Fito e Bio-Cosmética

Edicao Atual - Fito e Bio-Cosmética

Editorial

Esta seção começou a ser publicada na edição janeiro/fevereiro de 1992

Fitocosmética - H. Valfré, Valmari Labs., Dermocosméticos Ltda., Diadema, SP, Brasil.

Os primeiros registros do emprego de produtos vegetais para fins de embelezamento remontam a mais de 5.000 anos. O autor inicia este artigo recapitulando várias etapas do longo processo que originou a Fitocosmética atual, desde a Antiguidade na China, Egito, Grécia, e Roma Antiga, até a Idade Média e a época atual.

Definindo Fitocosmética como “o segmento da ciência cosmetológica que se dedica ao estudo e à aplicação dos conhecimentos da ação dos princípios ativos extraídos de espécies do reino vegetal, em proveito da higiene, da estética, da correção e da manutenção do estado normal e sadio da pele”, o autor discorre sobre os diversos campos do conhecimento que se complementam e interrelacionam no estudo desse ramo da cosmetologia: a Botânica, a Microbiologia, a Química Analítica, a Farmacologia, a Toxicologia e a Dermatologia.

Após descrever os diversos tipos de fitoderivados, procede à sua classificação, descrevendo algumas classes: adestringentes, emolientes e umectantes, tônico-estimulantes e tintoriais; finalizando o artigo com alguns comentários sobre a aplicação de fitocosméticos as perspectivas da pesquisa nesta área.

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Extratos Vegetais: Via Natural Para Cosméticos - N Zaharenko, Sanrisil S.A., Importação e Exportação, São Paulo, SP, Brasil.

Após um período de hegemonia dos produtos sintéticos que se seguiu à Segunda Grande Guerra, os produtos contendo extratos ou componentes naturais têm sido cada vez mais valorizados. Esse artigo aborda vários aspectos da aplicação de extratos vegetais em cosméticos.

A qualidade de produtos vegetais é influenciada por todos os momentos de seu processamento industrial, desde coleta e seleção do material, até uma série de determinações farmacognósticas, físicas, químicas e biológicas. O processo de extração, os tipos e a seletividade dos solventes, bem como alguns comentários sobre formulações com extratos de ervas, também são objeto desse artigo.

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Plantas de Interesse da Cosmetologia - E Teràn, Lab. Centroflora Ltda., São Paulo, SP, Brasil.

O crescente interesse pela Fitoterapia e pela Fitocosmética induz a busca de informações acerca da origem, composição, compatibilidade e ações no organismo humano dos princípios ativos vegetais.

Com esse intuito, o artigo traz uma série de informações sobre plantas utilizadas com bastante freqüência em nosso país; além daquelas tradicionalmente empregadas no mundo inteiro, são mencionadas também algumas plantas tipicamente brasileiras, que representam potencial cosmético promissor.

Informações como dados de taxonomia, características de distribuição geográfica e cultivo, composição química dos extratos e propriedades e usos, são fornecidas sobre as seguintes plantas: Alecrin, Aloe Vera, Calêndula, Camomila, Centelha, Hamamelis, Fáfias, Juaeiro e Salvia.

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Princípios Ativos de Origem Vegetal - P C D de Freitas, Extratec, Comércio de Produtos Oficinas Ltda., São Paulo, SP, Brasil.

Nestas últimas décadas do Século XX, a natureza e a ecologia estão em evidência, os produtos que podem ser chamados de “naturais” ganham espaço cada vez maior no mercado, e o marketing moderno é obrigado a assimilar esta “revolução verde”. Dentro deste panorama, o autor considera que, para a Cosmiatria, a natureza sempre foi à grande fonte de matéria-prima, desde os povos da antiguidade que se utilizam de óleos e extratos, alguns deles em uso até hoje.

Atendo-se aos produtos de metabolismo secundário, de estrutura química mais complexa e ações farmacológicas mais específicas (assim classificados em oposição aos ditos de metabolismo primário, ou seja, os carboidratos, mono e polissacarídeos, os lipídeos e as proteínas), este artigo enumera as principais características, propriedades e ações dos grupos mais importantes de princípios ativos, ou produtos de metabolismo secundário: óleos essenciais, mucilagens, flavonóides e saponinas.

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Derivados Vegetais em Produtos para Banho - G Proserpio, Universidade de Turin, Itália.

Neste artigo, o autor considera as possibilidades de emprego de diversos derivados vegetais em produtos para banho, lembrando a hegemonia dos ingredientes sintéticos ou semi-sintéticos no mercado de tensoativos dos últimos cinqüenta anos e de como a tecnologia pode permitir a utilização de substâncias ativas muito mais purificadas e concentradas.

Sob esse ponto de vista são mencionadas as características, propriedades particulares e diversas fontes na natureza de derivados vegetais como as saponinas, os flavonóides, os ácidos triterpênicos, as mucilagens e alguns óleos essenciais.

