Potencial do Mercado Teen

Edicao Atual - Potencial do Mercado Teen

Editorial

Não é o fim do mundo

 

Depois de avançar 10,5% em 2010, a indústria brasileira encerrou 2011 com expansão de apenas 0,3%. Com exceção do auge da crise econômica internacional, o resultado é o pior para a indústria desde 2003, ano em que a produção industrial cresceu 0,1%. A taxa de inadimplência verificada no ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central, foi de 5,5%. Estes são apenas alguns exemplos que ilustram um panorama pouco animador neste início de ano.

 

No entanto, o ano que começa também traz consigo os clichês que tanto apreciamos. É o momento de recuperar a fé no que virá, de renovar as expectativas... E como não fazer parte dessa atmosfera? Como não engrossar o bordão de que brasileiros “não desistem nunca”; e como não lembrarmos, orgulhosos, do quanto somos empreendedores e criativos?

 

Sim, esse período é, por excelência, de otimismo. E de trabalho também. Mesmo antes às dificuldades vividas no ano que acabou, a indústria continua investindo em inovações, repensando suas operações, apostando na expansão ou no redirecionamento dos negócios. Essa é a tônica no setor cosmético, que promete muitas novidades para 2012. “O importante é investir e acreditar no nosso mercado. Não se pode recuar”, afirmou um dos entrevistados para esta edição. Afinal, ao contrário do calendário Maia, a vida continua e as oportunidades de mercado, felizmente, não cessam.

 

Esta edição de Cosmetics & Toiletries Brasil tem como matéria de capa o potencial do mercado teen. A reportagem é um mergulho nas peculiaridades do universo adolescente e sua relação com as marcas, com dados sobre comportamento e algumas estratégias utilizadas pela indústria para falar de perto com esses consumidores. A seção “Persona” traz um pouco da trajetória de Manuel Caramês, profissional apaixonado pela ciência cosmética e uma das grandes referências para o setor no Brasil, que deixou saudade.

 

E como fazemos tradicionalmente todos os anos, apresentamos, nesta primeira edição do ano, o Balanço Econômico: uma avaliação dos profissionais do mercado cosmético a respeito de 2011, bem como suas perspectivas para 2012.

 

Os artigos técnicos abordam temas como a formulação de shampoos de alto desempenho, a hidratação da pele, teor de sebo do couro cabeludo e as estrias na gestação.

 

Nesta edição também estamos apresentando o novo logo da Cosmetics & Toiletries Brasil, que fica em linha com o projeto gráfico da revista-mãe editada nos Estados Unidos. Espero que você goste.

  

Boa leitura!

 

Hamilton dos Santos
Publisher

Sistemas Tensoativos Estruturados para Shampoos de Alto Desempenho - Denis Bendejacq, PhD, Caroline Mabille, PhD, e Veronique Picquet (Rhodia, Aubervilliers, França); Ericka Gates (Rhodia, Bristol, PA, EUA)

Sistemas especializados de tensoativos, que formam vesículas multilamelares, podem ser usados para desenvolver shampoos de alto desempenho, superando fórmulas micelares. Estes materiais facilmente se combinam e estabilizam ativos que variam de molecular a particulado,
líquido a sólido e hidrofóbico ou catiônico, promovendo sua distribuição uniforme em cabelos danifi cados e virgens, e permitindo que os ingredientes desejados sejam depositados onde são mais necessários.

Sistemas especializados de tensioactivos que forman vesiculas multilamelares se puede utilizar para formular los champues de alto rendimiento mejores que las formulas micelares. Estos materiales se combinan entre ellos y estabilizan los activos que varian de moleculares a particulados, líquidos a sólidos, e hidrofolico o catiônico, para ofrecer tanto a las regiones dañadas y la virgen de cabello para actuar donde más se necesitan.

Specialized surfactant systems that form multilamellar vesicles can be used to design high performance shampoos that outperform micellar formulas. These materials combine with and stabilize actives ranging from molecular to particulate, liquid to solids, and hydropholic or cationic, to deliver them equally to damaged and virgin regions of hair to act where they are needed most.

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Prevenção de Estrias na Gestação - Berenice Noguera Torres Timbó, Rodrigo Rocco Ires Pesce (Maternidade-Escola, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Caxias RJ, Brasil)

Neste artigo de revisão, os autores discorrem sobre as causas da ocorrência e medidas preventivas para evitar as estrias na gestação.

En este artículo de revisión, los autores analizan las causas de la incidencia y las medidas para prevenir las estrías durante el embarazo.

In this review article, the authors discuss the causes of the occurrence and measures to prevent stretch marks during pregnancy.

