Tratamento dos Cabelos

Edicao Atual - Tratamento dos Cabelos

Editorial

Apesar dos esforçoes de valorização empreendidos principalmente pela indústria, alguns fatores ainda indicam a falta de prioridade com que as autoridades encaram a indústria cosmética em nosso país.

Um fator: recursos oficiais raramente são liberados para universidades ou institutos quando o objetivo é dar suporte às pesquisas que se destinem à indústria de cosméticos.Certamente, temos recursos naturais suficientes para desenvolver fontes de matérias-primas, que porém não se tornarão realidade enquanto não houver incentivos e estímulos, ou ainda enquanto persistirem os preconceitos contra este setor industrial.

Talvez essas sejam as mesmas razões que supreendem outros setores da indústrias ao constatarem que as matérias-primas que necessitam importar do exteior na verdade foram fabricadas com insumos básicos extraídos de reservas brasileiras.

Sem intenções de qualquer apologia ao nacionalismo exacerbado, diríamos que proceder dessa forma, no mínimo, é prova de insensibilidade.

As pesquisas na área de tratamento dos cabelos têm sido muito intensas a nível mundial e, neste número de Cosmetics & Toiletries (Edição em Português) apresentamos uma pequena amostra. Além diso apresentamos uma série de novas matérias-primas e fazemos uma introdução ao sistema de código de barras, uma ferramenta para automação comercial de muito interesse para a indústria de cosméticos.

Boa leitura!

Cabelos Étnicos: Hidratação após Alisamento - F Burmeister, D Bollatti e G Brooks. Brooks Industries Inc., South Plainfield NJ, Estados Unidos.

O processo de alisamento envolve várias etapas durante as quais e aplicado ao cabelo um composto alcalino para uma digestão controlada. Este processo deixa o cabelo em condições ruins e se faz necessário, então, um recondicionamento para deixá-lo novamente macio. Originalmente, o recondicionamento era efetuado com glicerina e os autores deste artigo abordam um novo componente umectante que reforça a maciez e o brilho, e é mais eficaz do que a glicerina. Trata-se do cloreto de oxa-hexil-trimetilamonio 6-N(acetilamino)-4, comercialmente conhecido como Quamectanl AM-50 ou AOTC. Este produto age como normalizado da taxa de umidade do cabelo danificado. Para obter um cabelo de aspecto suave, acetinado e com toque natural são sugeridas, pelos autores, as seguintes etapas de tratamento:
1. Aplicar alisante; 2. Lavar com shampoo; 3. Aplicar um condicionador; 4. Modelar com gel hidratante; 5. Hidratante (condicionador e brilhantina hidratante).

São dadas sugestões de formulações para cada um destes produtos. A fórmula sugerida para shampoo apresenta um baixo PH e emprega AOTC.

O gel hidratante contem, também, AOTC e dá brilho ao cabelo.

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Formulando “Hairsprays” e Preservando a Qualidade do Ar - Ro Oteri, Mo Tazi, Ed Walls e J C Kosjek, ISP Chemicals Co., Wayne NJ, Estados Unidos.

Nos Estados Unidos já existe uma regulamentação federal e de vários estados com relação ao conteúdo de compostos orgânicos voláteis (VOC) permitidos em produtos de higiene pessoal. A exigência da legislação do Estado da Califórnia e de que se alcance, em 1993, um teor de VOCS em hairsprays de 80% do volume total.

O artigo descreve como se chega a produtos de qualidade utilizando o teor recomendado de 80% de VOCS. Primeiramente discutem-se formulações pump, os tipos de polímeros e matérias primas utilizadas e o teor de água permitido pela formulação.

O desempenho de cada formulação sugerida e mostrado em gráficos e figuras. Em seguida, os autores repetem as observações para as formulações em aerosol. Também para esta aplicação são apresentadas sugestões de formulação cujos desempenhos são comparados. As matérias primas das formulações que são polímeros, resinas e aditivos são discutidas. Como soluções para um bom relacionamento dos aerosóis com o meio ambiente são apresentadas três sistemas como sugestão: sistemas com pouco ou sem usa de álcool com versões de resinas compatíveis com este meio; sistemas que utilizam gás comprimido como propelente e sistemas anidros onde se utiliza o propelente 1,1 difluoretano.

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Novo Condicionador Quaternário para Cabelos Danificados - M F Jurczy. Akzo Chemicals, Chigago IL, Estados Unidos.

