Nos anos 60, a pílula da mulher liberou o prazer, sem medo da gravidez, desencadeando a revolução sexual. Agora, com a pílula do homem, o mundo embarca numa nova revolução.No formato de um diamante e na cor azul, esta "jóia" chegou para levantar o moral dos homens brasileiros, afinal não há pior atentado à auto-estima masculina, sensação maior de ridiculo para o orgulho do macho do que não poder contar com aquele precioso, porém temperamental, aliado justo na hora em que dele mais se necessita. É como ser traído pelo melhor amigo.
Perigoso ou não, como brigam médicos e mídia, o fato é que a aparição do Viagra no mundo masculino é apenas uma questão de justiça. Agora, o homem também tem a sua pílula. Se este remédio pôs a nu, de público, o mito do macho infalível, ofereceu, em troca, a segurança. Portanto, não deixa de ser um bom négocio, para quem toma e para quem fabrica. Emfim, restaurou-se o equilíbrio.
Nesta Edição não deixe de ler as técnicas de screening in vitro em dermatologia e o artigo que traz uma análise elementar de cosméticos por fluorescência de raio x, elaborado pela Prof.ª Dra. Orghêda Zucci, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto.
Estamos Abordando também o mecanismo das fragrâncias, com artigos que falam sobre acuidade olfativa e os efeitos psicodinâmicos do odor. Além disso, em homenagem aos perfumistas fizemos um Especial sobre esta profissão que pouca gente conhece.
Boa Leitura!
Técnicas de Screening in Vitro em Dermatologia - Copa Majmudar, PhD, e Melanie Smith, RPh Mary Kay Holding Corporation, Dallas TX, Estados Unidos
Uma revisão de teste, modelos e marcadores
Para evitar a irritação da pele e alergia causadas por cosméticos, as matérias-primas devem ser selecionadas durante o desenvolvimento do produto. As técnicas de seleção in vivo são as melhores. 0 autor descreve os modelos in vitro (cultivo de células e equivalente a pele viva) em várias provas in vitro (absorção percutânea, toxicidade, melanogenese, cicatrização de feridas, antienvelhecimento e proliferação e diferenciação celular).
Análise Elementar de Cosméticos por Fluorescência de Raio X - Profa. Dra. Orghêda Luiza Araujo Domingues Zucci e Marcos José Salvador - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão-USP, Ribeirão Preto SP, Brasil
Os elementos Ti, Fe, Br, Sr e Ba foram identificados em amostras de batom de procedências distintas através da utilização da técnica analítica instrumental de fluorescência de raios x por dispersão de comprimento de onda (WD-XRF). Através da elaboração de amostras-padrão (adição de alíquota) e do modelo linear determinou-se o teor de Ti02 presente nas amostras, sem prévia separação química do elemento titânio, empregando-se um tubo de raios x de Cr (30 kV e 20 mA), detector de fluxo gasoso e cristal difrator LiF200.
ComprarMecanismos das Fragrâncias - Dr. J Stephan Jellinek - Holzminden, Alemanha
Descrição do efeito psicodinânicos do odor e seus mecanismos
Enquanto se tem realizado muitos estudos sobre os efeitos dos odores no psiquismo humano, poucos identificam o mecanismo que origina o efeito observado. 0 autor identifica os mecanismos chamados quasi-farmacológicos, semânticos, placebo e de valência hedônica, e adverte que muitos estudos precisam ser conduzidos para que se possa compreender os vários mecanismos potencialmente envolvidos em cada uma das reações induzidas por odores.
O Efeito da Idade sobre o Olfato - Stephen J. Herman Drom internacional, Towaco NJ, Estados Unidos
Acuidade olfativa diminui com a idade, produtos para consumidores mais velhos devem refletir isso.
A indústria de cosméticos tem examinado as propriedades e os tratamentos da pele envelhecida, mas tem dado pouca atenção às mudanças com a idade dos nossos sentidos olfativos. A mutante resposta olfativa envolve muitos fatores além daqueles envolvidos no processo natural de envelhecimento.
O Boticário, São José dos Pinhais, PR, Brasil
Em uma das colunas anteriores manifestamos nossa expectativa e esperança de que, na primeira reunião Mercosul, a qual seria realizada em Buenos Aires, Argentina, teríamos progressos quanto a obtenção de consenso para os ítens pendentes de harmonização.
