Esmaltes para Unhas/Formulação de Shampoos/Polímero Condicionador/Quaternário Protege Cor

Edicao Atual - Esmaltes para Unhas/Formulação de Shampoos/Polímero Condicionador/Quaternário Protege Cor

Editorial

Esforço e União que fazem a Força

 

O momento é de tomada de decisões importantes: tanto em âmbito nacional, com as eleições dos governantes municipais, como no cenário mundial - quanto à eleição do presidente dos Estados Unidos (o cargo mais importante do planeta). No Congresso nacional, a discussão sobre o projeto de lei que estabelece as PPPs (Parcerias Público-Privadas) também ganha destaque na mídia e acendediscussões acerca dos méritos e ajustes que precisam ser realizados. Mais uma vez, o momento é, também, de expectativa.Nesta edição de Cosmetics & Toiletries (Edição em Português), além de artigos técnicos que enfocam shampoos e condicionadores, e produtos para unhas, o grande destaque na matéria Especial é o Pólo Brasileiro de Cosmeticos, instalado em Diadema, na Grande São Paulo.Foram várias visitas, vários entrevistados, vários ângulos de uma mesma história. E uma só impressão: um esforço comum para fazer dar certo - de empresários que compõem a diretoria do grupo à qualificação profissional e gratuita. Trata-se de uma parceria público-privada que deu certo.

 

E os resultados têm sido animadores nas várias frentes em que o Pólo vem atuando, como as ações conjuntas que beneficiam fabricantes e chegam ao consumidor convertidas em qualidade e preços mais competitivos: esforço e união que estão fazendo a força na cidade que produz beleza.

 

Boa leitura!

Hamilton dos Santos

Editor

 

Formulação de Shampoo: Os Fundamentos - Ken Klein Cosmetech Laboratories, Fairfield NJ, Estados Unido

Informações básicas sobre a função de ingredientes utilizados na formulação de shampoos são apresentados neste artigo.

Este artículo presenta información básica sobre la función de los ingredientes utilizados en champúes.

Basic information related the function of the ingredients used in the shapoos formulation are presented in this article.

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Fisiologia das Unhas - Mariana G. Beny Médica, São Paulo SP, Brasil

Neste artigo são apresentados aspectos da estrutura e da fisiologia das unhas, alterações inestéticas e algumas condições patológicas, além da abordagem e tratamento cosmético das unhas.

En el artículo se presentan los aspectos de la estructura y fisiología de las uñas, sus alteraciones inestéticas y algunas de sus condiciones patológicas, además de su atención y tratamiento cosmético.

In this article are presented the structural aspects and the physiology of the nails, the unesthetical changes and some pathological conditions, besides the evaluation and the cosmetical treatments of the nails.

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Nova Geração de Quaternários - Ricardo Azzini Gonçalves Croda do Brasil Ltda., Campinas SP, Brasil

Neste artigo o autor apresenta uma nova geração de quaternários que agem para aumentar a performance de ativos para a tintura de cabelos.

En este artículo el autor presenta uma nueva generación de cuaternarios que actúan aumentando El desempeño de los activos para tintes de cabello.

In this article the author presents a new generation of quats which acts as a aid for improove the performance of the hair tint ingredients.

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Esmaltes de Unhas: Estudo, Características e Usos - Airton Cilento Gremafer Comercial e Importadora Ltda, Diadema SP, Brasil

Neste artigo, o autor descreve a evolução da tecnologia e das matérias-primas utilizadas na fabricação de esmaltes para unhas.

En este artículo, el autor describe La evolución de La tecnología y de las materias primas para La fabricación de barnices para uñas.

In this article, the author reports the evolution of the nail enamel manufacturing tecniques and the raw ingredients utilized in it.

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Polímero Condicionador/Modelador Eficaz em Shampoos e Mousses - Dr. Peter Hoessel, Dra. Claudia Wood BASF, Ludwigshafen, Alemanha

Neste artigo é apresentado um novo polímero (poliquatérnio- 44) de alto peso molecular e estrutura ramificada indicado para shampoos.