Os sais quaternários consistem de um átomo de nitrogênio carregado positivamente, ligado a complementos oleosos de vários tipos que conferirão ao produto aplicações diferentes: quaternários de mono alquilam para condicionamentos diários e quaternários dialquila para condicionamento mais intenso. Para eliminar as dificuldades que apresentam os produtos dialquila e aproveitar os seus efeitos positivos foram desenvolvidas pela Akzo Chemicals duas novas moléculas de cloreto e meta-sulfato de octildim6nio de sebo hidrogenado. A versão cloreto e indicada para a maioria das aplicações cosméticas e a versão meta-sulfato para sistemas onde possa ocorrer corrosão metálica, como nos aerosóis. Para avaliar a conveniência do sal cloreto como condicionador em várias aplicações foram efetuados estudos de estabilidade do PH (variando de 2,5 a 10,5) e de peróxido; nos dois casos não foram observadas mudanças no produto final As características de condicionamento desses compostos foram avaliadas em mechas de cabelo. O cloreto apresentou melhor penteado com o cabelo úmido e para o cabelo seco o resultado se mostrou igual para os dois produtos. A estática foi também avaliada e foram efetuadas microfografias para avaliação do cabelo danificado. Quanto à substantividade catiônica, os dois produtos apresentaram o mesmo desempenho.

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Função e Formulação de Agentes Condicionadores: Passado, Presente e Futuro - L R Smith e B W Gesslen. Inolex Chemical Company, Philadelphia PA, Estados Unidos.

Desde os tempos remotos o principal objetivo de um shampoo é o de limpar os cabelos e o couro cabeludo, mas é desejável que este forneça, também, um condicionamento ao cabelo; o shampoo deve deixar o cabelo macio, brilhante e facilmente penteado. Os agentes condicionadores revestem o cabelo com uma pequena quantidade de ingrediente que melhora as características de manuseio ou lubrifica as fibras do cabelo. Enquanto que nos primeiros shampoos de sabão os óleos vegetais não saponificados contribuíam para a ação de condicionamento, com os detergentes sintéticos que limpam os cabelos exageradamente, tornou-se necessária a adição de agentes de condicionamento. A resposta inicial para a introdução de condicionamento foi à introdução de resinas de madeira (shampoos "balsamo"). O entanto, estas resinas são de difícil incorporação e tendem a formar depósitos nos cabelos. Trabalhou-se então para se conseguir um produto de fase única contendo um doador de condicionamento que se depositaria na diluição. Isto foi alcançado com poliquaternários catiônicos, onde o depósito e alcançado através de um controle entre a sua concentração e a do tensoativo amonico. Os usos continuam deste tipo de shampoo levou à formação de depósitos indesejáveis do polímero. Apos tentativas com outros produtos chegaram-se aos sais quaternários de amônio que preenchem a maioria dos atributos desejados nos shampoos: os cloretos de alquilamido propil-propileno glicol (PG)-dimonio. Este produto e obtido pela formação de amida entre o ácido graxo e amina primária dimetilamina e, existem cinco análogos disponíveis comercialmente. Para determinar a compatibilidade desta serie de produtos com os tensoativos utilizados usualmente, foram efetuados testes avaliando solubilidade, precipitações, formação de complexos, poder de espuma, poder de condicionamento. Seguindo a tendência da utilização de produtos naturais discute-se, também, neste artigo o produto de condicionamento hidroxipropil (HP) quitosan quaternário, derivado de quinina. Para testar o seu desempenho foi efetuada uma serie de testes avaliando a sua solubilidade a varias concentrações, a sua compatibilidade com vários ingredientes tensoativos, o seu poder de condicionamento e de fixação no cabelo.

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Novos Ingredientes - Parte II

Continuação é parte final da relação de novas matérias primas iniciada na edição de maio/junho 1992. Esta segunda parte apresenta, ao final, uma errata referente à Parte I.

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Código de Barras - S. S. Lopes. Associação Brasileira de Automação Comercial (ABAC), São Paulo, Brasil.

O código de barras surgiu em decorrência da necessidade de automação dos caixas de supermercados nos Estados Unidos. A primeira solução apresentada foi em 1966 e em 1972 iniciou- se o uso comercial de um sistema que utilizava a leitura por scanners. O Brasil foi fundado em 1983 a Associação Brasileira de Automação Comercial (ABAC). O código de barras e um sistema de identificação que utiliza barras claras e escuras de largura uniforme, onde um leitor ótico as decodifica e as converte em combinações binárias interpretadas por um software específico. Em 1970 foi feita uma padronização nos Estados Unidos que se aplicou também ao Canadá a UPC (Universal Produl Code). Na Europa criou-se em 1975 a padronização EAN (European Article Numbering), mais completa que o UPC, pela adição de mais dígitos, permitindo identificar o país de origem do produto. A elaboração correta do código de barras obedece algumas regras básicas que são descritas: para permitir a leitura, a fixação ou impressão do símbolo do código de barras, devem ser observadas as seguintes regras como localização, posição na embalagem, dimensão, cores da impressão, margem de silencio, controle de qualidade na reprodução do código de barras.