A realidade foi bastante diversa da expectativa. Principiou-se pelo trabalho de revisão das listas já consensadas, devidamente publicadas como resolução, e internalizadas pela Portaria 71 (no Brasil); quanto à nomenclatura correta espanhol/português e vice-versa (trabalho este que ocupou quase 70% do tempo disponível), os demais assuntos pendentes foram abordados de modo bastante superficial, pelos motivos já amplamente mencionados em nossos comentários anteriormente publicados.
Durante o andamento da reunião, a delegação argentina apresentou e comunicou uma nova resolução que foi recentemente implantada naquele país, tornando automático o registro de produtos cosméticos, desde que atendidas determinadas condições básicas.
A divulgação do novo procedimento argentino causou uma grande reviravolta no posicionamento das demais delegações, pois as mesmas constataram a importância da implantação deste procedimento, como uma grande alavanca para a implantação de procedimento igual ou semelhante em seus respectivos países.
Queiramos ou não, a Argentina tem sempre tomado iniciativas rápidas nos procedimentos que possibilitem atender as empresas quanto à agilização de registros de produtos.
Os obstáculos para a harmonização já foram, acreditamos, bastante abordados em nossas colunas anteriores e, novamente, o serão ao final do presente, e não mais deverão ser mencionados até que sejam efetivamente eliminados, ou até que surjam outros que nos obriguem a uma análise mais aprofundada.
Para a próxima reunião, em junho, também em Buenos Aires, os temas a serem discutidos serão os mesmos que seriam abordados na reunião anterior.
Devemos considerar que, cada vez mais, se torna primordial a necessidade de harmonização, pois as oportunidades comerciais não mais permitem demoras por razões de cunho burocrático.
As esperanças se renovam quanto às possibilidades de acordo, pois a iniciativa argentina anteriormente mencionada já haverá sido devidamente avaliada pelas demais delegações, e suas vantagens levadas em consideração para a tomada de medidas que possibilitem agilizar a obtenção dos registros de produtos.
A inexistência de outra alternativa para a harmonização, certamente será motivo para que todo o empenho seja colocado nas conversações e, talvez, sensibilize para que os temas sejam discutidos a maior objetividade possível, buscando semelhança de aplicação e não divergência de opinião.
A premência de tempo restante, pois que as decisões e harmonizações deverão ser atingidas até o final do próximo ano, será talvez a maior alavanca a suportar os esforços da harmonização.
Em tempo, vale registrar que de nossa participação na Global Cosmetic Regulatory Harmonization an Impetus to the Development of Export Markets realizada em Florença, Itália, de 22 a 24 de abril passado, pudemos constatar que em todos os temas desenvolvidos nos diferentes grupos, compostos por representantes de todas as regiões do globo, havia a preocupação com a harmonização, tanto em nível regional quanto global. Estiveram presentes representantes das áreas oficiais do Japão, China, Europa Central e do Leste, Rússia, Pacto Andino, Ásia e Mercosul.
Do nosso ponto de vista, como temos sempre mencionado, não ocorrerá harmonização completa em nível de Mercosul sem que exista, por parte do Brasil, vontade política de revogar a lei 6.360 e o seu decreto regulamentador 79.094, pois todas as vezes que se tenta discutir temas efetivamente relevantes, os mesmos são citados como fatores impeditivos para tal.
A existência no Brasil da classificação de produtos quanto ao chamado grau de risco é outro fator que dificulta a harmonização. Por sua vez a Argentina persiste, apesar do mencionado registro automático, em limitar o uso de expressões do tipo "anti", o que é interpretado como forma de impedir o ingresso de produtos brasileiros naquele mercado, o que não acontece no Brasil.
Concluímos afirmando que "ou nos harmonizamos ou nos harmonizarão".
Carlos Alberto Trevisan é engenheiro químico, gerente de Suporte Legal do Boticário, membro do SGT-3 (sub Grupo de Trabalho) do Mercosul, e membro do Conselho Fiscal da Associação Brasileira de Cosmetologia.
BR Assessoria em Qualidade, São Paulo SP, Brasil
Desenvolvido originalmente pelo professor Ishikawa, em 1950, no Japão, o método 5S, tem como finalidade combater o nível de desperdício nas empresas. 0 método então, é composto de 5 sensos: Seiri = utilização; Seiton = ordenação; Seiso = limpeza; Seiketsu = bem estar e Shitsuke = auto-disciplina.
