Formulação para a Pele do Bebê

Nicola Lionetti
Rigano Laboratories S.r.l., Milão, Itália

 

Biologia da Pele do Bebê

Condições de Comprometimento em Alta

Sintomas e Sítios

Formulações de Limpeza

Tratamentos Umectantes

Conclusões

Referências

artigo publicado na revista Cosmetics & Toiletries Brasil, Set/Out de 2019, Vol. 31 Nº 5 (pág 28 a 33)

     A pele é um órgão complexo e dinâmico, capaz de realizar diversas funções fisiológicas. Sua principal função é servir de barreira física que mantenha um nível adequado de hidratação, ao mesmo tempo que proteja o organismo de substâncias exógenas, como bactérias, alérgenos e poluição. Além disso, a pele fornece proteção contra a radiação UV, regula a temperatura do corpo e está envolvida na percepção sensorial.

     Porém, a maturação da pele é um processo gradual durante os primeiros dois anos de vida, quando o nível de maturidade é uma função da idade gestacional. O processo de maturação da pele começa no nascimento, quando a pele rapidamente precisa se adaptar a um ambiente relativamente seco em comparação com o ambiente em que ela estava no útero materno. Além disso, nos neonatos, as glândulas sebáceas e as sudoríparas ainda não atuam com maturidade.1-4

     Este trabalho é sobre a biologia da pele dos bebês em um momento em que, globalmente, as condições de comprometimento da pele estão em alta. Também propõe soluções de formulação que atendam às necessidades específicas desse status imaturo da pele.

 

Biologia da Pele do Bebê

     A maturação da pele dos bebês é um processo contínuo em comparação com a pele plenamente desenvolvida. A pele dos bebês é diferente da pele das pessoas adultas em vários aspectos:

     •. É mais fina cerca de 20% a 30%, especialmente porque a epiderme dos bebês está subqueratinizada em comparação com a pele madura.

     •. Possui maior conteúdo aquoso e, ao mesmo tempo, tem menor capacidade de retenção de água – o que significa maior perda transepidérmica de água (TEWL), especialmente nos primeiros meses de vida. Nos três primeiros de vida dos bebês, a hidratação do seu estrato córneo aumenta, podendo exceder os níveis de hidratação da pele madura.1-4

     • A película hidrolipídica da pele dos bebês é imatura porque tem menor quantidade de sebo e de lipídios totais em comparação com a pele madura, além de baixa expressão de fatores umectantes naturais, o que leva à já mencionada baixa capacidade de retenção de água.

     • O nível do pH é mais elevado do que o da pele madura. No parto, a pele dos neonatos é mais alcalina, com pH variando entre 6 e 7,5, dependendo do sítio anatômico que for avaliado.7,8 Essa acidez não apenas limita o desenvolvimento da flora patogênica da pele, mas também é necessária para o processamento de lipídeos enzimáticos que resulta no desenvolvimento da efetiva barreira da pele contra a permeabilidade. Valores mais baixos do pH inibem a colonização de patógenos como o Staphylococcus aureus e o Streptococcus pyogenes, ao mesmo tempo que fomentam o desenvolvimento da flora residente.9-11

     • A melanização é baixa, o que é de enorme importância, pois a melanina atua como um filtro da UV, reduzindo a penetração da luz UV através da epiderme. A concentração mais baixa de melanina – juntamente com um estrato córneo mais delgado, maior hidratação do estrato córneo e, presumivelmente, menor difusão de luz incidente – pode contribuir para a maior sensibilidade aos efeitos danosos da radiação UV.12,13

     Todos esses fatores são importantes desafios para essa situação especial e evolutiva da pele. A função de barreira reduzida implica maiores riscos de irritação e penetração, e maior susceptibilidade à contaminação microbiana.

     De acordo com esse quadro, é fundamental que a pele do bebê receba os cuidados adequados às suas necessidades, ou seja, às necessidades de uma epiderme que ainda está em desenvolvimento.

 

Condições de Comprometimento em Alta

     Sobre esse tema, nos países industrializados, a porcentagem de pessoas afligidas por causa de várias condições da pele triplicou nos últimos 30 anos. A dermatite atópica (DA), por exemplo, é a doença de pele mais comum nesses países, atingindo todos os estratos da população. Estudo recente indicou incidência de DA em 17% dos negros e 15% dos latino-americanos. Outro estudo mostrou que, entre os anos 2000 e 2010, o índice de DA em menores de 18 anos foi de 9% para 17% nos negros, de 5% para 10% nos latino-americanos e de 8% para 13% em jovens caucasianos.14 Essas elevações estão provavelmente ligadas à degradação do meio ambiente, ao estilo de vida e aos excessivos hábitos de higiene.

     Conforme foi descrito anteriormente, a pele dos bebês está exposta a maiores riscos do que a pele madura. Além disso, o organismo dos bebês ainda tem o sistema imunológico não completamente desenvolvido. Por causa de tudo isso, as chances de serem afetada pela DA no primeiro quarto da vida são muito mais elevadas.