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Termografia: Avaliando o Efeito da Penteabilidade - S R Schwartz e R Murray. International Researches Services, Inc., Port Chester NY, Estados Unidos.

Este artigo descreve a termografia e o uso racional de sua aplicação na avaliação do desempenho de um shampoo ou de um condicionador. Esta tecnologia utiliza a radiação infravermelha medindo a temperatura na superfície do corpo e da pele, e produzindo termogramas. Estas emissões de calor são transformadas em formas numéricas por computador. A primeira aplicação desta técnica e descrita para estudos de barbear onde a fricção da lamina na pele resulta em uma variação de temperatura.

O impacto e a importância da fricção no pentear foram estudados e são descritos. O modelo desenvolvido com a termografia estudou o ato de pentear os cabelos comparando as temperaturas entre o lado da cabeça que foi penteado e o que não foi penteado. Foram tornados todos os cuidados de padronização antes de iniciar o estudo. Observou-se que os efeitos do pentear se espalham para além da divisória do meio da cabeça.

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Temas Dermatológicos por Edward Maibach, PhD,

Vendendo Prevenção: Perspectiva de Comunicação em Saúde Pública

Quando me foi solicitado escrever para esta coluna sobre a expectativa de comunicação em saúde pública, lembrei de grande número de possibilidades. O assunto mais óbvio e o campo em Yoga, e relativamente novo, do marketing social que combina os princípios de marketing com as ciências comportamentais para “vender” as pessoas comportamentos apropriados como contracepção, alimentação saudável, pratica regular de exercícios e, o uso de preservativos e cinto de segurança. Esta discussão focalizara as colaborações do marketing social entre a indústria e os departamentos de saúde.

Os Quatro PS

Emprestando a heurística dos "4 Ps"da literatura geral de marketing, a abordagem do marketing social recomenda identificar os conceitos da prevenção de doenças e da promoção da saúde e então "embalá-los" (packaging) em séries de "produtos" educacionais que possam ser "promovidos" através dos meios de comunicação de massa ou através de organizações, "colocadas" (placed) em pontos freqüentados pelo publico alvo, e "vendidos" (priced) a um preço acessível ao consumidor. Apesar de existir uma diferença sutil ao se pensar em recomendações de prevenção de doenças como sendo "produtos" e não "mensagens: ' foi dada grande contribuição a comunicação em saúde pública já que ela encoraja a incorporação da orientação do "consumidor" no desenvolvimento do "produto".

Os "produtos" do marketing social são nada mais que estratégias educacionais para promover mudanças na atitude e no comportamento baseadas no aumento do conhecimento dos riscos e de precauções apropriadas. A adoção destas estratégias, entretanto, muitas vezes exige mais do que simplesmente o consumo do "produto" do marketing social; produtos reais são geralmente também solicitados. A prevenção da AIDS entre os sexualmente ativos exige preservativos; a prevenção do câncer e doenças cardíacas exige alimentos de baixo tear de gordura; a prevenção do abuso agudo do álcool necessita de substitutos de bebidas aceitáveis e assim por diante. Como resultado, as campanhas de sucesso do marketing social podem ser uma grande vantagem para as indústrias que produzem produtos apropriados a promoção de saúde.

As campanhas de marketing social são, tipicamente, atividades de departamentos de saúde governamentais ou voluntários, como os Centros para Controle de Doenças e a Sociedade Americana do Câncer. Entretanto, houve campanhas notáveis por parte das indústrias, como aquela campanha par uma America Livre das Drogas e as campanhas da condução de automóveis de maneira segura, promovida por fabricantes de bebidas alcoólicas. À medida que os sucessos de algumas campanhas de marketing social, muito visíveis, tomam-se conhecidas, mais e mais departamentos de saúde começam a se incorporar as campanhas de marketing social em seus programas de extensão. É difícil saber o que e causa e o que e conseqüência, mas como os departamentos americanos de saúde tornam-se cada vez mais envolvidos em campanhas promocionais, o estilo de vida americano esta evoluindo rapidamente, refletindo um interesse crescente com o bem estar físico e mental.

Não é novidade que a evolução do estilo de vida americano representa uma oportunidade marcante para fabricantes e distribuidores que trabalham com produtos que apóiam a nossa crescente consciência sobre a saúde. A oportunidade para cooperar com os objetivos do marketing social dos departamentos de saúde pode, entretanto, estar mais presente na imprensa como noticia.