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Análise do Teor de Sebo no Couro Cabeludo - Tatiana Andreani (Univ. de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal; Citab-Utad, Vila Real, Portugal; FCS-UFP, Porto, Portugal); Patrícia Severino (FCS-UFP; Fac. de Engenharia Química, Unicamp, Campinas SP, Brasil); Amélia M. Silva (Univ. de Trás- os-Montes e Alto Douro; Citab-Utad); Eliana B. Souto (FCS-UFP; IBB/CGB-Utad, Vila Real, Portugal); Maria da Conceição T. Truiti (Depto. de Farmácia da Univ. Estadual de Maringá, Maringá PR, Brasil)

A biometria cutânea, nomeadamente o Sebumeter, proporciona técnicas viáveis para a análise do teor de sebo na pele, no cabelo e no escalpo. O presente estudo aborda as influências sobre a produção do sebo no escalpo pré e pós-lavagem, verificando a relação da presença da concentração lipídica com alguns cuidados de higiene capilar.

Biometría cutánea, en particular Sebumeter proporciona técnicas viables para analizar el contenido de sebo en la piel, en el pelo y en el cuero cabelludo. Este artículo presenta la influencia en la producción de sebo en el cuero cabelludo, antes y después del lavado, e investiga la relación entre la presencia de la concentración de lípidos con la higiene y cuidado del pelo.

Biometric skin method, namely Sebumeter, provides viable techniques for the sebum analysis in the skin, hair and scalp. The present study intended to investigate the influences on the production of the sebum in the scalp before and after wash, verifying the relationship of the presence of the sebum concentration with hygiene and hair care.

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Formulando para a Hidratação da Pele - Katerina Steventon, PhD (FaceWorkshops, Beverley, Reino Unido)

A hidratação em formulações de cuidados com a pele requer a compreensão das necessidades clínicas, dos relevantes alvos biológicos e das preferências estéticas dos consumidores. A eficácia de hidratantes deve ser estabelecida in vivo, devido ao interesse do consumidor na avaliação visual e instrumental desses produtos. Este artigo de revisão destaca os desafios da formulação de produtos hidratantes de cuidados da pele da face, seguindo esses princípios.

La hidratación en las formulaciones de cuidado de la piel requiere la comprensión de las necesidades clínicas, biológicas y los objetivos pertinentes de las preferencias estéticas de los consumidores. La eficacia de las cremas hidrantes debe estar establecida in vivo debido a los interés de los consumidores en la validación visual y instrumental. Este trabajo de revisión resume los desafíos de la formulación de hidratación facial de productos para el cuidado de la piel en línea con estos principios.

Moisturization in skin care formulations requires na understanding of clinical needs, relevant biological targets and the aesthetic preferences of consumers. The efficacy of moisturizers must be established in vivo due to consumer interest in both visual and instrumental validation. This review outlines the challenges of formulating moisturizing facial skin care products in line with such principles.

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Adolfo Braga Neto
Mediação por Adolfo Braga Neto