Este método é muito bem conhecido e tem sido utilizado no mundo inteiro. O que se tem observado é que durante a implantação, e por um determinado período de tempo, o programa funciona muito bem. Porém, com o decorrer do tempo ele perde a sua força, e não raras vezes, a situação na empresa volta ao estágio anterior, com exatamente os mesmos níveis de desperdício.
É neste momento que surge a dávida: 0 que faz com que o programa perca a sua continuidade? Analisando a questão em detalhes chega-se a conclusão que, sempre que este programa não funciona é porque ele se encontra isolado no contexto da empresa.
Não estando engajado num programa global da Qualidade Total e de Desenvolvimento Organizacional, o programa não apresenta o necessário suporte, o comprometimento e a participação efetiva da alta administração. Além disso, o 5S fica isolado dos programas de treinamento, de educação e de valorização dos colaboradores.
Entendendo essas necessidades, já no próprio programa de 5S estão propostos mais 3 novos sensos, que dão origem ao programa 8S. Para melhor compreensão resumimos o programa
todo:
- Shikari Yaro = senso de determinação e união - propõe a participação determinada e efetiva da alta administração, em parceria com a união e participação de todos os colaboradores, reafirmando mais uma vez que o exemplo vem de cima.
- Shido = senso de treinamento – propõe o treinamento do profissional e a educação do ser humano. Estas ações tem o objetivo de qualificar o profissional e desenvolver as competências pessoais, essenciais para assegurar a empregabilidade do colaborador. Usualmente as pessoas tem excelente conhecimento de suas tarefas e produtos, faltando-lhe porém as capacidades de relacionamento pessoal.
- Seiri = senso de utilização - refere-se a separação de documentos, informações e serviços em necessários e não-necessários.
- Seiton = senso de ordenação – diz respeito a organização e a ordem; todos os ítens necessários são guardados ordenadamente para serem utilizados de forma rápida e segura.
- Seiso = senso de limpeza – demonstra que é mais agradável e motivador trabalhar num ambiente limpo, bonito e seguro. Este é o fator que faz parte da qualidade de vida, contribuindo para o bem estar e para melhorar a capacidade criativa das pessoas.
- Seiketsu = senso de bem estar – é o resultado dos 5 sensos anteriores. Em um ambiente de participação coletiva, de união, trabalhando com pessoas desenvolvidas e treinadas, num ambiente organizado, ordenado, limpo e seguro, o bem estar e a sensação que acontece naturalmente.
- Shitsuke = senso de auto-disciplina - refere-se ao respeito a tudo e a todos, baseado na compreensão do todo, em que cada um faz parte do elo de uma corrente e que está consciente do fato de que se um de seus elos estiver fraco, toda a corrente ficará prejudicada.
- Setsuyaku = senso de economia e combate ao desperdício - a partir do momento em que os outros sensos estejam incorporados ao comportamento das pessoas, passam a fazer parte automaticamente do dia-a-dia da empresa e os colaboradores sentem-se motivados e estimulados para propor modificação e melhorias contínuas, que exijam pouco ou nenhum investimento, que combatam o desperdício e que aumentem a produtividade, contribuindo de forma significativa para o resultado global da organização.
Um programa 8S adequadamente implantado, fazendo parte global do seu direcionamento estratégico e desenvolvimento organizacional, proporciona um ambiente agradável, onde as pessoas gostam de permanecer, previne acidentes, incentiva a criatividade e a participação, aumenta o comprometimento dos colaboradores para com a organização, mantém o moral elevado e o alto grau de energia interna, contribuindo de forma significativa para o resultado global da empresa.
Um direcionamento estratégico com missão, visão de futuro, crenças e valores bem definidos e incorporados, darão o perfeito suporte ao programa dos 8S.
Friedrich Reuss é bacharel licenciado em química, especialista em gestão da qualidade, e titular da BR Assessoria em Qualidade.
Maria Lia A.V. Cunha é psicóloga, especialista em gestão de pessoas.
Consultor de Empresas, São Paulo SP, Brasil
Tudo aquilo que se faz em marketing é - ou deveria ser - para ajudar as vendas. Propaganda, promoção, pesquisa de mercado, estudo de preços, embalagens, atendimento ao cliente, estudo de cores, e todas as demais técnicas usadas em marketing temn por finalidade fazer com que a empresa venda mais e com maior lucratividade.
Se o mercado fosse um campo de batalha - às vezes o é - o marketing seria a intendência e a logística, ao passo que as vendas seriam o front, com sua artilharia, infantaria e demais armas, onde se dá o verdadeiro "pega".