Este artículo presenta un nuevo polímero indicado para champúes, (poliquaternio-44) de alto peso molecular y estructura ramificada.

In this article it is presented a new high molecular weight and branched structure polymer (Poliquaternium-44) for use in cleasing products.

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Carlos Alberto Trevisan
Mercosul por Carlos Alberto Trevisan

Terceirização

Nos últimos dias 15 e 16 de julho foi realizada em Buenos Aires, Argentina, a Reunião extraordinária da Comissão de Produtos para a Saúde/Grupo ad-hoc de Cosméticos do SGT 11 “Saúde” com a presença das delegações argentina e brasileira.

A ausência das delegações do Paraguai e Uruguai impediu que qualquer decisão definitiva fosse tomada, ficando as propostas aprovadas ad-referendum destes dois países.

Foram analisadas as propostas apresentadas por Argentina e Brasil e aceita a brasileira, que servirá de base para a futura regulamentação, na qual, entre outras aspectos, ressaltamos:

Definição de Terceirização: contratação por terceiros para a execução parcial ou total das etapas relativas a fabricação, controle de qualidade e/ou armazenagem de produtos.

Empresa Contratante: a que contrata a fabricação total ou parcial de produtos ou serviços de controle de qualidade e/ou armazenagem de terceiros, responsável por todos os aspectos legais e técnicos vinculados com o produto ou processo objetivo da terceirização.

Empresa Contratada: a que executa a fabricação parcial ou total de produtos e serviços objetos da terceirização, coresponsável por todos os aspectos técnicos e legais inerentes à atividade objeto da terceirização. É também denominada empresa terceirista.

Contrato: documento que estabelece o vínculo jurídico entre as empresas envolvidas nas atividades objeto desta regulamentação.

Fabricação: todas as operações que são necessárias para a obtenção dos produtos contemplados pela legislação sanitária vigente.

Produção: todas as operações envolvidas na preparação de determinado produto desde que o recebimento de materiais, processamento, embalagem, até a conclusão do produto acabado/terminado.

Será permitido o contrato de terceirização entre empresas para a execução de etapas do processo de fabricação, controle de qualidade e armazenagem de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes sempre e quando se cumpram os dispostos pelo presente regulamento.

Não será permitida a terceirização da atividade de importação de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.

As empresas contratantes e contratadas que realizem contratos de terceirização devem dispor de Autorização de Funcionamento vigente, expedida pelas autoridades sanitárias competentes, para as atividades objeto do contrato.

Somente podem contratar a terceirização as empresas fabricantes ou importadoras de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes devidamente autorizadas pela autoridade sanitária competente.

As contratações relativas a depósito, laboratório de controle de qualidade e depósito de amostras de retenção, estabelecidas para o importador (item 2 da Res. GMC No 24/95), ficam sujeitas ao estabelecido neste regulamento.

As etapas do processo produtivo, derivadas de terceiros, devem ter suas instalações e distribuição física consideradas como extensão das instalações da empresa contratante somente para estas etapas e, como tais, passíveis de inspeção pela Autoridade Sanitária competente de acordo com as BPF e C em vigor.

A terceirização dos serviços de armazenagem somente será permitida para produtos devidamente regularizados perante a Autoridade Sanitária competente.

O controle de qualidade no processo de fabricação é privativo da empresa fabricante do produto e, portanto, não pode ser terceirizado. A utilização de laboratórios terceirizados para a realização de controle de qualidade, como apoio a empresas elaboradoras, será permitida quando:

- O grau de complexidade da avaliação requeira o emprego de recursos altamente especializados.

- A freqüência com que sejam realizadas as avaliações seja tão baixa que não justifique a aquisição de equipamento específico.

