Claims

Edicao Atual - Claims

Editorial

Novas fronteiras

Um canal para realizar compras e transações financeiras com mais agilidade e menos complicação. Esse ainda é um cenário distante para o chamado “dinheiro móvel”, a realização de serviços financeiros por meio de dispositivos móveis. Contudo, a tendência é de que esse tipo de solução se popularize nos próximos anos. Reportagem da revista Consumidor Moderno ressalta que os serviços por meio de dispositivos móveis vêm sendo apontados como “a nova fronteira para negócios”.

No Brasil, parcerias entre bancos e operadoras de celular já oferecem serviços como: a realização de transações financeiras e compras diretamente pelo celular, numa espécie de conta-corrente, e a utilização de um cartão pré-pago recarregável, que funciona no celular ou como um cartão tradicional.

Para que o dinheiro móvel seja, de fato, uma realidade – o que proporcionaria a inclusão fi nanceira das pessoas sem acesso ou com pouco acesso aos serviços bancários – é imprescindível o alinhamento de todos os agentes envolvidos, como bancos, operadoras de telefonia, varejistas e processadoras de pagamento. A ideia é atraente e potencialmente promissora para todos eles.

Esta edição de Cosmetics & Toiletries Brasil aborda, na matéria de capa, a importância dos claims na indústria cosmética. Presentes nos rótulos dos produtos, em anúncios promocionais, nas campanhas publicitárias e nos slogans, os claims têm papel fundamental no processo que leva o consumidor a fazer as melhores escolhas, em linha com suas necessidades e desejos. A seção Persona traz a trajetória de Linda Cristina de Oliveira, única mulher a presidir a Associação Brasileira de Cosmetologia. Duas novidades: Estética, uma seção fi xa assinada pela jornalista Gillian Borges; e a seção Panorama que nesta edição traz informações sobre a presença da indústria cosmética no Sul do Brasil.

Os artigos técnicos abordam o clareamento da pele com ativos naturais, os agentes causadores de danos a cabelos tingidos, os sistemas matriciais lipídicos no tratamento do envelhecimento cutâneo, e uma interessante pesquisa sobre o uso racional de fotoprotetores.

A seção Fundamentos da Cosmetologia explica o que são formas cosméticas.

 

Boa leitura!

 

Hamilton dos Santos
Publisher

Ingredientes Naturais no Clareamento da Pele - Art Georgalas (Georgalas Endeavers LLC, Warwick, NY, Estados Unidos)

Neste artigo sobre clareadores de pele o autor faz uma interessante abordagem do conceito de ingredientes naturais e a compilação do uso desses ingredientes em produtos cosméticos. São citados os ativos que têm essa função e foram utilizados em recentes lançamentos de produtos comerciais.

En este artículo sobre aclaradores de piel, el autor hace un enfoque interesante para el concepto de ingredientes naturales y una compilación del uso de estos ingredientes en los productos cosméticos. Se citan los activos, con esta función, que se utiliza en los nuevos productos disponibles en el mercado.

In this article about skin depigmentation, the author makes an interesting description of the natural ingredients and a review of the use of these ingredients in cosmetics products. The skin lightener actives used the new products are evaluated.

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Avaliação do Impacto de Danos aos Cabelos na Retenção da Cor - Denis Bendejacq, PhD (Solvay, Centro de Pesquisa e Tecnologia d’Aubervilliers, França)

Este artigo examina e avalia os tipos de danos causados aos cabelos antes e depois da aplicação de uma tintura artificial, ou seja, descoloração, ondulação permanente, tratamento com calor, exposição à radiação UV e uso de shampoo, para comparar qual o impacto desses fatores na duração da tintura, de forma individual ou combinada. A formulação surge como a chave do projeto de shampoos que fornecem ingredientes ativos para melhorar a proteção da tintura contra esses e outros tipos de danos.

Este artículo hace una revisión y evalúa los tipos de daños causados al cabello antes y después de la coloración artificial, es decir, por decoloración, permanentes, tratamiento térmico, exposición UV y el champú, para comparar cómo afectan la durabilidad del color de forma individual y combinada. Formulación emerge como la clave para el diseño de champús que entregan efi cientemente activos para mejorar la protección del color frente a estos y otros tipos de daños.

This article review and assesses damage types caused to hair before and after artificial coloration, i.e., by bleaching, perming, heat treatment, UV exposure and shampooing, to compare how they impact color durability individually and combined. Formulation emerges as the key to designing shampoos that efficiently deliver actives to improve color protection against these and other damage types.