Métodos alternativos de resolução de conflitos

Os chamados métodos alternativos de resolução de conflitos são opções ao sistema judicial, meio tradicional e amplamente utilizado no Brasil para a resolução de disputas. Exem- plos de métodos alternativos de resolução de
controvérsias são a mediação, a arbitragem e a conciliação. Convêm destacar que uma das características mais marcan- tes em todos os métodos alternativos de resolução de disputas é o emprego da negociação. A negociação é o instrumento primeiro e natural de resolução de conflitos, buscado (às vezes inconscientemente) pelas pessoas quando algo se torna incômodo na relação geradora do conflito, seja essa relação de
ordem afetiva, profissional, comercial ou social.
As pessoas físicas ou jurídicas, quando estão envolvidas em conflitos, adotam posições na expectativa de que estas sejam as melhores formas de atingir uma solução para o proble- ma. Uma pessoa adota determinada posição levando em conta não somente sua perspectiva, mas também a da outra pessoa, muitas vezes na esperança de que essa posição constitua o me- lhor para ela e para a outra pessoa. Esse fato acaba resultando em impasses, o que gera a competição. Assim se torna fácil prever que as pessoas, ao estarem diante de um insucesso na negociação, levarão seu caso aos advogados, a fim de que este busque o Estado, que disponibilizará um juiz para impor uma decisão e uma vontade à outra parte.
A atitude de buscar um advogado, que oferecerá seus servi- ços com a utilização da prestação jurisdicional do Estado para resolver a disputa, constitui-se, na realidade, na terceirização de um conflito.
Dessa forma, estamos diante de um dos maiores para- digmas da sociedade atual: o de levar ao Judiciário todos os conflitos, para que este defina quem tem razão, a quem a lei assiste e de que lado o direito está.
Caberia, nesta altura, tecer comentários sobre os resulta- dos dessa terceirização do conflito. No entanto, é importante notar que os métodos alternativos não existem para substituir o método tradicional de utilização do sistema judicial. Eles existem, sobretudo, para auxiliar o sistema judicial – não para descongestioná-lo como muitos defendem, mas para propiciar
uma alternativa às pessoas físicas ou jurídicas que buscam so- luções diferenciadas, específicas e talvez especializadas para suas diversas inter-relações.
Um desses métodos, como foi mencionado anteriormente, é a arbitragem, um meio de resolução de controvérsias referentes a direitos patrimoniais disponíveis. Na arbitragem, a interven- ção de um terceiro, independente e imparcial, recebe poderes de uma convenção denominada arbitral, para decidir pelas duas partes, sendo sua decisão equivalente a uma sentença judicial.
No Brasil, a falta de tradição de soluções negociadas para os conflitos leva as pessoas a fazerem leituras equivocadas dos institutos da mediação e da conciliação. Esses dois instrumen- tos são confundidos e muitas vezes considerados sinônimos, pois as características próprias de cada um deles ainda são mui- to pouco conhecidas. A diferenciação entre esses instrumentos passa, inicialmente, pela abordagem do conflito. A conciliação é um procedimento mais célere. Na maioria dos casos, ela se restringe a apenas uma reunião entre as pessoas e o conciliador. É muito eficaz para a resolução de conflitos em que entre as par- tes não tenha existido relacionamento significativo no passado ou há relacionamento contínuo – por exemplo, nas relações de consumo ou numa batida de veículos – e nas situações nas quais as partes preferem buscar um acordo de forma imediata para finalizar a controvérsia ou o processo judicial.
É bom lembrar que a mediação, entretanto, não visa pura e simplesmente o acordo, mas também atingir a satisfação dos interesses e das necessidades das pessoas envolvidas no conflito. É um método de resolução de conflitos em que um terceiro independente e imparcial coordena reuniões conjun- tas ou separadas com as partes envolvidas no conflito. Seu objetivo, entre outros, é o de estimular o diálogo cooperativo entre elas para que alcancem a solução das controvérsias em que estiverem envolvidas.
O procedimento da mediação parte de uma atitude de humildade do profissional coordenador do procedimento em relação aos mediados, no sentido de que os atores envolvidos no conflito são os mais indicados para solucionar suas questões, pois sabem o que é melhor para eles e o momento conflituoso é o que dificulta esse saber – e o terceiro poderá auxiliá-los nesse sentido. Por isso, na mediação, eventuais sugestões por parte do mediador não são recomendáveis.
Costuma-se dizer que o procedimento é célere, porém mais lento que o da conciliação, pois a mediação demanda mais do que uma única reunião.

Carlos Alberto Trevisan
Boas Práticas por Carlos Alberto Trevisan

Documentação para implantar a Política da Qualidade

A Política da Qualidade tem como objetivo definir e documentar, de modo coerente com as metas da organização e as expectativas e necessidades dos clientes, as diretrizes para possibilitar a sua compreensão, implantação e manutenção em
todos os níveis da organização. Dessa forma, deve-se explicitar qual é a política, quais são
seus objetivos e qual o seu compromisso com a Qualidade. Também é necessário assegurar que a política seja plenamente compreendida, implementada e observada.
Nesse ponto devemos enfatizar que o comprometimento com a qualidade é o principal pilar de sustentação do Processo da Qualidade.
Na organização, todos devem compreender a Política da Qualidade, sabendo exatamente o que dela podem esperar para atingir metas e objetivos.
É importante definir claramente que essa política não é constituída de frases e expressões de efeito ou de pôsteres espalhados pela organização. A Política da Qualidade deve ser compreendida pela administração como uma cruzada sem fim com a participação de todos. Se colaboradores perceberem que não participam da administração ao longo de todo o processo, apresentando contribuições, sugestões, investimentos etc., o resultado será a desmotivação destes em prejuízo da efetiva implantação do processo.
Apenas como sugestão para dinamizar a Política da Qua- lidade: não prometa o que não poderá ser cumprido; utilize a visão dos clientes para alcançar a melhoria dos produtos e processos; assegure-se de que os clientes receberão os pro- dutos e serviços na condição e no prazo acordados, que serão atendidos com respeito. Toda a empresa deverá ser treinada de forma cíclica para realizar as atividades de modo seguro e responsável.
Avalie a política, respondendo a estas perguntas: como ela foi estabelecida? Como é comunicada a toda a organização? A política também pode ser avaliada considerando-se: sua compreensão por parte da administração e o compromisso que esta tem em aplicá-la, sua implementação e sua documentação.
A responsabilidade, a autoridade e o relacionamento das pessoas que administram, praticam e avaliam as atividades relativas à Qualidade devem ser claramente definidas por meio de documento competente, particularmente no que se refere àquelas que devem gozar de liberdade e autoridade para executar as atividades.
As atividades são:
- Iniciar as ações preventivas para evitar as não confor- midades.
- Identificar e documentar todas as não conformidades nos produtos, processos e serviços.
- Atuar na implantação das providências quando estas não forem tomadas pelos responsáveis.
- Acompanhar o resultado da efetiva implantação dessas medidas.
- Controlar a entrega, a instalação do produto ou o resultado do serviço, para assegurar que as não conformidades tenham sido eliminadas.
A responsabilidade deve ser considerada sempre que exis- tirem as condições: local, equipamento, instalação e pessoal adequado e treinado para as respectivas atividades.
Nesse contexto, o item responsabilidade será cumprido pela definição de procedimentos a serem observados pelos executantes das atividades neles estabelecidas.
Os seguintes questionamentos devem ser feitos para avaliar esse o item responsabilidade:
- Como foram definidas as responsabilidades? - De que forma foi definida a autoridade? - Como foram estabelecidas as inter-relações entre os
setores e o pessoal? Enfatizamos que a implantação da Política da Qualidade
só ocorre quando há efetivo e seguro comprometimento e a participação de todos os colaboradores, que devem estar devidamente conscientes do processo.