Os fabricantes devem estabelecer contratos nos casos previstos neste tópico com laboratórios analíticos capacitados e reconhecidos pela Autoridade Sanitária competente em cada Estado-Parte.

Na coluna da próxima edição iremos destacar os tópicos desta proposta que poderão impactar as atividades de terceirização.

Direito do Consumidor por Cristiane Martins Santos

Os Limites da Publicidade

Não há dúvida de que atualmente estamos vivendo numa fase extremamente complexa do ponto de vista publicitário: tempos de oferta maior do que a demanda, o que acarreta quantidades cada vez maiores de opções de produtos disponíveis no mercado.

Como reflexo deste panorama, a massa de publicidade que nos bombardeia diariamente está cada vez maior.

Você já parou para pensar quantas mensagens publicitárias, seja por meio de rádio, televisão, revistas, outdoors, emails, entre outros, recebe por dia? Seguramente, este número pode ser considerado astronômico!

Já tendo consciência de que a publicidade faz parte de nossas vidas, surge uma outra questão: isto é bom ou ruim?

A publicidade exerce uma importante função no processo de comercialização, é por meio desta que as empresas divulgam seus produtos/serviços, destacam suas características e também possibilitam que o consumidor tome conhecimento das opções existentes no mercado de consumo, despertando desejos e necessidades.

Desta maneira, podemos dizer que a publicidade é boa tanto para o fornecedor como para o consumidor.

Entretanto, em função deste desequilíbrio entre oferta e demanda, e em nome da “competitividade”, para convencer e conquistar o consumidor, a publicidade está vivendo uma fase de “vale-tudo”, na qual sua credibilidade está cada vez mais ameaçada e, por conseqüência, colocando em risco o consumidor.

Para evitar e banir este tipo de risco, o Código de Defesa do Consumidor trata especificamente, em seu capítulo V, “Das Práticas Comerciais”.

Dentre todos os artigos que compõem este capítulo, vale destacar:

Art.30 – Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. – Este artigo quer dizer: ofereceu tem de cumprir! Isto é, qualquer oferta veiculada por meio de publicidade e que atraia o consumidor até o ponto de venda deve ser cumprida independentemente de qualquer “desculpa superveniente” que o fornecedor tentar buscar para se esquivar.

Art.36 – A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.

Art.37 – É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.

§1º- É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. Exemplos: aqueles produtos milagrosos de emagrecimento, que prometem redução de peso (em geral com número de quilos determinado) sem quaisquer bases que comprovem o alegado; aquelas famosas letrinhas minúsculas, que contêm informações imprescindíveis sobre o produto/serviço (normalmente relacionado à preço ou forma de pagamento), que para serem lidas o consumidor precisa de uma lupa!

§2º- É abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. – Talvez o mais clássico exemplo considerado abusivo foi uma campanha publicitária das lojas Benetton (divulgada em meados da década de 90), que tocava em valores morais, para muitos de forma extremamente chocante, com a finalidade de vender suas roupas.

Sendo assim, verifica-se que, para ser convincente e atingir plenamente sua função, a publicidade deve, em primeiro lugar, respeitar o consumidor!

A vez da Qualidade por Maria Lia A. V. Cunha / Friedrich Reuss

Acidentes e Desperdícios: Custos Desnecessários

Na implantação de sistemas de gestão, que ocorre de forma cada vez mais acelerada nas organizações, freqüentemente são utilizados processos para promover a integração das pessoas. Esta integração, realizada juntamente com a implementação do sistema de gestão, é o mínimo que deve acontecer nas empresas – a fim de promover a necessária integração dessas pessoas.

A integração, a conscientização, o aprendizado em grupos e os processos que promovem os trabalhos em equipe têm como objetivo fazer com que os diversos colaboradores da empresa conheçam e valorizem as necessidades de seus clientes internos. Estejam em condições de promover a necessária fluidez e precisão das transações dos processos internos, para que a empresa possa atender com maior eficácia as necessidades do mercado e de seus clientes.