 

Sintomas e Sítios

     O sintoma mais comum da DA é pele seca e brotoejas com coceira. Por isso, a DA tem sido chamada de “coceira irritante”.15 Essa coceira pode levar a arranhões que chegam a sangrar, o que pode agravar a lesão e causar um círculo vicioso de vermelhidão, inchaço, descamação, emanação de líquido transparente, formação de crostas e pele espessa e áspera.16

     A DA muitas vezes se manifesta na face, nos cotovelos, atrás dos joelhos, nas mãos e nos pés. Nos bebês que estão perto de completar 1 ano, a DA é mais comum nas dobrinhas da pele, ou seja, no pescoço, nos cotovelos, atrás dos joelhos e na parte inferior dos braços. Nas crianças entre 3 e 4 anos, a DA também pode afetar as demais dobras da pele, mas costuma afetar, principalmente, as mãos e a face, ao redor da boca e as pálpebras.

     Nas crianças entre 5 e 6 anos, as exacerbações fortes desaparecem, mas o ressecamento da pele persiste.

     A pele afetada pela DA pode beneficiar-se de simples medidas preventivas, como usar roupas limpas, fazer terapias personalizadas e, evidentemente, ter higiene adequada e fazer tratamentos hidratantes.

 

Formulações de Limpeza

     Limpeza e higiene ocorrem evidentemente, com maior frequência nos primeiros meses de vida. De sete a oito meses (ou mais), as trocas de fraldas por dia, o banho e o ensaboado, práticas de limpeza, são essenciais para evitar problemas de pele, em caso de controle da DA, para remover crostas, exsudatos, e agentes microbianos que podem causar infecções de pele e irritação.

     Durante as rotinas de limpeza, deve-se evitar o uso de água quente para prevenir a vasodilatação, pois esta pode provocar prurido e lesões. Além disso, o uso de água dura, que é levemente alcalina e tem elevado conteúdo de sais, pode ser irritante por causa de seu pH e de seu impacto na barreira da pele.

     Fraldas úmidas, géis de banho e de chuveiro devem ser formulados para evitar qualquer potencial dano à pele dos bebês. A escolha do tensoativo correto, por exemplo, aniônico, etoxilado ou anfótero, é importante. Mas a combinação correta dos tensoativos, considerando a proporção, o percentual de material ativo, e tensoativos primário e secundário parece ter grande influência. Estudos e análises já descreveram as interações entre os tensoativos e a pele,17-20 e tentaram ligar as propriedades físico químicas dos tensoativos com sua toxicidade.

     Em alguns estudos, a toxicidade foi conectada à capacidade de um tensoativo formar micelas, pois os monômeros parecem causar irritação à pele e, consequentemente, tensoativos com altas concentrações críticas de micelas foram considerados mais tóxicos.21 Segundo outros estudos, as micelas, aparentemente, seriam capazes de penetrar no estrato córneo. Assim, as dimensões e os formatos das micelas deveriam ser estudados.22,23 Se a suavidade de diferentes sistemas tensoativos é medida por meio da permeabilidade transepidérmica (TEP, sigla em inglês para transepidermal potential), os resultados mostram como micelas mistas, isto é, micelas compostas de tensoativos diferentes – em solução -, podem ter propriedades diferentes (Figura 1).

     Nesse caso, o sistema tensoativo de um shampoo para adultos rompe as rígidas junções entre as células da pele em suas concentrações mais baixas, indicando propriedades agressivas. Os tensoativos para lavar o corpo são mais suaves que estes, induzindo a ruptura das junções das células, mas em concentrações um tanto maiores. Por outro lado, a combinação de tensoativos nos produtos de limpeza para bebês é bem tolerada pelas junções rígidas da pele em uma ampla gama de concentrações.24 Na verdade, a combinação correta de tensoativos dá a melhor opção, porque, como os resultados do teste HET-CAM revelam (Figura 2), mesmo a suavidade de apenas um tensoativo não iônico pode ser questionável.25 A adição do tensoativo suave Olivoil Fruttoside (OF) [INCI: Sodium Cocoyl/Olivoyl Hydrolyzed Oat Protein (and) Fructosyl Cocoate/Olivate] já demonstrou que reduz a potencial irritação do tensoativo tradicional sodium laureth sulfate (SLES).26 Por isso, os atuais produtos de limpeza para bebês são dotados de várias combinações (Tabela 1).

     Em alguns casos, especialmente no da pele com tendência atópica, prefere-se o uso de um sistema tensoativo que seja rico em agentes reengordurantes ou emolientes (Fórmulas 1 e 2). 