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Envelhecimento Cutâneo: Terapias Baseadas em Sistemas Matriciais Lipídicos - T Andreani e AM Silva (Centro de Investigação e Tecnologia Agroambientais e Biológicas (Citab-Utad), Vila Real, Portugal); JM Santos e JF Fangueiro (Universidade Fernando Pessoa (FCS-UFP), Porto, Portugal); MCT Truiti (Universidade Estadual do Maringá, Paraná, Brasil); EB Souto (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal)

O envelhecimento cutâneo é um processo complexo e multifatorial que resulta em alterações funcionais e estéticas da pele. Inúmeros sistemas lipídicos têm sido desenvolvidos na área dermocosmética para aumentar a biodisponibilidade de ingredientes ativos. Nanopartículas lipídicas sólidas (SLN) e vetores lipídicos nanoestruturados (NLC) apresentam várias propriedades dermocosméticas, contribuindo para o aumento da penetração dos ingredientes ativos na pele, bem como para a prevenção do envelhecimento cutâneo.

El envejecimiento de la piel es un proceso complejo y multifactorial que resulta en alteraciones funcionales y estéticas de la piel. Varios sistemas lipídeos matriciales se han desarrollado en el campo de la dermocosmética para mejorar la biodisponibilidad de los ingredientes activos. Nanopartículas sólidas de lipídeos (SLN) y vehículos lipídeos nanoestructurados (NLC) muestran muchas características dermatológicas que contribuyen para el aumento de la permeación de ingredientes activos, así, para la prevención del envejecimiento cutáneo.

Skin aging is a complex and multifactorial process resulting in functional and aesthetic skin. Several lipid matrix systems have been developed in dermalcosmetic field to improve the bioavailability of the active ingredients. Solid lipid nanoparticles (SLN) and nanostructured lipid carriers (NLC) show many dermatological features that contribute for the increase of the active ingredients permeation, as well, for the skin aging prevention.

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Uso Racional de Fotoprotetores - C I de Araújo Collado, M E Vieira Costa, F Scigliano Dabbur (Fundação Educacional Jayme de Altavila – Fejal, Maceió AL, Brasil)

Para reduzir os efeitos nocivos do Sol, torna-se necessária a utilização racional de protetores solares. Esta pesquisa consistiu na aplicação de fotoprotetor e de questionário com o objetivo de saber o nível de informação sobre a necessidade do uso de fotoprotetor, de estudantes da área de saúde. A falta de informação foi predominante, mas houve interesse dos participantes no assunto.

Para reducir los efectos nocivos del sol, se hace necesario el uso racional de protectores solares. Esta investigación consiste en el uso de protector solar y un cuestionario con el fin de conocer el nivel de información de los estudiantes de área de salud. La falta de información fue predominante, pero los participantes mostraron interés en el tema.

To reduce the harmful effects of the sun becomes necessary to apply a rational use of sunscreens. The research consists of applying sunscreen and a questionnaire in order to know the level of information of the students of health area. The lack of information was predominant, but there were interest by participants related this subject.

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John Jimenez
Tendências por John Jimenez

Cosmetrendy

Fashionable, moderno, inspirador, na moda, novo, trendy... O mundo cosmético avança a passos gigantescos, paralelamente à ciência e à moda. As tendências que surgem pela combinação dessas áreas são fascinantes e abrem as portas para infinitas possibilidades.

Cor Pantone de 2014: Orquídea Radiante (Radiant Orchid 18-3224). Define-se como um roxo exótico e expressivo, que incita a criatividade e a originalidade. É composta por matizes rosadas que irradiam sobre a pele, o que provoca um brilho saudável tanto em mulheres quanto em homens.

Pelo facial adesivo: uma das novas tendências para homens. Agora é possível encontrar bigode, costeletas e barba para aplicar sobre o rosto sem pelos. A mudança de aparência ocorre em poucos segundos.

Organic-Tech: neste ano, estamos vendo o auge do desenvolvimento de ativos orgânicos e sustentáveis com mecanismos de ação estabelecidos e uma alta performance validada.

Cosmenavy: o estilo navy volta. As listras horizontais e o azul-marinho marcarão tendência. Diversos estudos de neuromarketing constataram que a cor azul é a preferida pelos seres humanos e, portanto, sua expressão em diferentes tonalidades sempre estará na moda.

Black & White: cores opostas que fazem o dueto perfeito. O preto e o branco opõem-se de forma equilibrada e são sinônimos de elegância e sofisticação.

3D Printed Nails: as unhas decoradas em relevo continuam em alta e, graças ao desenvolvimento das impressoras em três dimensões, estamos vendo um aumento da variedade de unhas postiças com diversas formas geométricas e desenhos únicos.

Cosmetapps: embora os aplicativos virtuais para mudar a aparência existam há anos, a realidade aumentada tem se tornado mais sofisticada e, assim, a precisão desses apps vem melhorando de forma exponencial. Vemos na web mais e mais tutoriais sobre tratamentos faciais e aplicação de maquiagem e produtos para o cabelo, programas que detectam a composição e os ingredientes de fórmulas, guias de uso etc.