E não se pode falar em vendas sem evidenciar a figura do profissional de vendas. 0 vendedor é a pessoa que irá usufruir (ou sofrer) de todo o trabalho de retaguarda desenvolvido pelo pessoal de marketing. Normalmente, a pessoa de vendas já deve nascer com algumas características de personalidade sobre as quais deve trabalhar, para que seu rendimento profissional seja maximizado.
O gerente de recursos humanos de sua empresa deve ter uma listinha descrevendo quais são essas habilidades inatas, e a psicóloga do departamento de seleção de pessoal deve saber quais as maneiras mais eficazes para quantificar essas habilidades nos candidatos. Entre tais características devem, certamente, estar a facilidade de comunicar-se verbalmente, a empatia e a rapidez de raciocínio. No entanto, na prática, contratamos uma série de profissionais com todos esses talentos e algumas pessoas dão certo e passam a vender bem, ao passo que outras pessoas fracassam. Porque? Veja, lá em cima, no parágrafo anterior: eu disse que para todas as profissões, a pessoa precisa ter características inatas que devem ser buriladas. O Pelé nasceu para jogar futebol, mas treinava e aprimorava-se. Jogava com garra e com vontade de vencer; jogava com orgulho da camisa que defendia ... 0 Pavarotti nasceu para cantar, mas não entra num palco sem ensaiar; mesmo canções que já cantou milhares de vezes. Além disso, ama o que faz e orgulha-se de fazer cada vez melhor. E a pessoa de vendas? Como vimos, as qualidades inatas podem ser uma base, mas não são tudo. Por exemplo, para ser um grande jogador de basquete é preciso ter mais de dois metros de altura. Como aprendemos na matemática, essa é uma condição necessária, mas não suficiente.
Digamos, então que nosso departamento de seleção de pessoal conseguiu selecionar um grupo de candidatos que tem as características necessárias para que se tornem pessoas de vendas de sucesso. Quais são as condições suficientes, que a empresa deve desenvolver nesse grupo, para que ele desabroche para o sucesso?
Em todo esse tempo que tenho convivido com pessoal de vendas, posso dizer que foram milhares de pessoas, tenho notado que aquelas pessoas de maior sucesso em vendas apresentam alguns traços em comum - além das características inatas - e que são "treináveis".
Por exemplo:
- Orgulho profissional. Vendedor de sucesso não precisa esconder-se embaixo de cargos como "assistente comercial" ou "assessor de atendimento" ou qualquer outro cargo fictício. Nada disso. A pessoa de vendas de sucesso orgulha-se de ostentar o cargo de "vendedor." A empresa pode fazer com que seu pessoal de vendas orgulhe-se de sua profissão. Valorize seus feitos, busque a razão de seus fracassos e de instrumentos para corrigir as falhas ...
- Orgulho da empresa e do produto/ serviço. Toda a pessoa de vendas de sucesso que conheci enchia o peito para pronunciar o nome de sua empresa ou para enaltecer o produto/serviço que representava. Integre o pessoal de vendas com as demais áreas da empresa. Uma empresa é composta por pessoas. Para orgulhar-se da empresa, a pessoa de vendas precisa conhecer as pessoas de dentro da empresa, o que elas fazem e, se possível, como é que fazem.
- Conhecimento da empresa e do produto/serviço. A pessoa de vendas deve conhecer profundamente sua empresa, suas virtudes, suas deficiências; conhecer o mercado em detalhes: ameaças, oportunidades, como seu produto/serviço pode atender melhor às necessidades dos clientes.
A empresa, antes de colocar uma pessoa no front de batalha, para representá-la, deve prepará-la com informações detalhadas sobre seus produtos, concorrentes etc.
Acho que com esse tipo de abordagem, a pessoa de vendas estará capacitada a desenvolver todo o seu potencial e sua empresa atingirá as metas de vendas que está buscando.
Sergio J. Cides é administrador de empresas formado pela PUC-SP, Consultor de Empresas e autor do livro "Introdução ao Marketing para Micro e Pequenas Empresas".
