Esmaltes

Edicao Atual - Esmaltes

Editorial

Confiança, apesar dos pesares

Esta época do ano traz, inexoravelmente, reflexões sobre os meses transcorridos e um sentimento de otimismo – ou, ao menos, de renovação. Na despedida, 2011 deixa números bem mais modestos do que os produzidos no ano passado, além de índices de inflação e inadimplência em alta. Contudo, o Brasil segue (a despeito das turbulências no cenário econômico internacional) sustentando o crescimento – ainda que em ritmo mais lento.

Depois da explosão de consumo em 2010, os tempos são de cautela, apesar dos baixos índices de desemprego. Esse recuo no consumo interno foi sentido pela indústria, que continua sofrendo os efeitos da concorrência com os importados. Em setembro, a produção industrial teve queda de 2% na comparação com agosto, o segundo maior recuo desde abril deste ano.

Na esfera política, o governo da presidente Dilma Rousseff atravessou o ano em meio a denúncias de corrupção. O investimento em obras de infraestrutura para o País, incluindo as voltadas à Copa de 2014 e à Olimpíada de 2016, segue devagar.

Fazendo um balanço rápido deste ano, as notícias não são muito animadoras... Mas é da natureza do brasileiro confiar no que virá. E há motivos. Algumas das boas novas vêm dos dados apresentados nos Indicadores Sociais Municipais do Censo Demográfi co 2010, divulgados pelo IBGE. Segundo o levantamento, mais crianças e adolescentes estão na escola e mais pessoas trabalham, incluindo os trabalhadores com carteira assinada – a participação de brasileiros com emprego formal aumentou de 54,4% em 2000, para 65,2% em 2010.

Esta edição de Cosmetics & Toiletries Brasil chega, como sempre, sob o signo da confiança. Nossa última matéria de capa do ano traz a pujança do segmento de esmaltes. Pautado pela inovação e pela criatividade, o mercado brasileiro de esmaltes é o segundo maior do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Os artigos técnicos abordam o desenvolvimento de desodorantes antiperspirantes, um novo fotoestabilizador para protetores solares, um fitoativo originário da biodiversidade da Patagônia argentina, entre outros assuntos de interesse. Na seção “Persona”, Luiz Felipe Rauen, criador da Racco Cosméticos, dá sua receita de persistência e sucesso – um exemplo a ser seguido.

 

Boa leitura! 

 

Hamilton dos Santos
Publisher

Princípios para Formulação de Desodorantes Antiperspirantes - Eric S. Abrutyn (TPC2 Advisors Ltd., Inc., Delray Beach, FL, Estados Unidos)

A formulação de produtos antiperspirantes (AP) é foco deste artigo. O autor descreve os ingredientes, frequentemente, usados para na obtenção desses produtos, e finaliza avaliando a fórmula de AP disponíveis no mercado.

La formulación de productos antitranspirantes (AP) es el foco de este artículo. El autor describe los ingredientes de uso frecuente para la obtención de estos productos, y finaliza con la evaluación de la fórmula de AP disponibles para venta

Formulating products antiperspirants (AP) is the aim of this article. The author describes ingredients often used to obtaining these products and finalizes evaluating formula of commercial AP products.

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Fotoestabilização do Retinol e do Palmitato de Retinila pelo Etil-hexil Metoxicrileno - Craig Bonda, Jean Zhang (The HallStar Company, Chicago, IL, Estados Unidos)

Este estudo avaliou a fotoestabilidade do retinol e do palmitato de retinila quando submetidos à radiação UV (290-400 nm). Nessas condições, esses ativos degradam-se rapidamente diminuindo sua concentração nas formulações cosméticas. Entretanto, quando combinados previamente com etil-hexil metoxicrileno, esses retinoides ficam protegidos da fotodegradação mantendo suas concentrações inalteradas durante o processo de fabricação e a aplicação do produto na pele.

Este estudio evaluó la fotoestabilidad del retinol y del palmitato de retinol cuando son sometidos a la radiación ultravioleta (290-400 nm). En estas condiciones, estos activos se degradan rápidamente disminuyendo su concentración en las formulaciones cosméticas. Sin embargo, cuando se combina ellos con etilhexil metoxicrileno estos compuestos se están protegidos de la fotodegradación y mantienen sin cambios sus concentraciones durante el proceso de fabricación y la aplicación del producto sobre la piel.

This study examines the photostability of retinol and retinyl palmitate, finding they break down rapidly when exposed to UV radiation in the 290-400 nm range. This severely reduces their concentrations in finished formulations. However, when combined with ethylhexyl methoxycrylene, these retinoids are shown to be protected against photodegradation, thus preserving their concentrations both during the manufacturing process and following application to the skin.

