Sementes da Amazônia

Edicao Atual - Sementes da Amazônia

Editorial

Lembranças Memoráveis

As reformas na economia que o Governo está votando no Congresso, pelo que parece, não são aquelas de nossos sonhos. 

Na Previdência Social, as novas regras a serem implantadas não irão gerar a economia que se esperava e tão pouco vão trazer o equilíbrio necessário da conta-corrente do sistema. Já a reforma tributária, pelo que se sabe, não irá atingir os dois principais problemas da área: a imensa carga tributária e a sonegação, que pode até aumentar.

Aparentemente, o objetivo principal com as reformas nesses setores foi aliviar os cofres e dar mais folga para os gastos do Governo. A solução definitiva para esses e outros problemas semelhantes está longe de ser alcançada, necessita-se muito consenso, muita independência, muito desprendimento e acima de tudo muita vontade política.

Enquanto isso, a atividade econômica segue muito lentamente, na maioria dos setores registrando índices negativos. Resta esperar se nesses meses que faltam até o término do ano, consigamos algum milagre e possamos, quem sabe, guardar alguma lembrança deste ano, que de promessas tinha muito para ser memorável. 

As riquezas da Amazônia transformadas em ativos para a indústria de cosméticos é um dos temas desta edição de Cosmetics & Toiletries (Edição em Português). Essas matérias primas tem se tornado um atrativo interessante, principalmente, quando se formula produtos para o mercado extemo. Mostrar produtos, aplicações e benefícios foi o nosso objetivo com as matérias publicadas.

Boa leitura!
Hamilton dos Santos
Editor

Óleos Vegetais e Especialidades da Floresta Amazônica - Maria Inês Bloise Beraca Specialties, São PAulo, SP, Brasil

Neste artigo, os óleos de buriti, de andioroba e de castanha-do-pará, e a argila branca, ativos da floresta Amazônica são apresentados nas formas tradicionais como óleo e nas formas inovadoras de "powder oils" e "oiled gels".

En este articulo, los aceites de buriti, de andiroba e de castanha do pará, y la arcilla blanca, activos de la floresta de Amazonia, son presentados en la formas tradicionales y em las formas novedosas de "powder oils" e "oiled gels".

In this article, oils of buriti, andiroba and castanha-do-pará, and the white clay, Amazonian rain forest actives are presented in the traditional forms an in the inovative forms as such as powder oils and oiled gels.

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Benefícios Comprovados de Óleos Brasileiros - Luciana Machado Oliveira Croda do Brasil Ltda, Campinas, SP. Brasil

São conhecidos os efeitos benéficos dos ativos contidos em frutos e sementes da floresta Amazônica. Neste artigo o autor descreve a comprovação desses benefícios utilizando o óleo de maracujá e a manteiga de cupuaçu em aplicação em cosméticos.

Los efectos benéficos de los activos contenidos en frutos y semillas de la floresta Amazônica son conocidos. En este articulo el autor dicribe la comprovación de eses benefícios utilizando el aceite de maracuja y de la manteca de cupuassu en aplicaciones em cosméticas.

The benefit effects of the actives from the fruits and seeds from the Amazon rain forest are very well known. In this article, the author describes the comprovation of this effects by utilizing the maracuja oil and the cupuaçu butter in cosmetic formulations.

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Hortelã: Uma Aliada no Combate às Irritações Pós-Barbear - Tatiana Francine da Cruz Roque Cosmotec Especialidades Cosméticas Ltda, São Paulo, SP, Brasil

A pele do homem está constantemente sujeita às agressões do barbear diário. Este artigo tem como objetivo apresentar um ativo que neutraliza as reações micro-inflamatórias e as suas manifestações sensoriais, trazendo bem-estar para a pele suscetível à irritabilidade do barbear.

La piel del hombre está constantemente sujeta a las agresiones del afeitar diario. Este artículo tiene como objetivo presentar un ingrediente activo que neutraliza las reacciones microinflamatorias y sus manifestaciones sensoriales, proporcionando bienestar para la piel susceptible a la irritabilidad al afeitarse.