Secret Shopping: nova tendência no mundo do luxo. A crise econômica em muitos países tem propiciado uma mudança de valores e de comportamentos nos consumidores mais abastados. Muitos podem ter um sentimento de culpa e, por isso, comportam-se de forma mais discreta e racional no que diz respeito ao consumo de bens de luxo. É um mercado que está se reinventando.

Mychiatry: depois da saúde física, a saúde mental é o foco de atenção. Os consumidores encontrarão em seus smartphones recursos que melhorarão seu estilo de vida graças ao aperfeiçoamento das tecnologias de detecção de estresse, que procuram proporcionar o bem-estar mental.

Âmbito da estética: os implantes de queixo para aprimorar a definição do rosto estão na moda. Mundialmente, os procedimentos duplicaram-se desde 2010. A abdominoplastia também é uma tendência, já que muitas pessoas que emagrecem a enxergam como uma opção para melhorar sua estética. A braquioplastia ou dermolipectomia do braço - que consiste na eliminação da pele em excesso no local (popularmente conhecida como “músculo do tchauzinho”) -, tem como objetivo deixá-los mais tonificados e é um dos procedimentos que estão no auge entre as mulheres adultas.

Bohemian luxury: evocação de produtos de luxo com conceitos antigos, que resgatam o espírito boêmio de anos anteriores.

Capilar anti-aging: novos conceitos, novos mecanismos, novos benefícios antiidade aplicados ao segmento capilar.

Neo Solteiros: a solidão compartilhada. É a chegada de uma nova tribo urbana. São homens e mulheres entre 30 e 50 anos que decidiram não ter um companheiro por mais de quatro anos. Lutam todos os dias para fugir da realidade de se sentir sozinhos e a pressão social de não ter um companheiro. Agrupam-se com outros neo solteiros, viajam em grupos e reúnem-se em bares e restaurantes. Orgulham-se de sua liberdade solitária todos os dias nas redes sociais. É um segmento interessante para as marcas cosméticas, pois é formado por pessoas com alto poder aquisitivo e disposição para investir bastante em si mesmas.

Boomlets: é a geração dos que nasceram depois de 2001. Pertencem ao mundo da informação imediata. Para eles, não existem fronteiras ou brechas culturais, já que sempre tiveram acesso à televisão, à internet e, mais recentemente, aos smartphones. Além disso, aparecem no radar de todas as marcas, pois já estão se tornando consumidores.

Cosmetrendy: novas tendências, novos desafios, novas oportunidades que podem guiar os fabricantes.

Carlos Alberto Trevisan
Boas Práticas por Carlos Alberto Trevisan

Portaria 348 versus RDC 48

A publicação da RDC 48, em 25 de outubro de 2013 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), fez surgir muitas dúvidas quanto ao seu cumprimento. Quando da publicação desta RDC, fui procurado por vários profissionais para responder alguns questionamentos. Muitos queriam saber se, com a revogação da Portaria 348, de 18 de agosto de 1997, as empresas não precisariam mais cumprir seus requisitos. Embora a dúvida possa parecer absurda, se levada ao pé da letra, a revogação de fato dispensa o cumprimento das obrigações constantes na portaria.

Entretanto, vale destacar que na RDC 48 estão incluídas obrigações previstas na Portaria 348 e, dessa forma, sem o cumprimento dos requisitos desta, é praticamente impossível atender os daquela.

Outra indagação que surgiu foi quanto à equiparação de Garantia da Qualidade, Boas Práticas de Fabricação e Controle de Qualidade, pois algumas empresas que atualmente só dispõem do Controle de Qualidade com características básicas, não estão seguras de que este é suficiente para garantir a existência da Garantia da Qualidade.

É importante saber que a Garantia da Qualidade é resultante da efetiva implantação de Sistema da Qualidade e de seu monitoramento em todos os aspectos envolvidos. O mesmo raciocínio aplica-se ao cumprimento das Boas Práticas de Fabricação, fundamental para a implantação do Sistema da Qualidade, já que a não existência deste irá dificultar a avaliação de resultados das atividades relativas à qualidade.

O artigo 3.4.4 da RDC 48/13 (validação) suscita dúvidas. Recomenda a validação de limpeza, metodologia analítica (quando se tratar de metodologias que não se encontrem codificadas em normas e outras bibliografias internacionais de referência), sistemas informatizados e sistema de água de processos. Quanto ao artigo 4 (requisitos de BPF) e seus parágrafos, fica clara a obrigação de efetivar a validação dos itens citados no artigo 3.4.4.

No que concerne ao artigo 3.4.1 (conhecimento do processo), a empresa deve conhecer seus processos a fim de estabelecer critérios para identificar se há necessidade de sua validação. Quando estas forem aplicáveis, deve ser estabelecido um protocolo de validação que especifique como o processo será conduzido. Neste caso, é provável que muitos perguntem como a empresa deverá justificar a não necessidade de validação.