Objetivos Mútuos

Os departamentos de saúde e a indústria dividem, comumente, objetivos mútuos. Com objetivos compartilhados é um desejo de colaborar e reunir certos recursos, as agencias e as indústrias podem criar uma simbiose com potencial de multiplicar a eficácia dos seus esforços combinados. Deixem-me ilustrar o potencial para colaborações produtivas com dois exemplos.

O Instituto Nacional do Câncer (INC) e a Keuog Company desenvolveram uma campanha nacional nos meios de comunicação, em 1984 e 1985, para promover tanto o consumo de farelo de cereal quanta o Serviço de Informação do Câncer, com chamadas telefônicas gratuitas ao INC. A Keuog patrocinou a realização da campanha e pagou a sua distribuição. O INC forneceu a perícia científica sobre a conexão dieta câncer, forneceu dados de pesquisa sobre a relação da dieta das pessoas e o câncer e, o mais importante, forneceu credibilidade à recomendação de ingerir alimentos com alto teor de fibras. Os resultados foram marcantes para todos os envolvidos. As vendas do farelo de cereal Keuog deslancharam; 50.000 pessoas ligaram para o Serviço de Informação do Câncer; o número de americanos que se voltaram para uma dieta de alto teor de fibras aumentou de 2 para 50% e o estado de consciência sobre a importância da fibra como componente na prevenção do câncer aumentou de 9 para 32%. Na expectativa de repetir este sucesso, o INC esta agora colaborando com a Associação de Produtores Agrícolas no desenvolvimento de uma campanha nacional para promover o consumo de frutas e vegetais.

O Programa Nacional de Educação sobre Hipertensão conduzida pelo Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue (INCPS) oferece outro excelente exemplo de produtividade da união departamento indústria. No lançamento do programa, em 1972, estimava-se que 23 milhões de americanos eram hipertensos, onde somente uma pequena porcentagem destas pessoas havia sido então identificada e recebia tratamento. Durante os anos de colaboração entre o INCPS, as associações profissionais, as indústrias farmacêuticas e outras indústrias, a definição da hipertensão foi revisada várias vezes e, aumentando, com isto, o número de americanos hipertensos para 58 milh6es. Uma porcentagem muito maior destes hipertensos foi agora identificada e esta sob tratamento. Os efeitos desta colaboração foram uma redução em mais de 40% da mortalidade por derrame cerebral e a expansão do mercado para equipamentos de detecção de pressão sanguínea, de alimentos com baixo teor de sal e de agentes contra a hipertensão.

O que os departamentos de saúde e a indústria trazem geralmente à tona nestas colaborações? A maior fonte dos departamentos de saúde e a credibilidade. Esta credibilidade, quando usada de forma sabia, pode se transformar em poderosa influencia para convencer o público a adotar um novo comportamento. Os departamentos trazem também à tona a avaliação científica e muitas vezes, profunda discernimento na audiência a ser atingida sob forma de pesquisa normativa realizada durante pode oferecer um grande orçamento de publicidade e, talvez, igualmente importante, a liberdade de usá-la de forma cativa. A indústria pode, também, oferecer canais únicos e criativos, através dos quais se atinge o público alvo e uma perspectiva direcionada por dados e igualmente criteriosa (mas muitas vezes diferentes) sobre o comportamento do consumidor.

Mas deve-se ter certos cuidados. No passado, a FDA sinalizou a sua desaprova~ao quanta a varias colabora~ 6es entre a industria e os departamentos de saude, baseando as suas obje~6es nas propagandas ilusorias de saude ou seu risco de confundir 0 publico americano. Atualmente, a FDA esta se tornando mais ativa nos seus esforços de impedir a promoção de tais propagandas. A FDA, em si, não tem objeções contra as colaborações entre os departamentos e a indústria. Os esforços de colaboração que fazem apelos legítimos sobre saúde e que servem aos interesses do publico não deveriam trazer problemas a FDA ou a outros órgãos regulamentadores. Qual o papel que o marketing social representaria na indústria cosmética e de artigos de toucador?

A proteção da pele poderia ser um ideal para estes tipos de colaboração. Proteção contra a luz do sol, câncer de pele, melanoma, dermatite irritante e alérgica decrescente e penetração percutânea prejudicial minimizada, são somente algumas poucas áreas de colaboração potencial.

Atualidades Técnicas por Charles Fox

Matérias-Primas: Patente e Literatura 1989/91

Das novas matérias-primas cosméticas e/ou os novos usos para os ingredientes conhecidos que surgiram nas publicações de patente e na literatura cientificam no período de 1989 até o início de 1991, aproximadamente 24% dos ingredientes e novos usos documentados são de produtos para cuidados da pele, principalmente para preparações de condicionamento e de tratamento da pele. Surpreendentemente, surgiram pouquíssimas matérias-primas novas, inovadoras com relação à melhora da umectação da pele

Cerca de 23% referem-se aos cuidados do cabelo e, quase um terço destes novos ingredientes são para promover 0 crescimento do cabelo. E interessante notar que a literatura japonesa e a que apresenta a maioria das citações sobre os promotores de condicionamento da pele e do crescimento capilar.