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Fitoativo Multiétnico de Uso Capilar - Mariana Costaguta, Damaris Reynoso (Novachem SRL, Buenos Aires, Argentina)

Quatro espécies da Patagônia são a fonte primária para o desenvolvimento de um fitoativo capilar que retém e protege a cor do cabelo, evita o fotoenvelhecimento, realça o brilho e a luminosidade. É um produto 100% natural, sem parabenos, ecopreservado e ecossustentável.

Cuatro especies patagónicas son la fuente primaria para el desarrollo de un fitoactivo de uso capilar que retiene y protege el color del cabello, previene el fotoenvejecimiento del cabello, potencia el brillo y la luminosidad. Es un producto 100% de origen natural, libre de parabenos, eco-conservado y eco-sostenible.

Four species from Patagonia are the primary source for the development of a capillary used phytoactive which holds and protects the hair color, prevents photoaging, improves brightness and luminosity. It is a 100% natural, parabens free, eco-preserved and eco-sustainable

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Estabilidade de Emulsões Aniônicas contendo Ureia - Fernanda Sutile (União de Ensino do Sudoeste do Paraná, Unisep, Dois Vizinhos PR, Brasil)

Este artigo descreve o desenvolvimento e a avaliação da estabilidade prévia e acelerada de emulsões aniônicas contendo ureia, comparando-as com formulações desenvolvidas em farmácias de manipulação.

En este artículo se describe el desarrollo y la evaluación de la estabilidad anterior y acelerada de las emulsiones aniónicas que contienen urea, en comparación con las formulaciones desarrolladas en farmacias.

This article describes the development and evaluation of previous and accelerated stability of anionic emulsions containing urea, compared with formulations developed in compound pharmacies.

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Caracterização de emulsões contendo DHA e Polawax - Gabriela Detoni Pavoni, Sandra Elisa Haas (Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI, Erechim RS, Brasil)

A di-hidróxi-acetona (DHA) é um ativo cosmético utilizado como autobronzeador, pois reage com aminoácidos do estrato córneo gerando compostos corados. O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma formulação adequada para a incorporação de DHA, avaliando diferentes concentrações de uma base autoemulsionante não iônica comercial e de DHA.

La dihidroxiacetona (DHA) se utiliza como activos cosméticos autobronceadores, ya que reacciona con los aminoácidos de la capa córnea produciendo compuestos coloreados. El objetivo de este estudio fue establecer una fórmula adecuada para la incorporación de DHA, la evaluación de diferentes concentraciones de una base auto emulsionante no iónica comercial y DHA.

The dihydroxyacetone (DHA) is an ingredient used as a self tanning cosmetic, because it reacts with amino acids of stratum corneum generating colored compounds. The objective was to establish a suitable formulation for the incorporation of DHA, evaluating different concentrations of a commercial self emulsifier no ionic base and DHA.

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Cristiane M Santos
Direito do Consumidor por Cristiane M Santos

Consumo virtual

As relações comerciais evoluíram de tal forma no mundo moderno, que a internet já está consolidada como uma ferramenta essencial para a geração de negócios.

Se a empresa ainda não tiver um sistema de vendas on-line, é essencial que tenha pelo menos um website bem apresentado, pois se tornou uma praxe os consumidores buscarem informações da empresa e de seus produtos por meio da internet, e eles desconfi am daquelas empresas sem endereço on-line.

Segundo os especialistas em marketing, o e-commerce tornou-se símbolo da modernidade e sinônimo de empresas que buscam sempre desenvolvimento e investimentos, visando o futuro.

Com cerca de 81 milhões de internautas, o Brasil é o quinto maior país com número de usuários que acessam a internet.

Apenas durante este ano, 4 milhões de consumidores virtuais – dentre os quais 2,4 milhões pertencem à classe C –, efetuaram sua primeira compra pela internet.

Segundo dados da Empresa de Inteligência e Comércio Eletrônico (Ebit), num cenário pessimista, estima-se que o comércio eletrônico fature cerca de R$ 19 bilhões em 2011, contra R$ 14,8 bilhões registrados em 2010.

A Ebit também constatou que os líderes de vendas na internet se encontram em categorias de produtos como: eletrodomésticos, informática, saúde e beleza, medicamentos, livros, assinaturas de revistas e mídias eletrônicas.

As vantagens da compra virtual são: a comodidade de não precisar sair de casa e a possibilidade de comprar produtos com a mesma qualidade da loja física, os quais, em muitos casos, são até mais baratos.

Apesar de ser um mercado com perspectivas promissoras, para que uma empresa atenda às exigências do ecommerce é necessário que esta compreenda como utilizar a instantaneidade da internet para satisfazer e conquistar os consumidores virtuais.

Para isso, a empresa deve estar atenta ao planejamento comercial e logístico, que abrange o bom atendimento ao cliente, o respeito aos prazos, o preço adequado, as formas de pagamento acessíveis etc., além de desenvolver a capacidade de absorver a demanda, ou seja, deve respeitar os direitos do consumidor!

