a partir da agricultura familiar, nas comunidades próximas à destilaria.

 

“A empresa espera contribuir com alternativas para geração de renda à população local, reduzir a pressão pelo desmatamento da floresta nativa e proporcionar ao mercado global ingredientes naturais de origem rastreável, confiável e transparente”, destaca.

 

 

Substâncias proibidas

 

       

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