Cerca de 14% das novas matérias revisadas referem-se a filtros solares novos e aperfeiçoados, indicando o aumento da atenção que esta classe de produtos esta recebendo. Trinta por cento dos novos produtos são tensoativos para limpeza mais suave da pele e do cabelo e, novos agentes emulsificantes. Os demais são, principalmente, antimicrobianos, antioxidantes, maquilagens e antiperspirantes/desodorantes.

Revisões

O presente trabalho e uma compilação, também, de outras revisões relativas às matérias-primas publicadas no período 1989/91. Incluem revisões sobre: a utilização de silicones em cosméticos, por Klimisch, incluindo uma discussão sobre a química do silicone em relação à formulação copolímeros orgânica de silicone modificada para usos cosméticos, por Floyd; 2 uso de lauril meticone copoliol na preparar;ao de emulsões água em óleo, por Krzysik ET AL;3 tensoativos de silicone, por Schaefer;4 ingredientes naturais para cosméticos, incluindo cerebrosídeos, ceramídeos, vitaminas, extratos marinhos e óleos essenciais, por Smith e AL;5 óleos naturais, incluindo óleo de jojoba, de abacate, de noz macadamia e de meadowfoam, por Ricks;6 lipídeos utilizados em cosméticos para a pele, por Helmes; 7 as substancias biologicamente ativas de origem animal e vegetal, incluindo sapo ninas, holoxinas e polissacarídeos, por Hayashi; 8 e extratos herbais, descrevendo métodos de extração de óleos essenciais e avaliar;ao da qualidade, por Muller.

A estabilidade e eficácia dos filtros solares UV, incluindo os efeitos dos solventes sobre a absorbância UV e a sua estabilidade a fotolise, foi revisado por Shaath; 10 a utilização do dióxido de titânio micro fino como filtro solar UVA e UVB por Brown ET AL; II formulação de protetor solar incluindo o uso de filtros solares e formadores de filme, por Klein; 12eficacia dos filtros solares, com uma discussão sobre filtros solares utilizados em cosméticos, radiação UV e seus efeitos sobre a pele, avaliação clínica e eficácia, por Bilhimmer; testando a eficácia de filtros solares, inclusive o efeito da fonte e da amplitude de distribuição especial da radiação UV, assim como a escolha dos limites, por Urbach; 14 a química dos filtros solares, por Shaath; 15 filtros solares contendo 5-metoxi-psoraleno, por Young; 16 aumento da pigmentar; ao da pele por mecanismos oxidativos ou enzimáticos utilizando tirosina, paralenos ou riboflavina, por Jung ET AL.

A utilização de sulfossuccinatos na formulação de produtos suaves de limpeza da pele foi enfocada por Rigano e al. 18 as propriedades de tensoativos de sulfossuccinatos, por Schoenberg; 19 a utilização de fosfatos de cetila como emulsificantes cosméticos, por De Pólo e al. 20 a composição e a formulação de amidos de ácidos graxos para detergentes e shampoos, por Bilbo e al. 21 0 efeito de sabões, tensoativos sintéticos aniônicos e cati6nicos sobre a estrutura física da espuma, por Rieger; 22 a utilização de acrilatos poliméricos, metacrilatos e acrilamidas, como dispersantes de sabão calcareo, por Nagarajan e al. 23 a utilização de éteres perfluor-polimetilisopropflico na limpeza da pele e do cabelo, por Rigano ET al. 24 a forma e função de reações celulósicas de espuma em produtos para cuidados pessoais, por Conklin; 25 as propriedades e efeitos de ingredientes ativos de cosméticos não terapêuticos que promovem efeitos na superfície da pele ou apos haver penetrado a pele, por Tronnier; 26 a ação da vitamina A sobre as membranas da pele e mucosas, por Jarret; 27 a utilização de bioesteres em cosméticos, por McCrae ET al. 28 traços de minerais em cosméticos, por Idson; 29,3o a utilização de uréia em cosméticos, incluindo toxicidade, farmacologia e propriedades umectantes, par Raab; 31 a utilizar; ao de colágeno nativo em cosméticos, par Wajda;32 os ésteres de sacarose e glicose, como ingredientes cosméticos, incluindo ação antiirritante, modo de ação e umectar;ao, por Desai.