A era da internet, assim como pode facilitar as relações entre fornecedores e consumidores virtuais, pode prejudicar – e muito – a imagem de uma empresa.

Isto porque, o consumidor virtual também se utiliza dessa ferramenta para dar sua opinião sobre o produto ou serviço adquirido. E quando dois consumidores insatisfeitos se encontram, seus comentários se propagam de forma imediata para um número ilimitado de outros possíveis consumidores, prejudicando a imagem da empresa.

Por isso, quando a reclamação existir, a empresa jamais deverá se omitir!

Estudo sobre reclamações de consumidores na internet, realizado pela empresa de monitoramento Miti Inteligência, no período de 30 de dezembro de 2010 a 3 de janeiro de 2011, constatou que as principais críticas dos consumidores tiveram relação com o atraso na entrega de produtos e com a falta de qualidade no atendimento aos usuários.

No último dia 10 de novembro, a Fundação Procon de São Paulo advertiu a B2W Companhia Global de Varejo – responsável pelas empresas Americanas, Submarino e Shoptime – sobre a possibilidade de ter suas atividades suspensas no estado de São Paulo, por 72 horas, por reincidir na prática de não entregar produtos aos consumidores, e multou a empresa no valor de R$ 1.744.320,00. Cabe recurso desta decisão.

Segundo o Procon, a B2W teve aumento de 146% nos casos de reclamações registradas, passando de 1.479 casos, no segundo semestre de 2010, para 3.635 casos relatados no primeiro semestre de 2011.

O mundo da era digital requer muita atenção e respeito aos consumidores virtuais, que estão cada vez mais exigentes, conscientes e querem ser ouvidos...

Por isso, a adoção de um posicionamento on-line requer preparo e amadurecimento por parte da empresa fornecedora.

Partindo desses princípios, com as ferramentas interativas disponíveis, o mundo virtual é um mercado promissor para estimular o consumo, mas não se deve perder de vista que o poder desse mercado está nas mãos dos consumidores.

Assuntos Regulatórios por Artur João Gradim

Um fim de ano feliz

As áreas de logística e regulatória das empresas produtoras e importadoras de produtos finais da área de HPPC passarão um final de ano mais tranquilo, contrariando as sombrias e assustadoras perspectivas para o dia 1º. de novembro, quando, devido à equivocada Resolução RDC 16, passaria a ser exigida a integral adequação das fórmulas e rotulagens dos produtos, inclusive com a declaração dos alérgenos contidos nas composições aromáticas.

Baseado nas justificativas pertinentes relativas à necessidade de postergar sua implementação e graças a uma adequada gestão sobre o assunto, entre os setores privado e oficial brasileiro, alcançada na última reunião do Mercosul, ficou acordado com os demais países membros e a coordenação do SGT-11 que a implementação do novo Regulamento Técnico Mercosul, com a exigência, seja efetiva a partir de 1º de abril de 2013. O novo Regulamento Técnico estabelece a lista de substâncias que os produtos de HPPC não devem conter, exceto nas condições e restrições estabelecidas (Lista Restritiva). Dessa maneira, a postergação do início da vigência da RDC 16 permitirá o escoamento das atuais rotulagens e/ou o tempo requerido para as adequações de formulação que forem necessárias.

A Resolução Anvisa RDC 54, de 25/10/11, teve o objetivo de postergar o prazo atribuído pela RDC 16 até que sejam finalizados os trâmites internos no Mercosul, para posterior internalização da Resolução Mercosul GMC 46/10 com a nova data. Sem dúvida, esta foi uma eficiente ação do Grupo Ad-Hoc de
Cosméticos, na Coordenação do Grupo de Mercado Comum, evitando uma insustentável condição operacional, com prejuízos de grande monta para produtores locais e importadores.

De outro lado, e para encerrar este ano bom, é esperada a conclusão dos trabalhos de atualização da Regulamentação Técnica pertinente aos produtos de uso infantil, após um hercúleo trabalho desenvolvido pelos técnicos das empresas, coordenados pelas entidades do setor privado, de forma integrada aos técnicos da Gerência-Geral de Cosméticos (GGCos) da Anvisa, e pelos consultores com notório saber na matéria que foram convidados.

A nova regulamentação será um condensado atual da legislação específica vigente até então, incluindo novos produtos. Esses produtos são aguardados pelos fabricantes locais e importadores, pois já são comercializados regularmente no mercado internacional, inclusive nos mercados de referência regulatória, e igualmente não têm restrição específica nos regulamentos do Mercosul.

O novo texto, assim que for finalizado, passará por consulta pública antes de sua implementação e terá aplicação exclusivamente em âmbito nacional.