Quanto ao artigo 14.2 (facilidades para higiene), os vestiários, lavatórios e sanitários devem ser de fácil acesso e em quantidade suficiente para o número de usuários, em condições de higiene apropriada, providos de sabonete e toalhas ou secadores. A dúvida é se o uso de sabonete em barra e toalhas de tecido será aceito.

Ao artigo 17.17.11 (pesagens e medições): é necessário haver conferência da operação de pesagem e/ou medidas das matérias-primas, por pessoal treinado, distinto do que realizou a pesagem e/ou medida ou por sistema adequado. Sabe-se que a grande maioria das empresas não adota o double checking como atividade necessária. A dúvida é saber qual é o entendimento dos inspetores a respeito.

Ao artigo 17.19.11 (controle de lotes): a introdução da totalidade ou de parte de lotes anteriores produzidos que atendam aos padrões de qualidade exigidos, a outro lote do mesmo produto, em determinado estágio de fabricação. Essa operação deve ser previamente autorizada e realizada de acordo com procedimentos definidos, após a avaliação dos riscos envolvidos, inclusive qualquer possível efeito sobre o prazo de validade. O processo deve ser registrado. A dúvida é se o critério de anotação do número desse lote deverá ser estabelecido pela empresa.

No que diz respeito ao que foi exposto, considero que várias dúvidas ainda existem nas empresas, as quais – espero - serão devidamente esclarecidas pelos órgãos competentes. Quanto às inspeções a serem realizadas, é importante que ambas as partes – empresas e autoridades - tenham bom senso.

Gestão em P&D por Wallace Magalhães

A equação cosmética

Por muito tempo, procurei uma forma de explicar, de maneira clara e prática, a importância dos cosméticos na vida das pessoas. A intenção era criar uma explicação em formato lógico, que pudesse ser usada e compreendida por todas as pessoas envolvidas no desenvolvimento, na produção e na comercialização destes produtos. Que servisse para os especialistas e para os não especialistas e, especialmente, para os não especialistas que têm posição de decisão.

A boa aparência da pele e dos cabelos é fundamental para a aceitação social, para o bem- estar e, por conseguinte, para a saúde e a felicidade das pessoas. Há muito tempo, os produtos de higiene pessoal – já são vistos como itens de primeira necessidade, absolutamente indispensáveis, principalmente por sua ação preventiva. Antitranspirantes e protetores solares já começam a ser encarados da mesma maneira. Mesmo que a definição oficial enfatize a diferença em relação aos medicamentos - o que é absolutamente correto em todos os aspectos -, não podemos ignorar que cosméticos são produtos promotores de saúde. Mesmo aqueles de categorias diferentes das citadas têm esta característica. Já existem estudos que mostram claramente a melhora de doentes promovida pelo uso de cosméticos.

É fácil imaginar que não dá para ter todas estas considerações em mente na hora de decidir sobre o briefing de um produto ou sobre a expansão do set- list do laboratório, dentre outras inúmeras situações do dia a dia. A solução que encontrei foi criar uma equação que representasse os cosméticos. Para desenvolvê-la, estabeleci uma relação entre alimentos, medicamentos, cosméticos e a qualidade de vida, conforme mostrado nos gráficos abaixo.

No gráfico 1, os alimentos são apresentados como mantenedores da qualidade de vida. Assim, temos uma equação muito simples: A=K



No gráfico 2, são mostrados os medicamentos. No ponto ‘a’ inicia-se um processo patológico, que causa uma queda na qualidade de vida até o ponto ‘c’. Assim, a reta ‘ab’ corresponde à magnitude da doença. O ponto ‘c’ é o início da ação do medicamento e, finalmente, no ‘e’, retorna-se a uma situação de normalidade e à qualidade de vida adequada. Podemos dizer que a ação do medicamento corresponde à reta ‘de’.



Pelo mesmo raciocínio, podemos demonstrar a ação dos cosméticos por meio do gráfico 3. Se considerarmos que o ponto ‘a’ é o ponto de aplicação do cosmético, podemos projetar a elevação da qualidade de vida por uso do cosmético pela elevação da reta ‘ab’, estabelecendo um novo patamar de satisfação e de autoestima.



Daí, usando o teorema de Pitágoras, podemos finalmente definir a “equação cosmética”:


C = a raiz de (eQV)2 - (Ta)2

em que ‘C’ é cosmético, ‘eQV’ é a elevação da qualidade de vida, e ‘Ta’ corresponde ao tempo de ação do cosmético.

A finalidade dessa fórmula não é calcular um número para definir o cosmético. O importante é ter um padrão de raciocínio, ficando a equação somente como um reforço - até certo ponto, dramático - da lógica utilizada.