A importância dos ácidos graxos insaturados para a fluidez da membrana e seus efeitos após a aplicação tópica sobre a pele foram publicados por Burczyk; 34 interações de polímeros para melhorar a função do ácido hialurônico, por Pavlichko; 35 a aplicação de alquil glicosídeos em cosméticos, por Sasaki; 36 as propriedades de hidroxiesterato de 12-colesterila e suas aplicações, por Ueda.37

Estudos toxicológicos dos ingredientes cosméticos e o metabolismo destes na pele foram discutidos por Schleusener ET al. 38 métodos de testes in vitro para ingredientes, por Spengler ET al. 39 os argumentos a favor e contra a utilização de lipossomas em cosméticos, por Lautenschlager; 40 a estabilidade, propriedades físicas e caracterização dos lipossomas em preparações líquidas e semi-sólidas, por Roding; 41 a aplicação de lipossomas em cosméticos, por Suzuki ET al. 42 e Hayward ET al. 43 a função e as aplicações de lecitina de alta pureza, em pó, incluindo as suas propriedades de emulsificação, de formação de filme, antioxidantes e umectantes, por Takahashi; 44 encapsulamento de ingredientes ativos, por Stephan; 45 e a formação de micro cápsulas através de conservação e o uso destas em cosméticos, por Thies, 46 o desenvolvimento e a aplicação de cosméticos de pó de ouro puro para revestimento foi o assunto estudado por Yoshii ET al. 47 0 tratamento de pigmentos e o seu uso para fornecer cor à pele, par Schlossman; 48 e isolamento de pigmentos naturais de algas, por Karuna-Karan ET al. 49. A utilização de proteínas da seda em cosméticos, incluindo a composição de aminoácidos de febrona de seda, foi descrita por Brooks; 50 a estrutura, propriedades e síntese de lactona de whiskey, lactona de whiskey em plantas e secreções e, o seu uso como repelente de insetos, por Tsukasa; 51 0 uso de ácido pirrolidonacarboxflico e seus derivados na indústria cosmética, por Busch; 52 a utilização de éter dimetílico como propolente para desodorantes e antiperspirantes em aerosol, por Bohnenn; 53 o controle de odor e desodorantes, por Nishida; 54 e a fabricação de ésteres ácidos graxos com lípases microbiologicamente imobilizadas, por McCrae ET al. 55

Géis para cabelo, incluindo mecanismos de fixação do cabelo, polímeros para fixação do cabelo e fragrâncias foram publicados por Lochhead; 56 o projeto de desenvolvimento e o efeito de agentes condicionadores, por Hoeffkes ET al. 57 e utilização de catiônicos multifuncionais para cuidados da pele e do cabelo, por Smith ET al. 58 Ácido isoestearico e derivados do ácido isoestearico, por Roehl ET al. 59 0 uso de quito sana em cosméticos, por Lang ET al. 60 as propriedades e reologia de carragena, por Tye.The Raw Materials of Perfumery foi editado por Rouhar; 62 sistemas preservantes para produtos cosméticos foram discutidos por Orth ET al.;63 a toxicidade aguda, subcrônica e crônica de carragena, por Weiner;64 métodos experimentais de determinação da compatibilidade de matérias-primas e produtos acabados com a pele, por Matthies;65 a avaliação do risco a saúde de misturas oxidantes de tintura para cabelo, por Spengler ET al.;66 e a analise de nitrosaminas em cosméticos foi abrangida par Ikeda ET al.Y

Acne

A preparação de diésteres do ácido azeláico e preparações contendo os, para tratamento de acne, são descritas numa patente de propriedades da L’Oreal. Uma aplicação da patente esta demonstrada na Formula 1.

Em outra patente de propriedade da L'Oreal, 2-metil-n-(3,5-bis trifluor-metil-fenila) propanamida e descrita como um composto litil para a inibição da secreção de sebo. O composto pó de ser utilizada em medicações anti acne e, também, no tratamento da pele oleosa.

Antiinflamatórios/Antiirritantes

A atividade antiinflamatória de complexos fosfolipídios é descrita por Bombardelli ET AL.68 Em estudos de absorção da droga a utilização destes complexos aumentou a penetração na barreira transepidérmica e permitiu uma redução na dose ativa.

A utilização de glicopiranosideos para reduzir uma possível irritação de produtos cosméticos é descrita na patente de propriedade de Kanebo Ltd. Metil 4,6-o- anisilideno glicometil- piranosideos, metil 4,6-o- vanililideno glicopiranosideos, 4-6-o-veratrilideno glicopiranosideos metil 4,6-0-isovanililideno glicopiranosideos, metil 4,6-0-etil vanililideno glicopiranosideos e metil 4,6-0-siringilidene glicopiranosiden são utilizados em cosméticos contendo perfumes. Aos componentes é atribuída a capacidade de prevenir a irritação na pele causada por perfumes. Uma loção contendo 0,8% de aldeído cinamico e 1% de metil 4,6-o-anisilideno-a-D glucopiranosideo aplicada no dorso de coelhos não mostrou qualquer irritação.