Essa nova regulamentação permitirá ao Brasil incrementar os números do mercado de produtos destinados à população de 0 a 12 anos, consolidando a primeira posição do País no ranking mundial em consumo desse tipo de produto, com a segurança requerida e aceita internacionalmente.

Está previsto que iniciaremos o ano novo com a consulta pública do novo Regulamento Técnico para as Boas Práticas de Fabricação, que foi aprovado e enviado para publicação em setembro deste ano na Reunião do Mercosul, realizada em Montevidéu. Também está prevista a finalização dos trabalhos para a atualização da Resolução RDC 48/2006, referente à lista de substâncias que os produtos de HPPC não poderão conter (Lista Negativa).

Entretanto, todos os esforços técnicos e jurídicos estão concentrados com o objetivo de preservar a nomenclatura INCI para designar os ingredientes da fórmula e na descrição contida na rotulagem dos produtos, ora questionada por ações judiciais em andamento, que visam sua alteração para a inscrição dos ingredientes em português – fato esse que, se for consumado, ocasionará um descompasso jamais vivido pelo setor. Essa medida pretensiosa e inconsequente, caso prevaleça, se traduzirá em um retrocesso frente às práticas internacionalmente reconhecidas de nomenclatura para os ingredientes cosméticos, em custos adicionais insuportáveis para os produtores nacionais, na criação de barreiras ao Mercado Comum do Mercosul e, principalmente, não conferirá benefício algum aos consumidores dos produtos.

Sem dúvida, 2012 será um ano pulsante com muitos desafios a serem superados, para variar.

Feliz Natal a todos!

Gestão em P&D por Wallace Magalhães

O quarto atributo do produto: você sabe lidar com ele?

Todo profissional de P&D conhece bem os três atributos técnicos de um produto, que são: estabilidade, segurança e eficácia. Porém, já é hora de participar mais intensamente do tratamento conferido a um quarto atributo, formado pelos aspectos econômicos do produto.

Esse atributo, assim como os outros, é formado por vários fatores – ou, se preferir, por “subatributos”. O tratamento dado a esses elementos será decisivo para determinar as chances de sucesso ou fracasso de um produto. Essa lógica, vale lembrar, aplica-se a qualquer tipo de empreendimento. Os fatores que não foram abordados, os que foram abordados parcial ou inadequadamente, ou mesmo aqueles que não foram considerados formarão “buracos negros” na trajetória do novo produto, o que poderá gerar prejuízos significativos.

Cosméticos são desenvolvidos para atender a uma demanda, para preservar a saúde, para promover bem-estar e, consequentemente, gerar riqueza sob a forma de lucro. Por isso, independentemente da obrigação de cumprir a legislação, todos os recursos devem ser mobilizados para gerar resultados positivos, evitando prejuízos e efeitos adversos. E esse esforço mobilizado passa, obrigatoriamente, pela área de P&D.

Normalmente, o único aspecto econômico tratado pelo P&D é o custo dos insumos. Isso é importante, mas é pouco. Outros tantos fatores econômicos deverão ser trabalhados sob a ótica específica do P&D, e sua abordagem deve ser considerada ao máximo para atingir os objetivos do novo projeto. Muitas horas são despendidas pelos técnicos para estudar e compreender os aspectos técnicos e científicos das substâncias, como o comportamento dos polímeros, o espectro de ação dos conservantes, o potencial irritante dos tensoativos, os princípios funcionais dos ativos, suas características físico-químicas, normas regulatórias e tantos outros assuntos. E são muitos outros! Toda essa informação será aplicada na montagem e no teste da formulação do produto. Tudo absolutamente correto e justificado. Afinal, este é o nosso trabalho, não é? É, mas não é somente isso.

Os aspectos econômicos de um produto estão intimamente ligados aos seus atributos técnicos. Estabilidade, segurança e eficácia vão afetar fortemente os fatores econômicos e a competitividade do novo produto. Um estudo de estabilidade inadequado pode culminar na produção e distribuição de produtos que serão devolvidos, causando prejuízos financeiros e prejudicando a imagem da empresa. A mesma lógica se aplica aos aspectos de segurança. Produtos só devem ser produzidos e distribuídos depois de serem realizados estudos de segurança. Além de ser uma obrigação regulatória, claramente definida na legislação para todos os produtos, esses estudos é que dão garantias para que os investimentos na produção e distribuição sejam feitos. E, ainda assim, não podemos falar em inexistência de riscos, mas em minimização de riscos. O P&D é que tem a responsabilidade e a obrigação de esclarecer esses pontos e de agir para evitar que se decida produzir e distribuir produtos sem a realização desses estudos, não somente por causa da questão legal, mas também para proteger o investimento realizado.