Assuntos Regulatórios por Artur J. Gradim

2012: O que esperamos e o que nos espera?

A posição de liderança do Brasil no consumo de vários segmentos de produtos de HPPC e a segunda posição geral em todos os segmentos do mercado mundial a ser conquistada pelo país este ano, são sustentadas pelo vigor de seu mer- cado interno. O índice médio de crescimento anual do mercado interno tem alcançado dois dígitos nos últimos dez anos, apesar dos obstáculos encontrados ao longo desse período.
Se não bastasse a saia justa fiscal que afeta a cadeia produ- tiva, além das incertezas da política cambial, temos de manter a atenção redobrada, sob todos os aspectos, nas assembleias legislativas e no Congresso Nacional para monitorar os mira- bolantes projetos apresentados, a exemplo da imposição da obrigatoriedade de lacre em produtos, da inscrição de frases patéticas do tipo “pedofilia é crime” na rotulagem, entre outras. A entidade representante do setor, a Abihpec, tem obtido êxito em abortar essas iniciativas, após muito trabalho para provar aos relatores a ineficácia de sua aplicação da forma proposta.
Em sua corrida de obstáculos, o setor ainda sofre as conse- quências de contínuas ações ocas, por meio de representações regionais do Ministério Público, como a que está em anda- mento, relativa à obrigatoriedade de incluir, na rotulagem dos produtos, a tradução da nomenclatura internacional dos ingre- dientes (INCI) utilizada. A tradução do rótulo proposta é um benefício nulo ao consumidor, entretanto, será uma obrigação cáustica para produtores e usuários, que serão vitimados ao ter de absorver mais esse ônus relativo à reformulação de rótulos com sobreposição de informações, caso aprovada.
Esse sentimento de “brasilidez” por parte de alguns setores que representam nossa sociedade, na verdade não promove ganhos ou benefícios a ninguém, pelo contrário, adiciona custos internos e retarda a internacionalização dessa castigada indústria de HPPC, cujos resultados sempre encheram os olhos e instigaram a cobiça de incompetentes e aproveitadores.
O que interessa a todos e aguardamos para 2012, é que, após anos de intenso trabalho da entidade representativa do setor, a Abihpec, junto a todos os órgãos oficiais envolvidos, ocorra à revogação de alguns artigos do arcaico Decreto no 79.094/77, que contempla um conteúdo técnico de 35 anos atrás, totalmente obsoleto para os dias de hoje. Um agravante é que esse decreto ainda serve de referência e fundamentação fiscal por outros órgãos do governo (como a Receita Federal)
que adotam, por exemplo, os limites de concentração de fra- grâncias que produtos como colônias, perfumes e extratos podem conter (Artigo 49, item 11, letras a, b, c). Igualmente é incompreensível a limitação da concentração de fragrância (2%) em colônias de uso infantil (Artigo 50, item VI), uma vez que é é sabido e reconhecido pelo setor regulador que essa limitação não assegura coisa alguma no que tange à segurança de uso do produto. Entre outros limites técnicos ultrapassados, podemos citar ainda o Artigo 50, item IV, que estabelece o limite de pH para shampoos infantis na faixa de 7,0–8,5, baseando-se no conhecimento técnico de décadas passadas, é hoje sobre base fundamentada cientificamente a exemplo do pH fisiológico a recomendação posiciona esta faixa de pH na ordem de 5,5–7,0.
Neste novo ano, igualmente, é aguardada para o primeiro trimestre a abertura de algumas consultas públicas (atuali- zações de resoluções anteriores), a exemplo do regulamento técnico Mercosul para as Boas Práticas de Fabricação; atuali- zação do regulamento dos repelentes de insetos e a aguardada resolução para os produtos infantis. A abrangência dessa nova resolução deverá contemplar a inclusão de novos grupos de produtos e das faixas etárias correspondentes e dos testes requeridos, entre outras providências pertinentes a esse seg- mento, do qual o Brasil é o líder mundial em consumo.
Para os setores de serviços profissionais ligados ao seg- mento de HPPC, a Abihpec, por meio do CB-57, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), iniciou um trabalho pleiteado e desejado desde longa data, referente à normatização das atividades desse setor, que envolve milhares de salões de beleza compreendendo cabeleireiros, manicures, pedólogos e profissionais de estética vinculados a micro e pequenas empresas que empregam aproximadamente 1,5 milhão de trabalhadores diretos, com o objetivo de aprimorar sua capacitação.
A reunião de instalação da comissão de estudos foi rea- lizada na sede da Abihpec no início de dezembro de 2011. O evento contou com a presença dos representantes das entidades envolvidas no projeto, das principais empresas produtoras para o segmento profissional, de representantes dos principais institutos de beleza, de autônomos, e imprensa especializada e representantes de feiras e eventos do setor, contanto ainda com a presença da dra. Maria Lumena B. Sampaio, representando a Ouvidoria Pública da Prefeitura Municipal da Cidade de São Paulo, bastante atenta a apresentação.
Este ano promete... mãos à obra!