Faculdade de Ciência Farmacêutica da USP de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto SP, Brasil
Um método para testar substâncias biológicamente ativas sobre os cabelos é proposto e compreende uma micro-secção dos folículos capilares e tecidos epidérmicos circunvizinhos desprezando- se o tecido adiposo. A incubação dos fios de cabelos é feita num meio de cultura contendo substâncias ativas, medindo-se a atividade da substancia, relacionando-a com o controle. Uma porção de fios de cabelos é cultivada em meio de cultura Willians E a 37°C em atmosfera úmida em presença de 5% de CO2, 0 fio de cabelo cresce 0,30 mm/dia e é comparável com o crescimento do cabelo in vivo. A velocidade de crescimento foi de 100% no 5° dia e diminuiu a 50% no 9° dia.
O tratamento de peles estruturalmente deterioradas ou envelhecidas, é realizado por testes que comprovam as mudanças estruturais da pele. 0 tratamento interfere na barreira cutânea promovendo aumento da perda transepidérmica de umidade (TEWL - transepidermal moisture loss) por longos períodos (semanas e até meses), incluindo métodos de ação mecânica ou de solventes (como stripping ou lavagem com acetona). Porém, tratamentos cosméticos são preferidos, na forma de gel ou creme. Os produtos poderão conter ativos como ácido láctico que atuará como agente de ruptura da barreira hídrica da pele e ácido retinóico (ou derivado como palmitato de retinila) como agente de ruptura da barreira lipídica e um cerebrosídeo que atua como agente que evitará a reparação da barreira. Estes produtos podem ser aplicados diariamenrte por longos períodos de tratamento para produzir a ruptura Crônica e sustentada da barreira como indicado pela elevada TEWL.
As rugas faciais são caracterizadas pela perda da tonicidade da matriz e perda da elasticidade, tornando-se aparente em torno da idade de 40. As pequenas rugas comumente observadas em torno da área periorbital são atribuídas principalmente a desidratação da epiderme e poder reversível com a aplicação de emolientes. No Japão, estas rugas exercem menos pressão social do que as chamadas manchas de idade. Nos países do Ocidente a situação é contrária e as pessoas com rugas submetem-se a tratamentos cirúrgicos, assim como tratamento com cremes à base de retinóides.
Recentemente, uma técnica sofisticada denominada de reestruturação da superfície cutânea foi desenvolvida usando laser de dióxio de carbono, tratamento com tretinoína e hidroquinona. A correção das rugas tem sido investigada em muitos países a cada ano e a colaboração entre dermatologistas e fabricantes de cosméticos é sem duvida essencial para o desenvolvimento de novas técnicas.
São apresentadas a primeira fase numa série de investigações sobre as relações entre os testes de baixo volume ocular (LVET), de Draize para irritação ocular, e comparações com 25 protocolos experimentais. Nestas pesquisas são usados o teste de irritação de Draize e testes geralmente citados como parte do programa de avaliação alternativo do CTFA. LEVT foi realizado empregando dez formulações hidroalcoólicas. 0 coeficiente de correlação linear entre a média máxima (MAS)determinado pelo teste de Draize e o LEVT foi 0,93. Comparações para a realização dos testes in vitro foram realizadas com LVET e determinada por métodos estatísticos com a MAS. Como no programa do CTFA o modelo de regressão representa a maneira primária para realização desta comparação. 0 objetivo é poder citar o MAS - LEVT para determinados componentes
(classificando-os dentro ou fora dos limites mencionados para LEVT - MAS).
O grau de confidência para este tipo de predição é quantificado em termos de intervalos aceitáveis construídos a partir de curvas de regressão. Quatro tipos de testes (EYTEX MPA, HET-CAM I, liberação do corante vermelho neutro e HET-CAM II) demonstram excelente correlação com o LVET. Os resultados obtidos apresentam pouca variação dos resultados obtidos com o teste de Draize. LVET -MAS é indicado para determinações in vitro para formulações hidroalcoólicas.
Produtos cosméticos e também os chamados quasi-drugs, desenvolvem importante papel no envelhecimento e no estresse da sociedade atual. Kohno Y et al, propõem a realização de testes clínicos como anti-secagem, anti-radiação UV, e antioxidação para prevenir o envelhecimento
cutâneo. A importância da peroxidação na superfície cutânea usando métodos de cromatografia líquida e de alta resolução (CL e HPLC) demonstram a importância do oxigênio singlet como chave fundamental do oxigênio ativo sobre a superfície cutânea. As constantes de velocidade de reação dos lipídeos na superfície cutânea foram determinadas assim como a interação da hipotaurina com o oxigênio singlet. A hipotaurina é um composto do metabolismo de aminoácidos à base de enxofre em mamíferos. 0 estudo mais profundo dos mecanismos de antioxidação nos sistemas vivos deverá ser empregados como ferramentas para o desenvolvimento de novos produtos cosméticos.