O trabalho em grupo e a formação de equipes permitem o aproveitamento das sinergias entre as diversas competências e as especialidades dos profissionais envolvidos, resultando em soluções mais criativas e mais adequadas ao crescimento orgânico da empresa e de seus negócios. O trabalho em equipe também promove uma uniformização do direcionamento das diversas áreas da organização para os seus objetivos maiores. Também contribui para melhorar a característica de respeito ao sentimento coletivo, provocando um crescimento na direção de uma cultura que valorize as ações disciplinadas, ou seja, o respeito mútuo aos objetivos da organização e às necessidades inerentes ao bom funcionamento de cada processo interno e externo.

As ações disciplinadas são proporcionadas pelas ferramentas de gestão, desde que sejam adequadamente implementadas e que haja rigor em seu seguimento. Para que todos os trabalhos em grupo sejam devidamente suportados é necessário que a direção forneça uma forte orientação para as necessidades atuais e futuras do mercado em que atua, fazendo com que os líderes se tornem extremamente determinados em direção aos objetivos comuns. Devem, no entanto, permanecer adequadamente humildes para poder resguardar a sensibilidade necessária que lhes permitirá perceber as nuances do processo interno de desenvolvimento, e as variações existentes na concorrência e nos mercados em que atua. Os líderes, tendo a capacidade de manter um foco intenso no objetivo de ser o melhor em seu mercado, serão os direcionadores de todo o grupo da organização, a ponto de definir a direção e a intensidade de seu alinhamento.

Dentre os trabalhos de desenvolvimento a serem realizados, os processos de redução de custos e de desperdícios em geral se tornam a grande prioridade na manutenção da competitividade, bem como as perdas nas diversas áreas (qualidade de atendimento, assistência técnica, qualidade da produção, qualidade das competências, desempenho de produto, absenteísmo, reclamações, etc).

Por outro lado, os resíduos também devem ser adequadamente gerenciados. A questão começa já na escolha de fornecedores que estejam mais alinhados com a necessidade da empresa em termos de qualidade de matérias-primas e de embalagens. Com a qualidade de fornecimento, com a facilidade e precisão na entrega, com os tipos de embalagem e com os fretes utilizados, assim como na eficácia
de seus atendimentos e nos seus sistemas de parceria.

Internamente será necessário realizar uma análise de valores para os seus produtos e seus processos, priorizando em seguida aqueles projetos de melhoria que se realizem com maior facilidade, a menores custos e menores riscos. Para cada uma destas avaliações existem as ferramentas mais adequadas, mas todas podem ser iniciadas com a “ação preventiva” ou então com a ferramenta do “seis sigma”, que lhe é similar e o DMAIC (Define o problema, Mede o desempenho, Analisa o problema, “Improve” (melhora) e Controla).

Cada grupo segue com os devidos planos de ação corretiva e preventiva e realiza sua avaliação, recebe a aprovação da mudança, implementa-a e realiza os acompanhamentos. Também devem ser trabalhados os riscos de acidentes e as causas das perdas de horas de trabalho, tanto de máquinas paradas como de pessoas acidentadas e as faltas diversas.

Temas Dermatológicos por Dra. Denise Steiner

As Unhas Sinalizam a Saúde do Organismo

As unhas e os cabelos são chamados de anexos cutâneos e são formados por diferenciação de alguns segmentos da pele. Há bastante semelhança entre os cabelos, as unhas e a pele, além de todas estas estruturas apresentarem a substância queratina em comum, estas estão envolvidas no processo de proteção do organismo ao meio externo.

As unhas e os cabelos, mais até do que a própria cútis, são termômetros do que está ocorrendo no organismo humano - um exame atento a estas estruturas pode auxiliar em diagnósticos difíceis, bem como permitir um tratamento precoce de doenças internas. Isto ocorre porque estas estruturas crescem continuamente e recebem estímulos hormonais, nervosos e imunológicos, fazendo uma interminável rede de correlações com o organismo.