 

 

Tratamentos Umectantes

     A evidência clínica vem demonstrando que o manejo de muitas doenças de pele pode ser otimizado por tratamento farmacológico e tratamento cosmético complementares. Juntos, eles aliviam os sintomas e previnem exacerbações agudas, ao mesmo tempo que melhoram a aparência da pele, melhorando, consequentemente, a qualidade de vida dos pacientes.27-29 Muitas diretrizes recomendam tratamentos de hidratação como primeira etapa de tratamento da DA.30-32 Porém, as diferenças entre produtos umectantes e produtos de reparo tópico da barreira da pele ainda não estão claramente definidas.

     Muitas vezes, os produtos umectantes para venda livre de receituário médico (OTC, na sigla em inglês) são simplesmente oclusivos, como a vaselina e a lanolina, ou contêm tanto agentes oclusivos quanto ingredientes umectantes, como a glicerina. O principal objetivo desses produtos é reduzir a TEWL, aumentando assim a hidratação do estrato córneo. Dois dos inconvenientes desse mecanismo podem ser a redução excessiva da capacidade da pele de “respirar” ou o rápido retorno do estrato córneo a uma condição de perda de água assim que a mistura oclusiva for retirada.

     Na verdade, como vemos na literatura, a elevação excessiva da hidratação do estrato córneo possibilitada pela aplicação de substâncias oclusivas não leva ao bem-estar e à proteção da pele. Ao contrário, pode ocorrer dermatite intensa, simplesmente pela exposição prolongada da pele à água.33,34 Quando as substâncias oclusivas são removidas ou reduzidas, a água da transpiração acumulada se evapora tão rapidamente que provoca fissuras na pele, tornando-a susceptível à penetração de substâncias exógenas, alérgenos e irritantes.35,36 Para concluir, a recuperação verdadeiramente funcional da função de barreira da pele é corretamente obtida se o produto aplicado à pele for permeável à água. Nesse caso, em contraste com a oclusão, membranas permeáveis ao vapor permitem que a função de barreira da pele seja normalmente recuperada.

     Assim, a barreira de proteção proporcionada pelos produtos para bebês deve assemelhar-se à barreira permeável ao vapor e protetora que é possibilitada pelo vérnix caseoso, ou seja, pela emulsão protetora que reveste o feto durante a gravidez. A finalidade dessa camada é assegurar o delicado equilíbrio da hidratação na pele em desenvolvimento do feto enquanto este se encontra imerso no líquido amniótico.

     Na década passada, inúmeros estudos trouxeram evidência suficiente das propriedades benéficas do vérnix caseoso. Ele age como um sistema de barreira não apenas para hidratar perfeitamente a pele, mas também para recuperar a função de barreira da pele. Isso porque permite que as enzimas atuem adequadamente37 e parece formar uma barreira semioclusiva que recobre o estrato córneo em desenvolvimento.38

     Para atender necessidades semelhantes da pele prejudicada de bebês, as fórmulas de reparo efetivo da barreira deveriam conter ambos os ingredientes de um umectante convencional, ou seja, uma mistura de vaselina oclusiva ou de óleo mineral com óleos não oclusivos, como ésteres e triglicérides, e ingredientes fisiológicos específicos, por exemplo, ceramidas e ácidos graxos essenciais. Essa mistura deve resultar em uma emulsão estruturada que vise diretamente a função de barreira da pele: por exemplo, cristal lamelar ou líquido.39,40 Ao contrário da variedade de tensoativos usados nos produtos de limpeza para bebês que está disponível no mercado, os cremes umectantes utilizam mais ou menos a mesma abordagem (Tabela 2).

     Fica evidente, a partir dessa amostragem, que uma fase lipídica comum consiste em uma combinação de vaselina e Paraffinum liquidum com triglicérides naturais ou sintéticos. Umectantes, hialuronato de sódio, vitaminas e antioxidantes servem de ativos. Certas marcas de produtos para bebês também estão começando a introduzir ingredientes que agem sobre o microbioma.41

 

Conclusões

     Nos primeiros anos de vida, as características fisiológicas da pele imatura do bebê exigem uma consciente seleção e combinação de ingredientes, para obter uma limpeza suave com proteção e tratamento adequados. Os níveis de impurezas presentes nas matérias-primas, como metais pesados, peróxidos etc., também devem ser cuidadosamente verificados durante a fabricação de um produto.

     Na verdade, um produto essencialmente natural pode não ser a melhor escolha para uso em um bebê, pois sua pele pode não tolerar as matérias-primas, os níveis elevados de impurezas, a instabilidade dos óleos vegetais etc., presentes nesse produto. Uma mescla de ingredientes naturais, “tipo-naturais” e sintéticos poderia ajudar a alcançar um tratamento de pele adequado.

     Finalmente, os conservantes tradicionais, como sorbato de potássio e parabenos, poderiam ser evitados por causa de seu potencial de irritação/sensibilização. Deve-se também ter em vista que conservantes não tradicionais, como glicóis e dióis, devem ser considerados com cautela devido ao seu potencial irritante e aos seus efeitos de penetração exacerbadas.

 

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Publicado originalmente em inglês,Cosmetics & Toiletries 133(8):62-69, 2018

 

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