Denise Steiner
Temas Dermatológicos por Denise Steiner

Pele também desidrata

A desidratação ocorre quando o organismo não tem água suficiente para realizar suas funções normais. Causado pela falta aguda de água e eletrólitos no organismo, o problema pode ser de primeiro, segundo e terceiro graus. Os sintomas incluem fraqueza, tontura, dor de cabeça e fadiga, podendo inclusive levar à morte. Por causa disso, nas estações mais quentes do ano os especialistas orientam a população a ingerir maior quantidade de líquido em forma de sucos, água ou chás. Porém, o que muitos não sabem é que a pele também pode passar por um processo de desidratação, principalmente no verão. A pele ressequida, repuxada e com aspecto cansado é típica da carência de hidratação adequada. Além do aspecto cansado, a pele desidratada pode evoluir para um eczema ou provocar prurido. Em casos extremos, quando a desidratação da pele está ligada à desidratação do organismo, podem ocorrer febre, torpor e convulsões. Todos os dias, a pele é agredida por vários fatores. Um deles é o clima. Muito sol, banhos de mar, piscina e vento, comuns nos dias mais quentes, contribuem para a desidratação do órgão mais extenso do corpo humano. Isso ocorre porque o manto hidrolipídico, formado por suor e gordura e localizado na epiderme, rompe-se e favorece a evaporação da água através da pele, diminuindo seu grau de hidratação. A falta de umidade relativa no ar também leva ao
ressecamento, pois há maior evaporação de água do corpo.
O envelhecimento também provoca a desidratação da pele. Quanto mais velho for o indivíduo, menor será a quantidade de água em seu corpo. Por isso é comum que pessoas idosas apre- sentem pele mais seca e com dificuldade de hidratação. Assim como todo o resto do organismo, a pele também começa a per- der algumas funções com a chegada da velhice. Células como os queratinócitos e os melanócitos, encontradas na epiderme e responsáveis pela hidratação, não são mais produzidas com tanta intensidade. Isso faz que a pele da pessoa idosa fique bem mais seca. Nesses casos, o importante é não desidratar ainda mais a pele com banhos quentes e sabonetes. O sabonete só deve ser usado nas partes que “azedam”, como axilas, virilhas e pés. A gordura cutânea é extremamente importante para a hidratação natural da pele.
Fatores de ordem genética, como a deficiência de aporte hí-
drico, e situações com caráter agudo ou crônico são causadores da desidratação da pele. Não é por causa do verão que a pele fica mais seca. Em algumas pessoas, o problema é genético.
Algumas doenças, como dermatite atópica, psoríase e ic- tiose, provocam alterações na pele e modificam sua hidratação natural. No verão, essas enfermidades não costumam afetar tanto a pele, pois o Sol e o enxofre da água do mar funcionam como anti-inflamatórios. Em contrapartida, outros problemas surgem nessa época do ano, como eczemas, coceiras, micoses e infecções bacterianas. Por causa do calor, é comum transpi- rarmos mais e ficarmos mais vulneráveis a fungos e bactérias, principalmente em áreas que ficam úmidas ou assadas. Uma das micoses mais comuns no verão é a ptiríase versicolos, que normalmente aparece nas costas e deixa o aspecto da pele semelhante ao couro de uma cobra: rachada e com escamas. Dependendo do grau de desidratação, a pele pode até esfarelar, principalmente no rosto, nos braços e nas pernas. Também é comum aparecerem regiões avermelhadas, que podem inchar formar bolhas e eliminar secreção. Além de problemas com a aparência, pode haver desconforto físico, devido à coceira.
A pele fica avermelhada porque a evaporação da água causa um desequilíbrio no manto hidrolipídico; com menos água há menor proteção. Quando isso acontece, fica mais fácil a ocorrência de irritação por substâncias químicas ou pela poei- ra que está no ar, e a pele reage com inflamação em forma de eczema e dermatites. Esse problema pode acometer indivíduos de qualquer idade, mas é bastante comum nas pessoas mais velhas, que têm pele mais desidratada. Outra consequência da desidratação, devido à alteração no manto hidrolipídico, é que a pele ressecada se contamina mais facilmente e, com isso, a possibilidade de desenvolver uma doença é maior.
Ao mesmo tempo em que traz benefícios à saúde, o Sol pode causar doenças na pele, principalmente o câncer. Derma- tologistas são unânimes ao afirmar que a principal medida a ser tomada contra a ação dos raios ultravioleta é o uso de filtro solar. Mas isso não é suficiente; na praia, o importante é não ficar exposto diretamente ao Sol. A sombra é grande aliada nessa hora. Além disso, o uso de camisetas ajuda a proteger a pele. Depois de um dia de sol, o importante é hidratar o corpo como um todo, ingerindo muito líquido, porque a hidratação da pele ocorre de dentro para fora. O uso de hidratantes serve para bloquear a saída de água e, como muitas pessoas imaginam, não tem a função de hidratar.