Quando o corpo é acometido por doenças sistêmicas, como infecções, problemas de depressão imunológica, disfunções hormonais diversas ou mesmo alterações nutricionais, a unha e o cabelo podem interromper o crescimento ou apresentarem alterações de estrutura. Evidenciam, portanto, em primeira mão, as alterações invisíveis por outros sintomas. É interessante encarar estes anexos como marcadores internos que sinalizam, de forma precoce, problemas que podem ser melhor diagnosticados e tratados.

A unha normal é transparente, lisa e suave, permanecendo colada ao seu leito e apresentando crescimento contínuo no indivíduo adulto. A unha das mãos demora, em média, de cinco a seis meses para crescer da base até a ponta, e a dos pés, de oito a 12 meses. É bom lembrar que existem variações individuais, relacionadas a raça, idade, ambiente, ocupação, etc.

Alterações na cor, aparência, textura, superfície e crescimento podem significar problemas internos. Algumas alterações sistêmicas apresentam nítidas alterações nas unhas (ungueais), como nos exemplos abaixo:

• Anemia: Unhas quebradiças, secas, opacas, sulcos transversais (vários), coiloniguia (formato côncavo da unha), onicólise (descolamento distal).

• Doenças cardíacas: Unhas curvadas, alargadas, arroxeadas e com pontos arrozeados.

• Doenças renais: Engrossamento, coloração amarelada ou acinzentada, linhas transversais esbranquiçadas, unha metade marrom, metade clara.

• Doenças no fígado (cirrose): Unhas de Terry – esbranquiçada na parte proximal e normal na parte distal, unha pálida amarelada, arredondamento e aumento.

• Doenças gastrointestinais: Pontos hemorrágicos, unhas doloridas, frágeis e que se deslocam da parte distal ou descamam.

• Diabete: Avermelhadas e com vasos na pele, engrossamento e endurecimento das pontas dos dedos.

• Lúpus eritematosos: Hemorragia da cutícula, manchas brancas, depressões puntiformes e deslocamento da parte distal.

• Reumatismo: Unhas amareladas, sulcos transversais, lúnula avermelhada e engrossamento sob a unha.

• Leucemia: Unha quebradiça, hiperqueratose (engrossamento) ou perda total da unha.

• AIDS: Infecção das unhas por fungos e cândida, vírus e herpes e sarcoma de Kaposi (tumor vascular).

Fatores nutricionais podem igualmente ser percebidas pelo simples exame das unhas. Alguns exemplos são:

• Hemorragia subungueal, pontos avermelhados no leito ungueal - vitamina C

• Coloração acinzentada, cutícula seca e engrossada, descamação intensa ao redor das unhas, linhas transversais bem acentuadas – zinco

• Linhas transversais esbranquiçadas, ausência de brilho e descolamento da parte distal da unha – nicoitinamida B3 (pelagra – doença de alcoólatra)

Certos medicamentos podem causar alterações na cor e na forma das unhas, como a minociclina (cor azulada); a tetraciclina (cor marrom e descolamento distal); os anticonvulsivantes (diminuição do tamanho das unhas); os antidepressivos (manchas brancas) e os retinóides (vitamina A) (afinamento das unhas, leuconiguia – pontos brancos)

Boas Práticas por Tereza F. S. Rebello

Interpretação dos Resultados Microbiológicos

Na coluna anterior nos referimos à publicação “Séries Temáticas”, da ANVISA, que, no Volume I de abril passado, apresenta o “Guia para Qualidade em Química Analítica”. Além das publicações deste ano, também é grande a expectativa com relação a que deve contemplar os testes microbiológicos.