Note que só tratei de segurança e estabilidade. E a eficácia? Apesar de a legislação definir que a empresa deve ter dados de eficácia dos seus produtos, os testes somente são exigidos em casos específicos. Isso está defi nido no Requisito 13 do Anexo III da RDC nº 211/2005, segundo o qual os resultados devem estar disponíveis “quando for o caso”. Se, sob o ponto de vista regulatório, nem sempre a eficácia deve ser comprovada, a correta abordagem desse atributo pode refl etir em um produto melhor e, muito provavelmente, mais lucrativo. O mercado brasileiro já está bem desenvolvido, com consumidores exigentes e conscientes. Assim, para conquistar uma fatia desse mercado, será necessário oferecer produtos com benefícios reais e estes devem ser facilmente perceptíveis. O texto de rotulagem não pode anunciar benefícios que o produto não seja capaz de cumprir. Portanto, a formulação deve ser desenvolvida para produzir o máximo de desempenho possível. Um controle apurado e ágil de custos deve estar disponível para os pesquisadores, pois é totalmente aconselhável que a nova formulação seja desenvolvida no limite superior do custo proposto no briefing.

Na próxima edição, vou aprofundar um pouco mais este assunto, com algumas dicas práticas bem interessantes.

Denise Steiner
Temas Dermatológicos por Denise Steiner

Hiperidrose

O suor é um líquido produzido pelas glândulas sudoríparas da pele para manter a temperatura do corpo. No calor, suamos para perder calor.

Depois de tomar um remédio para a febre, por exemplo, suamos tanto que ficamos molhados e gelados para o corpo voltar à temperatura normal.

Como em animais de sangue quente, nossa temperatura deve ficar entre 36 e 42 graus Celsius. Se a temperatura descer ou subir além desses limites, as células não funcionam e morrem. Daí a importância da transpiração.

A quantidade de suor produzida por uma pessoa varia segundo a idade, o sexo, a raça e o local de moradia. Os estímulos que influenciam as glândulas sudoríparas são: calor externo, exercício físico, várias doenças e alterações emocionais.

Outro aspecto interessante é que o suor é eliminado a partir da glândula sudorípara, não apresentando nenhum odor. Contudo, à medida que ele permanece na pele, há o crescimento de bactérias, provocando
um cheiro desagradável. É importante observar, principalmente no caso dos pés, se há alguma micose associada ou um quadro de calosidade, o que certamente vai provocar o crescimento das bactérias e um odor mais forte. Se isso ocorrer, é importante que haja um tratamento tanto da calosidade como da micose, para neutralizar o problema.

É preciso secar bem as regiões do corpo onde se transpira mais e nunca é demais enfatizar que higiene é fundamental. A indicação é tomar, pelo menos, um banho por dia. Para suavizar o problema, vale a dica de evitar o uso de meias e tecidos sintéticos, ou de roupas que apertem ou machuquem a pele.

Outro aspecto importante é que na época da puberdade, quando os hormônios começam a ser produzidos, os adolescentes apresentam um cheiro forte nas axilas. Isso acontece porque o suor é liberado com a secreção sebácea, onde há uma influência muito grande da parte hormonal. Nesse local, a glândula
sudorípara é chamada de apócrina e não sai diretamente na pele, desembocando no canal do folículo pilossebáceo. É por isso que, na fase de mudanças hormonais, o odor passa a ser mais forte e ocorre crescimento bacteriano também mais descontrolado – o que pode ser resolvido com hábitos saudáveis de higiene.

O aumento excessivo do suor (hiperidrose) atrapalha a autoestima e chega a prejudicar a vida social de uma pessoa. A sudorese excessiva pode ocorrer nas axilas, deixando a roupa manchada, com cheiro mais forte, ou acontecer nos pés ou nas mãos. Neste último caso, as mãos ficam constantemente molhadas, dificultando a realização de determinados tipos de trabalho, como escrever ou digitar. Em geral, não há doenças associadas à hiperidrose. Ela está relacionada a uma tendência pessoal ou a situações de estresse e ansiedade.

Os casos de hiperidrose nas axilas podem ser revertidos com uma cirurgia específica, que consiste em um corte na pele e na retirada de determinada quantidade de glândulas. Trata-se de uma cirurgia relativamente simples, feita por dermatologistas. O resultado é bastante satisfatório, com signifi cativa diminuição da sudorese.

Já os casos de hiperidrose nas mãos ou pés são mais difíceis de ser solucionados. O tratamento local com produtos específi cos, muitas vezes, não consegue controlar o problema.

Existe ainda o recurso da iontoforese. Trata-se de um aparelho que transmite uma corrente elétrica capaz de modificar o funcionamento da glândula.

Esta se assemelha a um novelo de lã, com um pequeno ducto que desemboca na superfície da pele (alguns ductos desembocam juntamente com a glândula sebácea no folículo piloso). Ao utilizar o aparelho durante 20 minutos no local, duas vezes ao dia) ocorre o estreitamento do ducto e um estímulo para que se produza menos suor. Em dez dias, as aplicações começam a fazer efeito e a transpiração diminui, mas o paciente vai ter de fazer uso do aparelho para sempre.