Mens skin is constantly prone to the daily shaving aggressions. This article aims to present an active ingredient that neutralizes microinflammatory reactions and their sensory manifestations, providing well-being for reactive skin stressed by a razor blade.

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Desenvolvimento de Toalha Refrescante para Homens - Abhay Patel, Mike Thomas, Dave Pung, Bob Elsbrock e Thimothy Long The Procter e Gamble Company, Cincinnati, Ohio, Estados Unidos

Este artigo descreve o desenvolvimento de uma toalha refrescante projetada para o público masculino para uso no controle do suor e do odor em qualquer parte do corpo. 0 artigo discute a estrutura, o substrato e a formulação refrescante, além da embalagem.

Este articulo discribe el desarollo de una toalla refrescante deseñada para los consumidores masculinos para uso em el control del sudor y del holor en cualquier parte del cuerpo. El articulo discute la estructura, el substrato y la formulación refrescante, además del empaque.

This article describes the development of a refreshment towel designed for mem, intended to manage sweat and odor anywhere on the body. The design framework, substrate, refresment formulation and packaging are discussed.

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Sabonetes Biomiméticos com Ativos da Amazônia - Cristiane Rodrigues da Silva Chemyunion Química Ltda, São Paulo, SP, Brasil

Um novo aditivo para uso em sabonetes líquidos e em barra é apresentado neste artigo. São apresentados também os resultados de testes de eficácia e de segurança de produtos formulados com o aditivo.

Un nuevo aditivo para uso en jabones de tocador liquidos y en barra es presentado em este articulo. Son presentados tambien los resultados de testes de eficacia y de seguridad de productos manufacturados con ese adictivo.

A new addictive for use in liquid and bar soaps is presented in this article. Results of efficacy and safety tests of products manufactured with this adictive are also presented.

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Direito do Consumidor por Cristiane Martins Santos

Evite o Superendividamento!

O cenário econômico atual, composto por altos índices de desemprego, elevadas taxas de juros, setor de produção desacelerado ..., está mexendo de diversas maneiras na vida dos consumidores.

Talvez um dos reflexos mais comentado atualmente nas relações de consumo é o grande aumento do número de inadimplentes e, por conseqüência, dos consumidores "superendividados"!

Na sociedade capitalista de hoje é praticamente impossível se isolar das tentações e não ser atingido pelo bombardeio de publicidades cada vez mais sofisticadas, que criam o desejo e levam o consumidor a compra.

Assim, os consumidores, entes vulneráveis no mercado de consumo, são rendidos ... e, em muitos casos, acabam se tornando vítimas de grandes vilões: 0 cheque-especial e o cartão de crédito!!!!

De acordo com uma pesquisa realizada em maio deste ano pelo Banco Central, os juros para o cheque especial já representavam 177,6% ao ano, e o índice para os empréstimos pessoais era de 98% ao ano.

Para não cair nesta armadilha, os especialistas orientam:

• Evitar parcelamento de compras com juros
• Pagamento de parcelas ou de faturas de cartão de crédito na data do vencimento, evitando-se, assim, incidência de juros
• Pleitear desconto nas compras à vista, entre outras.

E para quem já caiu nesta armadilha... 0 que fazer?????

Não existe para os consumidores nenhuma medida da mesma natureza das anistias, concordatas ... das quais são beneficiados determinados empresários ...

Por isso, recomenda-se numa situação de inadimplência que o próprio consumidor- devedor tente renegociar sua divida.

Aqui vão algumas dicas:
• Procurar o credor e demonstrar interesse e preocupação em saldar a dívida
• Solicitar ao credor o detalhamento do saldo devedor (juros, multa etc)
• Apresentar ao credor uma proposta para o pagamento dentro das possibilidades financeiras do devedor
• Lembrar que o Código de Defesa do Consumidor - CDC determina que o valor da multa por atraso no pagamento não pode ultrapassar 2%

Vale ressaltar que, obviamente, o direito de cobrança do credor é legítimo e não há previsão legal que obrigue o credor a aceitar um acordo proposto pelo devedor, porém, como em qualquer outro tipo de relação humana, deve-se prevalecer o bom senso ...