Os gráficos apresentados permitem tirar muitas conclusões interessantes. É possível perceber que atribuir finalidades terapêuticas, específicas de medicamentos, é um grande equívoco conceitual. Se nos aprofundarmos ainda mais, veremos que a curva que o consumidor projeta antes de adquirir um cosmético deve ter perfil diferente para produtos diferentes. Os gráficos de perfumes e protetores solares certamente têm uma inclinação diferente.

Assim, espero ter demonstrado o importante papel dos cosméticos na saúde e na vida das pessoas.Até os perfumes, que podem parecer puramente sensoriais, enquadram-se neste conceito. E, se alguém disser que eles são supérfluos, você pode dizer que “supérfluo é o nariz de quem falou”.

Valcinir Bedin
Tricologia por Valcinir Bedin

Tinturas e reclamações

A longo dos séculos, o cabelo distanciou-se de sua real importância: a de proteger. Transformado em símbolo de status, poder, beleza e força, sempre teve um papel muito mais ligado ao ego do que à anatomia em si. Achados arqueológicos, como pentes e navalhas feitos em pedra, mostram isso - primeiro entre os homens, que desde a Antiguidade tinham o hábito de barbear-se e cortar o cabelo.

O costume de tingir os fi os também é muito antigo. Arqueólogos encontraram indícios de que, já na época dos neandertais, os humanos têm buscado várias maneiras para mudar a cor tanto dos cabelos quanto da pele. Na China e na Índia, por exemplo, era comum pintar os cabelos utilizando raízes ou elementos da própria terra, como argilas. No Antigo Egito, a prática de mudar a cor das madeixas era muito comum. As razões eram muitas: guerras, religiões e até mesmo o padrão de beleza da época. Entre os materiais usados, estavam tanto os de origem vegetal – hena e camomila, por exemplo – quanto os compostos metálicos, como óxidos. As misturas primitivas permitiam apenas escurecer os fios, mas, depois, foram encontrados métodos para deixá-los loiros, a partir de sua exposição à luz do sol durante horas.

Ao longo da História, muitos procedimentos foram adotados para produzir um espectro completo de cores de tinturas capilares. Os antigos gauleses e saxões tingiam seus cabelos de variados tons vibrantes para mostrar sua posição e provocar medo em seus inimigos nos campos de batalha. Homens babilônicos salpicavam os cabelos com pó de ouro.

No final do século XIX, com a descoberta de compostos orgânicos utilizados na indústria têxtil, as pesquisas nessa área foram estendidas a materiais para colorir os cabelos. Em 1907, o fundador da L’Oréal, E. Schuller, criou a primeira tintura sintética. Baseando sua fórmula em um novo componente químico, a parafenilenediamina, ele criou a Fábrica de Tinturas Inofensivas para Cabelos. Um ano depois, Schuller escolheu um nome mais glamoroso para sua empresa: L´Oréal. A tintura mais famosa da companhia, Imedia, apareceria em 1927.

Foram os egípcios que começaram a usar a hena para fins estéticos – não somente as mulheres, como também os homens, já que a prática identificava o nível social a que pertenciam. Já os fenícios, gregos e romanos empregavam a casca de noz, entre outros métodos bastante rudimentares oriundos da natureza.

Mas foram os romanos que, aproveitando-se de velhas fórmulas usadas por sacerdotes gregos, incrementaram o hábito de colorir os cabelos e organizaram profi ssionalmente as pessoas que detinham esse conhecimento social. Assim surgiram as cosmetas (encarregadas do penteado); as cinofles (que preparavam e aplicavam os produtos para coloração); as cinerárias (que esquentavam os ferros para ondular as cabeleiras); as calamistas (que ondulavam os fios); e as psecas (responsáveis pelos últimos retoques no penteado).

Na Antiguidade, as tinturas eram feitas com amoras esmagadas e extratos de plantas e aplicadas nos fios como um creme rinse. Nos séculos XVII e XVIII, as mulheres aplicavam óleo e pó para conseguir cores mais claras.

Em 1600, Veneza, Firenze e Salerno competiam nas técnicas de estilo e perfumação do corpo e dos cabelos. O conceito de “estética capilar beleza veneziana” prescrevia horas de tratamento nos terraços, expondo ao sol os cabelos borrifados com um preparado clareador chamado “a loira” e com outro de resultado castanho amarelado, denominado “louro veneziano”.

A palavra inglesa “claim” tem dois significados distintos. Quer dizer tanto reivindicação e atributo, como reclamação. Quando falamos em itens de beleza, o termo “claims” está mais relacionado às qualidades atribuídas a eles pelo fabricante, isto é, àquilo que ele apregoa que seu produto pode fazer.

Um trabalho desenvolvido pela Profa. Dra. Maria Valéria Robles, da Universidade de São Paulo (USP), mostrou que os produtos para tratamento capilar – entre eles os shampoos, condicionadores, finalizadores e as tinturas – foram os que mais tiveram problemas em relação às expectativas de resultados, quando avaliados pelos consumidores.