Outra opção de tratamento é o uso da toxina botulínica. Essa substância, derivada de uma bactéria, é utilizada como medicação em vários tipos de doença e para fins estéticos. É uma toxina que bloqueia a ação da acetilcolina, necessária para a sudorese. A toxina botulínica é aplicada com agulha ponto a ponto, em toda a região das mãos e dos pés – e, se for o caso, nas axilas.

Com o bloqueio à acetilcolina, há suspensão de cerca de 80% da sudorese nos locais onde a toxina é aplicada. Essa redução não causa nenhum efeito colateral, uma vez que a pessoa continua suando no restante do corpo. O que acontece, portanto, é a inibição do excesso de suor. O tratamento tem duração média de oito meses.

O mais importante é procurar um serviço especializado, que possa diagnosticar cada caso e possibilite a escolha do melhor tratamento.

Dermeval de Carvalho
Toxicologia por Dermeval de Carvalho

A união faz a força

Os setores responsáveis pela segurança de cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes, se estiverem cientificamente unidos, se fortalecerão muito mais do que se imagina, pois “forças de mesmo sentido se somam” ou respeitam ao velho adágio popular: “a união faz a força”.

Ao longo desses quatro anos como colunista da Cosmetic & Toiletries (Brasil), com o intuito de divulgar e agregar informações, tenho procurado escrever a respeito do envolvimento e da importância das ciências toxicológicas na avaliação de segurança dos ingredientes cosméticos. Não me furtei em abordar itens preciosos, como: pesquisa e desenvolvimento, inovação tecnológica, protetores solares, teste de Draize, métodos alternativos, cosmetotoxicologia, pele e suas implicações, endpoints, margem de segurança, formação de recursos humanos, toxicidade sistêmica, integração multiprofissional e disciplinar, parcerias, entre outros. Outras colunas, assinadas por ilustres colaboradores da revista, somaram-se às minhas, focando especificidades e/ou generalidades, todas revestidas de rara importância.

Outros parceiros estão na mesma luta. Bom exemplo disso tem sido dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de sua Gerência Geral de Cosméticos, que frequentemente promove a realização de discussões técnicocientíficas, divulgando publicações regulatórias, como o Guia de Segurança, das Resoluções da Diretoria Colegiada (RDCs) e dos pareceres emitidos pela Câmara Técnica, além da forte atuação no Mercosul.

Até onde tenho acesso, a Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC) e a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) têm alcançado efetiva participação na realização de múltiplos eventos, nos quais a segurança tem sido ícone de constante observação. A participação das universidades públicas e privadas, quando se fala em toxicologia de ingredientes cosméticos (tanto na graduação como na pós-graduação) me parece um tanto tênue – mas também marcamos presença no circuito acadêmico.

Em atenção ao expediente firmado pela Associação Brasileira de Cosmetologia, o Conselho Federal de Farmácia, observada a Resolução nº 444/06 e o Acórdão nº13.374, publicou no Diário Ofi cial da União de 25 de novembro de 2009, a aprovação do Curso de Especialização Latu Sensu em Cosmetotoxicologia.
Esse foi um grande passo: o reconhecimento da firme e necessária parceria científica entre cosmetologia, tecnologia de cosméticos, ciências toxicológicas e ciências afins.

Dentre as incertezas, chega uma alvissareira notícia: a Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, está oferecendo, desde o primeiro trimestre de 2011, o Curso de Pós-graduação Stricto Sensu em Toxicologia Aplicada à Vigilância Sanitária, de mestrado profi ssionalizante. Trata-se de um bom exemplo e um caminho a ser seguido. Sob o ponto de vista pessoal, tenho sido totalmente favorável aos cursos profissionalizantes, especialmente para um setor regulado e que exige pessoal qualificado.

E lá fora, nos países desenvolvidos, graças ao elevado nível cultural e científico, ostentado ao longo de muitos anos, estão os mais importantes centros de excelência em pesquisa, desenvolvimento e atividades regulatórias, como: FDA, EPA, Health & Consumer Protection of European Commission/SCCP, ECVAM e ICCAM, entre tantos outros.

A velocidade da informação foge ao nosso alcance. As fontes disponíveis se atropelam e se complementam. Questionam-se. Ocasionam choques, que podem levar a “knockout”, tanto o jovem em início de carreira como o mais experimente profissional, em áreas de trabalho similares ou contrastantes.

Uma parceria de boa qualidade gera um bom produto. Nesse emaranhado, os trabalhos de revisão da literatura e bancos de dados têm se notabilizado como excelentes meios de difusão do conhecimento. Infelizmente, o acesso à literatura científica pode ser inatingível para aqueles que estão fora da universidade. Pura verdade.