A linhagem de células epidérmicas cutâneas 10014 pRSV - T (células HCET) tem sido usadas para o desenvolvimento de um modelo tridimensional in vitro do epitélio córneo humano. As células HCE- T formam uma rede estratificada quando desenvolvida na interface ar-líquido sobre uma membrana de colágeno em meio livre de soro. Este modelo serve como base para testes que avaliam a irritação ocular de soluções aquosas testes. As alteraçõe das células HCE- T foram medidas após 5 minutos de exposição tópica a 20 produtos químicos listados no ECETOC (European Center for Ecotoxicol and Toxicol of Chemicals, referente ao Chemicals Data Bank) e 25 formulações de cosméticos baseadas em tensoativos listados no dicionário da CTFA. Testes in vitro usavam permeabilidade transepitelial a fluoresceína sódica (TEP) e resistência elétrica transepitelial (TER). Estes parâmetros avaliam as alterações na função barreira do estrato epidérmico equivalente. A função barreira é uma propriedade no modelo das células HCE-T que suportam este teste. Dados obtidos in vitro para TEP e TER, foram posteriormente comparados com resultados obtidos com o teste de Draize para irritação ocular. Para matérias-primas o coeficiente de correlação de Pearson foi 0,75 e 0,55, respectivamente, enquanto para formulações de cosméticos o coeficiente de Pearson foi 0,86 e 0,80, respectivamente. Os dados indicam que as alterações na função barreira no modelo de células HCE-T estão relacionados com a irritação ocular e toxicidade córnea. Enquanto a irritação de matérias-primas testadas foi avaliada somente no TEP, as formulações foram avaliadas efetivamente pelo TEP e TER, sendo que os resultados sugerem que HCE- T, TEP e TER são eficazes para avaliação de diferentes classes de produtos.
Testes baseados em CAM, nos quais os materiais são colocados em contato com a membrana crioalantóica de ovos embrionados de galinhas representam atualmente uma alternativa para o teste de irritação ocular de Draize. Dois tipos de testes são normalmente executados: HET-CAM e o CAMVA. As avaliações de produtos são feitas a partir de cinco conjuntos de dados obtidos à partir de três diferentes modificações do HET-CAM e dois conjuntos de dados obtidos com o mesmo protocolo realizado para o CAMVA. Para a realização dos testes foram consideradas 133 matérias-primas obtidas diretamente dos fornecedores. Cada conjunto de testes e protocolo foram analisados em relação a qualidade dos dados, objetivo, propostas de uso, faixa de respostas obtidas, faixa de material passível de teste. Considerando que os resultados de MMAS para o teste de Draize não seja empregado para todos os conjuntos de dados obtidos, o SMMMIS que apresenta boa correlação foi empregado. 0 coeficiente de correlação linear de Pearson variou de R=0,6 a r=0,98 para seis dos conjuntos de dados. A opacidade da córnea e inflamação da íris demonstram melhores resultados para os dados in vitro. Usando-se a regressão linear, a previsão dos três tipos de testes HET-CAM não variou significativamente. Os testes HETCAM mostram melhores resultados com tensoativos e preparações cosméticas que os contenham, enquanto o teste CAMVA apresenta melhores resultados para alcoóis.
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7. Spielmann H, Liebsch M, Moldenhauer F, Holtzhuetter H, Bagley OM, Lipman JM, Pape WJW, Miltenburger H, Silva 0. Hofer H, Steiling W. Irag – working group 2: CAM - based assays. Food Chem Toxicol 35(1):39-66, 1997.
Prof. Dr. Pedro Alves da Rocha Filho é farmacêutico bioquímico industrial, professor de Tecnologia em Cosmésticos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto.
Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí SP, Brasil
A dermatite seborréica é uma alteração crônica e inflamatória da pele muito frequente em nosso meio. Caracteriza-se por placas eritemato-descamativas localizada principalmente em couro cabeludo, face e também colo e dorso.
Não há dados epidemiológicos precisos, porém sabe-se que cerca de 2-5% da população é comprometida em alguma fase da vida.
A causa da dermatite seborréica é desconhecida havendo especulação sobre associação com o fungo Malassezia furfur e com hormônios andrógenos que estimulam a oleosidade da pele.