Ao fazermos uma pequena busca na internet a respeito da insatisfação nesse segmento, o que mais vemos é a discrepância entre a cor mostrada no catálogo e aquela obtida após a tintura.

Claro que há reclamações de todos os tipos, como “meu cabelo caiu todo”, “meus cabelos ressecaram demais” etc. Mas, apesar das possíveis dificuldades técnicas associadas ao ato de pintar as madeixas, os fabricantes precisam fi car mais atentos, especialmente quando o departamento de marketing resolve agir isoladamente, sem consultar as outras áreas da empresa, e impõe “claims” que, sabidamente, não serão obtidos na prática. Aí, com certeza, um outro departamento – o que recebe as reclamações – vai acabar sendo acionado.

Denise Steiner
Temas Dermatológicos por Denise Steiner

Melasma

O melasma é uma das queixas mais frequentes nos consultórios de dermatologia. Também conhecido como mancha de gravidez ou cloasma, é uma hipermelanose adquirida, crônica, de etiologia não bem definida, caracterizada por máculas (manchas) de coloração acastanhada, simétricas em áreas expostas da pele, principalmente nas regiões frontal e malar. É uma condição comum, afeta indivíduos de todas as raças e ambos os sexos, sendo mais observada em mulheres em idade fértil, com fototipos mais altos (tipos IV e V na escala de Fitzpatrick) e que vivem em áreas com elevada radiação ultravioleta (UV). Esta é uma dermatose de grande impacto psicológico, devido ao aspecto inestético de suas lesões, à cronicidade e às dificuldades de tratamento. A classificação do melasma é feita de acordo com a localização do pigmento, que pode ser epidérmico ou misto. Para o correto diagnóstico, é necessário utilizar a lâmpada de Wood ou realizar o exame histopatológico. Esta classificação tem especial importância para definir a escolha terapêutica e o prognóstico.

Em relação à sua etiopatogenia, há ainda muito para ser esclarecido. Embora a maioria dos casos de homens e um terço dos casos de mulheres pareçam ser de caráter idiopático, a ocorrência familiar em 30% dos casos sugere predisposição genética. Recentemente foi descrito que um downregulation do gene H19, detectado nos pacientes com melasma, estimula a melanogênese. Este estímulo teria ainda um efeito aditivo na superexpressão da tirosinase na presença do estrógeno. A exposição solar é considerada o fator mais importante e está implicado na peroxidação de lipídeos na membrana celular, com liberação de radicais livres, que estimulam os melanócitos. Sabe-se que, após uma única exposição solar, ocorre um aumento do tamanho de melanócitos, acompanhado um aumento da atividade da tirosinase. Em apenas cinco dias após a exposição solar, já se pode detectar o aumento de elastose solar, tirosinase e do nível de proteína relacionada à tirosinase (TRP-1).

Exposições repetitivas elevam a quantidade de melanossomas, bem como a de melanócitos ativos, o que justifica a relação da exacerbação e/ou surgimento do melasma após a exposição solar. Fatores hormonais como gravidez e uso de anticoncepcionais orais também têm tido uma importante associação ao problema. Outros fatores também podem influenciar, como o uso de medicamentos fototóxicos e a disfunção da tireoide.

Recentemente, estabeleceram-se interações entre vascularização cutânea e melanogênese e há estudos mostrando que inibidores da plasmina (como o ácido tranexâmico) melhoram o melasma. Mas ainda falta determinar quais os hormônios e os mecanismos envolvidos no desenvolvimento do melasma.

Já existem terapias com resultados totalmente satisfatórios para o melasma. Várias propostas têm sido feitas, com o principal objetivo de clarear as manchas, preveni-las e reduzir a área afetada e o número de efeitos adversos. O uso de protetor solar de amplo espectro (UVA e UVB) associado a cremes despigmentantes é fundamental. Os diferentes tratamentos propostos atuam em diversas etapas da formação do melasma, seja por inibição da tirosinase (hidroquinona, tretinoína, ácido azelaico e ácido kógico, por exemplo), por supressão não seletiva da melanogênese (corticoides e ácido tranexâmico), por inibição de espécies reativas de oxigênio (ácido azelaico e antioxidantes), por remoção de melanina (peelings químicos e/ou físicos) ou por dano térmico (luz intensa pulsada, laser).

Geralmente, para se obter uma melhor resposta terapêutica, o que se observa é a necessidade de combinar tratamentos. Além dos recursos clínicos, pode-se ainda associar, principalmente nos casos refratários, procedimentos como peelings químicos, microdermoabrasão, luz intensa pulsada e lasers fracionados. No entanto, todos estes procedimentos devem ser indicados com cautela, devido ao risco de hiperpigmentação pós-inflamatória e efeito rebote das lesões do melasma. É primordial o esclarecimento do paciente sobre a cronicidade de sua patologia, as dificuldades terapêuticas e a necessidade de aderência estrita à proteção solar de amplo espectro e do tratamento de manutenção. A descontinuação do uso de pílulas anticoncepcionais, produtos cosméticos perfumados e drogas fototóxicas são condutas plausíveis.