Também é válido lembrar que apesar da legitimidade de se exercer a cobrança, como já foi comentado em outra oportunidade, o CDC bani os excessos cometidos neste exercício, que são considerados práticas abusivas, tais como:

• Exposição do consumidor a ridículo, colocando-o numa situação vexatória - por exemplo, quando o credor divulga lista de devedores;
• Prática de cobranças que afetem direta ou indiretamente terceiros, não o próprio consumidor (indica a intenção do credor de colocar o inadimplente numa situação embaraçosa);
• Emprego de afirmações falsas (dizer que a cobrança já está no departamento jurídico, e na realidade não está), incorretas (a informação é parcialmente verdadeira) ou enganosas (quando induz o consumidor a erro);
• Valer-se de ameaça (por exemplo, aluno que é proibido de fazer exames em decorrência de atraso no pagamento escolar), coação, constrangimento físico ou moral (cobrador
que mostra uma arma);
• Interferência no trabalho, descanso ou lazer do consumidor: há limites para a cobrança devida, não há proibição! 0 grau de interferência é analisado caso a caso.

Caso o procedimento adotado pelo cobrador cause danos morais ou patrimoniais ao consumidor, este tem o direito à indenização.

Em suma, este quadro sem dúvida está em desconformidade com aquilo que podemos chamar de uma economia "saudável", com um setor produtivo aquecido, cidadãos empregados ... com poder aquisitivo para o consumo!

Cristiane Martins Santos é advogada com especialização em Direito do Consumidor.
E-mail: c_martinsantos@yahoo.com

A vez da Qualidade por Friedrich Reuss e Maria Aparecida da Cunha

Migrar para a ISO 9001/2000

Em meados de dezembro deste ano deixarão de existir as normas ISSO 9001, 9002 e 9003 e, conseqüentemente, perderão a validade todos os certificados ainda existentes segundo estas normas.

O que surpreende é que até agora, quando muito, apenas 50% das empresas certificadas pela norma anterior migrou para a norma da versão 2000. Para muitos a certificação deverá ficar para o próximo ano.

A migração para a nova norma faz muito sentido, pois de 1987 para cá o mundo mudou muito e a norma da edição anterior na realidade foi editada naquele ano. A norma anterior traz como identidade o ano de 1994, mas naquele ano a revisão praticamente só aumentou a abrangência do requisito de "serviços associados" para as normas ISO 9002 e 9003. Enquanto a norma da versão anterior se referia à garantia da qualidade dos produtos, a norma da versão 2000 se refere a qualidade da organização, a qualidade do gerenciamento para conseguir a perpetuação e o crescimento do negócio. Tudo isso baseado nos oito princípios da qualidade: foco no cliente; liderança; comprometimento das pessoas; abordagem por processos; abordagem sistêmica para a gestão; melhoria contínua; tomada de decisão sobre fatos; e relação de benefícios mútuos com o fornecedor.

A norma da versão 2000 conseguiu reunir sob um único texto simples, porém completo, todos aqueles princípios de administração que nos são oferecidos em diversos cursos, como, por exemplo, liderança, comunicação, envolvimento e comprometimento das pessoas, as negociações ganha-ganha, a coleta e análise de indicadores como o BSC (painel de bordo, balanced score cards), o gerenciamento das relações com os clientes (CRM, customer relationship management) e, finalmente, todos os programas de computação, das mais diferentes marcas, que gerenciam o negócio por processos (vendas, aquisição, gestão de estoques, produção, manutenção, controle da qualidade, etc) que operam com a definição das entradas, saídas, responsáveis, indicadores de desempenho e outras características de cada processo.