Estamos nos aproximando da primeira parada. Precisamos respirar. Tenhamos em nossas mentes que os saltos com obstáculos estão logo à frente, para nos levar às vitórias e aos tombos. Como fazer e a quem recorrer? Precisamos de iniciativas corajosas, de seres humanos com sensibilidade e espírito agregador,
capazes de levar à mesma mesa de trabalho os interessados na segurança de ingredientes de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, paradigma essencial à saúde dos usuários.

Acredito na criação de um organismo capaz, que seja parceiro para o crescimento dos setores envolvidos, bem como plenamente alinhado aos seus congêneres internacionais já existentes, e não um mero coadjuvante.

Antonio Celso da Silva
Embale Certo por Antonio Celso da Silva

Embalagens sazonais

Estamos no apagar das luzes de mais um ano. Ano complicado, com vendas que não obedeceram às regras e aos critérios das previsões e com a área produtiva descabelando-se para atender pedidos além da previsão. As áreas de planejamento e controle de produção (PCP) e comercial foram colocadas contra a parede, pois não chegaram os pedidos esperados e os estoques de insumos e produtos acabados foram lá para cima.

Enfim, apesar dos altos e baixos, na média, esse foi mais um ano bom. Essa é a conclusão que mais tenho ouvido das empresas do setor, seja de venda direta, seja de varejo ou mesmo de franquia, obviamente, com maior ênfase nas empresas de venda direta, que tiveram mais um bom ano.

Houve destaque especial para as empresas de terceirização. Com raras exceções, praticamente todas ficaram com suas carteiras recheadas de pedidos, alguns de última hora, acarretando o já conhecido problema da falta de produtos e atrasos nas entregas. Ainda não existem números que nos façam conhecer
melhor esse mercado de terceirização de cosméticos, mas é perceptível o grande volume de novas empresas terceirizadoras que nascem a cada mês. Também é perceptível o crescimento das empresas já existentes: muitas já se mudaram para galpões maiores e tantas outras procuram espaços maiores para suas fábricas. Esse é um setor que promete muito para 2012.

Voltando o foco para as embalagens, gostaria de abordar, nesta última coluna do ano, as tradicionais embalagens sazonais e, mais especificamente, os estojos promocionais de fim de ano. Comuns nas empresas de varejo e mandatórios nas empresas de venda direta, os kits promocionais de final de ano colaboram para fazer acontecer o bom faturamento do último trimestre.

No entanto, juntamente com essas embalagens, normalmente ocorrem problemas. Elas são produzidas em grande quantidade para atender à venda sazonal de fim de ano e, portanto, disputam espaço nas lotadas programações dos fornecedores.

Consequentemente, acontecem atrasos, problemas de qualidade, entre outros. A primeira grande preocupação é que essas embalagens, necessariamente, precisam ser entregues rigorosamente no prazo estabelecido, caso contrário, a empresa “perde o bonde”, mais especifi camente, o Natal.

Outra preocupação é não deixar sobrar embalagens no estoque, pois elas não poderão ser usadas depois, ou seja, a compra das embalagens e a venda do produto acabado têm de falar a mesma língua.

No aspecto qualidade, temos a preocupação com a gramatura das caixas/kits. Nas caixas com gramatura menor que a especifi cada (ideal) ocorrerá o que estamos acostumados a ver nos pontos de venda, ou seja, elas vão abrir, descolar, desmontar ou até rasgar.

Há ainda a preocupação legal: o texto do produto (ou dos produtos) precisa estar visível e legível no verso da caixa, quando esta não for transparente.

Essa mesma lógica vale para o prazo de validade. Nesse caso, se não for possível informar o prazo de todos os produtos contidos na caixa, será preciso, necessariamente, colocar uma validade única – a do produto que vencerá primeiro.

Finalmente, existe a preocupação com a segurança (evitar roubos), principalmente quando o produto fica exposto nas gôndolas dos supermercados. Kits contendo presentes como relógios, carteiras, nécessaires, bijuterias e utensílios úteis funcionam como um chamariz para roubos dentro da loja. Nesse caso, os kits requerem lacres especiais para evitar o roubo desses brindes que acompanham os produtos. Cabe lembrar que um dos grandes problemas nos supermercados é o roubo de peças pequenas e componentes de kits de promoção.

Por fim, é importantíssimo declarar corretamente na embalagem o que está contido dentro do kit.

Ainda na questão da embalagem sazonal, existem, no fim de ano, as promoções de produtos para proteção solar. É comum a promoção “Pague 120 ml e leve 150 ml”, por exemplo.

Nesse caso, é preciso informar a quantidade de produto que o consumidor está pagando e a quantidade que ele efetivamente está levando gratuitamente. Uma declaração que induza à dúvida ou à má-fé pode trazer grandes complicações para o fabricante em relação aos órgãos governamentais.