A manifestação clínica da dermatite seborréica é placa eritemato-descamativa, arredondada, ovalada localizadas nas áreas mais oleosas como couro cabeludo, face, dorso e peito.
Nos recém-nascidos pode comprometer o couro cabeludo, recebendo o nome de crosta láctea e neste caso as crianças parecem sofrer a interferência do hormônio masculino (andrógenos) que vem da placenta materna.
Nesta fase, até o terceiro mês de vida a criança também apresenta avermelhamento, descamação e fissuras na região retroauricular, e outras dobras como pescoço e região peri-genital.
Na fase da puberdade a dermatite seborréica apresenta-se principalmente em forma de placas e descamação no couro cabeludo. Localiza-se também na região peri-auricular e peri-nasal causando irritação e aparecimento de vasos superficiais. Podem também ocorrer lesões arredondadas, espalhadas pelo peito e dorso lembrando tinea corporis.
O couro cabeludo, isoladamente, é o local mais comprometido, sendo a caspa, a forma leve da dermatite seborréica. Alguns indivíduos mais susceptíveis apresentam a blefarite que é a inflamação e descamação da região dos cílios, facilitando a infecção secundária denominada de terçol(hordeolo). Também pode ocorrer otite com o cmprometimento do canal auditivo externo com descamação, prurido e avermelhamento nesta região.
Normalmente a doença é crônica com surtos de melhora e piora evoluindo durante anos. A dermatite seborréica pode se confundir com psoríase, dermatite de contato, impetigo, pitiríase rósea de Gilbert entre outros.
A dermatite seborréica é associada a pele oleosa porém trabalhos cientícos falharam em demonstrar o aumento de óleo nas peles comprometidas. A qualidade do sebo na pele com dermatite seborréica é diferente da pele normal com maior quantidade de colesterol, triglicérides e parafina e menor quantidade de esqualeno, ácidos graxos livres e ésteres de cera.
A dermatite seborréica é associada a anormalidades neurológicas aparentando provável influência do sistema nervoso central. Estas anormalidades incluem doença de Parkinson, paralisia facial, poliomielite, siringomielia e outras. Inúmeros trabalhos também enfatizam a relação
entre esta alteração inflamatória e o fungo conhecido como Malassegia furfur. Este fungo lipofílico responsável pela pitiríase versicolor é encontrado em maior quantidade na pele seborréica. Além disso agentes antifúngicos usados como tratamento para dermatite seborréica promovem grande melhora reforçando esta provável associação. Apesar destas evidências, há dificuldades em comprovar se a relação causa efeito entre os fungos e inflamação da dermatite seborréica.
Trata-se de uma alteração crônica que evolve em surtos durante toda a vida havendo muitas vezes o fenômeno da taquifilaxia quando então o indivíduo tem dificuldade em continuar respondendo a uma mesma medicação. No couro cabeludo utiliza-se shampoos à base de sulfeto de selênio, imidazólicos como cetoconazol2%, piritionato de zinco, ácido silicílico e coltar. Podem ser utilizados corticóides não fluorantes em forma de loção cremosa ou alcoólica quando as placas forem extensas e aderentes. Tinturas ou preparos para permanente podem piorar a irritação.
No rosto podem ser utilizados cremes ou loções cremosas com hidrocortisona ou outros não-fluorados duas vezes por dia até o controle da inflamação. Também são eficientes os antifúngicos especialmente do grupo dos imidazólicos. Muitas vezes é interessante a associação dos corticóides e antifúngicos de forma alternada para evitar a acomodação da pele. Em casos extremos e graves pode-se utilizar imidazólicos, por via sistêmica, por vinte a trinta dias para controlar o quadro.
Outro agente tópico utilizado é o metronidazol em concentrações 0,5-2% com controle satisfatório do quadro.
Lembrar que a pele seborréica é sensível, inflamada e desidratada pela descamação intensa. A palavra de ordem neste caso é equilíbrio, utilizando-se cremes hidratantes leves e sabonetes com pH próximo a cinco. 0 controle do quadro depende da boa interação medico/paciente e da escolha das drogas mais adequadas.
Dra. Denise Steiner é dermatologista, doutorada pela Unicamp, professora do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí e diretora da Clínica Stockli, em São Paulo SP.
Consultora Técnica, Florianópolis SC, Brasil
Na coluna da edição anterior, nos referimos ao "miolo" - mais substancial e específico - das boas práticas de fabricação (BPF) e controle. Fazendo parte dele, temos uma etapa muito importante que é a validação, uma vez que, sem ela não existem as BPF e controle.