Antimicrobianos

Os bactericidas contendo ferruginol e totarol para bactérias anaeróbicas gram-positivas e suas utilizações em preparações farmacêuticas para pele e uso oral são descritos em patentes de propriedade da Shiseido Co. Ltd. Ferruginol apresentou bom efeito antibacteriano contra Streptococcus mutans e Propionibacter acnes e são úteis para o tratamento de doenças periodontal e da acne. Uma composição para tratamento da acne esta demonstrada na Fórmula 2.

A utilização de polímeros de vinila como agentes antimicrobianos em shampoos e sabonetes e descrito em patente de propriedade da Kao Corp. Em um exemplo, brometo de poli-(I-benzil-4-vinilpiridinio) a 10 PPM adicionado a uma solução contendo 3 x 10 de microrganismos Eschericia coli destruiu completamente as bactérias em 30 minutos. Estes agentes antimicrobianos quando adicionados a shampoos e sabonetes são eficazes no com role de microrganismos na pele e do cabelo, assim como em roupas, louça e plásticos.

Dube ET al. relata que o óleo essencial de Ocimum basilicum na dosagem de 1,5 mil/l inibiu completa-mente o crescimento micelar de 22 espécies de fungos, incluindo Aspergillus flacus e A. parasiticus. A dose tóxica do óleo contra os fungos de teste foi muito menor que a de alguns fungicidas comerciais. 69 o óleo essencial de Cistus parvifluorus e a sua atividade antimicrobiana e discutida por Demetzos ET al.. 70 Este óleo essencial contem 55 componentes incluindo 35% de esteres, 1,09% de alcoóis, 14,47% de mono terpenos, 37,22% de sesquiterpenos e 37,78% de diterpenos. Ao óleo atribui-se possuir alta atividade antimicrobiana.

Antioxidantes

A extração de um antioxidante da alga Sargassum, útil para alimentos e cosméticos está descrito na recente patente de propriedade de Taiyo Fishery Co., Ltd.

Os flavonóides, incluindo morin, crisina, vognina, roifolina, hesperadina, neo-hesperidina, biochanina, felamurina, canferol e/ou extratos de plantas contendo estas substâncias são úteis para inibir a peroxidação de gordura e óleos. Morin inibiu a peroxidação do ácido linoléico com potencia comparável aquela da quercetina. Emulsões antioxidantes sinérgicas

para a proteção de gorduras em alimentos e cosméticos são descritas na aplicação da patente de propriedade da Societe des Produits Nestlé S/A. Emulsões de ésteres do ácido as corbico e tocoferois com lecitina, como agente emulsificante, são antioxidantes mais efetivos para triglicérides que qualquer um dos componentes isolados. A gordura do frango preservada com mistura de 1000ppm de tocoferol, 500ppm de palmitato de ascórbica e 5% de lecitina de soja preveniram a iniciação da oxidação a 100°C por durante 47,9 h. Tocoferol isolado só foi efetivo por 13 horas e o palmitato de ascórbica por 7,4 h. Sem qualquer aditivo, a oxidação foi detectada apos 5 h.

O fosfato de glicerina ou os sais derivados são descritos como antioxidantes que podem ser utilizados de forma segura em cosméticos e alimentos. A atividade antioxidante de uma mistura de 2 MG de glicerol fosfato di-sódico em 10g de trietilenoglicol foi significantemente maior do que a do acido ascórbico ou de tocoferois misturados.

Antiperspirantes/Desodorantes

Um novo tipo de desodorante que age diretamente sobre os compostos químicos responsáveis pelos odores ofensivos do corpo foi pesquisado por Kanda ET al.

As analises do odor do pé, por cromatografia gasosa/espectroscopia de massa mostraram que ácidos graxos de cadeia curta, especialmente o ácido isovalerico, são responsáveis pelo mau odor. Ácidos graxos de cadeia curta foram também identificados nas axilas. Descobriu-se o óxido de zinco em forma de partículas finas e muito ativo, convertendo estes ácidos graxos de cadeia curta em sais não voláteis, com o uso de uma resina esférica, como o Nylon, revestida uniformemente com oxido de zinco. O resultado e um pó hibridam que superam muitas das deficiências do óxido de zinco. Os pesquisadores relatam que um supressor de odor corporal, fórmula de com este pó hibrido, foi muito mais eficaz que os desodorantes convencionais.