Vamos abordar exatamente a padronização dos procedimentos analíticos relativos à microbiologia. É certo que temos publicações que em muito têm auxiliado os técnicos microbiologistas em sua rotina de laboratório, como o Guia ABC – Controle Microbiológico na Indústria de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, cuja publicação foi coordenada pelo microbiologista Gustavo Carturan. Entretanto, acreditamos que outras orientações possam ser acrescentadas a esta publicação, com o objetivo de auxiliar os microbiologistas a definir resultados a partir da interpretação das leituras em placas de Petri. Talvez essa revisão já esteja sendo providenciada, em função das recentes publicações da U.S. Food & Drug Administration.

Por que estamos nos referindo à melhoria na interpretação dos resultados microbiológicos? Porque, em contatos mantidos com profissionais da área, percebo a dúvida que têm em aprovar ou rejeitar um produto pela dificuldade em interpretar crescimento incomum de bactérias, quando a amostra é semeada em placas de Petri. Pode-se citar como exemplo os casos em que aparece, no canto das placas de Petri, um crescimento espalhado e que deixa dúvidas do tipo: “trata- se de uma única colônia ou várias que se uniram?”

Sabemos que existem espécies bacterianas que apresentam a característica de crescimento espalhado em alguns meios de cultura, tornando difícil a contagem em placas.

Em algumas publicações podemos encontrar subsídios para definirmos o impasse, como, por exemplo, o U.S. Food & Administration – Bacteriological Analytical Manual – Chapter 3 - Aerobic Plate Count, de janeiro de 2001. Embora este capítulo tenha sido preparado pelo Center for Food Safety & Applied Nutrition, nele aparecem indicações bastante úteis que podemos aplicar na avaliação microbiológica de produtos cosméticos. Assim, no item C – guia para calcular e reportar contagem de aeróbios em casos incomuns é utilizada a seguinte orientação:

1 - Placas Normais, apresentando de 25 a 250 colônias – Selecionar placas livres de colônias espalhadas. Proceder à contagem.

2 - Placas que apresentam colônias espalhadas. Neste caso, adotar as seguintes instruções:

a) Sendo uma cadeia de colônias, que não estão suficientemente distintas e separadas, considerar uma única colônia caso se trate de uma única cadeia. Se mais de uma cadeia parecem se originar de fontes separadas, contar cada uma delas como colônias. Este tipo de crescimento em cadeia, aparentemente, origina-se da desintegração de um grumo bacteriano.

b) Aquela que desenvolve uma película entre o agar e o fundo da placa.

c) Aquela que forma uma película na superfície do agar. Estes dois tipos de crescimento resultam, usualmente, em colônias distintas e são consideradas como tal. Qualquer que seja o tipo de espalhamento deve ser observada a extensão da película: se cobrir 25%, 50% ou mais da área da placa de Petri, registrar o resultado como colônias espalhadas. Se for menor que 25% de área coberta, conte cada tipo de espalhamento como de uma única fonte.

Embora a publicação do U.S. FDA possa auxiliar na interpretação do crescimento não usual de bactérias, o microbiologista deve ter bons conhecimentos para proceder a outras provas e definir o status do produto: Aprovado ou Rejeitado.

Por exemplo, seria correto aprovar um produto tendo como resultado registrado “colônias espalhadas?” Existiriam outros recursos para constatar que se trata de uma única espécie, cuja característica de crescimento poderia induzir a um resultado registrado como “incontáveis”?

O técnico deve ter muito cuidado na leitura das placas para não confundir colônias que se unem devido a um crescimento rápido, como sendo um número incontável de colônias, rejeitando assim um produto que estaria dentro dos limites especificados. Na publicação do U.S. Food & Drug Administration há ainda indicações do cálculo do número de UFC (unidades formadoras de colônias) por grama ou ml da amostra. Portanto, vale a pena acessar o site do FDA para maiores detalhes.