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Extratos de Algas Marinhas em Cosméticos - R C R Barreto, Assessa, Ind. Com. E Exp. Ltda., Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Embora sejam plantas milenares e muito mais numerosas que as plantas terrestres, as algas marinhas, escondidas sob as águas são menos conhecidas e menos aproveitadas que aquelas. Em cosmetologia, a utilização de extratos alcoólicos de algas marinhas, desprovidos de princípios ativos, representa um mero artifício de marketing e a utilização errônea de uma das fontes mais ricas de ingredientes ativos.

Neste artigo o autor conta como foram desenvolvidos os extratos OMG (origem marinha/gelificados), a partir da observação das modificadas apresentadas pela pele das mãos e dos braços de trabalhadores encarregados do processamento de algas marinhas para obtenção de produtos de uso industrial na década de 60. Descreve também os mecanismos de ação desses extratos e seus efeitos benéficos sobre a pele e os cabelos (hidratante, queratolítico, protetor e de regeneração tissular).

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Aplicação de Lipossomas em Cosméticos - K Suzuki e K Sakon, Noevir Co., Ltda., Tóquio, Japão.

Este artigo apresenta algumas recentes aplicações de lipossomas em produtos cosméticos, aplicações estas que muito se ampliaram com o aprimoramento de sua estabilidade pelo uso de fosfolipídeos de lecitina de gema de ovo e de soja.

As numerosas aplicações patenteadas incluem as mais diversas funções dos lipossomas, como evitar a degradação de vitaminas E e C, aumentar absorção de ingredientes ativos, entre outras.

Após descreverem os vários tipos de lipossomas (vesículas multilamelares, pequenas vesículas unimelares e grandes vesículas uni-lamelares) e as características vantajosas e desvantajosas de cada grupo (capacidade de retenção de polímeros, volume, uniformidade, estabilidade e distribuição da substância de retenção), os autores descrevem vários métodos de preparação de lipossomas e como se dá a encapsulação de substâncias.

No que se refere propriamente à formação e à estabilização de lipossomas, há o relato da utilização de um método indireto de confirmação empregando reações de iodeto de amido e de vários estudos de retenção de substâncias.

Finalmente os autores fazem um apanhado geral das várias técnicas de preparação e dos critérios de escolha de cada uma delas.

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Amisomes: Novo Recurso da Cosmetologia - A Muller, Alban Muller International, Montreuil, França.

Este artigo descreve os trabalhos de desenvolvimento de um vetor cosmético (oslipossomas vegetais ou Amisomes) e sua aplicação com princípios ativos de origem vegetal, particularmente o extrato de Ginkgo biloba.

O autor inicia sua dissertação abordando alguns aspectos de fisiologia da pele, como a importação da membrana celular, o autor se detém mais demoradamente nos lipossomas, descrevendo suas características, os principais tipos, propriedades de interesse cosmetológico, processo de extração, estabilidade e aplicações, aqui enfocando mais especificamente os Amisomes de Ginkgo biloba.

Juntamente com este artigo há a descrição do Ginkgo biloba, características botânicas da planta, e componentes e aplicação de seu extrato.

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Co-enzina Q em produtos Anti-caspa - R Bianchi e S Bader, Divisione Cosmética Montovani, Milão, Itália.

Para descrever a ação anti-caspa da co-enzima Q os autores fazem inicialmente uma breve abordagem das hipóteses, ou seja, ação da microflora local, citotoxicidade de radicais livres e condições indutoras de anoxia tecidual.

Descrevendo a estrutura química da co-enzima Q ou ubiquinona, os autores mencionam suas funções como agente anti-radicais livres, agente antioxidante e de prevenção de fenômenos de envelhecimento cutâneo.

A parte experimental do trabalho baseia-se na verificação da ação sinérgica da ubiquinona e agentes de ação bactericida/baracteriostática normalmente empregados em shampoos anti-caspa. A partir de três formulações básicas (shampoos: básicos normal, suave e de baixa irritação) foram feitas provas de tolerabilidade e de atividade; donde se demonstra que a co-enzima Q é capaz de agir em perturbações metabólicas e de anóxia tecidual que levam à formação da caspa.

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Papel Protetor dos Silanóis - B Levrat e A Franco, Exsymol, Mônaco.

Este artigo ressalta o papel dos radicais livres na deterioração dos tecidos e revisa as propriedades anti-radicais dos silanóis, compostos orgânicos de silício, dotados de estrutura química dita dinâmica com ligações lábeis e intercambiáveis, chamam-se ailanóis em alusão aos alcoóis, pois apresentam as mesmas funções OH.

Já que vêm sendo questionadas a especificidade e a representatividade da quantificação de MDA (malonil dialdeído), método utilizado por Loeper quando demonstrou as propriedades anti-radicais dos silanóis em ateromas experimentais de coelhos, os autores empreenderam uma série de estudos in vitro para verificar esta ação anti-radicais. Neste artigo há o relato dos estudos com macrófagos cultivados, com fibroblastos humanos analisados por ressonância paramagnética eletrônica e avaliação da atividade da desidrogenase láctica, a partir dos quais os autores concluem que o papel protetor dos silanóis consiste na reorganização dos lipídeos de membrana celular, tornando-a mais resistente ao ataque dos radicais livres.

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Esta Seção começou a ser publicada na edição Janeiro/Fevereiro de 1991 por

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