Esta norma, muito simples e organizada na sua concepção, porém com amplitude total; além de flexível, por permitir a exclusão de requisitos não aplicáveis, tem a capacidade de reunir em torno de um único sistema e de forma consistente, todas as ferramentas que a organização implementou em diversas épocas e com diversas equipes.

A norma da versão anterior teve os seus méritos, mas apenas para a sua época, pois foi estruturada para atender a indústria mecânica e em especial a indústria de armamentos com o objetivo de garantir a boa qualidade das armas produzidas. 0 foco da norma anterior era os produtos, ao passo que a norma da versão atual foca na qualidade da organização, e, sendo flexível, tem a capacidade de se adaptar a qualquer tipo de organização, tendo sido aplicada com sucesso nos mais diversos tipos de atividades, desde cartórios, laboratórios de análises clínicas, hospitais, agências de viagem, indústrias farmacêuticas, químicas até em aciarias, petroquímicas, transportadoras e muito outras.

Diversas complementações interessantes foram introduzidas nesta versão, como a ênfase na definição das competências necessárias e isso com base em formação, experiência, treinamento e habilidades, além da importância dada a identificação e aplicação das legislações pertinentes, às condições de infra-estrutura, as outras partes interessadas (colaboradores, acionistas, fornecedores, comunidade, órgãos públicos), a comunicação e ao ambiente de trabalho.

A norma é menos burocrática, mas traz o requisito da melhoria continua, exigindo que seja implementada por meio dos requisitos de objetivos e metas, que devem ser mensuráveis, mensurados e analisados periodicamente. As auditorias tem a obrigação de auditar estes resultados.

Não se consegue compreender que, apresentando tantas vantagens em comparação com a norma anterior, e por estar tão bem afinada com as atuais práticas gerenciais e de mercado, o contingente de empresas que migrou seja tão pequeno. A concorrência seguramente lhes demonstrará a falta que a implementação da nova norma lhes faz.

Maria Lia A.V. Cunha é psicóloga, especialista em gestão de pessoas.
Friedrich Reuss é bacharel licenciado em química e especialista em gestão da qualidade.
Email: freuss@uol.com.br

Carlos Alberto Trevisan
Mercosul por Carlos Alberto Trevisan

O Que é o Que?

Tendo em vista que a reunião de Mercosul, envolvendo o SGT-11, apenas será realizada mais adiante, nesta coluna faremos algumas ilações sobre os conceitos de Mercado Comum e Mercado Único.

Há alguns anos participamos de uma conferência sobre relações internacionais proferida pelo eminente diplomata Celso Lafer, na qual ficou bastante clara a diferença existente entre essas duas expressões, que embora a primeira vista parecem ter o mesmo significado.

O conceito de Mercado Comum é baseado na primícia de que a participação de cada Estado-Parte será no sentido de partilhar em igualdade de condições, ressalvadas as individualidades de cada um, os recursos e os meios para que todos possam usufruir do potencial do mercado sem que exista o interesse oculto de um Estado-Parte em subjugar recursos de outro, ou seja, tornar-se um Estado-Parte fornecedor único de bens e serviços.

O conceito de Mercado Único é baseado na primicia de que quem "pode mais chora menos" e, portanto, devem ser primeiramente criadas barreiras ocultas para dificultar a liberdade das atividades industriais e comerciais entre os Estados- Parte, para, depois de minadas as atividades daquele de menor poder de fogo, possibilitar a transformação em "Mercado Comum" nos moldes do exposto, porém, onde um Estado-Parte seja o fornecedor e os outros apenas compradores.

Há pouco foi amplamente divulgado, pelos meios de comunicação, o comportamento de empresários argentinos contrários à comercialização naquele país de alimentos e artigos derivados de papel produzidos no Brasil.

Outro fato foram as manifestações do governo do Paraguai contra atitudes do Brasil e Argentina.

Sabemos que a economia na Argentina passou por um período bastante conturbado, que se balizar pelos comentários divulgados pela imprensa, parece estar sendo revertida por alguns sinais de crescimento ...