Muitos estudos e pesquisas vêm sendo realizados no sentido de atualizar e revisar os mecanismos causadores do melasma e desvendar terapêuticas cada vez mais efi cientes. No entanto, as evidências de eficácia, especialmente das substâncias novas e menos consagradas, ainda são limitadas, e algumas controvérsias persistem, pela heterogeneidade e escassez de estudos bem delineados e de forte impacto.

Antonio Celso da Silva
Embale Certo por Antonio Celso da Silva

Mercado brasileiro de embalagens para cosméticos

O mercado cosmético brasileiro não viveu um bom ano em 2013. A entidade representativa do setor divulgou resultados (ainda não oficiais) que se mostraram bem inferiores aos dos anos anteriores.

Por outro lado, vimos uma boa movimentação na indústria de embalagens para cosméticos, com a crescente procura por fabricantes de novos moldes e a grande quantidade de projetos recebidos pelo setor gráfico.

Como costumo fazer, minha abordagem será mais técnica e menos financeira ou mercadológica, refletindo o dia a dia da fábrica e o contato com fornecedores de embalagens e fabricantes de cosméticos.

Sabemos das peculiaridades das embalagens para cosméticos, ou seja, temos um forte foco no visual, normalmente elas são mais caras que o próprio produto. Por ser um objeto de desejo, um presente sempre esperado e, acima de tudo, uma importante ferramenta de vendas, costuma-se abusar de cores, brilhos, relevos e outros tantos detalhes que agregam valor às embalagens.

A indústria de embalagens para cosméticos tem pouca representatividade quando comparada à de embalagens para medicamentos, bebidas e alimentos.

Se falarmos em famílias de embalagens, o que percebemos é que duas delas se destacaram e cresceram muito nos últimos anos. A participação do plástico é a mais marcante na embalagem cosmética, e foi justamente essa família que apresentou, em 2013, as mais visíveis melhorias no que diz respeito a tecnologia, design, textura, formatos etc. É importante salientar que isso aconteceu com os plásticos soprados, que são muito diferentes dos injetados.

Novas empresas foram criadas, especialmente no segmento de PET e bisnagas, que até pouco tempo atrás eram um gargalo para a indústria cosmética. Poucas indústrias fabricavam frascos com a resina PET, além dos moldes e pré-formas com seus preços proibitivos. Hoje temos outra realidade para esse material, que tem como um de seus pontos fortes a possibilidade de sopro em moldes convencionais, além da grande variedade de cores que podem ser oferecidas em quantidades de compra bem menores que antigamente.

O mesmo aconteceu com as bisnagas. As novas fábricas e as que já existiam e investiram em novas tecnologias ajudaram a resolver o problema da falta dessa embalagem no País, que era crônico.

Outro segmento que melhora dia após dia é o setor gráfico, de papel cartão, cartonagem. É incrível como os criadores de produtos e embalagens da indústria cosmética podem ser tão inovadores nas maravilhosas opções de cartuchos, com suas inúmeras possibilidades de cores, vernizes, relevos, hot stamping de cores variadas, holografias, texturas, gofragens etc. Exatamente no aspecto em que mais precisamos melhorar – a embalagem secundária, isto é, a responsável pelo impulso da compra –, a indústria tem disponibilizado lindos “vestidos” para estes belíssimos corpos que são os produtos.

Se podemos nos orgulhar da indústria gráfi ca e dos plásticos soprados, o mesmo não vale para os injetados. Neste campo, a indústria nacional continua sofrendo e buscando alternativas lá fora. Esse é um tema que repetidas vezes abordo nessa coluna, e o foco é sempre o mesmo: a invasão dos asiáticos. Nesse caso, temos um belo vestido, que é a embalagem secundária (cartucho), mas em um corpo não tão bonito, que é a embalagem primária.

Também continuamos sofrendo com as poucas opções de embalagens de vidro brasileiras. Para esta família, com todas as dificuldades de logística, preço e tempo, entre outras, o mercado do País ainda precisa contar com a indústria estrangeira, principalmente no que diz respeito a seus perfumes.

O que nos conforta é que, tanto para os plásticos injetados quanto para os vidros, temos algumas empresas que fazem a importação, estocam e nos disponibilizam essas embalagens, que podem ser compradas nas quantidades que a pequena indústria de cosméticos precisa e pode comprar. É óbvio que não existe exclusividade nesses casos e, portanto, o diferencial precisa estar obrigatoriamente na decoração. Aliás, esse é outro grande problema do nosso mercado: a falta de bons decoradores de vidros e injetados. Os poucos que existem estão sempre com suas máquinas totalmente tomadas, sendo necessário fazer um bom planejamento para entrar na fila e ter o seu pedido atendido.