Dermeval de Carvalho
Toxicologia por Dermeval de Carvalho

As crianças e as substâncias químicas

Por maior e mais concentrado que seja o foco desta coluna de caráter técnico-científico, não devo postergar a oportunidade de desejar um feliz 2012 aos diretores da Cosmetic & Toiletries Brasil, ao pessoal de apoio, aos colaboradores e aos leitores.
Estamos completando nossa 30a coluna. Ao longo desses anos, vários assuntos foram abordados: ingredientes cosméti- cos, segurança e seus múltiplos caminhos, formação de recur- sos humanos, necessária integração acadêmica e setores regu- latório e produtivo, a arte de dirigir a investigação científica, conquistas destituídas dos desapegos pessoais, dentre outros. Buscas constantes devem ser mantidas. Desafios arrojados, projetos bem delineados e assuntos regulatórios sustentados com o devido rigor científico são vistos como parceiros dos bons resultados. Nesta edição, vou abordar as substâncias químicas e as crianças.
A toxicologia faz parte da história dos povos. Nos últimos 200 anos, mais de 83 mil substâncias químicas têm sido uti- lizadas em todos os setores manufaturados (o que é fruto da Revolução Industrial). Novos processos tecnológicos, sem dúvida, vêm aumentando a exposição das pessoas a substâncias químicas que podem causar danos, especialmente à saúde das crianças, no decorrer dos últimos 50 anos. (Environmental Protection Agency, 2011).
A exposição às substâncias químicas tem sido objeto de preocupação da toxicologia e de áreas afins, pois, de maneira geral, o parque industrial tem crescido bastante. Entenda-se, portanto, que isso significa uma maior exposição. Avanços na avaliação da toxicidade têm conseguido grandes feitos. A mo- derna toxicologia deixa de ser a ciência dos efeitos adversos, para tornar-se mais predisposta a enfrentar os desafios e des- dobramentos da biologia molecular e assim melhor entender e descobrir os caminhos ambientais que conduzem os mecanis- mos da toxicidade. (Casareth & Doull’s – 5th Ed,1975 e Toxicity testing in the 21st Century: a vision and strategy, 2007).
Quando se fala em toxicidade, o indivíduo adulto é, obriga- toriamente, parte integrante deste protocolo. As crianças, por sua vez, como têm sido tratadas pela comunidade científica em relação ao efeito de substâncias químicas em seus organismos, que estão em fase de evolução?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 250 milhões de crianças ao redor do mundo estão envolvidas com o trabalho infantil, sendo que cerca de 110 milhões, com menos de 15 anos, trabalham em áreas perigosas. Isso acontece em quase todos os setores da economia, sobretudo na zona rural e particularmente na agricultura, na mineração, na construção e na pesca. Segundo a OMS, a saúde das crianças sujeitas à exposição ambiental é passível de sofrer danos, e riscos emer- gentes têm sido identificados todos os dias.
A OMS tem afirmado que os riscos para os homens também são válidos para as crianças, tendo em mente que elas estão mais vulneráveis do que eles, uma vez que se encontram em fase de desenvolvimento biológico, físico, fisiológico e com- portamental.(www.who.org,acesso em 13/1/12, e Journal of Pediatric Health Care 224, 17:(5), 223-7, 2003)
Por outro lado, o ciclo da pobreza, conforme referido pela OMS, é motivo de outras preocupações e tem sido objeto de avaliação, especialmente quando a exposição das crianças ocorre em baixas doses e todos os dias, meses e anos da vida. A grande pergunta é: como minimizar esta situação?
A questão do controle de política química vem sendo elaborada por grupos partidários de diferentes pensamentos e por formuladores de políticas públicas, os quais estão tra- balhando na elaboração e na construção de um apoio, com a finalidade de aprimorar e melhorar a legislação regulatória. Esse trabalho tem os objetivos de dar proteção à comercia- lização, bem como à distribuição de grandes volumes de substâncias químicas, e gerenciar possíveis riscos. Além desse trabalho, devem ser outorgados à Environmental Protection Agency (EPA), nos Estados Unidos, e a outros organismos de outras nações, maiores poderes regulatórios que permitam aos órgãos obterem, com os fabricantes, infor- mações capazes de reduzir o risco de exposições químicas prejudiciais à saúde das crianças. (Journal of Pediatric Health Care, 2011, in press). Há possibilidades de pesquisa do assunto, com forte grau de varredura.
Para concluir, falamos em crianças, substâncias químicas, exposição a estas, danos à saúde, avaliação e gerenciamento do risco, medidas saneadoras e regulatórias. Não falamos das crianças brasileiras, possivelmente sujeitas aos problemas de exposição, mas protegidas conforme a Lei no 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
O introdutório para a próxima coluna já está pronto. O assunto será: crianças e ingredientes cosméticos!