O tema Alca sempre está relacionado ao conceito de Mercado Único e não ao de Mercado Comum, pois o gigantismo dos Estados Unidos faz supor que a apreensão é justificada.

O que nos preocupa e a reação que poderá ocorrer no país subjugado pela perda de sua atividade comercial ou industrial, e suas conseqüências, como desemprego, dependência econômica etc, que poderão acarretar em represálias de características não consideradas, como barreiras alfandegárias.

Recentemente o Ministro do Desenvolvimento do Brasil, Luiz Fernando Furlan, arriscou um diagnóstico, dizendo que o Mercosul ainda não foi implementado por que os Estados-Parte não incorporaram, na sua totalidade, as denominadas resoluções de abertura comercial.

Entretanto, fica uma grande interrogação quanto ao que teremos no futuro, será um Mercado Único ou um Mercado Comum? 0 tempo dirá ...

Cumbre de Autoridades

Há cerca de 4 anos as entidades representativas das indústrias do setor decidiram estabelecer reuniões periódicas para discutir temas que poderiam ser utilizados com maior eficácia, quando das reuniões do Mercosul, daí surgiu a "Cumbre de las Autoridades Sanitárias de las Américas".

Esta iniciativa teve, entre outros, os objetivos de criar oportunidades que possibilitam que as autoridades sanitárias dos vários países se conheçam pessoalmente, que os procedimentos específicos de cada país sejam divulgados entre os demais e, por conseqüência, que possibilite o estudo, a avaliação e a tomada de decisão no sentido de harmonizar as várias legislações sanitárias, o que torna mais efetiva a possibilidade de covalidação dessas legislações, facilitando as trocas comerciais dos produtos do setor entre esses mercados.

Desafortunadamente, as "cumbres" não tem atingido plenamente seus objetivos, pois muitos dos países que delas participam não tomam as providências para efetivamente implementar em suas legislações as recomendações acordadas nas atas das reuniões.

É bom lembrar que as decisões e recomendações das "cumbres" não tem força de lei como ocorre com as decisões do Mercosul, mas, uma vez aprovadas, essas decisões e recomendações deveriam merecer esforços especiais para a sua implantação.

Acreditamos que para o Mercosul a realização das "cumbres" seja necessária ainda por um período de média duração, pois se trata de uma importante ferramenta para o intercâmbio de informações que, com certeza, servirão de base para a tão almejada existência de um efetivo Mercado Comum.

Carlos Alberto Trevisan é consultor independente e diretor da Carlos & Trevisan Consultoria
e-mail: trevisan@dialdata.com.br

Denise Steiner
Temas Dermatológicos por Denise Steiner

Aparência do Homem Moderno

Diferente do que se possa pensar, tanto a pele do homem quanto a da mulher são semelhantes - tem as mesmas camadas - em quase toda a extensão do corpo.

Contudo, a maior diferença ocorre, principalmente, na face, onde a pele dos homens apresenta-se com mais fibras de colágeno e elastina do que a das mulheres. É por isso que, aparentemente, os homens envelhecem menos que as mulheres da mesma idade e raça.

A pele da maioria dos homens apresenta-se mais oleosa e um pouco mais espessa do que a das mulheres. Isso ocasiona o primeiro inconveniente na pele masculina que é o surgimento da acne, podendo acometer tanto adolescentes quanto homens maduros. Na acne grave, deve-se agir rapidamente, pois quanto mais inflamada e extensa maior a chance de cicatrizes. A isotretinoina é um tratamento sistêmico, eficiente, seguro e que, em geral, resolve definitivamente.

Outro aspecto interessante observado nos dias de hoje é que os homens, a exemplo das mulheres, também se preocupam muito com a aparência. Há uma grande maioria que quer aparentar menos idade, ou para manter seus postos profissionais, ou para demonstrar que estão de bem com a vida, enfim, a preocupação com a aparência não envolve apenas o sexo frágil e, a cada dia, cresce o número de representantes do sexo masculino que sai em busca de produtos e serviços, visando manter ou recuperar a aparência jovem e saudável.