Antonio Celso da Silva
Embalagens por Antonio Celso da Silva

Controle de Qualidade

Quando se fala em Controle de Qualidade numa empresa de cosmético, o que primeiro vem à cabeça é o controle da qualidade do produto e das matériasprimas que o compõem. Ao passo que o controle da qualidade da embalagem, talvez até inconscientemente, acaba sendo deixado para um último estágio. No fundo, existem algumas razões para se agir dessa forma. Uma delas é que, obrigatoriamente, o fabricante ou o distribuidor da matéria-prima entrega o lote acompanhado de seu respectivo laudo de análise. Isso já demonstra a preocupação com o controle de qualidade da matéria-prima. O mesmo não acontece com todos os fabricantes ou distribuidores de embalagens. A segunda razão é que não existe padronização dos parâmetros de qualidade de embalagem por parte dos fornecedores, conseqüência direta da falta de uniformidade na classificação dos defeitos, conceitos de qualidade e níveis de qualidade aceitável (NQA) nas empresas de cosméticos.

O Controle de Qualidade de Embalagem é o departamento responsável pela inspeção ou auditoria dos lotes no recebimento ou no próprio fornecedor. Quem faz esse controle são os técnicos contratados ou formados dentro da própria empresa. O controle deve ser feito obedecendo- se às normas, padrões e procedimentos, devidamente acordados com os respectivos fornecedores.

Controlamos a qualidade porque não confiamos nas pessoas, equipamentos e na reprodutibilidade dos processos.

Embalagem é tudo que serve para: acondicionar (frasco, pote, estojo, bisnaga, etc.), proteger (cartucho, berço, etc.), informar (bula, folheto, rótulo, etc), vedar (tampa, batoque, casca-seal, etc.) e facilitar o uso (válvulas, tampas disc/ flip-top, etc).

As embalagens são classificadas por famílias, geralmente dessa forma: plásticos (frascos, potes, bisnagas, tampas, rótulos, etiquetas, cartuchos, estojos, etc), vidros (frascos, potes, flaconetes, etc), papéis (cartuchos, bulas, rótulos, etiquetas, bulas, folhetos etc.), metais (bandejas, tampas, anéis, etc), válvulas (dosadoras, spray, etc) e diversas (nécessaires, enfeites, esponjas ou tudo que não se encaixa nas famílias citadas).

Para se fazer o Controle de Qualidade nas embalagens, necessariamente precisamos definir antes qual será o Plano de Amostragem, NQA (Nível de Qualidade Aceitável) e a classificação de defeitos que a empresa quer adotar. O Plano de Amostragem mais utilizado é o Military Standard e dentro dele se define o NQA.

Quando falamos em NQA, estamos admitindo que não existe o efeito zero. Daí a importância do Plano de Amostragem e da classificação/definição dos tipos de defeito. Os defeitos numa embalagem são classificados de três formas:

• Críticos: têm como definição básica o defeito que não permite o uso da peça, coloca em risco a saúde do consumidor e deixa de atender a legislação.

• Graves ou Maiores: aqueles que dificultam o uso da peça, não permitem ou dificultam o acoplamento no conjunto da embalagem final, denigrem a imagem da empresa e provocam problemas na linha de produção.

• Menores ou Mínimos: aqueles que o consumidor não percebe, mas o técnico sim, e que podem se transformar num defeito maior se não corrigido a tempo pelo fabricante.

Essas são definições básicas para os tipos de defeitos.

As inspeções de qualidade são feitas por atributos, que são normalmente os defeitos visuais e comparativos, ou por variáveis, que são os defeitos de ordem dimensional, normalmente definidos pelo desenho técnico da peça.

Considero de fundamental importância para a montagem de um Controle de Qualidade nas empresas, que a iniciativa deva partir, primeiramente, dos proprietários ou da alta direção da empresa. Em segundo lugar, que fornecedor e cliente falem a mesma língua e, finalmente, que o Departamento tenha a coordenação de um técnico especializado, seja ele funcionário da empresa ou mesmo um consultor prestador de serviço - sob pena de não se usar o sistema implantado por ser complicado e querer ser mais realista que o rei ou mesmo tão simples que não defina nada, não controle e, portanto, não gere credibilidade.

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