Luis Antonio Paludetti
Manipulação Cosmética por Luis Antonio Paludetti

A ciência não publicada

Em um dia desses, navegando na internet à procu- ra de notícias científicas interessantes, deparei com um anúncio, no mínimo, sui generis: um adolescente nepalês, de nome Milan Karki, desenvolveu um painel solar feito de fios de cabelo que, segundo ele, geram energia a partir da luz solar, por um preço 80% menor que o dos atuais painéis fotovoltaicos
de silício. Milan Karki mora numa pequena vila da zona rural do
Nepal, e se não tivesse apresentado seu trabalho numa feira escolar de ciências, talvez o mundo não conheceria seu invento.
O estranho aparelho usa cerca de 500 gramas de cabelo humano e mais algumas placas de vidros e fios, gerando 9 volts de eletricidade, o suficiente para acender uma pequena lâmpada fluorescente. Isso pode parecer pouco, mas, num dos países mais pobres do mundo, acender uma lâmpada gastando apenas o equivalente a 50,00 reais para construir o painel pode fazer uma grande diferença.
No entanto, tirando o fato de o cabelo ser um objeto de estudo da cosmetologia, o que isso tem a ver com farmácias de manipulação?
Nos últimos dias, temos assistido a uma reviravolta no mercado magistral, em razão da proibição do uso dos anore- xígenos. Em função disso, diversos fornecedores e farmácias optaram por apresentar aos médicos alternativas ou substitutos às anfetaminas, em sua grande parte, compostas por produtos fitoterápicos.
O problema ocorre quando o médico precisa analisar estu- dos que comprovem a eficácia desses produtos. Em sua grande maioria, há poucos estudos sobre os produtos, ou, quando essas pesquisas existem, foram publicadas em periódicos de pouco renome.
Mas o renome de um periódico é suficiente para garantir a credibilidade ou a não credibilidade de um artigo? É óbvio que não. Para que um artigo científico seja bem conduzido, existem
algumas premissas básicas, como: 1. O desenho experimental deve ser adequado. 2. O número de sujeitos experimentais deve ser adequado. 3. Deve haver um planejamento estatístico e um tratamento
adequado dos dados. 4. Os resultados devem refletir os objetivos propostos. 5. Os resultados devem ser claros e bem-apresentados. 6. A discussão e as conclusões precisam ser coerentes com
os resultados. 7. As referências bibliográficas devem dar suporte à argu-
mentação e à conclusão. Assim, mesmo que um artigo seja publicado em um peri-
ódico indiano ou turco, uma vez satisfeitos esses critérios, e após uma leitura criteriosa destes, é possível dar credibilidade ao artigo e transmitir essa credibilidade aos prescritores.
Então, por que ainda há resistência dos prescritores? Em primeiro lugar, pode ser que os visitadores não estejam trans- mitindo essa credibilidade corretamente aos prescritores. Em segundo lugar, e o que é mais provável, é que realmente não haja credibilidade.
Cabe, portanto, ao segmento que propõe essa credibilidade, obtê-la. Fornecedores e farmácias deveriam patrocinar mais estudos sobre esses fitoterápicos, muitos deles oriundos da flora brasileira. Com louváveis exceções, a maioria dos fabricantes e distribuidores não patrocina estudos sobre essas substâncias, limitando-se muitas vezes a reproduzir estudos de qualidade duvidosa, não em função do periódico em que tenham sido publicados, mas por não atenderem às premissas básicas de uma pesquisa bem conduzida.
Tenho certeza de que nas universidades brasileiras há mui- tos jovens como Milan Karki, à espera de uma oportunidade de mostrar sua genialidade ou seu valor.
Em um segmento como o magistral, é fundamental investir nesses talentos. O Brasil é rico em biodiversidade, competência e capacidade intelectual. Precisamos apenas que as empresas apoiem essa riqueza.