Essa mudança de comportamento do homem é recente - cerca de 5 anos - e se deve ao fato de que em nossa cultura a aparência é muito valorizada, tanto no mercado de trabalho quanto do ponto de vista pessoal, pois esta reforça a auto-estima e está relacionada ao sucesso, palavra tão em evidência no mundo moderno.

Além disso, a própria juventude é muito valorizada e não são raros os exemplos de pessoas muito jovens ocupando altos cargos nas empresas. Daí a mudança comportamental dos homens que assumem cada vez mais a sua vaidade e passam a cuidar da aparência sem que, em nenhum momento, isso afete a sua masculinidade.

Ou seja, a idéia de vaidade não se choca mais com a identidade masculina, havendo, inclusive, uma democracia maior em relação ao sexo forte que pode ser exemplificada com fatos como: usar cabelo comprido, brinco, piercing, etc.

Com todas essas mudanças o homem também passou a ser alvo das empresas de cosméticos que a cada dia lançam novos produtos para cuidar da pele, cabelo e até para prevenir o envelhecimento.

Estes produtos respeitam a condição diferenciada da pele masculina (oleosidade, espessura, barba, entre outros), além de possuírem textura e perfumes adequados ao perfil do mesmo.

O que acabou acontecendo foi um grande número de homens preocupados com a aparência e com os cuidados com a pele, tornando-se exceção aqueles que não dão importância ao assunto.

O problema mais comum observado na pele masculina, além da acne que já mencionamos anteriormente, é a foliculite - inflamação que ocorre na região da barba - quando se deve procurar ajuda de um dermatologista. Uma das alternativas para contornar esse problema é a eliminação parcial e total dos pêlos com laser. 0 pêlo é eliminado em cerca de 3- 4 aplicações. A pele fica ligeiramente avermelhada após o procedimento, e desaparece em poucas horas. Esta técnica elimina de vez os problemas masculinos relacionados a inflamação pós barba.

Para prevenir rugas e preservar a aparência jovem por mais tempo, os homens, a mesma forma que as mulheres, devem usar diariamente filtro solar e cuidar da pele com produtos a base de vitaminas, ácidos e até antioxidantes. A longo prazo e com disciplina, os resultados serão visíveis. Para um tratamento mais específico esses pacientes devem procurar um especialista.

E, para aqueles mais vaidosos que querem efeitos mais rápidos, há procedimentos relativamente simples, mas que devem ser realizados por médicos, que suavizam as rugas, sejam estas de expressão, áreas ao redor dos olhos e entre as sombrancelhas. Trata-se da aplicação da toxina botulínica, que vem conseguindo resultados bastante favoráveis e que pode ser feita em ambulatório, não necessitando de internação do paciente.

Portanto, a boa nova hoje para os homens, de maneira geral, é que eles agora também podem adotar procedimentos para melhorar a aparência e prevenir o envelhecimento sem precisar recorrer a uma intervenção cirúrgica.

Dra Denise Steiner é dermatologista
e.mail: clinicastockli@uol.com.br

Boas Práticas por Tereza F. S. Rebello

Clientes e Fornecedores

O título desta coluna - Boas Práticas - induz os profissionais da área a pensar nos procedimentos adequados para a fabricação de produtos, tendo como objetivo final, a qualidade destes.

Mas, para chegar a esse resultado, muitos esquecem que devem, primeiramente, enfocar a qualidade de serviços prestados entre os diversos departamentos envolvidos, direta ou indiretamente, na fabricação. Por exemplo, uma etapa importante na fabricação se refere à seleção e a qualificação de fornecedores de matérias-primas.

Quem seleciona? 0 departamento de Compras ou a Garantia de Qualidade?