A validação está envolvida em todas as outras etapas das BPF mas é freqüentemente esquecida por alguns técnicos, principalmente quando alteram técnicas ou procedimentos. As conseqüências de tal esquecimento podem ser desastrosas para o fabricante e, pior, podem ser dramáticas para o consumidor. Neste último caso podemos citar como exemplo, na área farmacêutica, o da Talidomida (1962), que foi um caso típico de falta de validação durante o desenvolvimento do produto. Outros exemplos, não raro é infelizmente, vemos como manchetes em jornais: morte de bebês devido à infecção hospitalar, mostrando a falta de validação dos procedimentos de desinfecção do ambiente, de materiais, de instalações etc.
A história das validações, que a princípio não faziam parte de regulamentação das BPF e controle, teve como origem incidentes ocorridos anteriormente ao ano de 1970, nos Estados Unidos. Mas foi só a partir dessa data e até 1976 que funcionários do FDA desenvolveram um trabalho de validação. Um dos incidentes citados ocorreu em 1973, e culminou com a devolução de 225 produtos farmacêuticos injetáveis, por não terem a condição essencial para esse tipo de produto – a esterilidade. Vemos assim que os primeiros processos de validação foram relativos à qualidade microbiológica dos produtos medicamentosos. Igualmente, como na historia das BPF, todos os conceitos, procedimentos e metodologias da validação foram transferidos da indústria farmacêutica para a de cosméticos, havendo, é claro, adaptações quando necessárias.
Mas tratando-se da indústria cosmética, o que validar?
Resposta: Tudo. Todos os procedimentos e métodos - desde o desenvolvimento do produto onde validamos a estabilidade das emulsões através de testes específicos e onde as condições de estocagem e de uso são simulados - até validações dos procedimentos de limpeza e sanitização de equipamentos, materiais e condições do ambiente, aparelhos de medição (balanças, termômetros etc).
E qual é o objetivo de se executar todos esses procedimentos? Respondemos a essa pergunta com a definição de validação que consta no "Manual Boas Práticas para a Fabricação de Produtos Farmacêuticos" (tradução parcial do 32° Relatório da Organização Mundial de Saúde, Secretária de Vigilância Sanitária, Brasília, 1994, pag. 20):" Ato documentado que ateste que qualquer procedimento, processo, equipamento, material, atividade ou sistema esteja realmente conduzindo aos resultados esperados."
Todo fabricante de produtos de consumo, e aqui incluímos o de produtos cosméticos, devem utilizar princípios científicos conhecidos "olhômetro", "achômetro", não vale). Assim, para efetuar a validação de qualquer procedimento ou método de análise é necessário que se tenha um referencial ou padrão. Relativo aos métodos de análises microbiológicas temos como referencial, aqueles já validados e descritos em farmacopéias ou publicações oficiais ou equivalentes (CTFA, por exemplo). Porém, quaisquer alterações nas técnicas ou meios de cultura não convencionais, devem ser validados. Desta forma, os resultados conseguidos devem traduzir, efetiva e consistentemente, aquilo que se espera de um processo, procedimento ou método, para que se atinja o objetivo maior que é oferecer ao consumidor um produto seguro e eficaz.
Considerando nossa cultura, parece estranho que o mesmo indivíduo que executa uma tarefa venha a checar seu próprio trabalho. Queremos dizer com esse "parece estranho" que, no passado, havia falta de confiança no executor de tarefas. Sabemos de empresas que, confiantes no conhecimento e, portanto, na conscientização do trabalhador, outorgaram-lhe a tarefa de checarem o seu próprio trabalho. Testemunhamos esse sucesso! Como já dissemos anteriormente, sempre que há mudanças em processos, procedimentos, métodos etc, é necessário a validação. Neste caso, o microbiologista acompanha os trabalhos de análise, durante certo tempo (geralmente concluindo 10 testes), validando então o novo procedimento (não se trata de checar a honestidade do colaborador). Para isso é essencial o treinamento: saber porque está fazendo é como fazer para alcançar o seu objetivo e que diz respeito a um outro "absoluto" da Qualidade que é o padrão de desempenho esperado, ou seja, "zero defeito."
Tereza F. S. Rebello é farmacêutica bioquímica
e consultora técnica na área de garantia de qualidade e assessora da Methodus Eventos e Consultoria, Florianópolis SC.
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