Temas Dermatológicos

Criolipólise

Janeiro/Fevereiro 2017

Denise Steiner

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Denise Steiner

Até pouco tempo atrás, o tecido gorduroso era considerado supérfluo, tendo como função exclusiva a manutenção da temperatura do corpo. Hoje, à luz da ciência mais avançada, já se sabe que as células de gordura localizada no tecido subcutâneo da pele têm funções extremamente importantes, inclusive hormonais.

A célula gordurosa passou a ser encarada com mais respeito e importância, uma vez que interage com todo o organismo e produz inúmeras substâncias, entre elas andrógenos, estrógenos e citoquinas. A gordura corporal também tem uma característica específica, pois modifica-se com o passar do tempo, caracterizando corpos mais velhos e mais novos. É importante enfatizar que os procedimentos que envolvem a diminuição de gordura localizada ajudam a reduzir medidas, mas não são tratamentos de emagrecimento. Então, manter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios físicos continua sendo fundamental para deixar o corpo e a mente saudáveis e em forma.

No Brasil, a criolipólise ficou bastante vulgarizada - até porque há um cartaz sobre essa técnica em cada esquina. Apesar de aparentemente simples, este tipo de procedimento é bastante complexo, uma vez que o tecido gorduroso produz hormônios e funciona de forma integrada ao organismo, além de ter inúmeros receptores que acionam a cascata da inflamação.

O termo criolipólise se refere à destruição seletiva e intencional de adipócitos (células que armazenam gordura) através de resfriamento controlado. A criolipólise é feita com uma tecnologia não invasiva que promove a sucção da pele junto com o subcutâneo, que é resfriado entre duas placas de congelação. O equipamento controla o vácuo, a temperatura e o tempo de congelação. O frio atinge o subcutâneo, e a pele suprajacente é protegida e não é danificada, pois não é resfriada na mesma temperatura que o tecido gorduroso. Portanto, a criolipólise tem como princípio a agressão da célula gordurosa pelo frio. O adipócito é mais sensível às baixas temperaturas do que as estruturas da epiderme e derme. O adipócito, ao ser atingido pelo frio, sofre um processo de destruição, e a gordura fora da célula passa a ser metabolizada. Outra questão fundamental em relação à criolipólise é o tipo de aparelho utilizado. Há aparelhos que não conseguem disponibilizar temperaturas constantes e baixas o suficiente e, nesse sentido, causam dano durante o processo de destruir o adipócito. O tipo de acoplamento à pele na área a ser tratada é muito importante e também varia muito de aparelho para aparelho.

Durante o processo, há um pouco de dor e, após o procedimento, a pele fica vermelha e com aspecto amassado. Os cuidados pós-cirúrgicos são importantes, como beber muita água e ter repouso relativo. O paciente poderá retomar suas atividades na sequência, conforme orientação médica.

A criolipólise, quando realizada com aparelhos adequados, acoplamento correto, indicação médica e profissional capacitado, é um ótimo tratamento para a gordura localizada.



Outros Colunistas:

Deixe seu comentário

código captcha

Seja o Primeiro a comentar

Novos Produtos