Em uma primeira etapa - a que se refere às informações sobre a idoneidade e o leque de atividades da empresa fornecedora - provavelmente, Compras terá o conhecimento e, portanto, será o "fornecedor" do departamento de Garantia de Qualidade que, neste caso, passa a ser o "cliente". Por outro lado, a Garantia de Qualidade será o "fornecedor" do departamento de Compras, quando confirmar, através de procedimentos analíticos e/ou visitas, que o fornecedor da matéria-prima realmente está habilitado a participar da lista de fornecedores da empresa.

Esta informação terá que ser transferida ao departamento de Compras para que este cumpra um procedimento de Boas Práticas de Fabricação, que é a compra de insumos a partir de fornecedores qualificados.

Resumindo: numa empresa, todos somos, simultaneamente, "fornecedores" e "clientes" de serviços. E, se esta relação não for harmônica, quer na troca de informações ou de prestação de serviços,com toda a certeza não teremos a qualidade de produtos que é o objetivo maior das BPF e C.

Para sabermos quem são nossos "clientes" e de quem somos "fornecedores" na empresa, temos que ter conhecimento do fluxo de atividades.

E, aí? Você sabe quem são seus clientes e fornecedores? Experimente fazer uma lista deles. Se tiver dificuldade, isso pode significar que você ainda não está familiarizado com as atividades de sua empresa (ou do seu departamento).

Este aspecto da Qualidade foi muito bem detalhado por Philip B. Crosby em sua abordagem sobre os 4 Absolutos da Administração da Qualidade:

1°. Qualidade - 0 que é? P. Crosby a define como a "Conformidade com os requisitos". Na prestação de serviços também temos que ter descrito os requisitos para alcançar a qualidade esperada. Geralmente, esses requisitos estão descritos nos POPs (Procedimentos Operacionais Padrão)..

2º. Prevenção - Por quê? É o sistema que conduz a Qualidade. E ela pode ser aplicada tanto no trabalho, como em nossa vida pessoal (nós também temos que considerar a Qualidade de Vida). E, então? Você, leitor, pode pensar em duas oportunidades de erro que você pode eliminar com a prevenção?

3°. Medição - É possível medir a qualidade? Sim! Experimente fazer o seguinte exercício: anote os prejuízos (materiais ou não) que você já teve no trabalho ou em casa. Esse será o preço de não planejar suas ações, ou melhor, de não prevenir situações.

4°. Zerar Defeitos - Este é o padrão de desempenho que todos desejam: seu chefe, sua família, seus amigos e, é claro, você em relação à eles. É possível? Sim! "Zero Defeito" não significa perfeição, e sim, fazer certo da primeira vez.

Esses conceitos sobre qualidade não são tão recentes assim. Algumas décadas antes de Crosby, noções originais sobre Qualidade já haviam sido transmitidas por Walter Shewhart, um dos professores de Deming e considerado o "avô" do Gerenciamento da Qualidade Total e introdutor do ciclo Shewhart (conhecido como Programa PDCA e que é atribuído a Deming).

Comenta-se muito, atualmente, sobre outra ferramenta para a Qualidade - o 6-Sigma, que segundo Thomas Pysdek, autor do livro The Six Sigma Handbook, "redefine qualidade como o
valor agregado por um esforço produtivo e se concentra em que a empresa consiga alcançar seus objetivos estratégicos" (Fonte: "6-Sigma a um passo da perfeição" HSM Management 38, maio/junho 2003).

"0 6-Sigma não busca qualidade como o TQM (Total Quality Management), como resposta a normas ou exigências internas". Assim, o que o leitor tem que ter em mente é que os Programas para a Qualidade existentes não surgiram como "programas teóricos" ou "modismos", mas como necessidades das empresas (de porte e complexas) em redefinir suas prioridades. Com isso, concluímos que mesmo as micro e pequenas empresas devem elaborar suas estratégias de Qualidade, pensando na legislação em vigor e nestes programas já existentes, sem se esquecer de suas necessidades internas.

Tereza F.S. Rebello é farmacêutica bioquimica.
E-mail: methodus@methoduseventos.com.br

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