Repetindo o que eu disse na edição de fi m de ano de 2010, espero que, em 2012, tenhamos grandes problemas de entrega de produtos, não por falta de insumos ou incompetência das áreas produtivas, mas por excesso de pedidos.

Boas festas a todos!

Luis Antonio Paludetti
Manipulação Cosmética por Luis Antonio Paludetti

Tratamentos para obesidade: o quanto eles são importantes?

Quando se fala em obesidade, geralmente outros interesses, não a saúde do paciente, acabam atrapalhando uma abordagem racional dos fatos e nos impede de ver o problema como ele realmente é. Quase sempre, a obesidade é um assunto tratado como tabu ou dogma.

Até que ponto os tratamentos para obesidade são importantes para a farmácia? O que pode acontecer agora, com a proibição de anorexígenos pela Anvisa? A manipulação de fórmulas para obesidade é muito importante para os obesos e contribui para o faturamento das farmácias, mas ela é importante para a saúde pública?

A Organização Mundial de Saúde estabeleceu uma tabela com o critério denominado “carga da doença”, que inclui os anos de vida perdidos, o grau de incapacidade dos sobreviventes e o número de pessoas afetadas. Essa tabela apresenta as principais doenças e suas respectivas cargas, em porcentagem (%). Em outras palavras, a carga significa a “importância” daquela doença para a saúde pública no Brasil.

Nessa tabela, percebe-se que a obesidade não é citada como uma doença de maior carga. No topo da lista estão: pneumonia, doença cardíaca isquêmica, AVC, depressão, diarreia e diabetes mellitus, nessa ordem. Em geral, a obesidade não seria uma das doenças mais importantes no Brasil, onde enfermidades como pneumonia e diarreia parecem ser mais importantes.

Entretanto, quando avaliamos outras doenças, percebemos que a doença cardíaca isquêmica, o AVC, e o diabetes mellitus são extremamente importantes. A obesidade é uma das causas do aumento dessas doenças.

Portanto, apesar de a obesidade ser importante sob o ponto de vista da saúde pública e do faturamento das farmácias, ela não é a única área na qual as farmácias podem atuar. E, mesmo com a proibição dos anoréticos, a farmácia com manipulação pode ser extremamente útil. Considere um paciente obeso,
com hipertensão, dislipidemia e alterações metabólicas, que procura um médico. Após avalia-lo, o médico optou por não utilizar anoréticos e recomendou-lhe dieta, mudança no estilo de vida e acompanhamento nutricional e físico, para redução de peso. Mas, como a hipertensão, a dislipidemia e as alterações
metabólicas são importantes, o médico decidiu tratar essas doenças imediatamente e reavaliar a medicação, na medida que o paciente perdesse peso.

Ao longo do tratamento, o paciente foi progressivamente obtendo melhoras, mas, em virtude da dieta, necessitou de alguma suplementação com ácidos graxos essenciais e vitaminas lipossolúveis. O paciente também relatou efeitos colaterais ao usar as estatinas. Além disso, as doses de anti-hipertensivos disponíveis comercialmente ou eram muito baixas ou muito altas, uma vez que a condição inicial de hipertensão foi sendo controlada e as doses iniciais de anti-hipertensivo não foram mais necessárias.

Neste caso, existiriam três formas de atuação da farmácia:

- Divulgar seus serviços para o nutricionista, de modo a oferecer-lhe suplementos personalizados, que, além de repor o ácido graxo necessário, poderiam auxiliar no controle das dislipidemias.

- Sugerir ao médico a associação de coenzima Q10 e estatinas, o que comprovadamente reduz os efeitos colaterais.

- Sugerir ao médico a manipulação das doses adequadas de anti-hipertensivos, podendo combiná-los em uma única cápsula.

- Perceba que o foco da atuação da farmácia muda, pois esta passa a tratar não mais apenas obesidade em si, mas também as doenças associadas a ela. Há muitas vantagens nesse tipo de atuação:

- Redução dos riscos, pois a utilização de medicamentos anti-hipertensivos, nutrientes e estatinas está longe de ser proibida pela Anvisa.

- Redução de custos, pois não há mais necessidade de gerenciar o controle das substâncias (economizando tempo e não havendo a necessidade de alocar profi ssionais para o controle do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC)

- Aumento do valor agregado e do lucro, pois as formulações somente poderão ser preparadas nas farmácias com manipulação.

- Maior interação com o paciente, pois essas formulações exigem um seguimento farmacoterapêutico.

- Melhoria real da qualidade de vida e valorização da farmácia pelo paciente.

Essas formas de atuação mostram o variado leque de opções que a farmácia pode oferecer ao paciente no tratamento da obesidade, em vez de anorexígenos ou suas alternativas.

As farmácias não necessitam viver exclusivamente de anorexígenos, como alegam alguns. Há alternativas viáveis, essenciais para a saúde pública e muito lucrativas.






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