Antonio Celso da Silva
Embale Certo por Antonio Celso da Silva

Embalagem para o mercado teen

Começa um novo ano que, assim como os ante- riores, chega repleto de dúvidas e incertezas. O cenário é de empresas associando-se a outras e de empresas fechando. Isso vem acontecendo notada- mente na área de terceirização, na qual a margem
de lucro reduzida é simplesmente consumida pelos problemas comuns na produção, que geram perdas e nunca estão computa- das no custo inicial. Essa conta não fecha a favor do terceirista.
Na verdade, o ano começa um tanto preocupante. Eu, que normalmente sou um otimista, tenho minhas restrições nesse início de ano e, se me perguntarem, recomendo prudência.
Vejo no mercado de embalagens os fornecedores também apreensivos, tanto com novos projetos como com estoques parados, porque o cliente solicitou a reprogramação da entrega. Os fabricantes de moldes para embalagens também estão preo- cupados com a falta de novos projetos.
O que será que nos espera neste ano? Será que a crise anunciada para alguns, anos atrás, e que nosso então presidente classificou de marolinha, está chegando agora? Tomara que não.
Mas nós somos brasileiros, não desistimos nunca e vamos agir para que essa nuvem negra que paira seja soprada pelo vento do tradicional crescimento do setor e vá embora.
Pensando dessa forma, onde será que vai acontecer o “boom” deste ano no setor cosmético? Será no segmento de varejo, na franquia ou na venda-direta, para repetir o que aconteceu nos anos anteriores?
Qual produto será o foco da mídia, dos consumidores e, consequentemente, das vendas? Será um produto capilar, de tratamento, alcoólico, será a maquiagem com suas novas cores ou o “revolucionário” primer pré-maquiagem? E a embalagem asiática, até quando será a saída para os problemas com as em- balagens nacionais?
Com todas essas perguntas de difícil resposta, uma tendência se percebe: o crescimento do consumo de produtos direcionados aos teens. Segmentos como os de eletroeletrônicos, roupas, ce- lulares e tênis apostam muito nesse setor e vêm lançando cada vez mais produtos para esse público.
E no mercado cosmético? Quais são os produtos e as emba- lagens que buscam esse público? Vocês já perceberam que estes não existem? O que esses jovens buscam em um cosmético?
Pensando assim, os marqueteiros e designers de plantão
precisam pensar em uma embalagem de shampoo, por exemplo, direcionada para esse público. Será que ela deve ser bem colori- da ou discreta? De que tamanho? E o preço? Ela deve oferecer praticidade? Sim, muita. Enfim, o que chamaria a atenção dos adolescentes?
Quantas empresas fizeram e têm um estudo profundo desse mercado e por que não lançaram produtos e, principalmente, embalagens que encantassem os teens?
Sabemos que o público teen não aceita mais embalagens de super-heróis, de bandas musicais em evidência, tampouco as alusivas a cantores, mesmo que sejam aqueles cujos sucessos esses jovens cantam e dançam na balada. O conceito rosinha para meninas e azul para meninos também faz parte do passado.
Pensando bem, a gente entende porque poucas (ou talvez nenhuma empresa) já se atreveram a explorar esse público, pelo menos em se tratando de linha capilar.
Por outro lado, e na contramão da história, estão os esmaltes. Esse mercado de cores virou de cabeça para baixo os conceitos das cores clarinhas, do tipo Zazá, Bruma, Areia, Misturinha e tantas outras de um passado não tão distante.
Sem dúvida, o público teen é bastante responsável por isso. Se houve essa mudança radical nas cores, o mesmo não se pode dizer das embalagens, que ainda são praticamente as mesmas. Será que o público teen – consumidor de tantas cores de esmal- te, assim como as mulheres consomem sapatos –prefere uma embalagem diferente de esmalte, direcionada para sua faixa etária? Parece-me que não.
E quanto à perfumaria, será que a embalagem faz a diferença na decisão de compra dos teens, de uma colônia, seja ela mascu- lina, seja feminina? Essa é outra linha de produtos na qual não existe distinção ou diferenciação de faixa etária do consumidor, a não ser pela fragrância. O que se busca é uma embalagem bonita, diferenciada, prática. É óbvio que estamos anos-luz de chegar perto de uma embalagem importada – muitas delas mais parecem joias.
No início do texto, minha intenção era falar das embalagens para o mercado teen de cosméticos, mas, discorrendo sobre o assunto, percebo que este é um segmento inexplorado, repleto de oportunidades e com muito a desenvolver, criar e fazer.
O que falta então? Repetindo o que coloquei acima, falta os designers e os marqueteiros se lembrarem dessa oportunidade. Mas o que falta mais ainda é um empresariado atirado, sem medo e, porque não dizer, com um pouquinho de dinheiro para investir em divulgação. Concluindo, vejam como é esse nosso mercado: se por um lado as nuvens negras nos assustam, por outro percebemos oportunidades bem debaixo do nosso nariz. Vamos executá-las então!






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