Em resumo, podemos dizer que, em 2013, a indústria brasileira de embalagens para cosméticos avançou, sim! Mas certamente poderia ter sido a passos mais largos, para tentar chegar mais perto dos concorrentes de fora.

Luis Antonio Paludetti
Manipulação Cosmética por Luis Antonio Paludetti

Genéricos e jabuticabas

A jabuticabeira é uma planta peculiar. Primeiro, porque suas flores e seus frutos se desenvolvem agarrados ao tronco e aos galhos, e não na extremidade dos galhos, como a maioria das flores e frutas. Segundo, porque sua casca vermelha escura (quase negra) esconde uma polpa adocicada, de sabor inigualável. E terceiro: ela é uma espécie típica, nativa, que só ocorre naturalmente em terras brasileiras. Costuma-se dizer que, quando determinado fato acontece devido às peculiaridades do Brasil, esse fato é considerado uma jabuticaba. E parece que novamente estamos diante de algo assim.

Recentemente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou a Consulta Pública 1/2013, que instituiu o medicamento equivalente. Caso seja aprovada, o medicamento equivalente sucederá o similar, uma vez que até o final de 2014 todos os medicamentos similares devem comprovar a equivalência aos medicamentos de referência, exatamente como já ocorre com os genéricos. Isso quer dizer que, depois que a consulta púbica for transformada em resolução, o Brasil será o único país do mundo a ter o medicamento de referência, o medicamento genérico e o medicamento equivalente, que, segundo explicações dadas pela rede NBR de televisão1 (a rede oficial de notícias do governo brasileiro), será um medicamento com a mesma qualidade do genérico, mas com um preço mais acessível. Está confuso? Pois é. Eu também estou. E a confusão também parece estar declarada oficialmente no sítio da Anvisa, conforme notícia divulgada em 16/1/2014: “até o final de 2014 todos os medicamentos similares do mercado serão tecnicamente iguais aos produtos de referência. Para ser considerado intercambiável, o medicamento deve apresentar um dos três testes: bioequivalência, no caso dos genéricos; biodisponibilidade, para os similares; e bioisenção, quando não se aplicam nenhum dos dois casos anteriores. Na prática, o objetivo dessas três análises é a mesma, ou seja, comprovar a igualdade dos produtos.

Medicamento de referência: é o medicamento inovador registrado na Anvisa e comercializado no país, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente. A eficácia e a segurança do medicamento de referência são comprovadas através da apresentação de estudos clínicos.

Medicamentos similar: é aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, e que desde 2003 passou a comprovar a equivalência ao medicamento de referência registrado na Anvisa.

Medicamento genérico: é aquele que contém o mesmo princípio ativo, na mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência. Já é intercambiável pela norma atual.

Continua confuso? Vou tentar esclarecer: após a consulta pública, o medicamento similar se transmutará em medicamento equivalente, que é a mesma coisa que o genérico, mas com um preço menor.

Confesso que é difícil de entender e, por isso, vou dar um exemplo. Você vai a um empório e pede uma bandeja com jabuticabas. Elas serão graúdas, doces e bonitas e estarão embaladas com filme plástico. Esse é o de referência.

Você vai à feira e pede uma bacia de jabuticabas, que também são bonitas, graúdas e doces, mas não estão embaladas, apenas colocadas em uma sacola plástica. Esses são os genéricos.

Por fim, você vai à feira na hora da xepa (fim de feira) e compra a mesma bacia de jabuticabas graúdas, doces e bonitas, colocadas em uma sacola plástica, mas paga apenas 30% do preço. Esses são os equivalentes. Ou seja, medicamentos equivalentes são iguais aos genéricos, que, por sua vez, correspondem aos de referência – e os equivalentes têm preço ainda menor que os próprios genéricos.

Quem se lembra de que os genéricos foram lançados para diminuir o preço dos medicamentos e para torná-los mais acessíveis para a população deve estar se perguntando: “Por que, então, continuar com os genéricos, se os equivalentes serão iguais e mais baratos? Ou por que não acabar de vez com os similares e manter somente os genéricos e os de referência, estabelecendo uma política de saúde que desonere os genéricos para deixá-los mais baratos? Será que criar mais uma categoria não servirá apenas para tornar ainda mais complexo o cenário atual? A quem interessa a existência dos medicamentos equivalentes? Estas são perguntas para as quais ainda não sei a resposta. Mas uma coisa eu recomendo: na próxima vez em que for à feira, pergunte ao feirante qual é a melhor jabuticaba.


Referências
https://www.youtube.com/watchv=hGoQ6N9LzIU&feature=youtube_gdata_player
http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+poral/anvisa/sala+de+imprensa/menu++noticias+anos/2013+noticias/brasileiros+terao+mais+opcoes+na+compra+de+medicamentos

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