Os desodorantes que contém etosulfatos de n-soja alquil-n-etilmorfolinio para inibir maus odores oriundos da ação bacteriana são descritos em uma patente de propriedade da ICI America. Uma composição de desodorante em bastão e demonstrada na Fórmula 3.

Os cosméticos antiperspirantes que contém sais alquilam mina de ácido poli (acrílico) de cadeia longa como componentes ativos, são descritos na patente de propriedade da Lion Corp. Uma solução hidro alcoólica de 1% do Sat 2-hexildecil- amina do acido poliacrilico mostrou efeito antiperspirante prolongado.

As composições de desodorante contendo sais de piroctona são reveladas na patente atribuída a Procter & Gamble. A composição de um desodorante em bastão preparado com este ingrediente e demonstrada na Formula 4. A fragrância selecionada deve ser escolhida com cuidado de maneira que não ocorra qualquer reação entre o ácido piroctonico e os constituintes desta.

Caspa/Couro Cabeludo

Uma aplicação de patente européia, atribuída a Maggioni e de propriedade da Bioresearch SPA, descreve o uso de 5' -deoxi-5' -metiladenosina, S-adenosilmetionina ou seus sais como drogas para o tratamento de seborréia do couro cabeludo. As drogas podem ser administradas de forma oral, parental ou tópica. São fornecidos exemplos de formulação.

Yoshimasa ET al.72 confirmam o crescimento de P. ovale em lipídeos de sebo humanos a níveis de 30 MG/cm2 e relatam que o crescimento foi acelerado com acido oléico e trioleato de glicerila, indicando que P. ovale assimila os ácidos graxos livres da lipólise de trigliceridespresentes nos lipídeos epidérmicos e no sebo. Os pesquisadores relatam que o extrato de Swertia, álcool cinamico, cis-jasmona, geraniol, terpineol, aldeido undecilenico, ácido benzóico dehidroacetato de sódio, binoquitiol, piritiona de zinco e piroctona oleamina inibiram efetivamente P. ovale. Surpreendentemente, linoquitiol e relatado como sendo o inibidor mais efetivo de P. ovale testado.

As preparações capilares contendo extrato de sapo nina de Sapindus mukorossi ou S. delavanyi são tidas como eficientes no controle da caspa e do prurido.

Uma patente de propriedade da Colgate Palmolive Co., descreve o uso de Climbazol solubilizado em um veículo composto de um sistema de tensoativo de PH ácido como medicamento efetivo contra caspa.

Uma nova patente assegura que composições capilares antiprurido podem ser preparadas utilizando triglicérides peroxidados. Estes compostos são preparados pela saturação e óleos com oxigênio e exposição à radiação UV intensa e controlada. Uma loção capilar antiprurido foi preparada contendo 3% de óleo de amêndoas amargas peroxidado em um veículo de emulsão. A loção aplicada sobre o couro cabeludo diariamente, ou semanalmente, aliviou 0 prurido em 88% dos pacientes.

Agentes Emulsificantes

A preparação de alquil-ésteres de n-a-acil-l-arginina superiores de cadeia longa, como agentes emulsificantes para composições cosméticas, e descritas numa patente de propriedade da Ajinomoto Co. Inc. Hidrocloreto de esrearil- éster de na- lauroil-I-arginina foi tido como útil para a preparação de emulsões de tratamento do cabelo e da pele. Quando utilizado em produtos para cabelo, estes agentes emulsificantes amaciam as fibras dos cabelos, previnem a formação de eletricidade estática e fornecem sensação agradável.

Uma patente recente, de propriedade da Kanebo Ltd., descreve um procedimento para preparação de gelatina modificada com polietileno glicol, a qual e descrita como um agente emulsificante de interesse para cosméticos.

Um artigo de Shibamoto ET al. (Póla Yokohama Lab.) descreve a preparação de tensoativos poligliceril éter politetra-metileno de álcool graxo (POT alquil éter). 73 Esses ingredientes provaram ser excelentes agentes emulsificantes fornecendo emuls6es cujas gotículas de óleo são de diâmetro médio menor que 1mn. Éter estearilico de PO 13 t 13' apresentou-se como um emulsificante mais efetivo que os alquile teres POE e não irritante para a pele e para os olhos. Este tensoativo não se mostrou sensibilizante, fotos sensibilidade ou mutagênico.

Em uma patente interessante de propriedade da Kao Corpo., e revelada a preparação e utilização de derivado de di-o-benzilidenopoliol para a formação de emulsões óleo em poliol.

Um destes compostos e derivado pela reação de g-lactona do acido 1- gluconico com dimetil benzilideno para produzir l-gluconato de dimetil- 3,5 :4,6-di -0- benzilideno.


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